Just another girl escrita por Nina Spim


Capítulo 7
Chapter Seven


Notas iniciais do capítulo

e aí, moças sáficas, tudo bem? mais um capítulo no ar! espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/786431/chapter/7

Eu pensei: ”Não fica melhor do que isso”,

Não pode haver nada melhor do que isso.

(South London Forever, Florence + The Machine)

A primeira coisa que eu faço é contar para os meus pais quem eu vi no laboratório de química.

Eles ficam chocados tanto quanto eu. Também não acreditam.

— Querida, a gente não sabe mais o que fazer – Hiram, meu pai mais concentrado, diz – Mudar de casa e de escola já foi difícil. O que mais a gente pode fazer? Você quer mudar de cidade? Talvez ir logo para Nova York... Existem boas escolas preparatórias, talvez bem melhores do que o McKinley. E você pode começar a fazer aulas de teatro de verdade, não só nas férias!

A primeira pessoa em quem eu penso não é em Kurt. É Quinn. Penso no unicórnio que está em cima da minha cama e dos tickets que guardei do parque.

Eu não quero ir embora. Não quero ter que me privar de boas coisas só porque estou sendo perseguida por um garoto maníaco.

— Não... – interrompo – Eu não quero sair daqui. Essa é a minha vida. Aqui, em Lima.

— Tem certeza? Porque, eu e seu pai... Quer dizer, Nova York sempre foi o seu sonho.

— E continua sendo. É que eu tô cansada de fugir.

— Se ele simplesmente olhar para você... – Leroy vocifera.

Assinto.

— Eu sei.

— Não quero que você se coloque em nenhuma situação de risco, ouviu bem? Nada de conversas, nada de oi, nada de nada.

Faço que sim mais uma vez. Como se eu fosse tentar. Como se eu tivesse a coragem.

— Tem certeza de que quer continuar lá?

— Sim.

{...}

Antes de dormir, abro o Instagram. Passo pelo feed durante algum tempo e, enfim, procuro um perfil específico.

Lá está ela: @fabray_quinn.

A última foto é uma selfie numa boate, a mesma boate em que nos conhecemos. Foi postada no sábado.

 Olho outras fotos, a maioria selfies em que não aparece sorrindo, ou então com as duas mesmas garotas que estavam com ela na boate.

Tiro uma foto do unicórnio ao meu lado e envio para ela, via DM.

Ela também está online e a resposta vem em poucos segundos:

que bom que não jogou fora????

Rio e respondo:

Até parece. Tá fazendo o quê?

tentando dormir hahaha e você?

Pensando.

Aquela foto das nacionais ficou sensacional!

Parece que você está levitando?????

meu dom secreto, rs.

Adorei.

e aí, quer ou não ser a minha parceira de crimes químicos?

e também: quer almoçar comigo amanhã?

Quero. As duas coisas.

você está se sentindo melhor?

Sim, com certeza.

Obrigada por ter passado o dia comigo.

Juro que também conheço lugares legais aos quais podemos ir :)

opa, QUERO.

Como foi hoje na orientação? Você gostou?

nossa, foi tipo HORRÍVEL.

não sirvo mesmo para faculdade hahaha.

aí, tenho que dormir agora.

a gente se vê amanhã!

Boa noite!

Releio a conversa duas vezes e me perco no meio das fotos dela. Eu queria saber tirar selfies sem me constranger. Sem querer editar o meu nariz ou a minha cara toda.

A última coisa que vejo é uma notificação: “@fabray_quinn começou a seguir você”.

E eu a sigo de volta no mesmo instante.

{...}

Na sexta-feira, almoçar com Quinn se tornou uma coisa que eu gosto muito. Apesar de Santana não falar quase nada comigo e só me dirigir ironias, gosto de Brittany, ela é na dela, mas pelo menos não tenta me ofender.

— Me conta de novo por que a gente vai almoçar com as líderes de torcida – Kurt me pede pela terceira vez na semana, enquanto vamos para o refeitório externo – Tipo, eu entendo a Quinn... Mas a Santana? Sabia que a chamam de Satã?

— Porque a Quinn me convidou e, se me convidou, convidou você também.

— Achei doido você a conhecer no sábado. Ela me defende mais do que o Finn, sabia? Ela é uma espécie de anja bonita e popular.

Ah, meu Deus, o Finn... Esqueci completamente dele durante todos esses dias! Meu plano, antes do semestre começar, era aparecer nos treinos para dar aquela torcidinha básica, só pra ele não esquecer que acredito muito nele. Mas esqueci total de qualquer coisa sobre ele. Não é como se eu o visse muito, também.

— Você vai comigo, sim! – exclamo – Não vou te deixar por aí para, sei lá, roubarem o seu dinheiro ou a sua comida!

Eu sei que isso já aconteceu muitas vezes e ele teve de se esconder debaixo das arquibancadas.

Não é como se o Kurt tivesse outro lugar para ir, então ele me segue.

Quando chego à mesa, apenas Quinn está ali e ela sorri para nós. Em seguida, diz que Santana e Brittany não vêm, pois estão com a treinadora Sylvester. Kurt fala mais e eu também, é uma conversa entre amigos e eu gosto disso. É quase como se eu pudesse ser a Rachel Berry de sempre.

Depois das aulas, saio da sala apressada. Quinn, que faz a mesma matéria (Biologia), me pergunta para onde estou indo tão animada.

— Vou ver o Finn treinar.

Ela não entende.

— Por quê?

Me encolho. Será que eu deveria contar para ela?

— Tá bom – agarro o pulso dela –, você não pode contar isso para ninguém. Nem mesmo para o Kurt, tá?

— Meu Deus, o que foi?

Olho para os lados no corredor, para saber se tem alguém por perto.

— Eu sou apaixonada pelo Finn – falo baixo – Tipo, há muito tempo. Antes da Carole e o Burt casarem.

Quinn fica me olhando.

— Você não sente mais nada por ele, né? – averiguo rapidamente. E se ela ainda sente? E se ela acha que temos de brigar por ele?

Ela faz uma careta.

— Meu Deus, não. Vai em frente – Quinn sorri, com uma piscadela.

Sorrio de volta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

oie, que tal um review? ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Just another girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.