Era como se eu tivesse sido atropelada,meu corpo inteiro doia,abrir os olhos era bem difícil, eu já devia estar acostumada com essa sensação ja que ela era bem recorrente na minha vida.

Quando abri meus olhos eu estava eu estava em um quarto todo branco com vários aparelhos apitando ao meu lado, tentei me levantar porém uma mão me impediu.

—Bem vinda de volta Sophia- era o doutor Richard.

—Onde eu estou- eu o encarei, tudo ainda girava a minha volta- ele me achou não foi.

—Sim, um tiro atravessou seu ombro, mais dois centímetros para o lado teria estourado com seu pulmão, te trouxeram para o hospital mas você perdeu bastante sangue então te deixamos em observação nos últimos três dias.

—Então quer dizer que to melhor que na vez passada- eu dei uma risada fraca.

—Não tem graça, Horacio acha que isso é trabalho do Brian.

—Porque se fosse o Efraim eu estaria morta.

—Não pensa assim aqui você está segura ninguém sabe de verdade sua localização.

—Ele sempre me encontra, então do que adianta eu estar morta para os outros se eu ainda posso ser encontrada por eles.

—Sophia tenta descansar, quando esse furacão passar você vai ver que e mais forte de que ele.

—Frase de psicólogo- ele deu um beijo na minha testa e saiu me deixando sozinha, eu sabia que fugir não iria adiantar então tentei dormir um pouco.

SETE ANOS ANTES 

A única coisa que não temos controle e sobre o tempo, e o meu comecou a passar e as coisa começaram a ficar estranhas. 

Ja fazia mais de dois meses que meus pais tinham sido assassinados e seus assassinos ainda estavam a solta. Minha convivência com o Nick tinha se tornado em poucas palavras um inferno, nao conversávamos sobre absolutamente nada, quando estávamos em casa junto nunca falávamos um com o outro desde aquele dia do sermão sobre minhas roupas, eu me senti um peso morto em sua vida, com o passar dos dias Nick começou a passar mais tempo no trabalho então era raro ficarmos a sós.

Eu tinha começado minha faculdade de engenharia, mesmo lá no fundo não sendo o que eu queria, no meu tempo de folga eu estava vendo um apartamento para morar assim que fizesse dezoito ano, queria poder devolver a liberdade dele.

—Achei que estaria na faculdade- eu estava na cozinha preparando meu café da manhã, era  primeira vez em quase três meses que ele me dirigia a palavra.

—Hoje e sábado não tenho aula- ele parou ao meu lado e pegou um pedaço de pão e saiu andando- eu me mudo no final de semana que vem.

—Beleza- ele nem tinha reparado na que eu falei, entao uma mulher saiu do quarto dele e se juntou a nós dois.

—Bom dia meu amor- Catherine se esfregou no Nick na minha frente, já fazia algumas noites que eles estavam dormindo juntos.- Bom dia- ela me encarou com um olhar de deboche, eu nem respondi simplesmente sai dali antes que eu mesmo voasse em seu pescoço.

Sempre que eles estavam em casa eu logo tratava de me esconder, Catherine nao gostava de mim, nao entendia o motivo ja que nunca trocamos mais de duas palavras, eu me tranquei no meu quarto e me concentrei em estudar o final de semana, em alguns dias eu teria dezoito anos.

Eu estava perdida nos livros que nem o vi entrar.

—Podemos conversar- ele estava parado perto da porta.

—Sobre o que- ele agi indiferente comigo, entao comecei a corresponder do mesmo jeito.

—Sei que não temos conversado muito nos últimos dias…

—Faz quase três meses que não conversamos, sei que não tem obrigação de falar comigo, entao se preocupa que em uma semana eu vou estar bem longe daqui.

—E bem sobre isso,quando eu assumi sua guarda e fiz uma procuração te devolvendo tudo que seu pai me deixou no dia que ele morreu,assim que você fazer aniversário retornará tudo para você.

—Eu não vou poder assumir a empresa ainda, então mesmo que me devolva o poder de decisão ainda tem que passar por você.

—Me desculpa- ele se sentou na minha frente- sei que devia ser mais presente no seu dia a dia,após a morte deles.

—Não é sua obrigação bancar meu pai Stokes, você tem sua vida e não vou mais atrapalhar sua vida.

—Você não atrapalha nada.

—Sei que sua namorada nao gosta de mim.

