Sistema Prisma escrita por Crascutin


Capítulo 8
Diário de Bordo: 08


Notas iniciais do capítulo

Eu não irei me preocupar em fazer a narrativa tão bem conectada entre os capítulos...
Pelo menos tem uma pequena sequência do capítulo anterior, depois da parte de desempenho da narrativa com o passeio e pequena Quest.



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Capítulo 08 - A família de Thuarr: Papai

Eu observei que não havia muito por aqui... Tudo o que há são cabanas humildes. Pequenas casas aquecidas somente pelo calor “humano”...

O “homem-gato” estava perambulando comigo pela vila, e nós estamos conversando agora sobre a infraestrutura dessa população. 

Existem muitos dilemas étnicos, políticos e educacionais por aqui... Essa seria uma região sem lei, caso este povo não fosse harmonioso entre si.

...

Eles sobrevivem e conhecem alguns parâmetros filosóficos em meio às condições dramáticas de suas vidas...

...

— Nós não temos uma escola por aqui... No seu mundo é normal existirem inúmeras delas, não é?

— Eu estou em uma delas agora, estudando sobre “este mundo”. Eu consigo vir parar aqui e interagir com essa realidade, mas o “eu que vive” está do outro lado.

— Você gosta de sua vida por lá? Você gosta de aprender com o seu mundo?

— Mas é óbvio! Tudo que eu sei é porque eu aproveitei a cada instante. Meus amigos... E... Bem, minha “família”.

— Nós não temos escola, como eu disse. E não temos um lar, além desse. Não há volta à realidade para nós... Eu não entendo muito sobre o teu mundo, e sei que somos bem diferentes, de forma geral, mas o teu lar é mais pacífico que o nosso. Contudo, somos mais unidos que vocês. E eu acredito que essa chance de existirmos juntos faça o melhor para os dois lados.

— Sim!

— Eu diria que já vasculhamos bastante o ambiente, afinal, não importa andar muito, será sempre a mesma vila e os mesmos vizinhos. Você aprenderá a viver por aqui.

— Este lugar é bem diferente daquilo que eu vivencio no meu mundo.

— O nosso Vilarejo é muito humilde. Nós não temos uma rota de comércio ou mercadorias diversas, por isso não há algo luxuoso. Tudo o que é produzido por aqui é focado para o sustento diário... A comida perece e estraga se não for consumida no mesmo dia. Eu me refiro a carne da caça. Deixando-a em tratamento de conservação com sal e ressecando ao sol pode prolongar esse tempo. Os vegetais e plantações de nós estocamos e podemos usar podem ser usados como escambo, para trocas ou vendas...

— Então esta é a forma econômica desse vilarejo prosperar...

— Alguns andarilhos costumam nos visitar também. Mas não há muito para ser comprado daqui. Costumamos dividir o excesso com os vizinhos... Convivemos em fraternidade. Respeitamo-nos mutuamente. E sobrevivemos para o próximo dia de caçada. As crianças crescem fortes. E o orgulho do nosso povo é grande... Nós somos pessoas honradas e unidas.

— É bem difícil.

— Cultivamos alguns vegetais. As áreas de plantações ficam no terreno depois de atravessarmos o córrego, que usamos para irrigar o prado do arado com canais de água que passam pelas valas que escavamos...

— Deve ter uma bela paisagem rural.

— Essa é a nossa fonte principal de sustento de alimentos, principalmente quando não conseguimos carne. Nossos filhotes passam a nos ajudar desde pequenos com isso tudo, seja no plantio, seja na batalha. Não é a vida que sonhamos para eles, mas é o que pode assegurar um amanhã próspero.

— Hm.

— Os animais não avançam até aqui contra nós, o que chamamos de [Incursão], pois há barricadas e [Barreiras] repulsoras instaladas nos cercados das periferias... Estamos seguros, por enquanto.

— Faz sentido. Afinal, não haveria paz e harmonia se todos os dias houvesse a ameaça de sermos atacados aqui.

— E esse é o nosso atual momento vivenciado, meu filho. Nós somos [Camponeses]... Nós somos [Caçadores]... Nós sobrevivemos com direitos iguais. E nós somos um pouco feliz! Mas... Até quando isso pode durar desse jeito?

— Hm? Então não é tão seguro assim?

— Inimigos podem nos atacar... A prosperidade de uns não reflete a realidade de todos. Muitos outros povos estão sozinhos e sofrendo. E nós estamos quase sem aguentar também... Por isso, meu filho, foi decidido que você... Você que é o [Jogador], aquele capaz de "aguentar o mundo" em suas mãos, deverá nos ajudar a obtemos êxito na paz.

— Eu? Mas como que eu, um patético e desleixado adolescente, que sequer estuda apropriadamente, poderei servir de alguma utilidade nisso? Esse jogo é mais complexo do que imaginei.

Pressão psicológica...

Isso foi ultrajante... Eu quero me divertir aqui, mas os problemas já começaram.

Não me surpreende a escola aprovar esse “experimento” de ciências humanas.

— Você será o primeiro [Comerciante] de nossas terras. E a sua moeda de barganha deverá ser a "Inteligência"! Eu não sou muito sábio ou habilidoso para aprender e te ensinar essas coisas... Contudo, eu entendo é sobre força e garras afiadas. E novelo de lã para relaxar, miau.

— Ah... Eu estou um pouco zonzo, novamente. Foi pressão demais em uma única “pancada”.

Eu busquei mudar o rumo da conversa, mas a última coisa que eu queria me preocupar foi mencionada.

— Mas e o Sniff, você desistiu de encontrá-lo?

Ele estava com um “sorriso de gato” estampado na face. Ele estava se divertindo pela minha falta de motivação nisso... Arg.

— Eu acho que não consigo. Eu sou uma pessoa sem “poderes”, mas aqui neste mundo eu sou um felino, também. Porque eu sei que isso aqui é real, eu sinto que não consigo usar essas “extensões” de mim tão facilmente. Eu sou fraco, ainda.

— A força não é conquistada. Também não é um merecimento... A força é o desejo de não desistir. Persista. Concentre-se. Mexa-se. Solte o seu miado... Você vai chegar a alturas que eu não consigo imaginar, caso não desista. E essa é uma boa chance para praticar, tanto as técnicas, quanto o “eu” interior.

— Eu quero deixar bem evidente isso. Você é um bom amigo, meu “outro pai”.

...

#Continua...


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Notas finais do capítulo

Meu amigo... Eu estou inspirado! Como EU escrevi um enredo assim? Posso dizer que foi surpreendente.



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