VMHV - Vírus de Mutação Humana Vampiresca escrita por Bellaluna Creator


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Estou postando pela primeira vez neste site, então estou um pouco nervosa, mas vamos lá.
Este capítulo é mais para ambienta-los no meu universo literário.

Boa leitura! E bem vindos ao meu mundo!



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VMHV é a abreviação dada a um vírus antigo que modifica o DNA humano, cujo nome completo é Vírus de Mutação Humana Vampiresca, o qual a existência é ocultada intencionalmente pelo governo. Até a atualidade não se sabe como ele chegou até nós. Tudo o que se sabe sobre ele são as poucas coisas que os cientistas conseguiram reunir ao longo de décadas de pesquisas contínuas, além de fatos não científicos.

No passado, aqueles contaminados por esse vírus eram amplamente conhecidos como vampiros. Isso em grande parte é culpa de um clã de infectados autodenominado Lich. Seus membros acreditam fielmente serem criaturas demoníacas, servos de satã, de modo que seu dever é sacrificar humanos, beber seu sangue e causar terror das piores formas imagináveis. Devido aos atos desse clã odioso, infectados inocentes que não queriam nada mais do que uma vida pacífica se aliaram a pessoas comuns (não infectados) que tinham poder político e criaram o DCI, Departamento de Controle de Insolúveis — insolúvel sendo o nome que adotaram para designar aqueles contaminados pelo VMHV, dando o sentido de uma causa sem solução àquela doença viral. Mesmo que tal órgão governamental realmente exista jamais se ouvirá algo oficial sobre ele,  embora se possa ouvir algum burburinho sobre, se você tiver os contatos certos. Esse órgão, inicialmente servia apenas para identificação e controle de infectados de modo a saber quem fazia e quem não fazia parte dos Lich. Porém, com o passar do tempo o DCI foi obrigado a criar um subdepartamento de combate e apreensão de infectados criminosos, pois os Lich estavam ficando cada vez mais agressivos além de outros insolúveis com caráter marginal estarem se aproveitando de suas habilidades adquiridas com o vírus para cometer crimes. O subdepartamento foi chamado Departamento de Controle de Insolúveis Infratores (DCII).

O motivo de ser preciso criar um subdepartamento no DCI para prender insolúveis transgressores da lei e não simplesmente implementar uma subdivisão na polícia que fosse responsável por tal, é que os insolúveis não são doentes comuns por conta da singularidade do vírus que portam — como deve-se supor pelas histórias sobre vampiros. No entanto a maioria das coisas sobre vampiros contadas nos livros e relatos foram: a) aumentadas pelo boca a boca do povo; b) mentiras espalhadas intencionalmente pelo DCI ao longo dos anos para tornar os vampiros criaturas míticas e assim ocultar a presença do vírus e de seus infectados. 

Mas, é claro, em meio a muitas mentiras há também as verdades. Vampiros não tem visão noturna, nem são mais rápidos que humanos normais, por exemplo. O que acontece é que eles têm uma audição muito apurada e assim como os morcegos usam ondas de baixa frequência, inaudíveis para a maioria dos humanos, para se localizar e aos objetos ao redor, no escuro, ecolocalização. Mas essa habilidade só é desenvolvida através de treinamento, não se adquire apenas ao ser contaminado pelo VMHV. E sim, eles realmente bebem sangue, porém em sua maioria é o sangue dos mesmos animais dos quais nos alimentamos; vaca, porco, frango, etc. Boa parte dos insolúveis não tem interesse em sangue humano. Primeiro porque este contém muitas toxinas, açúcares e colesterol. Não é uma dieta muito saudável, é como um refrigerante para uma pessoa comum. Segundo, porque o volume que precisam beber para se manter relativamente saudáveis (e  vivos) a cada 2 ou 3 dias é mais do que um humano de médio porte comporta, portanto ou beberiam um pouquinho de várias pessoas ou secariam alguém. O que é extremamente desnecessário e problemático, já que eles não precisam de sangue humano para viver. É claro que, mesmo com tudo isso, há insolúveis que gostam e bebem sangue humano, porém geralmente não bebem em abundância, é mais como uma sobremesa após a refeição. Além do que, é preciso de uma licença do DCI para comprar o fluido e quanto mais raro o tipo mais caro. Há também limite da quantidade que se pode comprar.

Outro fato das verdades e mentiras sobre os insolúveis é a respeito de sua suposta velocidade sobrenatural. Na realidade eles não são mais rápidos que qualquer outro humano não infectado, como dito antes, mas desenvolveram uma habilidade que lhes permite vibrar o corpo a uma frequência que engana a visão da maioria dos humanos, assim ao se mover usando este artifício são praticamente invisíveis, contudo, parados é possível distinguir um borrão humanoide. Essa outra habilidade também só se desenvolve através de treinamento e ao contrário da primeira, gasta muita energia, por isso costuma ser usada somente em casos de muita necessidade. Agora, o que está por trás de sua grande força é a densidade óssea aumentada pela mutação. O envelhecimento tardio espantoso — cerca de duas vezes mais lento que a de uma pessoa normal — é também consequência da mudança no DNA. E ao contrário do que dizem as histórias sobre vampiros, uma pessoa só é infectada com o vírus por contato sanguíneo direto.

