O suicida e a sonhadora escrita por Oliver


Capítulo 6
Seguindo Em Frente


Notas iniciais do capítulo

Ainda mal, Anna sabia que não que não podia continuar daquele jeito, pois tinha todo um caminho pela frente e aquela dor poderia atrapalhar seus planos. Oli continuava com seus problemas, e sua mente o perturbava ainda mais... O garoto já tinha algo em mente, porém precisaria de mais tempo pra fazer o que pretendia.



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Alguns dias se passaram, e Anna ia dia após dia naquele mesmo lugar onde havia se encontrado com Oli. Não para encontrá-lo, mais porque o local era perfeito para quem queria ficar sossegado. Era o que ela queria... Apenas ficar sossegada e estudar em paz para o vestibular que se aproximava da faculdade que ela tanto sonhava. Só que o que Anna não esperava e que aquele lugar, lhe fizesse pensar naquele garoto.

ANNA: O que será que aconteceu com aquele menino?... O que será que ele tinha naquele braço? Na certa, deve ta bem. Aquele machucado deve ter sarado já... Mais ele é esquisito. Não que eu esperava, mais pensava que pelo menos uma vez a gente ia se encontrar aqui de novo. Bem já ta ficando escuro... Hora de ir pra casa.

Após varias discussões com seus pais, Oli tinha saído a procura de emprego e tinha conseguido. Na sua família, não era o mais amado... Era excluído. Na tentativa de agradar seus pais, Oli havia feito o máximo de curso possível, na tentativa de agradar seus pais... O que não ocorreu, mais facilitou bastante na sua busca por emprego. Conseguiu emprego em deposito de móveis e eletros, numa empresa que aquele que foi seu amigo também trabalhava.

LÊ: Bom te ver aqui... Há um tempo atrás estudamos na mesma escola, e agora trabalhamos no mesmo lugar...

Oli fica em silêncio, mostrou o que poderia ser chamado de sorriso discreto, mais sem mostrar qualquer tipo de afeto.

LÊ: Cara, aqui você pode conversar... Não pode é dar bobeira e deixar que os outros te vejam parado. Kkkkk... Mais vamos lá. Hora de ir já.

OLI: Sim. Vamos. Vou só passar o relatório do dia e pronto.

LÊ: Ok... E então... Vai fazer o que nesse fim de semana? Amanha já é sexta...

OLI: Provavelmente só ficar em casa mesmo.

LÊ: Você tem que sair casa... Conhecer e se envolver com pessoas... Vamos jogar bola. Sei que você é bom... Já te vi jogar.

OLI: Não jogo mais. Mais valeu.

Oli entra no escritório passa o relatório do dia e em seguida sai com destino a sua casa. O deposito em que trabalhava, era em um bairro vizinho da sua casa, então Oli ia a pé. Lê aguardava Oli sair quando percebeu que o amigo já estava na frente, e correu pra o acompanhar.

LÊ: Eu tava te esperando pra descer junto.

OLI: Não precisa.

LÊ: Cara você ta diferente demais. O que houve? Aqui você mal fala. já lá dentro você sorrir, conversar na boa... E aqui mal fala três palavras e ta sempre com a cara fechada.

OLI: Lá dentro eu tenho que ser daquele jeito. É trabalho. Aqui fora não.

Lê não sabia o que acontecia com Oli para deixá-lo tão frio. Os dois já foram grandes amigos, e naquela situação não dava de definir qual relação existia entre os dois por parte de Oli.

 LÊ: Cara o que houve contigo? Você não era assim. Te juro que eu vou trazer meu amigo de volta.

Ao chegar na sua casa, Anna vai pro banhar. Pega seu celular e põe a sua playlist de musicas favoritas, e começa a cantar com aquele sorriso e entusiasmo que havia escondido nos últimos meses. Aquela altura, já não demonstrava mais a dor que apertava seu peito.

ADRIENE: Bom te ver assim minha filha.

ANNA: Ainda sinto a falta dele mãe. Mais, meu peito doendo ou não... tenho meus objetivos ainda. Não vou ser a melhor medica do mundo se eu não conseguir seguir em frente...

ADRIENE: Quem bom que pensa assim.

Meses se passaram, e estava se aproximando o tão esperado vestibular de Anna. A garota tinha passado os últimos meses se dedicando intensivamente em seu curso, para que pudesse passar para a faculdade dos seus sonhos. Enquanto isso, Oli seguia separando sua vida pessoal da vida profissional, mesmo que precisasse interagir diariamente com pessoas. Oli era um cara com respostas prontas. Não tinha expectativas de vida, apego em algo material e muito menos afeto pelas pessoas (mesmo parentes e familiares)... Não tinha sonhos... Qual seria o objetivo de Oli com aquele emprego afinal? Na certa o rapaz tinha um único sonho. Um sonho no qual mão poderá revelar, pois o que ele queria era algo que definisse sua vida...

Com o tempo que havia passado, chegou o dia da prova de Anna. Ela se encontrava completamente confiante, pois tinha passado por um longo período se preparando para a chegada deste dia. Sua confiança era tão grande, que ansiedade não teve vez naquele momento... Tinha dormido bem, descansado bem, se sentia bem. Nada parecia ser forte o suficiente para abalar aquela garota. Já Oli, aquela já parecia esta no seu limite. Não parecia mais, suportar um dia a mais no seu trabalho. Na certa, Oli já não queria mais aquela “vida de dupla”... Estava pronto para abandonar o serviço, já que já havia conseguido o que precisava, trabalhar não seria mais necessário.


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