Noites na Escuridão escrita por Johnny Johnson


Capítulo 3
Algo para Trás




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    Voltando ao outro lado da cidade, Johnny caminhou durante duas horas até chegar à casa de sua irmã. Porém, o muro era muito alto para pular e o portão metálico estava trancado com correntes e o cadeado estava enferrujado, facilmente quebradiço. Com o facão, ele quebra o cadeado e adentro a casa.
   Casa com apenas dois andares, ninguém na sala, tudo escuro e nem um sinal de vida. De tanto gravar os endereços de seus irmãos e seu pai para um dia visitá-los do mesmo jeito que estava fazendo agora, tinha certeza que estava no local certo. Subindo aos degraus da escada devagar, evitando fazer o barulho, observa dois quartos e um banheiro.
    No primeiro quarto, ele entra e visualiza duas camas e uma criança em cada uma. Ele sai, e fecha a porta e percebe que tem sobrinhos e nem sabia. Entra no quarto de sua irmã, e acorda ela e coloca mão na boca para ela não gritar e o facão na barriga dela.
— Se lembra de mim? –ela tentando gritar e evitando-se mexer para não morrer – Sou seu irmão Johnny. Não recorda? –ela para e observa-o.
— Maninha, maninha, Julie Johnson. Como eu sentir falta de você. Será que seus filhos vão também? –encrava o facão, perfurando o estômago e um pedaço do intestino, ela começa fica ofegante e saindo sangue pela a boca, e ele vira a faca e depois retira, e ela tenta gritar, mas não tem forças nem para isso.

   Ele sai do quarto e fecha a porta, deixando como se nada tivesse acontecido ao passar do portão que tinha quebrado o cadeado pegou as duas correntes que mediam cada uma 1,5m, e vai para a próxima casa que não era tão longe, que era apenas 15 minutos a pé. No meio da escuridão da madrugada, começando aventar, e ninguém na rua, ele passava por despercebido, só alguns carros passavam na estrada.
   Chegou à casa do seu segundo irmão, Joel Johnson, morava sozinho, não tinha esposa e estava acordado na cozinha. Ele abrindo a geladeira na escuridão, aparece Johnny que o ataca e mata cortando o pescoço, tudo aconteceu tão rápido que nem pode dialogar antes de morrer, logo seguida foi a caminho para o próximo irmão, que era o Jeffersson.
   Enquanto isso, Lucas caminhando na procura de uma pista de onde Johnny deve estar. Andando sem rumo e sem saber, a vista a mesma casa que Johnny tinha entrado mais cedo, com portão metálico batendo no meio da ventania. E sem lugar para ir, foi até a casa e procura se tem alguém e vê uma criança descendo a escada e pergunta:
— Quem é você? Que está fazendo na casa da minha mãe? –criança diz para Lucas.
— É que está frio lá fora, e a porta estava aberta.
— Vou falar com minha mãe. –Lucas pega ele da escada e coloca no chão e diz que vai falar com ela e pensa em explicar quem é ele e talvez a mãe desse menino o ajude.

   Ao entrar no quarto da mãe do menino, ele fica em choque, como se fosse uma reprise da morte de seu irmão. O corpo em cima da cama ensanguentado, e no momento de choque e de clareza percebe que Johnny passou por ali, pois seria muita coincidência no dia em que os dois voltam ele encontra um corpo de uma pessoa brutalmente assassinada.
   Ele sai do quarto e quebra a maçaneta para que a criança não veja como está sua mãe. Descendo as escadas, e criança na cozinha bebendo água, escuta uma mensagem de voz com as seguintes palavras:
— Oi, sei que não deve se lembrar de mim. Mas eu era uma colega do Johnny, e você me deu esse número se tivesse mais informações sobre que ocorreu. Naquele dia que Johnny assassinou aquelas cinco crianças ou adolescentes, para mim eram monstros. Ele deixou escapar uma pessoa do grupo, pois eram seis integrantes, não viu que tinha mais uma pessoa. Se quiser falar com ele, seu nome é Júnior e mora literalmente agora ao lado da escola, seria uma boa ideia que fosse conversar nessa semana, pois os pais estão viajando, é só atravessar a rua, é uma casa com muro verde e portão cinza. Bem, é isso que tinha que falar desculpa por deixar esse recado tão tarde.

