Inquebrável escrita por Danielle Alves


Capítulo 6
Seis




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Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.  — Shakespeare

LETICIA PADILHA SOLIS      

Estou esgotada.

Há um zumbido ensurdecedor me impossibilitando de ouvir qualquer coisa além do meu batimento cardíaco. A austeridade da vida está me sufocando, me esmagando, levando-me para as profundezas do abismo. Recostada na porta, minha cabeça lateja com ferocidade, me dando a sensação de ter o cérebro chocalhado. Viro meu rosto e vejo meus pais sentados no sofá, a TV está ligada num som alto me confirmando de algo que eu já sabia – eles não ouviram minha discussão com seu Fernando. Eu os fito com um sorriso débil, não consigo forçar nada além disso, mesmo que eu saiba que há alguma coisa obscura na minha feição.

— Isso são horas, Lety?

— Lety, minha filha, você está bem? – questiona ela, preocupada, quando salta do sofá e vem até mim. Sua mão toca meu rosto. – Você está pálida.

— Oi, mamãezinha, oi, papaizinho, – minha voz sai com um som esquisito, como se eu estivesse engolindo uma lixa. – é só estresse. Estou com dor de cabeça, a senhora tem algum analgésico aí?

— É claro, filhinha. – Dona Julieta dispara para a cozinha em busca da caixinha de primeiros socorros.

Enquanto isso Erasmo Padilha se aproxima de mim e põe a mão na minha testa. Os cantos da minha boca se alargam, mas sei que está longe de um verdadeiro sorriso.

— Não está com febre, pelo menos, - murmura ele – mas você está um pouco gelada.

— Como disse, papai, é só... estresse. Minha pressão deve ter se alterado.

— Seu chefe está exigindo muito de você, não é, minha filhinha? – diz minha mãe da cozinha.

Pressiono meus lábios numa linha fina e aceno com a cabeça. Por um segundo me questiono como ela reagiria se soubesse o que está rolando.

— Um pouquinho só. – Digo.

Apesar de estar um turbilhão dentro de mim, me sinto tranquila estando com a minha família. Ali é o lugar onde posso encontrar o afeto que preciso. Consigo um pouquinho de paz e, procuro prolongar minha solidão o máximo que posso estando ali com eles. Não quero ir para meu quarto...

Minha mãe vem um momento depois, com dois comprimidos e um copo de água.

— Obrigada, mãe, - digo após enfiar goela abaixo os comprimidos e bebericar a água.

Quando meu pai se senta no sofá, me aconchego ao seu lado, querendo desesperadamente um pouco de carinho. Eu deito minha cabeça no seu ombro e ele me faz um cafuné. Fecho os olhos e inspiro sentindo o cheiro da colônia usual dele, de alguma forma, isso me tranquiliza. Ele pode ter todos os defeitos do mundo, mas ainda é meu pai. E ninguém nunca me protegeu como Erasmo Padilha. Minha mãe se acomodou ao meu lado e estiquei minha mão para segurar a dela. Juntos, assistimos a TV.

Eles assistem enquanto mergulho nas profundezas da minha mente. É horripilante a angústia que se finca nas minhas entranhas. Subitamente minha cabeça se enche de memórias, acontecimentos que me marcaram de alguma forma.

A rodinha que as crianças fizeram enquanto cantavam que eu era feia quando criança; a minha humilhante festa de quinze anos; o desprezo e a implicância constante dos meus colegas de faculdade; os apelidos e as humilhações na Conceitos; a carta de Omar e agora... O constrangimento de Seu Fernando por estar ao meu lado.

Minha visão fica embaçada e os sentimentos de todas estas ocasiões me aprisionam dentro de uma câmara de sofrimento, a tortura dessas emoções me destroem, me corrompe. Por que eu nasci? Questiono a mim mesma. Qual o propósito da minha existência? Escuto uma voz perguntar-me o que está acontecendo, mas está longe, como se eu estivesse há quilômetros dela. Uma mão acaricia minha cabeça, desfazendo a trança tão rigidamente feita por mim.

Eu não consigo falar, não consigo me mover. Mãos invisíveis de dor puxam meus pés para baixo, eu afundo num poço escuro e vozes terríveis – de pessoas conhecidas, declaram o quanto sou desprezível.

“Horrorosa”

“Mostrenga”

“Feia”

“Coisinha desprezível”

Por que, Deus? Por que nasci assim, tão feia? Me diga, me responda, por que nasci?

Um som esquisito inunda meus ouvidos e levo um tempo para perceber que se tratava de um gemido sofrido saído de meus lábios. Choro, choro e choro. As lágrimas pesadas não param, até que em algum momento perco a consciência.

