— Eu finalmente despachei meu marido para a casa de minha mãe. – JJ se sentou com seu copo de vinho. – Eu tenho certeza que estamos prontas.

— Finalmente. – Penelope bateu sua taça na de Tara e de Emily. – Agora, podemos falar sobre o que não costumamos falar na agência.

— Como o jeito que Luke te olha? – Emily estava meia alta já. – Eu tenho certeza que você já percebeu que ele te come com os olhos.

— Bom, ele pode comer minha bunda. – Penelope respondeu, arrancando risos de todas as outras meninas. – Mas antes eu gostaria que ele comesse outra coisa.

— Penelope! – Tara deu uma risada alta. – Olha, eu não sei como nós vamos ficar sem seus comentários garota.

— Eu acho que seu bom namorado pode te ajudar. – Penelope provocou de volta. – Aposto que vocês cantam juntos a noite.

Por mais rude que pudesse parecer, por mais intrometidas que parecesse, era realmente bom poder jogar papo fora entre todas. Elas nem sabiam quanto tempo esse tipo de encontro acontecia, mas agora, elas estavam juntas.

Depois do que pareceram horas colando coisas, as meninas avistaram o karaokê de Penelope, que habilmente instalou rápido. Elas haviam selecionado algumas músicas no aparelho.

Maniac, de Conan Gray foi a primeira que começou a tocar.

— You were with your friends, partyin', When the alcohol kicked in, Said you wanted me dead, So, you show up at my home, all alone, With a shovel and a rose, do you think I'm a joke?— Penelope começou a cantar e as meninas ficaram completamente boquiabertas. - 'Cause people like you always want back what they can't have, But I'm past that and you know that, So you should turn back to your rat pack, tell 'em I'm trash

— Tell all of your friends that I'm crazy and drive you mad, That I'm such a stalker, a watcher, a psychopath. And tell them you hate me and dated me just for laughs. So, why do you call me and tell me you want me back? You maniac.— Emily entrou no meio fazendo a sua parte muito parecida com a de Penelope em assuntos de canto.

— (Maniac, some may say that I'm a) you maniac. (Maniac, some may say that I'm a) you maniac. (Maniac, some may say that I'm a) you maniac. (Maniac, some may say that I'm). - As meninas cantaram o refrão juntas e se sentiram muito bem.

— You just went too far. Wrecked your car, called me crying in the dark. Now you're breakin' my heart. So, I show up at your place right away. Wipe the tears of your face. While you beg me to stay. – Foi a vez de JJ cantar e todas sorrirem. - Well, people like you always want back what they can't have. But I'm past that and you know that. So you should turn back to your rat pack, tell 'em I'm trash.

— Tell all of your friends that I'm crazy and drive you mad. That I'm such a stalker, a watcher, a psychopath. And tell them you hate me and dated me just for laughs. So, why do you call me and tell me you want me back? You maniac. — Tara cantou fechando a rodada da música.

Dali para frente, as meninas literalmente cantaram várias músicas até perder a hora. Três garrafas de vinho depois, as quatro estavam espalhadas pelo apartamento de Garcia, dormindo profundamente.

Penelope acordou primeiro, vendo como toda a bagunça pelo lugar parecia pior. Ela colocou as garrafas vazias de vinho no lixo, lavou as taças e preparou uma receita para a resseca coletiva que estaria prestes a acontecer.

Ela inclusive preparou aspirinas para as amigas. Parecia que a casa havia se transformado em uma boate e depois em um clube barato de karaokê.

— Hummm. – Emily levantou meia tonta. – Meu Deus, o que diabos aconteceu aqui?

— Bem, depois de cantar Billie Eilish você e JJ queriam cantar uma música brasileira. – Penelope pegou a lista de músicas. – Evidencias.

— Meu Deus. – Emily deu um suspiro. – O que a gente bebeu ontem? Vodca?

— Vinho. – Penelope deu a amiga um copo de sua cura ressaca e as aspirinas. – Ainda bem que trouxemos roupas extras. O chuveiro é ali.

Penelope apontou para uma porta no apartamento. Emily agradeceu e foi para baixo da água, sentindo cada parte dela doer. Apesar de estar completamente dolorida, era algo bom. Ela se divertiu com as amigas e a iminente saída de Penelope pode ser um pouco superada.

Cada uma das garotas depois de acordar e tomar suas curas e aspirinas, tomaram banho e foram juntas para a BAU. Penelope tinha um carro novo. Sua amada Esther estava na casa de Luke e bem, ela não queria ter que explicar uma coisa que não sabia se daria certa.

— Bom dia. – Matt cumprimentou as quatro garotas. – Vocês estão bem?

— Cansadas. – Emily adicionou. – Parece que fomos atropeladas por um caminhão chamado vinho.

— Eu trouxe mais alivio de ressaca. – Penelope entregou copos com a mistura estranha verde. – Aproveitem.

— Ugh, Penelope, parece que você raspou o chão da floresta e misturou. – Tara reclamou, mas aquilo estava realmente ajudando. – Mesmo assim, eu agradeço.

— Senhoras, eu trago algo para ajudar com a ressaca de vocês. – Luke olhou para todas e demorou seu olhar em Penelope. – Café.

— Oh, obrigado, Luke. – JJ sorriu e passou a bandeja de isopor para Tara, Emily e Penelope.

— É do Lunacorn. – Penelope sorriu para Luke. – Luke Alvez, me faça parar de te amar.

— Nunca. – Luke sorriu e todo mundo percebeu o clima entre os dois, mas ninguém comentou nada.

— Certo, eu fico constrangida que existem provas da noite passada. – JJ parou o vídeo quando Penelope começou a cantar no karaokê. – Pen, de todas, você parecia uma profissional.

— É mesmo, chica? – Luke pegou o controle de JJ e deu o play. – Você sabe que pode cantar assim para mim algum dia. Eu não iria me importar.

Penelope começou a tossir quando se engasgou com o café e Emily, Tara, JJ e Matt olharam para ele sem acreditar que ele havia dito isso.

— Certo, que tal voltarmos para o trabalho? – Emily observou Penelope se levantar e Luke a seguir. – Não quero parecer enxerida, mas estou feliz pelos dois.

Enquanto isso, Penelope e Luke seguiram pelo corredor. Destrancando uma sala qualquer, Penelope puxou Luke para dentro e fechou a porta.

— Eu achei que você não queria divulgar nosso relacionamento? – Penelope não estava irritada. – Mas aquilo pareceu que você estava a fim disso.

— Bem, agora que eles sabem que eu não estou mais com a Lisa, eu posso te apresentar como a futura senhora Alvez. – Luke viu Penelope sorrir. – Estamos de bem?

— Claro, meu futuro marido senhor Luke Alvez. – Penelope o beijou e se afastou dele, saindo pelo corredor. - Quando quiser.

Ele a seguiu até a sala de briefing, porém quando chegaram na sala, eles tiveram que adiar porque os testes de DNA chegaram e eles descobriram que Everett Lynch estava vivo.

Luke apertou a mão de Garcia, prometendo manter ela e todos seus amigos e colegas a salvo.

Ele não sabia o quanto isso precisaria ser feito.