O suicida e a sonhadora escrita por Oliver


Capítulo 5
Encontro Por Acaso


Notas iniciais do capítulo

Ainda se recuperando do fim de seu relacionamento, Anna se vê a procurar de um lugar em que possa ficar sozinha com seus pensamentos. O que ela não sabia é que enquanto ela procurava, já era a "fortaleza da solidão" de outra pessoa.



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Alguns meses após o termino de namoro, Anna ainda se encontrava abalada. Tinha vivido varias tentativas falhas de falar com seu ex... Se aproximava do final do mês de abril, Anna havia começado um curso, e ao final da aula, saiu a procura de um lugar para ficar a sós consigo mesma, e poder por pra fora toda a sua dor. Lembrou de uma arvore que ficava um lugar um pouco distante do rio que havia próximo da praça. O que Anna não sabia, é que ela não seria a única a estar lá.

ANNA: Deve ser por isso que ninguém vem pra cá... é difícil chegar nesse ponto. Por outro lado, é perfeito para poder ficar sozinha.

Anna respira fundo, fecha os olhos e suas lagrimas começam a cair vagarosamente. Como se aquela se aquela ferida em seu peito tivesse se aberto mais.

ANNA: Meu Deus... Eu juro que eu estou tentando! Me perdoa... Mais, eu não estou conseguindo. Me da as forças necessárias pra suportar isso. Dói demais.

Nas proximidades daquela arvore na beira do rio, se encontrava Oli. Oli estivera chegado naquele local, como de costume, porque não queria esta perto de ninguém. Esse era o local onde ele costumava ficar para lhe dar com suas dores.

OLI: Aaaahhhhh... Droga. Parece que dessa vez consegui abrir mais. Mais talvez com isso sendo o que me incomoda a noite, eu consiga dormir um pouco mais. Se bem que eu só queria dormir pela eternidade.

Enquanto se derramava em lagrimas, Anna tinha ouvido um pequeno barulho, como se fosse de um grito um pouco discreto. Enxugou o rosto, se levantou e foi em direção ao pequeno barulho... Para sua surpresa, rapidamente se lembrou que era aquele garoto esquisito da parada de ônibus. Oli não havia percebido que a garota se aproxima, estava preocupado em esconder aquele ferimento que tivera feito em seu braço.

ANNA: Oi... O que faz aqui? Se escondendo do mundo?

OLI: Não posso me esconde de um lugar dentro dele.

ANNA: Então o que faz aqui sozinho?

OLI: Me diz você...

ANNA: Bem... Eu... Eu só queria ficar sozinha um pouco... Tô sentindo um vazio enorme dentro de mim...

OLI: Você não sabe o que um vazio.

ANNA: Claro que eu sei... É o que eu estou sentindo agora.

OLI: Isso não é um vazio. O vazio não se senti... Pela sua cara inchada de tanto chorar, no mínimo deve ter acontecido algo diferente do que esperava e isso te magoou.

Oli pega as suas coisas, e começa a andar sem olhar para a garota. Quando o rapaz pega sua bolsas, Anna percebeu que escorria sangue do braço do rapaz e meio que assustada pela quantidade de sangue que caia.

ANNA: O que foi no braço? Posso te ajudar a passar o curativo. Tenho formação em primeiros socorros.

OLI: Se preocupe apenas contigo. Meus machucados não te afetam em nada.

ANNA: Não precisa responder desse jeito. Sua mãe não te ensinou a ter educação não? E a respeitar as mulheres.

OLI: Não se preocupe. Não estou mais aqui.

ANNA: Espera... Não precisa ir... Pode ficar aqui... Eu volto pro canto que eu tava.

OLI: Não se pode ficar só onde tem outra pessoa.

ANNA: Me diz pelo menos seu nome?

OLI: Meu nome não importar.

ANNA: Bem... Pelo menos ele tá certo. Não tem como eu ficar só com outra pessoa por perto. Mais o que será que houve com ele? Acho que vou voltar pra casa... Tô sem clima de ficar aqui.

Anna sai em direção a sua casa, e ao chegar lá, se depara com sua mãe assustada pela demora da chegada da filha.

ADRIENE: Anna minha filha... O que houve pra minha filha chegar essa hora?

ANNA: Quis ficar um pouco só. Pensa na vida. No que to sentindo. Essas coisas.

ADRIENE: Minha filha. Se quiser ficar só, fique no seu quarto. Não pode deixar que as pessoas lá fora te vejam chorar... O mundo já é cruel demais... E outra você é uma menina alegre Anna. Não dê ao mundo o luxo de te ver triste. Se não ele vai se aproveitar de ti.

ANNA: A senhora fala isso por causa do Judivan?

ADRIENE: Também. Nem ele e nem o mundo podem te ver assim. Sei que você o ama, mais tem que mostrar que esta bem. Que é forte. Linda minha filha já é. Conclua seu curso. Com certeza lá terá um cara bonito que você vai se agradar de você.

ANNA: A senhora tem razão. Mais não quero saber de homem. Mesmo sem o Judivan, tenho que entrar na faculdade...

Depois de horas andando nas ruas, Oli chega em casa e vai pro banho... Senti o formigamento no seu corte com a água que caia sobre o seu braço.

OLI: Aaaaaiii... Parece que voltei a sentir dor... E só dói porque o corte foi maior e mais fundo que das outras vezes. E como sempre, passei na frente de todo mundo e ninguém nem percebeu. Não dá mais... Tem que parar com isso. Não compensa ficar com essas feridas. Mais também não compensa continuar nesse plano... Tenho que encontrar a formar mais silenciosa e discreta de partir dessa vida...


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