Desperto com Moty lambendo minha mão. Dolorida e confusa, olho ao redor. Reconheço os móveis e me pergunto porque diabos estava dormindo na sala. Até que os acontecimentos da noite anterior me vêm à memória.

— Merda, - murmuro, - podia ter me intocado no quarto, assim não teria feito aquele show. O que direi aos meus pais?

Levanto do sofá vagarosamente e esfrego meu pescoço, movendo minha cabeça de um lado para outro na intenção de estalá-lo. Moty balança o rabo e sobe no sofá, procurando a atenção de minhas mãos para acaricia-lo. Meus lábios se esticam num sorrisinho e o abraço, acariciando suas costas.

Lágrimas descem por meu rosto.

— Sabe, Moty, - digo, afagando suas orelhas. Ele levanta a cabeça, como se entendesse o que eu estava falando. – Eu estou completamente apaixonada por um homem que não me ama.

Solto uma risadinha sofrida.

— Tenho me perguntado o tempo inteiro o que preciso fazer. – Sussurro, tocando a ponta do meu nariz no focinho dele. – Eu estou confusa.  

Meu cachorrinho lambe minhas lágrimas e solto uma risadinha, mas logo o sorriso nos meus lábios se desmancha. Ao levantar, procuro ver o horário e solto um gemido ao ver que são 4h43. Posso dormir por mais algumas horas, mas estou sem sono. Começo a ficar com fome, mas meu estômago revira devido a ansiedade. Procuro algo não muito prejudicial na geladeira, e encontro um iogurte natural. Vasculho os armários e encontro um pacote de biscoito de amido de milho.

Pensando no que fazer, sento na mesa e me sirvo do meu café da manhã. Gostaria de não ter de ir trabalhar. Evitar ver o seu Fernando seria o ideal para mim, principalmente quando meus sentimentos estão tão embaralhados. Mas não há o que fazer, preciso encarar meu carrasco. Mastigando o biscoito, recordo da noite anterior. Pensando com calma, tomo consciência que talvez tenha exagerado. Perdi o controle.

Mas foi inevitável. Eu estou sendo subjugada e estranho seria se eu não explodisse eventualmente. Há um limite por mais paciente que eu seja. Ontem a confissão de seu Fernando foi a cereja do bolo para tudo de ruim que sinto com relação a ele. É doloroso porque sei da verdade. Ele não me ama. Ele se envergonha de mim. Ele não me quer.

Não deveria me submeter a isso. Está me destruindo e também está destruindo a dona Márcia. Quero dar um fim nisso de uma vez por todas... Mas é tão difícil.

Levo a mão ao peito e massageio tentando aliviar a dor.

Nenhuma destas afirmações, no entanto, reduz o intenso amor que sinto por este homem. Posso apostar minha vida nisso facilmente.

Subitamente sem fome abandono o pacote de biscoitos na metade no armário e dou o restante do iogurte para Moty lamber. Após jogar o frasco fora, subo para meu quarto e sinto vontade de escrever no diário, mas desisto no último momento.

Escrever sempre foi minha maior válvula de escape, porém não desta vez. Ignorando a pintura que fiz na parede, abro meu armário, procurando sabe-se lá o que, e encontro de cara um conjunto de calça e moletom. Então ocorreu-me a ideia de correr para espairecer. Eu ainda não havia tomado banho e, estava com as mesmas roupas de ontem, mas como iria soar, tomaria banho apenas quando voltasse da corrida.

Depois de prender meu cabelo num coque apertado, vesti as roupas de corrida e saí de casa após deixar um recado para meus pais que fui me exercitar. Coloquei o capuz e corri de forma vagarosa pelos arredores do bairro. No início foi difícil controlar a respiração, mas em algum momento acabei pegando o jeito, só precisava praticar mais.

Tomando fôlego, paro numa esquina e tento me recordar das aulas de educação física e das práticas de alongamento, quando subitamente um conversível vinho dobrou a esquina e veio na minha direção. O sangue subiu a minha cabeça e meu coração bateu frenético no peito. A perversa sensação de angústia atravessou meu estômago e paralisei no mesmo instante.

Ao estacionar, ele saltou do carro e bateu a porta com força. Estremeci, mas não tinha nada a ver com o barulho da porta.

Seu Fernando parecia péssimo, quer dizer, ele estava péssimo. Ele se aproximou e ficou tão perto que desejei ter tomado banho antes de sair. Examinei-o por inteiro e franzi o nariz quando senti o cheiro do álcool saído de seu hálito quente. Ali diante de mim estava a sombra do homem inteiro que vi na noite anterior – seu cabelo sempre tão arrumado com gel, estava bagunçado, também usava as mesmas roupas de ontem. Logicamente deduzi que não dormira em casa, se é que dormiu. Mas ainda assim, estava irresistível, como sempre.

