Noites na Escuridão escrita por Johnny Johnson


Capítulo 6
O Certo e o Errado




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   Acorda novamente numa maca num outro quarto com Matheus falando que vai adorar cortar ele, mas primeiro quer fazer uma coisa diferenciada. Coloca um rato na barriga dele e um balde por cima, e diz que se um local estiver muito quente o rato começa a cavar para fugir do lugar. Esquentando, o rato começa a arranhar a barriga dele e gemendo de dor, mas Mikaela aparece e bate na cabeça do Matheus com um objeto, e desamarra Júnior.
   Ambos começam a correr para fugir dali de vez, quando Kimberly surpreendentemente aparece e encrava no maxilar a foice na Mikaela e arranca e deixa o corpo morto caído no chão. Júnior corre onde estava e chega ao local onde as pessoas estavam e Kimberly chega:
— Está sem saída pai! –tira a máscara.
— Filha essa não é você, essas pessoas mexeram com você tente se lembrar!
— Está certo. Mas você humilhou Johnny Johnson, Júnior Hoffmann.
— Como você sabe disso?! Isso foi há muito tempo atrás. –estado de choque.
— Sim, o tempo do meu ódio da minha dor eterna. Eu sei disso, porque presenciei, porque eu sou Johnny Johnson. –revelando ser Johnny no corpo de Kimberly.

   Olhando fixamente para Júnior, começa chegar lapsos de memórias com a dele e da Kimberly. Eles tiveram acessos todas às memórias de seus sofrimentos, para ela queria colocar um final nisso tudo. Já para o Johnny, todas essas três noites de atormentas seguidas, eram na verdade apenas noites... Noites na escuridão que parecia não ter fim.

