Oneshots Criminal minds Parte 4 escrita por Any Sciuto


Capítulo 9
Lost souls, Souls Found.




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Era uma noite de outono. O dia era 23 de março de 1954. Um homem estava bebendo no bar e não sabia, mas aquela noite iria mudar toda sua vida.

Emily Prentiss entrou no bar vestindo um vestido preto cheio de brilho. Ela havia terminado o namoro com um idiota que ainda tinha esperanças de voltar com ela. Mas como mulher dona de si mesma, Emily deu uma cartada certa ao enumerar os defeitos e porque ela sabia que ele nunca mudaria.

Ian era agora passado e ela esperava que ele superasse.

Entrando no bar, ela viu sua amiga Penelope dançando com seu noivo, Derek e JJ com Will. Reid estava bebendo no bar com David Rossi, que apesar de ser membro da máfia, era boa gente.

Sentando no único banco disponível, Emily sorriu para o belo Aaron Hotchner. Havia algo naquele homem que a fazia desmaiar de paixão, mas como sempre, ela temia que ele dissesse que era casado.

— Eu quero um Sex On The Beach. – Emily sorriu para o homem com um copo de refrigerante. – Tomando refrigerante? Sempre que você vem você pede uísque.  

— Tenho um encontro depois. – Hotch sorriu e tomou outro gole de refrigerante. – Com meu filho. Aaron Hotchner.

— Emily Prentiss. Então, você é casado? – Emily estava decepcionada.

— Viúvo. – Hotch respondeu. – Ela foi assassinada por um serial killer. É recente.

— Ah, eu não sabia. – Emily pôs a mão no ombro dele. – Eu sinto muito por isso.

— Já faz algum tempo. – Hotch apenas deu de ombros. – Mas, e quanto você? Tem marido? Talvez um namorado?

— Não e não. – Emily corou um pouco. – Eu acabei de despejar um homem que queria de qualquer jeito ficar comigo, mas eu já não o amava mais.

— Você quer dançar comigo? – Hotch literalmente ficou com vontade de chamar Emily. – Eu sempre te vejo por aqui.

— Eu aceito. – Emily se levantou, terminou o drink e pegou a mão de Hotch. – Faz algum tempo que eu não danço.

— Apenas siga meu comando. – Hotch colocou as mãos na cintura dela. – E deixe a música entrar em seu corpo, fazendo um caminho completo para seu coração.

— Você quer me conquistar? – Emily perguntou, tentando brincar, mas o olhar de Hotch apenas a fez ter um incêndio. – Hotch?

— Eu não vou mentir. – Hotch se aproximou mais dela. – Desde a primeira vez que eu te vi eu sonhei em ter você em meus braços. Eu nem sei se devo de qualquer forma.

— Você deve. – Emily sussurrou. – Eu também sonhei em ter você nos meus braços.

Aconteceu tão rápido que nenhum dos dois sabia quem tinha beijado quem. A verdade era que se eles fossem sinceros os dois beijaram ao mesmo tempo.

Eles ficaram uns bons cinco minutos na pista de dança antes que finalmente se separassem com os sons de assovios dos outros clientes.

— Uau. – Emily começou a sorrir. – Se eu começar a ganhar beijos assim, acho que vamos precisar casar.

— Sua mãe, certo? – Hotch entendia os costumes do tempo. – Acredite, quando Haley e eu começamos a namorar, os pais delas não queria que eu beijasse porque achavam que ela engravidaria.

Emily viu quando Hotch ficou tenso, logo depois de citar a ex esposa.

— Sinto muito. – Hotch se bateu na testa. – Eu não deveria citar minha esposa morta.

— Eu gosto de ver como você a amava, Aaron. – Emily sorriu. – E fico feliz por você falar sobre ela. Na verdade, eu adoraria saber mais sobre ela, afinal, você e ela tiveram um filho juntos. Nada mais justo.

— Você é a primeira mulher que não foge logo que eu menciono Haley. – Hotch sorriu. – Eu não deveria ter esperado tanto para te beijar.

— Bem, espero que não demore para voltar a me beijar. – Emily sorriu para Hotch. – E só para saber, eu sei como se faz um bebê. Então não me preocupo com engravidar por causa de seus beijos.

— Eu acho que te amo. – Hotch brincou.

Ele não achava. Na verdade, ele sabia que ele a amava. Talvez mais que Haley. E mesmo que ele ficasse chateado por isso, Hotch decidiu que era a hora de deixar o luto, sempre lembrando de sua primeira mulher.

No dia seguinte, Hotch encontrou Emily em um restaurante. Ele a levou para tomar um café e comer um pedaço de torta de damascos. Hotch foi até a casa dela e pediu permissão para a mãe dela, mesmo que a filha fosse maior de idade.

Ele era todo cavalheiro. Abrindo a porta de seu carro, ele saiu e abriu a porta do passageiro, a ajudou a sair e parecia levemente ansioso.

— Então, eu queria ser diplomata como minha mãe, mas achei melhor tentar uma carreira no FBI. – Emily pegou um pedaço de bolo e o devorou. – Mas eles não estão aceitando mulheres agora.

— Eu sei, parece que estamos no século 18. – Hotch a viu rir. – Eu tenho alguns amigos importantes no FBI. Posso convencer eles a te dar uma chance.

— Hotch, eu agradeço, mas eu realmente não preciso. – Emily sorriu. – Eu te acho o cavalheiro certo.

Hotch sorriu, mas algo lhe chamou a atenção. Ele se levantou e foi atingido por um tiro certeiro no coração. Emily se levantou e acabou sendo morta também. O homem que atirou se matou em seguida.

Houve comoção por causa das mortes de Hotch e Emily. A família de Ian Doyle se mudou para longe, uma vez que sua mãe estava novamente grávida de um menino. Jack Hotchner acabou morrendo quase três meses depois.

Washington, 2006...

— Agente Hotchner? – Emily Prentiss entrou no escritório de Aaron Hotchner. – Agente especial Emily Prentiss.

— Bem-vinda. – Os olhos de Hotch se encontraram com os de Emily e quando suas mãos se tocaram, ele sentiu um dejavu. – Desculpe, eu conheço você?

— Talvez dos seus sonhos. – Emily sorriu. – E eu conheço você dos meus.

Como se fosse uma força que os puxava um para o outro, Emily e Hotch se beijaram. Ela sonhara tanto em reencontrar seu amante antigo. As vidas estavam entrelaçadas desde que eles se encontraram naquele bar.

Não que Hotch achasse que era sua vida sendo repetida. Com Haley morta, seu filho chamando-se Jack, Emily ali na frente dele, agora trabalhando para o FBI e a equipe toda sendo seus amigos na outra vida.

— Eu senti tanto sua falta. – Hotch disse entre sussurros. – Desde que cheguei a este mundo de novo eu sonhava em encontrar alguém. E esse alguém era você.

Fechando as cortinas e trancando a porta do escritório, Hotch a fez largar a caixa que ela tinha nas mãos e a levou para o sofá. Colocando uma música baixa dos anos cinquenta eles começaram a dançar.

Eles ainda se lembravam dos passos. Quando a melodia acabou, Hotch a beijou, esperando que nessa vida eles não tivessem mais que se separar por muitos e muitos anos.


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