   Lucas cansado de tudo que estava acontecendo tão rápido parecia que o universo estava conspirando contra ele. Já que tinha acabado de olhar um corpo assassinado suspeitando que fosse o Johnny, vem uma mensagem de telefone falando sobre ele e o relógio marcando 02h47min. Esse peso estava o consumindo, e queria colocar um ponto final nisso tudo, sai da casa e procura algum objeto cortante pela a casa até que encontra uma arma familiar, um cutelo, e pretendia terminar algo que seu ex- amigo deixou passar.
   No tempo em que Lucas caminhava até a casa de Júnior, Johnny ia matando seus irmãos. Quando vai matar Jeffersson, ele acorda e a esposa. Então, diz que não vai matar ela e nem as crianças e pede que a esposa de seu irmão saia com as crianças e que isso era entre ele e seu irmão. Ele mata seu irmão sem remorso, e desce as escadas, vai até a garagem e olha a sacola de ferramentas que seu irmão tinha e de lá pega uma foice recém-comprada. Logo em seguida, vai em caminho do condomínio de onde seu último irmão vivo, Joey Johnson, que ficava na beira de uma esquina numa encruzilhada de ruas que se movimentava.
   No mesmo momento em que Lucas chegava à casa de Júnior, pula o muro e olha através da janela, que o rapaz estava sozinho, luz acesa em casa, e sentado no sofá com a mão na cabeça, lembranças confusas de não saber que lado está, se é do seu antigo amigo ou de seu irmão, até que diz para si mesmo em sua mente:
— Se fosse só meu irmão que tivesse humilhado meu amigo, ele ainda estaria vivo assim como eu no momento. Mas esses adolescentes são um câncer para sociedade, uns parasitas que só pensam no próprio bem estar.
   Sem pensar mais, ele quebra a porta com seu cutelo, e Júnior se levanta, Lucas entra com fúria, Júnior tropeça no tapete da sua casa e diz:
— Pode levar tudo, mas não me mate.
— Você é um dos motivos de eu não ter mais nada.
— Quê?
— Eu não vou perder tempo explicando quem eu sou para uma pessoa que gostava de humilhar os outros o passado.
— Johnny?
— Não. Lucas... –ele joga cutelo em direção ao onde Júnior estava caído, mas se levanta e sai correndo pela a casa, pega os documentos e coloca dentro de uma sacola que não estava totalmente vazia.

   Sobe na bicicleta, mas Lucas chegou e quebrou a corrente para não poder se movimentar. E sai correndo atrás do Júnior sem saber aonde ele iria. Enquanto isso, Johnny entrava no prédio, o porteiro se assustou com a presença do mascarado, questiona quem era ele, olha para sua roupa e armas sujas de sangue e ele responde:
— Quanto tempo leva para polícia chegar aqui?
— Uns dez minutos... –assustado teorizando que poderia acontecer.
— É, acho que tenho tempo o bastante. –entra no elevador e chegar no andar e apartamento desejado.
   Bate na porta, e um homem mais velho abre. Logo em seguida, percebe o erro tinha que cometido em ter aberto, reconheceu que era seu pai e dá um chute nele jogando-o longe, ficando inconsciente. Seu irmão sai do banheiro e se assusta.
— Olha, Joey, você tem um belo apartamento. –Joey vai para cima dele e cai também.
— Quem é você? –encarando por mais uns segundos, reconhece um pouco a máscara e em estado de choque - Johnny...? É você...? Como isso é possível? Isso é sobrenatural
— Nem eu sei, os nossos outros irmãos também não sabiam, imagina a vocês.
— O que você fez com eles? Com Julie, Joel e Jeffersson?
— Todos estão tendo a mesma noite que eu tive há anos atrás, uma noite na escuridão, como nós passava dia após dia com nossa mãe e com povo da escola implicando comigo. –o pai acorda e ataca Johnny, e puxa o braço do Joey para sair dali enquanto ele se levantava.

   Eles pegam o elevador, e Johnny desce de escadas, Joey liga o carro e tenta sair dali. Mas ele chega perto do veículo, ele coloca a foice, e ligam e saem do condomínio. E começa a ser arrastado em alta velocidade, já que a foice está presa a uma corrente que também está presa em um de seus braços, e tenta puxar até que possa ficar no porta-malas do carro.
   No outro bairro, Júnior vai para uma floresta, ofegante fugindo de Lucas, com dores nas pernas querendo descansar e querer sentar. Entretanto, se sentar vai morrer e não vai mais pode continuar a andar e olha que dentro da sacola que levava com os documentos tinha um desodorante, pesando e atrapalhando ele, então joga no chão e se esconde, tenta subir numa árvore, mas não consegue. Lucas começa a andar entre as árvores na busca dele.
   Depois de ser arrastado por quilômetros, em vários bairros, Johnny fica em cima do carro, e deixa a foice presa para ele não cair, e começa a usar o facão para perfurar o carro e atingir um dos dois. Até que enfia onde o volante estava os fazendo baterem numa árvore, que por coincidentemente bateu em uma das arvores da floresta, onde Lucas e Júnior estavam que escutaram som da batida.
   Com a pancada, Johnny foi jogado alguns metros de distância, a lataria amassada do carro matou o pai dele, Joey com ferimentos saiu do carro. Com a perna mancando, começa a vagar em linha reta pela floresta onde o carro bateu, até que olha para trás e observa seu irmão mascarado com a faca e foice e correntes enroladas nas mãos. Aumentou os passos, mas tropeça e cai, Lucas vendo aquilo de longe não acredita que era realmente o Johnny e que tinha feito tanta coisa em pouco tempo.
   Com a foice na mão, solta e deixa pendurado no braço com as correntes, levanta Joey todo ensanguentado, chorando de dor e no meio das respirações ofegantes tendo certeza que vai morrer diz:
— Johnny! Pare... Nós somos irmãos.
— Eu não tenho irmãos. –e quando vai enfiar a faca na cabeça de seu irmão, um cutelo vai em direção à cabeça de Joey.