— Não pode ser. Você não foi ressuscitado ainda. –responde assustado.
— Ah, mas foi sim Júnior. –o homem misterioso que só observava sai das sombras e revelando-se o rosto, cabelos castanhos e barba rala, com um paletó desleixado preto, camiseta social branca dentro da calça social também preta e sapatos sociais – Quando você estava vivendo sua vida pacata, duas famílias foram destruídas no meio do processo, a família dos Johnson e dos Fignis.
— Eu não tenho nada haver com isso. –responde com tom de voz alto.
— Como não? Toda ação gera uma consequência. Para tudo existe o efeito dominó ou efeito borboleta. Você e os outros o humilharam, tirando a última gota de sanidade que ele tinha no copo para transbordar tudo.
— Isso é mentira... –evitando argumentar sabendo que é verdade – Você é o Luis, Luis Zaravs aquele garoto agora que estou te reconhecendo.
— Hoje é madrugada de 11 de setembro. Há 18 anos, quatro aviões foram sequestrados e colidiram com as Torres Gêmeas e outros prédios. Há 27 anos várias famílias perderam seus pais, nessa mesma data. Há 32 anos, seis crianças brincaram de traumatizar o colega de classe ocasionando a morte delas, mas um sobrevivente. Percebeu-se, que só nesse dia os desastres acontecem? A humanidade começou a ficar tóxica para si mesma, e ninguém faz nada para corrigir.
— Então você quer brincar de Deus ressuscitando os mortos, e ainda raptando pessoas e crianças.
— Deus não existe, se existisse impediria as maldades que você fez mesmo achando simples e engraçado no passado. Se ele existe pode ser bom, mas não é todo poderoso, e se for todo poderoso não é totalmente bom, então eu quero ajeitar esses mundos do meu jeito. E as pessoas são criminosos que uso como escravos e testes, pessoas que fazem mal na sociedade, e as crianças que você tanto defende deixam outras com traumas tipo Mikaela fez com a Kimberly, por isso trouxe ela aqui.
— Você está fazendo as coisas do seu jeito, talvez o seu certo, o seu bom seja o errado para eles.
— Ninguém pode dizer o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é ruim. Mesmo se exista esse maldito Deus e eu tivesse seus ensinamentos na minha frente, eu iria refletir sobre eles e decidir o que é certo e errado para mim. Afinal, existe o livre arbítrio, não é? –ele aperta um botão e abre um portal e a alma do Johnny vai para seu devido corpo e Kimberly cai.
— O que você está fazendo?! –não entendendo mais nada.
— A alma dele e da Kimberly se fundem quando estão juntos, dando transição do corpo dela também não se machuca quando está com alma dele.  Como eu disse antes “eu quero ajeitar esses mundos do meu jeito”. Sabia que a Teoria do Multiverso é real? Existem infinitas terras espalhadas, umas com grandes diferenças e outras não. Nessas que tem leves detalhes poderia ter a mesma vida sem reparar nessa diferença. –liga a tela gigante do computador e mostra várias Terras – Nessa Terra, Alemanha venceu a Segunda Guerra Mundial e comanda todo o planeta. Nessa outra, heróis existem, nessa daqui o meteoro não caiu e a humanidade não existe. Nessa aqui aonde uma versão onde o mundo foi destruído por causa da Guerra Fria que virou a Terceira Guerra Mundial e por ai vai. Eu viajei por muito deles com passar dos anos e estudei cada um e aprimorei minhas habilidades de feitiçaria tornei o Johnny imortal, minha cobaia perfeita desde que ressuscitei pela a primeira vez. Usei ciência e magia as duas coisas separadas não funcionam. –a polícia do exército chega ao prédio e começa atirar nas pessoas que tinham sido ressuscitadas por Luis.
Porém, no meio do caos e da destruição, os ódios do passado foram revividos. Júnior aproveita e ataca Johnny dando um soco, ele sem faca e sem foice dá socos e chutes no Júnior. Coloca contra a parede e fala:
— Que foi? Tá com medo da Olivia Palito? –vê Júnior chorando - Você é fraco. Não mexa com quem está quieto.
   Luis corre pego a substância que fez e injeta em si mesmo e pega o livro para tentar se tornar imortal, mas é surpreendido com tiros de fuzil na cabeça e no corpo ocasionando sua morte.
   Nos papéis que Júnior tinha pegado, um deles estava com anotações esclarecendo passo á passo que depois de fazer ressuscitação perfeita, além dele e do Johnny, pretendia fazer uma “caixa da memória”, na qual se escrevesse o nome e colocasse dentro dela, se alguém se esquecesse de algo ou da própria existência, ao abrir iria restaurar as memórias de toda sua vida e até vidas.
   Quando uma mão sai do portal, e tentáculos pretos saem, antes que o corpo saísse dão tiros na máquina desligando-a chega a Patrícia perto do Júnior:
— Vai lá para fora e carrega sua filha! Agora! –ela se tornou General.

   Já de dia, ele a carrega no colo, e vai em direção à saída com vários carros militares chegando e entra no carro, deixando a polícia do exército resolver os conflitos. Sua filha dormindo na parte de trás do carro e liga para sua esposa e explica tudo que aconteceu até o trajeto de chegar a casa.
   Chegando a casa, Kimberly acorda com sono e Júnior vai ao quarto dela e diz:
— Vou ajeitar sua cama para você dormi direito, e tentar esquecer está última noite. Por enquanto. Você está bem?
— Por enquanto... Eu passei cada coisa estranha ali que nem consigo explicar. Eu tava possuída e ao mesmo tempo não, eu me lembro da Mikaela que matei... Isso me machuca, o Johnny estava dentro do meu corpo, eu sentir a dor, tristeza, tudo que ele sentia, e tenho memórias que não pertencem a mim, nós dividíamos a mesma consciência.
— Pelo menos Kimberly, você está longe dele e não vai te machucar mais.
— Eu espero... –em choque com tudo, tanto que nem sabe como reagir - Vou pegar um copo d’água na cozinha. Já volto.

Enquanto Kimberly vai para a cozinha, ele ajeitava a cama dela no quarto para podê-la dormi tranquilamente. Ela voltando para o quarto fica parada com as mãos nas costas e questiona:
— Você está bem mesmo filha?
— Sim... Mas sua filha não está no momento. –ela mostra a faca que escondia nas costas.
— Essa não... –apavorado com que pode acontecer, ela entra no quarto e fecha a porta para ter certeza que não saia dali.
— Essa não... –apavorado com que pode acontecer, ela entra no quarto e fecha a porta para ter certeza que não saia dali.


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