Novo Amanhecer escrita por Fábia


Capítulo 23
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

Apresentando Arkros - O Genesis!



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[POV Edward/Akros] 

Akros, solenemente assentiu com a cabeça.  

Aquele homem alto, de olhar dourado e sincero, pele clara, mas não pálida como os vampiros comuns, caminhar leve e falar suave, desfilou pela sala como se plainasse e tomou meu lugar, olhou silenciosamente para cada um, fechou os olhos, como se inspirasse os pensamentos de todos na sala.  

— Olá! - Começou ele pausadamente – todos aqui me conhecem, alguns de ouvir falar... Mesmo assim quero me apresentar formalmente, vamos do inicio: 

Sou Arkros, sou vampiro desde sempre, não sei se fui transformado, ou criado, ou nascido, o que sei é que tenho muito mais de mil anos, sou grego, moro num monte na Grécia, embora não seja o Olimpo, é tão aconchegante quanto.” – Disse Arkros em tom de brincadeira. 

Fiquei conhecido por Arkros o Genesis”, porque se criaram lendas de que eu seria a fonte dos vampiros. Tenho vários dons, e como todos gostaria que alguns fossem trocados pelo de Clarividência, com certeza muitas batalhas não teriam acontecido. Alice é uma agraciada! 

Arkros olhou para Alice com carinho de um pai. 

Mas não é verdade! Não sou o “Genesis”, pois se fosse, tenho certeza de que seríamos irmãos, sem guerras ou discriminação de raças. Por muitos anos, fui soberano de um povo que não se importava se você era vampiro, transfigurado, ou lobisomem, todos vivíamos em união. Morávamos entre o mar e as montanhas, numa terra que pode se chamar de encantada! Uma vila muito semelhante à dos camponeses da atualidade, porém com menos misérias e mortes. 

Os vampiros daquela época podem acreditar, dormiam às vezes, não por necessidade, mas por tranquilidade.  Não tínhamos a necessidade de sangue, que hoje se criou, e por incrível que pareça, não lembrávamos nem de longe Drácula, ou mesmo nosso “amigo” Aro. Aliás mesmo o Conde Drácula, não era assim tão perverso quanto pintam, mas Aro é bem pior do que imaginamos. 

Tínhamos um conselho, mas poucos casos a serem julgados, já que nosso povo era pacifico e ordeiro.  

Os arkrianos como eram chamados, só tinham uma pequena regra: não atacar humanos.  

Embora a vivência entre nossa espécie e os metamorfos fosse pacifica, não havia entre nós muitos casos de casamentos, ou seja, os lobos casavam-se com lobos, vampiros com vampiros, e assim por diante. 

Desculpem-me os lobos presentes, mas o “odor” de cão molhado não é fácil de aguentar, e suponho que o cheiro de sangue podre, também não faça parte de seus aromas mais desejáveis!  - os quileutes riram. De fato não deveria ser uma relação muito agradável pensando dessa forma. 

Os poucos que conseguiam tinham certos cuidados, pois sabemos que a força de uma criança vampira no ventre de uma humana ou de um transfigurado (ou metamorfos) seria letal. 

A relação entre humanos e lobos, ou transfigurados era um pouco mais comum, porém o mesmo não acontecia entre humanos e vampiros. A pele fria não era convidativa. E não queríamos ferir a regra principal, e num descontrole atacarmos um humano, principalmente alguém de quem simpatizássemos. 

Mas com o passar dos anos, os humanos começaram a circular mais entre nossa espécie, e os casamentos tornaram-se mais comuns, e como consequência as mortes e os nascimentos também. Não que os humanos fossem culpados diretamente, mas como disse um parto de uma humana que gera um vampiro é muito complicado, doloroso e normalmente mortal. 

As crianças que conseguiam sobreviver, eram chamadas de Hibridas, tinham uma inteligência fenomenal, e traziam em seu “DNA”, os dons desenvolvidos pelos pais vampiros e as virtudes humanas, amplificadas. Ou seja, eram crianças demasiadamente inteligentes, fortes, sensíveis e às vezes, só às vezes, dóceis. 

Todos na sala nem piscavam prestando atenção em cada palavra de Arkros! Ele não só prendia a atenção pela beleza imponente, mas o seu falar era atraente! 

Quando os gregos começaram a acreditar em deuses, alguns de nossa tribo resolveram alimentar essa crença, se mostrando como poderosos feitores de milagres. As crianças foram sendo usadas para esse fim, enganar os humanos. 

Correndo o risco de iniciarmos uma guerra desnecessária, propomos então que os que fossem a favor dessa prática, se mudassem para o monte ao lado, o famoso OLIMPO. 

Porém o que poderia continuar sendo uma vivência pacífica, se tornou um tormento, logo os vampiros que se auto intitulavam deuses gregos passaram a caçar humanos, pois descobriram que o sangue era simplesmente incomparável ao sangue animal. 

Os lobos reprovavam a prática, e começaram a lutar contra os vampiros. Os transfigurados também. 