— Letícia, - murmurou ele com voz embolada.

— Meu Deus, - arregalo os olhos. – Você está bêbado! E ainda por cima dirigiu nesse estado...

Seu Fernando agarrou meus braços.

— Me perdoa Lety, - disse, tive que forçar a mente para entender suas palavras. – Eu não quis te magoar, por favor, me perdoa...

Franzo o cenho e balanço a cabeça.

— Como é?

Ele me ignora e tenta me beijar, mas coloco a mão na boca dele e empurro seu rosto para longe. Suas mãos envolvem minha cintura e puxa meu corpo contra o dele. Irritada, dou um beliscão na sua bochecha.

— Por favor, Lety...

Com o cenho franzido, balanço a cabeça. Fico ranzinza e controlo a vontade de gritar com ele.

— Fernando Mendiola, o que você tem na cabeça?

Ele me encarou com uma estranha adoração no rosto.

— Você me chamou de Fernando... – diz ele com adoração. Desvio o olhar, não quero ser confundida novamente.

— Mas é claro, é o seu nome, afinal.

Amaldiçoando a mim mesma por acha-lo adorável até quando está bêbado, tento usar minha sobriedade a meu favor.

— Lety... – geme ele.

Reviro os olhos e com firmeza, sigo com ele até seu carro. Abro a porta do carona e gesticulo para que se sente.

— Sente-se aí, seu Fernando. – Ordeno.

— Você é um anjo, Lety... – diz. Inacreditavelmente, sinto vontade de rir. Que catástrofe!

Ele tenta me beijar novamente, mas empurro-o para o banco da carona de forma brusca e ele desaba de forma desajeitada. Negando com a cabeça, percebo que esqueço facilmente as coisas que ele faz comigo quando estou com ele. Sou uma imbecil.

— Lety... Eu te amo, me perdoa... Sem você eu sou um merda. 

— Shh, seu Fernando, fica quieto. – Digo com a voz trémula, tocada pelas palavras dele.

Carrancuda, me inclino e enfio a mão no seu bolso. Para meu deleite e também para meu horror, ele aproveitou meu deslize para segurar meu rosto e beijar minha boca. Sentir seus lábios me derreteram quase completamente por dentro – eles tinham gosto de bebida forte, provavelmente uísque.

Mas subitamente as cenas da noite anterior vieram a minha mente e eu me arrastei para longe dele, com seu celular na minha mão. Ele gemeu.

— Por favor, não... Não pare de me beijar...

Coloco o indicador nos lábios e murmuro um “shh”.

Disco o número de seu melhor amigo e, no terceiro toque, ele atende.

— Por que você tá me ligando a essa hora, Fernando? São 5h da manhã...

— Seu Omar, sou eu.

Fez-se um silêncio por alguns segundos.

— Ah, oi, Lety. Posso ajuda-la com algo?

— Não a mim..., Mas... O Seu Fernando apareceu aqui no meu bairro, bêbado, queria saber se tem como você pegar um táxi e vir até aqui para busca-lo. Ele está... Péssimo.

Ele soltou uma risadinha. Reviro os olhos. Babaca.

— Noite quente, hein? Digo... – pigarreia ele. – O que houve?

Babaca, penso novamente e acrescento: Cretino

— Eu não sei. Como eu te disse, apareceu bêbado por aqui. Não sei como, mas dirigiu sem sofrer acidente nenhum.

— Certo, me diga onde você está e eu vou até aí...

— Letyyyyyyyyyyyyy. – grita meu chefe, remexendo no banco. Seus olhos se fecharam.

Soltei um suspiro exasperado e apertei a ponte do meu nariz, sentindo outra dor de cabeça.

— Nossa, ele realmente está ruim... Não faça nada com ele, hein?

— Pelo amor de Deus, seu Omar. – estou cansada demais para ficar constrangida com o tom que ele usou. É definitivo, Fernando Mendiola me deixa exausta.

Dou-lhe o endereço e as instruções de como chegar onde estamos. Com o cenho franzido, analiso seu rosto com os lábios curvados.

Eu o amo... Tanto. Mas que droga.

— Certo, não o deixe sozinho, por favor, Lety.

— Óbvio que não, seu Omar, até depois. – Após isso desligo.

Recostei a parte da frente do meu corpo na porta do carona e olhei para seu rosto. Pela respiração controlada pude notar que caíra no sono. Fiquei examinando seu rosto, memorizando-o. Ali naquele estado o homenzarrão parecia vulnerável, quase como uma criancinha. Toquei sua bochecha com a ponta dos dedos e rocei-lhe a pele suavemente. Enfiei minha mão entre seus cabelos macios e encaracolados, e os deslizei para trás, penteando-o com a mão para deixa-lo um pouco mais ajeitado. Sentir a textura do seu cabelo era reconfortante de alguma maneira.

