Noites na Escuridão escrita por Johnny Johnson


Capítulo 5
Toda Ação Gera uma Consequência




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   Numa sala de operação ele acorda preso nos braços e pernas numa maca não enxergando direito e vendo só borrões com cores e alguns formatos. Escutando os diálogos das pessoas que estava na sala com ele preso, parecendo que tinha três pessoas:
— Vamos usar esse homem depois para o teste referente à ciência, já que ele é uma pessoa tóxica para as pessoas ao seu redor. –chegando perto de Júnior - Você é um dos motivos para que nossa sociedade seja insensível com as pessoas, você é frio e podre. Deixem o corpo dele ai. Eu verei os outros como estão, fiquem de olho nesse ai, ele é culpado por várias mortes.

   Não enxergando direito, homem que disse isso aparentemente de terno vai embora. Tentando se mexer mais sem sucesso um dos “médicos” com machucados no corpo, feridas e com máscara fala:
— Você não vai conseguir sair daí. Você é igual à gente. –pega um bisturi.
— Não sou. –Júnior afrouxa e se solta sem eles perceberem de um dos braços.
— O que você fez? Matou amante de sua esposa? Assaltou uma loja e alguém morreu no processo? –esperando momento certo para dá um soco.
— Eu acho que ele é um pedófilo! Afinal, ele não estava retirando a Kimberly daqui?
— Bem lembrado! Então você é um desses tarados por crianças, não é? Que tal cortamos esse mal pela a raiz, não é?
—Deixa que eu pego a tesoura Matheus. –se afasta e vai para outro lado da sala, então Júnior com seu braço pega o bisturi da mão de Matheus e enfia no olho.

   O falso médico desorientado e num reflexo joga a maca no chão e diz:
— Prende o outro lado! Mas que droga! –o outro “médico” com a tesoura chega perto, ajeita a maca e prende a outra mão dele.
— Agora tira a calça desse desgraçado! –então ele abaixa as calças do Júnior, e Matheus pega a tesoura da mão de seu companheiro, quando de repente aparece um cara na porta e diz:
— Matheus e Thomas vão lá!
— Estou um pouco ocupado aqui você não percebeu?
— O mestre conseguiu achar a imortalidade, usando ciência e magia em um dos pacientes que estava morto, o paciente simplesmente não morre de forma alguma e daqui umas horas ele fará consigo mesmo.
— Sério? Não acredito que aquele maluco brincando de ser “Deus” conseguiu fazer essa evolução na história da humanidade naquele buraco no subsolo.
— Venha vê, ele está fazendo mais testes com o corpo.
— Você é um Zé ruela de muita sorte. –apontando com a tesoura na cara do Júnior e coloca no balcão junto com outros instrumentos - Thomas espere até eu voltar para darmos uma atenção “especial” ao nosso amigo. –e sai do quarto que supostamente seria cirúrgico.

   Então, Thomas vai para um dos lados, e Júnior tenta sair de novo, do mesmo jeito, e seu braço sai no mesmo lugar. Desamarrando com a fivela a sua mão e suas pernas, se veste, levanta da maca enquanto Thomas está de costas, pega a tesoura e enfia nas costas dele e morre.
   Júnior anda pelo quarto e coloca uma faixa em seu braço ferido pelas as machadadas de sua filha, quando percebe que são uma e vinte da manhã no relógio do quarto. Coloca a mão no bolso para pegar o celular e não acha.
   Saindo do quarto, vai até a escadaria, mas tem entulhos, impedindo de descer, logo em seguida, vai ao elevador, mas precisa de uma chave para chamar ele. Sem sorte, anda pelo o andar e entra nos quarto para achar outra maneira de sair, até que uma menina no duto de ventilação o chama de “moço” e “rapaz”. Ele procurando a voz e vê o duto no chão e chega perto.
— Entra aqui, se não eles vão te matar. Aqui eles não entram. –Júnior tenta entrar, mas sem sucesso.
— Eu não consigo entrar, é muito estreito para mim.
— Mas que droga! –ela sai do duto decepcionada – Não tem ninguém nesse andar, todos foram para o subsolo.
— Subsolo?
—Sim. –ela olha para ele – Você não é da polícia, não é? Se fosse seria uma grande ajuda.
— Não... Não sou. –responde assustado.
— Tem celular? –começam a caminhar pelo andar – Assim poderíamos ligar logo para polícia, já que aqui tem antena e pega sinal, pelo menos é que eu acho. –Júnior olha para a menina que deve ter em torno de 12 a 14 anos com roupa e corpo todo sujo.
— Eles levaram... Quem é você? E que está acontecendo?
— Sou Mikaela –olha para os lados para ter certeza que não tem movimento – eu estava saindo da escola e acordei numa maca e depois escapei só isso que eu me lembre, isso faz uns dias. Eu vi outras crianças que nem eu, mas depois foram pegas e nunca mais as vi.
— Você conhece alguma outra saída?
— O elevador e o duto são os únicos lugares para chegar ao térreo e fugir. –caminhando devagar sem fazer barulho, entram numa sala.
— Por que não fugiu então? –ela levanta os ombros e cruza os braços.
— Estou com medo... Estou nervosa. Se eles me acharem na saída, eu posso ser pega... –fica ofegante, suspirando – Estou cansada de tudo isso, quero minha mãe, meu pai, meus irmãos, minha família. Poder tocar neles, abraçá-los. E comer principalmente a comida do meu pai, do que essas porcarias que roubo da geladeira lá de baixo.