Então houve um rompimento total entre as raças; humanos foram para um lado, os lobos para outro, transfigurados para outro, e nós vampiros nos dividimos entre os Olimpíacos e os arkrianos. 

O meu povo foi quase exterminado, restaram alguns poucos clãs, enquanto isso os Olimpíacos cresciam assustadoramente. Não houve mais como detê-los. Os clãs Olimpíacos acabaram se espalhando, porque havia uma guerra entre eles pelo poder,  e logo perdendo o contato com o passar dos séculos. 

Arkros parou fazendo um solene gesto pelas vidas perdidas nessas batalhas!  Olhou para cada um da sala, sondando suas expressões, e continuou. 

Porém nosso povo manteve-se unido e lutando agora contra os próprios irmãos, e também contra os Lobisomens, que achavam que nós éramos todos iguais. Os transfigurados mudaram-se para longe, preferiram manter-se aquém das guerras e batalhas travadas em nossa região.  

Há cerca de meio milênio, Aro apareceu vindo não sei de onde, junto com ele estavam Marcus e Caius, irmãos pelo que diziam. Queriam aliar-se aos Olimpíacos, para conquistar os demais clãs, mas os Olimpíacos não aceitaram dividir, e houve outra Guerra, agora ainda mais sangrenta. 

Os Volturis, embora não sendo muito mais fortes,  tinham técnicas de guerra semelhante a do exército Romano, logo venceram e tomaram o Olimpo, mas não quiseram morar lá, e se fixaram em Voltera. 

Fizeram alianças com alguns traidores. Esses permaneceram no Olimpo, vigiando nossa gente, alimentando a ideia mitologia, e se saciando com sangue humano. 

Anos mais tarde, fizeram a mesma proposta a nós, Arkrianos, mas da mesma forma que nossos irmãos quase extintos, preferiram nos manter sem ligações externas. Aro não aceitou, e matou mais da metade da minha gente. Sobraram poucos que fugiram e se espalharam por toda a terra. 

Arkros olhou novamente para todos os presentes, sabia que muitas perguntas se formulavam em suas mentes, mas ainda tinha muito que contar.   

— Eu sei que vcs tem perguntas, mas logo entenderão tudo! Se quiserem uma pausa?! - perguntou olhando especificamente para os Quileutes na sala. 

Claramente os vampiros não gostaram da sugestão. Estávamos há muitas horas nessa assembleia e não tínhamos chegado a lugar algum. 

— Pode continuar, vamos acabar com isso logo! - pediu Sam. - O único que precisa descansar aqui já está dormindo! - comentou olhando para Edja que dormia no colo de Bella. 

— Por favor, Arkros, continue! - pediu Allistair. 

Arkros respirou fundo (ele tem muitos costumes humanos, respirar fundo, piscar, se emocionar...). 

Ele lançou um olhar carinhoso para Edja e depois para Maurice. Seu semblante ficou triste, uma tristeza comovente, eu diria. E passou a narrar a parte mais dolorida da história dele: 

Bom, Aro é um ser repugnante, perverso e...  - Seus olhos mudaram de cor repentinamente, até seu corpo parecia emitir uma energia nebulosa! Foi estranho! 

Enfim, - continuou ele num tom diferente agora - nessa batalha perdi meus filhos Ejiad e Tares, e minha linda e amada Esposa Athemires, restando apenas minha filha Adhara e eu, do meu clã. 

Mas Aro ainda não tinha terminado, levou alguns prisioneiros, vampiros com dons especiais para lutarem junto com ele. Minha única filha, minha amada filha, foi levada com eles. 

Arkros não hesitava em demonstrar seus sentimentos, era nítido o quanto lembrar disso, o fazia sofrer. 

Adhara tem alguns dons comuns, como ler pensamentos, ouvir a quilômetros de distância, o de projetar imagens como nossa amiga Amazona, emitir feixes de luz, que cega os seus inimigos, e outros dons mais que especiais, que mais tarde saberão. 

Mas não foi por seus dons que Aro a levou, mas para me manter longe de Voltera, pois se eu chegasse perto de Voltera, “ele a mataria da forma mais cruel que encontrasse” - essas foram suas palavras.  

Jurei acabar com a vida de Aro, mas tenho consciência da sua força e da força da sua guarda. Porém não desisti, por anos coloquei espiões no castelo, e de ano em ano tenho sabido tudo que ocorre em Voltera. 

As batalhas com os recém-criados, o extermínio daqueles que Aro considera inimigos, as alianças que vem formando, enfim cada passo de Aro. 

Como vocês aqui presente eu também tenho algo contra Aro e seus desmandos. 

Arkros ia continuar, mas Daniel se pronunciou: 

— Ok! Arkros! Mas eu tenho uma pergunta!  Se me permite fazê-la?! — Disse Daniel, do canto da sala. 

— Pois não, diga!  - Arkros sabia que todos teriam muitas perguntas, e mesmo sem ter terminado sua narrativa, abriu espaço para que os presentes se pronunciassem. 