— Lety. – chamou-me ele, sussurrando. Fiquei inerte e prendi a respiração, até que tomei consciência de que não havia acordado. Eu estava nos seus sonhos? Neguei com a cabeça, provavelmente era um pesadelo.

Com um sorriso amargo, me pergunto, como um homem tão bonito pode ser tão mal?

— Por que você não me deixou quietinha com meu amor platônico? – perguntei baixinho, algumas lágrimas se formaram nos meus olhos. Retornei a brincar com seu cabelo. – O que o fez pensar que eu tiraria a Conceitos de você? Em algum momento lhe dei motivos para suspeitar de mim? Será que aos seus olhos meu amor nunca foi verdadeiro? – solto um riso exasperado. – É claro que não, afinal, o que você sabe sobre o amor?

Eu encaro seu rosto.

— Mas ainda assim... Nada disso me faz deixar de amá-lo. – suspiro. – Parece que quanto mais o tempo passa, mais eu o amo... Talvez isso explique porque não consigo odiá-lo, ainda que eu sinta que estou morrendo.

A mão de Seu Fernando agarra meu braço e minha pulsação dispara. Suas pálpebras se abrem e ele olha ao redor, parecendo confuso a princípio, até que sua visão se volta para mim. Seus lábios se alargam num sorriso admirável.

— Lety, - sua voz sai eufônica. Meu coração se comprime dentro de mim. Não tenho outra reação senão acariciar o rosto dele. Um segundo depois ele pisca os olhos e volta a dormir.

Após um longo momento de silêncio, não desgrudei os olhos do rosto dele. Há uma parte de mim que não quer se afastar, a parte que o ama. Mas o lado racional insiste que estou cometendo um grande erro, que eu preciso me preservar. É muito difícil lidar com esse tipo de sentimento, a divergência entre a mente e o coração estão me deixando tonta, confusa, duvidosa. No fundo eu sei que o certo seria sumir, mas o que posso fazer se meu peito arde quando estou longe dele? Com seus defeitos e tudo mais, eu o amo. Enlouquecidamente.

Não faz sentido algum a minha vida sem ele, ainda que seja torturante. De repente me apercebo do peso do ditado “o amor é cego”. Pensando com clareza, não parece certo. O amor não deveria ser tão doloroso, não é?

Um tempo depois, vi Omar Sujo Carvajal descer de um táxi com roupas casuais. Era estranho vê-lo tão informal. Ele pagou o motorista e acenou, aproximando-se.

— Oi, Lety, obrigada por cuidar do Fernando.

Dou de ombros.

— Não foi nada, de qualquer forma, peço desculpas pelo inconveniente. Preferi ligar para você pois não estava preparada para a histeria... digo, a preocupação da Dona Márcia.

Seu Omar fez uma careta de assombro.

— Você fez a coisa certa. – Ele se virou para meu chefe e soltou um assovio. – Puxa... Ele está péssimo. Você por acaso sabe o que aconteceu?

Mordo o lábio e decido contar a verdade.

— Eu não entendo pra dizer a verdade.

Ele me olhou de esguelha.

— Ah, é?

— Ontem conseguimos um contrato de milhares de dólares, talvez a Conceitos fique estável nos próximos meses. — disse com a voz baixa enquanto observava o rosto do meu amado. Contei sobre a noite de ontem para Omar, mas omiti a nossa discussão. Não queria diverti-lo com meu sofrimento.

— Acho que ele deve estar estressado com... as coisas do casamento. — falou Omar.

— Será que aconteceu alguma coisa entre ele e a... dona Márcia?

Esperava que não...

— Talvez - disse Omar, me analisando.

Finjo inocência mesmo incomodada com sua análise. Ele dá um passo a frente, ficando mais perto de mim.

— Vocês dois... vocês dois tem alguma coisa, não é?

Eu o encaro com seriedade. Como é possível tanto cinismo?

Ele ri com sarcasmo.

— Pelo seu silêncio presumo que sim.

Suspiro.

— Vai levar ele pra casa ou vai ficar aqui me amolando?

Rindo baixinho, Omar Sujo Carvajal seguiu em direção ao conversível.

— Sabe de uma coisa, Letícia? – disse ele após sentar-se no banco do motorista. – Você é melhor do que imaginei. Muito perspicaz. Como soube que eu sabia?

— Você é o melhor amigo dele. — falei simplesmente com suavidade. — É óbvio que você sabia de nós dois.

Omar Carvajal me lançou um olhar que preferi ignorar para meu próprio bem.

— Inteligente pressupor isso. Até logo, Lety.

Ligando o carro, ele disparou para longe com o amor da minha vida.


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