   Eles chegam perto da janela, e altura é imensa e ela diz que é o sexto andar. De repente aparece Matheus e agarra pelo pescoço da Mikaela,
 Júnior não faz nada para ajudar e só observa em choque.
— Finalmente te encontramos, onde você estava? –diz Matheus com uma tesoura na mão – Olha só, estava com esse rapaz, que adora crianças? Como você é nojento cara, não pode nem vê uma criança e quer tirar aproveito.
— Largue ela, é apenas uma criança.
— Nossa, o marmanjo disse algo. Essa não é apenas uma criança, é uma menina má, muito má. –diz com to irônico - Sabe ela fez coisas erradas e graves, errar uma vez é normal, mas persistir no erro é burrice. Ela traumatizou outra criança que... –dá um chute nele e interrompe sua fala corre para o duto do quarto.
   Júnior aproveita o momento e pega à chave que estava na mão dele, e tenta sair pela a porta, mas não tem jeito. Matheus vai atrás dele, e vai para a janela e fica no parapeito com as mãos para não cair e vai em direção à direita evitando olhar para baixo, pois um simples nervosismo pode enfraquecê-lo e cair. Sobe na outra janela, vai até o elevador, pega molho de chaves, e coloca uma por uma até entrar e coloca a certa e Matheus vai a caminho dele e entra no elevador antes que seja pego.
   Elevador para no térreo, mas não abre a porta e desce para o subsolo. As paredes pareciam que tinha acabado de ser pintadas e andando por ali tem salas. Numa delas ele entra e tem computadores, mas todos desligados, no quarto seguinte entra, é um escritório com documentos em cima da mesa. Mostrando como ressuscitar os mortos, identidades de pessoas e de crianças, fichas de todas as idades. Em uma das folhas está escrito a mão:

Teste 23
Depois de vários testes com os pacientes mortos, receberam várias doses diárias na medula espinhal com peptídeos para destruir os tecidos mortos e acolher as células-tronco e foram usadas novamente na medula espinhal, produzindo substâncias bioativas que ajudaram fortalecer e coordenar os neurônios para regeneração celular. Depois de estimular com várias técnicas e fracassos para nervos. Eles “acordaram”, porém não falam, e suas feridas tiveram que ser curadas através da feitiçaria que eu aprendi. Com o tempo, faremos que a minha primeira cobaia Johnny seja ressuscitado novamente, mas primeiro estou tentando tirar as queimaduras dele, e que usando minha magia ele possa não morrer mais... DE NENHUM JEITO. Se eu conseguir sucesso nele, testarei em mim, e irei melhorar os mundos do meu jeito. E serei o Deus que essas pessoas merecem.


   Júnior pega a folha e guarda, e olhando as gavetas acha seu celular e liga para a Patrícia.
— Alô tem alguém ai?
— Júnior? Que houve? Que aconteceu? Por que está ligando a essa hora?
— Patrícia eu estou ligando por que a polícia nunca atende e demora a chegar, você é mais fácil. Vou enviar a localização, e venha aqui e chama toda a sua frota.
— Meu deus, onde você se meteu?
— Eu também quero saber. –desliga e guarda o celular.

   Quando de repente, chega a sua filha com uma foice, de máscara roxa, corre atrás dele pelo andar do subsolo e se esconde. Júnior perde Kimberly de vista, mas ela não. Ela segura seu pai com uma das mãos levantando no ar e ele diz:
— Filha você está viva. –não conseguindo respirar.
— Não, eu já morri há muito tempo. –e ao invés de usar a foice joga contra a parede.

   Júnior sem saída entra no duto de ar que era mais largo, e dá chutes na cara dela, pois entrou também. Kimberly segura o pé dele e acaba fazendo a foice encravar em seu próprio rosto e quase morrendo no processo. Júnior preocupado decide sair dali do que tentar salvar a filha, e se arrastando nos dutos vê várias pessoas Matheus, Thomas que ainda estava vivo e um homem com roupas estranhas na frente de todos e atrás desse estava um aparelho estranho gigante em forma de portal, e escutando que esse homem fala:
— Finalmente conseguir pessoal! O corpo do Johnny foi curado das feridas da queimadura, conseguir reverter o processo do corpo dele antes de ser queimado e ainda o fez ser implacável. Durante os testes, ele foi cortado e novamente queimado, o corpo se curou dos ferimentos após uns minutos, a bala entra e sai, o rastro sumindo depois disso. Deu-se certo nele, em breve vou experimentar em mim. Agora só falta a Kimberly Hoffmann.
— Mas e o cara que invadiu aqui mais cedo? O desgraçado que roubou a minha chave e fugiu. Tive que esperar alguém chegar naquele andar para me tirar. –indaga Matheus.
— Aquele não é qualquer homem, aquele é Júnior Hoffmann, pai da Kimberly Hoffmann. –reforçando o sobrenome – E claro um dos culpados que fez isso com Johnny.
Todos assustados começam a falar alto e discutir, Thomas que ficou quieto na maior parte do tempo questiona:
— Temos que matar ele, é uma pessoa podre, como foi à gente no passado. –e todos concordam.
   Quando passa um rato no duto e ele se assusta e cai no chão onde todos estavam, meio inconsciente olha nos últimos segundos antes de apagar a figura do homem misterioso.


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