— Por que lutaríamos contra Aro agora?! Depois de tanto tempo? Qual é o motivo afinal que nos levaria a se unir, agora!!?? – Disse Daniel, olhando para todos os presentes. 

— É mesmo uma boa pergunta, meu querido amigo! 

— Espero mesmo que venha uma boa resposta! – disse Adann o companheiro de Tanya. 

— E temos, não é mesmo Isabella?! – disse Arkros fazendo sinal para que Bella se aproximasse dele.  

Bella devolveu Edja para Jacob e se juntou a Arkros no centro da sala. 

Arkros então continuou: 

— Nesses anos em que mantive meus espiões em Voltera, soube dos planos de Aro, e embora ele sendo até justo às vezes, impedindo que nossa espécie chamasse mais atenção do que deveria, já que os humanos não aceitariam servir de alimento de forma alguma, Aro também acumulou conhecimento e planejou um ataque impetuoso, onde nós, seríamos exterminados. Bella faz parte disso!  

— Bella??? – uníssonos disseram. 

— O que ela tem a ver com isso? – perguntou Rosalie, com raiva e ciúmes com certeza. 

— Bem, quando Aro invadiu o Olimpo e destruiu os Deuses Vampiros, ele poupou apenas um: Krinon O VidenteKrinon, pode ver o futuro de qualquer um que tivesse algo importante a ver com os Vampiros, e embora as revelações não sejam muito claras, são de grande valia, para um Ditador como Aro. 

Ele até viu a chegada de Aro, mas não demos muita atenção pois achávamos que éramos imbatíveis. Esse orgulho idiota, fez com que Aro quase nos dizimasse. E também fez com que ele se aliasse a Aro, já que Aro acreditou nele e o valorizou mais que nós! 

Krinon, tem abastecido Aro de informações importantes ao longo dos séculos. Ele previu a existência de cada um de vocês, por isso Aro tentou destruí-los ou pelo menos enfraquecê-los.  

Quando os Cullens foram “previstos”, Aro não desejou destruí-los mas sim trazê-los para a sua guarda. 

Logicamente que os poderes paranormais de Edward, Alice, Jasper, a força de Emmett, a Beleza incomum de Rosalie, a paciência e maturidade de Esme e Carlisle, e por fim o dom de Maurice, seria muito útil a Guarda, porém a capacidade de gerar um escudo interno e externo de Bella, e o fato desse escudo a impedi-la de ser totalmente transformada, favorecendo a maternidade, deixou Aro entusiasmadíssimo. 

Ele colocou Renata para vigiar cada passo dos Cullens, e claro que ela reportou tudo como fora solicitado, e segundo Krinon, ela não precisaria interferir apenas observar. 

Mesmo assim, algumas vezes ela deu uma mãozinha ao destino, promovendo Phill de uma cidade para outra, fazendo com que Bella viesse morar com o pai em Forks, direcionando os três nômades: James, Vitória e Laurent para os Cullens, enfim coisinhas pequenas que agilizariam a história. 

Como eu disse as visões de Krinon não são muito especificas e com margens relevantes de erro, por isso ele não previu que Jane e seu irmão sobreviveria, ou a saída dos quileutes da reserva. Essas coisas foram pontos importantes para estarmos aqui hj. 

— Está bem, mas que dom meu Maurice tem? – perguntou Emmett agitado, sendo totalmente aleatório. 

— Maurice?! Oh!! Vocês ainda não sabem!! – disse Arkros achando graça. – Maurice entende os animais e pode comandá-los se quiser! 

— Isso explica a afinidade com Lobo e o fato de não gostar de caçar!! – Disse Emmett, achando graça de tudo como sempre 

Enquanto Emmett pensava nos dons de Maurice, os demais queriam mais informações. 

— Tuuudo bem, Arkros, mas ainda não me convenceu! – reclamou Shioban. 

— Bella pode gerar um filho! Isso todos sabem! Ok!!?? -  Continuou Arkros. 

— Sim, isso entendemos... 

— Na verdade Bella pode gerar quantos filhos quiser... Bella não terá que esperar nove meses para dar à luz, aliás, segundo Krinon, a gestação dela não passara de dois ou três meses, e logo em seguida ela já poderá gerar novamente! Sem nenhuma afetação física ou mental!!! Maravilhoso isso não é?! – exclamou Arkros, antes de simular pesar e continuar - Se não fosse pelo detalhe de que:  os bebês gerados por Bella com um Vampiro como Edward ou até mesmo como Aro, geraria uma criança poderosa! Com dons além de qualquer precedente! — parou, olhou e continuou - Agora meus amigos, imaginem Aro com um exército de crianças, fofíssimas e muito perigosas?! Some isso à vontade de nos exterminar que Aro tem! – olhou a todos como se o que dissesse parecia ser lógico. 

— Bom, então matemos Bella! – disse Tânia. 


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Notas finais do capítulo

E então... Vamos matar Bella?



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