 Tornando a falar do vírus em si, o que os cientistas conseguiram descobrir sobre ele é que é um parasita muito inteligente (Não como a inteligência humana ou animal, veja bem. Apenas um elogio à sua forma de evolução peculiar) pois seu maior interesse não é somente se alimentar e procriar como os outros de sua espécie, mas sim, manter seu hospedeiro vivo para não somente ter sempre alimento disponível como também manter a si próprio vivo o maior tempo possível. Já que se seu portador morrer ele consequentemente irá morrer também pela falta de comida. Deste modo, o vírus parece ter desenvolvido todo um esquema para ajudar o contaminado a sobreviver. Ao que tudo indica este evoluiu de modo a compensar as falhas que não consegue deixar de causar com a mutação, e é daí que vem as aptidões “vampíricas” mencionadas anteriormente. Estima-se que essas habilidades são para ajudar o hospedeiro a conseguir sua nova fonte de alimentação, uma das supostas consequências indesejadas da modificação do DNA. O vírus danifica as enzimas do trato digestivo, de modo que este só consegue retirar nutrientes do sangue. O hospedeiro torna-se intolerante a qualquer outro alimento. E, algo muito interessante é que depois de o VMHV modificar o DNA de um ser humano, o corpo passa a tratar o vírus como parte do organismo e não cria mais anticorpos contra o agente mutagênico. Com certeza esse é o porquê da modificação do DNA, impedir que o organismo do hospedeiro ataque o parasita. Dá para entender por que os cientistas continuam muito intrigados com este micro-organismo. Apesar de possuir a estrutura molecular de um vírus, ele não age como um. Logo que entra em contato com um organismo afeta a base do DNA se conectando ao corpo de modo irreversível em poucas horas, mas ao contrário dos vírus comuns, não come, nem procria incessantemente até levar seu hospedeiro ao óbito. Não, ele só come o necessário e para de procriar quando o nível de nutrientes ao seu redor diminui significativamente, impedindo que tanto ele quanto o seu hospedeiro fiquem sem alimento.

De fato, deveras curioso, mas não obstante, por ser um tipo de parasita, o agente mutagênico não compensa todas as falhas, é claro, como: a alergia ao alho e aos raios ultravioleta. A última, por sinal, é tão severa que se um insolúvel permanecer mais de meia hora em exposição direta pode morrer de choque anafilático se não tratado imediatamente. Mas, se permanecer na sombra ou poucos minutos ao sol, não sofre danos, ainda mais se usar protetor solar.

Por último e não menos importante, é preciso saber que além da existência de infectados pelo VMHV, também existem os imunes a ele. Estes foram descobertos logo no início das pesquisas conjuntas de não infectados e infectados pouco tempo depois da criação do DCI. Porém o mais interessante nisso é o efeito causado em seus corpos no processo de rejeição do patógeno. Uma explosão de adrenalina que lhes dá força e agilidade quase sobre humanas — enquanto o sistema do imune combate a ameaça. Graças a isso, as pessoas com essas características foram recrutadas para o trabalho de apreensão dos insolúveis na criação do DCII, e desde então eles são uma parte muito importante das missões, já que foi exigido que houvesse não infectados trabalhando com os insolúveis em todas as áreas do subdepartamento pelos superiores responsáveis por ele. O que só foi viável por conta dos imunes já que um humano normal não conseguiria lutar de igual para igual com um infectado, sem a alta taxa de adrenalina no organismo lhes dando aptidão para tal, e assim não conseguiriam participar na principal parte das missões de captura.

Como apenas listar estas informações não é o suficiente para corroborar os fatos, segue-se os registros da vida de dois agentes do DCII. Alex, um insolúvel, e sua parceira Selênia, uma imune cuja família foi recrutada a mais de um século para o combate aos insolúveis criminosos, dos quais os mais perigosos são os Lich. Ambos formam uma dupla de controle, nome dado ao par de agentes imune e insolúvel que entra em combate direto com os infectados marginais nas missões de prisão. Os registros começam a partir de quando se conheceram, antes de se tornarem oficialmente uma dupla de controle.

 Observação: Por segurança, locais e datas estão omitidos. Todos os nomes aqui citados não são os nomes reais das pessoas mencionadas. Acreditar ou não nestes documentos cabe apenas ao leitor.


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Notas finais do capítulo

Se você chegou até aqui, já considero uma vitória, então muito obrigada!
Comente, me diga o que achou! Adoro saber suas opiniões e levo todas em consideração ao escrever. Sempre tentando melhorar esta história que eu amo de paixão. Ela é o meu bebê! S2