Noites na Escuridão escrita por Johnny Johnson


Capítulo 7
Bem Vindo ao Século 21




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   Vagando pela as redondezas da floresta, Johnny perdido e sem rumo, cada passo sendo pisados em folhas e galhos ecoando entre as árvores. Caminhando meio tonto, quando de longe a vista uma cabana e coloca a mão na maçaneta e está fechada, logo em seguida, quebra o vidro da janela e adentra. Perdido em pensamentos e cansado, procura se tem pessoas ali, mas não acha ninguém. Então, coloca suas armas em cima da mesa e senta no sofá e põe as mãos na cabeça por cima da máscara e vai deslizando até o cabelo tentando entender tudo que acabou de acontecer.
   Levantou-se foi em direção ao banheiro, ele abre o chuveiro tira a luva de uma de suas mãos e põe em baixo para saber se a temperatura está adequada. Então, começa se despir e toma banho, em sua pele acinzentada passando sabonete cuidadosamente em lugares das feridas recentes, mas estavam se curando e as antigas de quando morreu pela a primeira vez ficaram marcadas e não curadas.
   Após o banho põe a máscara, pega as roupas que estava usando e estão todas sujas, a blusa, casaco e a calça todas sujas. Indo nos dois quartos que existem na cabana na busca de roupas limpas, abre armários e gavetas, e a calça que acha é grande para seu corpo magro nem com cinto resolveria. Procurando acha uma camiseta azul marinho e um casaco preto também maior o tamanho, sem muitas opções veste-se e usa a calça antiga.
   Com banho tomado, resolve abrir a geladeira não tendo quase nada só água e um refrigerante de guaraná, ele toma e enquanto bebia olha para ele, na visão dele, um quadrado preto gigante em cima do móvel da sala. Sem saber o que é, acha um controle e aperta o botão vermelho e liga. Mostrando imagens e tirando a conclusão que é uma televisão, admirando a forma que mudou comparada em 1987 e fala para si mesmo:
— Nossa! Isso é uma televisão? Como mudou muito desde a última vez que pude assistir. Essa imagem está bonita, as cores estão tão reais. – olha para os lados da televisão analisando que está fina e toda preta.

   Na televisão, uma reportagem falando que criminalidade aumentou 18% comparada ao ano passado e faz menção sobre uma operação terem achado o local onde as pessoas desaparecidas foram encontradas sem vida, no mesmo local que Johnny tinha estado nos últimos dias e possuindo a Kimberly e que o autor dos desaparecimentos, o Luis Zaravs foi morto no confronto. Então, consigo mesmo fala:
— Eu não acredito que ele morreu tão facilmente. –desliga a televisão.

   Esperando anoitecer para andar pela a cidade sem chamar atenção das pessoas por causa da máscara, caminhar para achar um propósito já que não tem mais vida, de todas as maneiras. Ele sai da cabana com suas armas, já preparado para caso alguma coisa aconteça, apenas vinte e dois minutos andando pela a rua e já observa um carro sendo assaltado por duas pessoas numa moto, eles colocaram a arma no rosto do motorista e mandando sair. Se aproximando, um deles ponta a arma para Johnny e diz para não se mexer, mas ele se move é baleado e com raiva enfia a faca embaixo do queixo e tira desfigurando e espirrando sangue no asfalto.
   O segundo tenta entrar no carro, mas puxa para fora e quebra os braços dele, e quando vai falar com casal e a criança que estava no carro, saíram correndo com medo dele deixando o próprio carro abandonado. Johnny expira e inspira, e vendo decidi ir embora, até que o celular toca do bandido com os braços quebrados gemendo de dor, ele vai até homem e procura o que está tocando olhando nos bolsos da calça de frente e encontra o celular. Porém, ele não sabe o que é celular, já que isso tudo é novo, então aperta em um dos botões e liga a tela e aparece escrito “Digite a senha” querendo saber o que é pergunta:
— Qual é a senha desse troço? –perto do ladrão no chão, então puxa mais o braço e ele responde:
— Dezoito... Zero e cinco... doze...
— “180512”? Tem certeza disso? –confirmando e põe números no celular.

   Com o aparelho nas mãos sem saber o que era, volta pelo caminho de onde veio. Chegando à cabana que se instalou, retira o objeto do bolso e começa a mexer na base dos toques. Porém, de luva não conseguia funcionar, então as tirou e com seu dedo clicou, colocou a senha e começou a olhar os ícones do celular.
   No canto superior direito da tela a hora marcava 00h58min e no canto inferior direito, um ícone em forma de planeta Terra escrito “Internet”. Relutante a clicar, aperta e abre uma página direta para o site da “Google” e dizendo para pesquisá-lo. Pensativo sem saber no que pesquisar, colocando a mão esquerda na cabeça e olhando para o celular durante uns segundos e diz para si mesmo:
— Já sei o que devo pesquisar! –tira a segunda luva e utiliza-as duas mãos para digitar no teclado virtual escrevendo na barra de pesquisa devagar as seguintes palavras: “O que aconteceu nos últimos 30 anos”.

   Quando apareceram artigos relatando os acontecimentos, ao clicar, só fotos mostrando, guerras, fome no mundo, atentados terroristas, terremotos, tsunamis, prédios desabando por descaso da fiscalização em locais ilegais, assassinatos de jogadores contra esposas, filha matando família toda, outro o filho fez a mesma coisa, e vários outras notícias que marcaram a história na humanidade. Cada caso das matérias que lia, ficava assustado de quão o as pessoas eram perversas com elas mesmas. Quando ficava pensativo levantava e tentava “digerir” o que acabava de ler, indivíduos matando outros por coisas banais, como exemplo: briga de vaga de estacionamento.
   Ofegante querendo não acreditar nas notícias, decide mudar o rumo da pesquisa para famosos que ele gostava. Mas quase todos faleceram por mortes acidentais ou por doenças ou assassinatos. Novas doenças descobertas e novos tratamentos foram criados.
   Cada palavra que ele não sabia, pesquisava no Google, pesquisou o significado do “www” é a sigla para World Wide Web, que significa rede de alcance mundial. Durante horas ficou pesquisando sobre um pouco de tudo, “YouTube”, “Fake news” e taxa de homicídios mundialmente, uma coisa relacionada à outra, até que apareceu uma matéria relatando que um bandido que tinha matado quatro pessoas no ônibus foi solto, indignado fala:
— Como assim, esse cara está solto?! –falando consigo mesmo – Por que soltaram?!

   Lendo a matéria, o assaltante era menor de idade e por isso não foi preso, ele fala:
—Só por ele ser adolescente não vai responder pelos os seus atos? –ficando em estado de choque, sentado o seu nervosismo e memórias de adolescentes chegam a sua mente, mostrando mesmo que tenham se passado anos, na sua cabeça as pessoas só pioraram na sociedade.

   De repente, o celular mostra um aviso dizendo que está sem bateria e precisa-se conectar ao carregador. Havia se passado oito horas desde que começou a mexer. Não sabendo como é um carregador, pesquisa no próprio celular, e procurando o modelo certo da entrada, nos 4% de bateria entra nos quartos da cabana guiando pela a imagem e encontra dois carregadores em uma gaveta. Um não é compatível, já o outro sim, mesmo sendo de marcas diferentes. Conecta na tomada, e senta no sofá que se fosse ao tempo dele demoraria dias indo a bibliotecas ou livrarias para saber. Portanto, tentando refletir tudo que descobriu nessas últimas horas e sem saber qual seria o significado de sua existência, sem um propósito na sua vida, já que não tinha uma.


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