   Ele olha para o irmão morto, joga no chão e visualiza o seu antigo amigo Lucas, que não dá a mínima atenção e dá as costas e começa a caminhar. Lucas irritado fala:
— Johnny olha que aconteceu para gente. Podíamos ter tido uma vida, nós éramos grandes amigos, não precisávamos ter feito tudo aquilo. Tínhamos uma vida boa. –responde Lucas.
— Vida boa? Que vida boa é essa? Em que pessoas pisam umas nas outras todos os dias e saem ilesas? Minha vida em questão era dor e sofrimento puro, você sabia disso, que minha família era uma droga, e eu sempre tentando dá aquele sorriso e relevar. Eu quero que o mundo seja recheado por pessoas boas e não ruins. Mas os problemas pesam, tipo o seu irmão que me machucou e matei-o e...
— Naquele dia que te humilharam eram seis e não cinco. –Johnny olha para Lucas - Júnior Hoffmann, eu estava indo atrás dele agora mesmo, está em algum lugar daqui. Ele foi à vítima que você deixou escapar enquanto queria que a ruindade fosse eliminada.
— Ainda bem que arranquei seus dedos, sempre que querer segurar algo, vai se lembrar de mim. –segura de com força as correntes – o seu irmão era um inútil e eu fiz um favor para as outras pessoas que eram humilhadas por ele.
— Sei que meu irmão não era bom com você, mas não é justificativa de ter matado ele. Olha onde isso nos levou? De volta a onde tudo começou.
— E quem disse que isso é problema meu? –Johnny se estressando
— Você vai ignorar a dor da perda que você causou do meu irmão? Eu pensava que você era bom. –Lucas sem um pouco de esperança.
— E sou com as que merecem. –ao escutar isso Lucas encara o Johnny.

   Lucas chega e dá uma joelhada na barriga do Johnny, e vai dá um golpe com cutelo e bloqueia com a foice, e usa a faca para um golpe direto na cabeça, e Lucas desvia. Ele joga o amigo numa distância, e joga a faca e a foice no estomago dele e joga no ar e puxa usando as correntes e dá um chute nele. Ele meio tonto, usa o cutelo e tenta atingir ele, e quando consegue, enfia no pescoço para tentar cortar a cabeça, dá vários golpes no pescoço para cortar, e não acontece nada. Então, com suas armas penduradas nas correntes, retira ao cutelo usando as duas mãos, e joga longe o deixando desarmado. Ele faz mesmo golpe de jogar a faca usando a correntes, Lucas pega o facão e puxa para trazer o Johnny, e pega as correntes e começa a enforca ele. Até que não funciona, e tenta tira as correntes de seus braços junto com as armas, depois de apanhar Johnny por si mesmo fica desarmado, para ter uma luta justa, e ser mano a mano.
   Johnny vai dá um chute, e Lucas bloqueia com as duas mãos, e tenta chutar a cabeça dele e desvia e dá um soco logo em seguida na máscara, que depois Johnny bloqueia os golpes e dá um chute no Lucas que bate numa árvore, ele pega o cutelo do chão e encrava na cabeça de Lucas, morrendo mais uma vez. E Johnny podendo sair vitorioso dali, ao olhar para trás, observa Júnior, a pessoa que deixou escapar, com o isqueiro na mão e um desodorante spray, que acende e faz um lança chamas improvisado e taca fogo nele. Nos momentos finais de vida, enquanto seu corpo ficando queimado grava o rosto de Júnior na sua memória, para jamais se esquecer dele, para não deixar pontas soltas.
   Júnior se joga e senta no chão, perto do fogo, e fica em estado de choque, e ouvindo barulhos de sirenes de polícia. E de longe, um rapaz que estava observando aquilo, o arquiteto de tudo que estava acontecendo, nas sombras sai que não é nada menos que Luis Zaravs e diz:
— O primeiro teste da imortalidade está feito.


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