—Catherine e só uma amiga.- eu não entendi porque ele estava se justificando.

—Não importa.

—Eu to indo trabalhar- ele veio ate mim e beijou minha cabeça e saiu me deixando sozinha mais uma vez.

Eu continuei estudando até na hora do almoço, após minha mudança de vida eu tinha em parte perdido quase todos no qual eu tinha contato antes de tudo que aconteceu eu acabei me isolando. Após o almoço eu fui assistir um filme a acabei adormecendo. Eu acordei com uma estrondo na porta da sala, quando abri meus olhos tinha uma pessoa igualzinha a mim parada na minha frente.

—Olá irmãzinha- ela me encarava como se já me conhecesse- quanto tempo.

—Quem é você?- ela abriu um sorriso para mim.

—Meu nome é Victoria Parker, e eu sou sua irmã, na verdade somos gêmeas idênticas, separadas na maternidade.

—Você só pode estar brincando eu não tenho irmãos, meus pais teriam falado de você não acha.

—Nicolas Mackenzie roubou você na maternidade depois de matar nosso pai.

—Do que você está falando??

—Nossa história irmãzinha- um homem se aproximou dela- revistam a casa e achem o pen drive e os projetos enquanto eu troco uma ideia com a minha irmãzinha.

—Isso só pode ser um sonho ou melhor um pesadelo, você está sonhando- eu fechei meus olhos- acorda Sophia isso não é real.

—Isso até parece engraçado- ela começou a rir.

—Me deixa acordar isso é só um sonho ruim, você não é real.

—Sinto muito mais isso é bem real e precisamos conversar.

—Eu não tenho nada para falar com você-eu abri meus olhos e a encarei seria.

—Temos sim e você vai me ouvir com muito cuidado se não quiser que seu tutor pegue pela sua desobediência.

—Deixa o Nick fora disso.

—Você tem sentimentos por ele- ela me encarou

—Isso não da sua conta.

—Você vai me ouvir bem quietinha, se tentar qualquer coisa eu mesmo te mando para junto de Amélia Mackenzie- ela puxou uma cadeira e se sentou na minha frente e sacou uma arma e me apontou- agora você vai me ouvir.

—Fala logo então.

—A vinte anos atrás nosso pai era sócio de Nicolas Mackenzie os dois eram melhores amigos quase como irmãos,mais a ganância do senhor Mackenzie se sobressai e ele mandou matar nosso pai Efraim.

—Isso não é verdade, meu pai não é um assassino.

—Nesse meio tempo nossa mãe descobriu que estava grávida e quando nascemos o Nicolas Mackenzie te levou embora do hospital sem deixar que nossa mãe te conhecesse, ele mandou os capangas dele matar eu e nossa mãe,mais graças a Efraim que consegui sobreviver ao atentado eu tô viva.

—Meu pai não é um assassino..

—Ele é pior, todos o império que ele deixou a você pertence a nosso pai Efraim e estamos aqui para recupera-lo.

—Não achamos nada Victoria- um homem se aproximou dela, aquela voz era familiar.

—Amarram ela- os homens me agarraram e me levaram para o quarto do Nick e me amarraram ao pé da cama- eu vou falar uma única vez você vai me entregar o pen drive e encontrar os projetos do nosso pai ou seu amiguinho pagará no lugar.-Ela colocou uma fita na minha boca- se contar da nossa visitinha para alguém eu mesmo te mato.

Então ela saiu andando me deixando ali no chão amarrada, era tanta coisa para processar que nem vi ele entrando. 

NICK STOKES 

 Minha vida tinha radicalmente mudado, naquela noite em que nossos corpos se tocaram as coisa tinham ficado estranhos entre nós dois, eu precisa ser o mais profissional com a Sophia nao poderia me dar ao luxo de dar qualquer brecha para aquele sentimento que estava acontecendo entre nós. Tratei de ser o mais frio possível, tão frio que acabamos nem conversando por vários meses, eu a vi só no final de semana e mesmo assim a noite.

 Eu sabia que para Sophia a adaptação aquela nova vida era difícil, nao queria me apegar a ela, ela so era uma criança que estava com medo.

Porém eu não consegui evitar aquele sentimento, que fazia meu coração acelerar todo vez que eu  via. 

—Sabia que eu amo sua cara pensativa- cath estava parada na entrada do vestuário.- que tal esticar a noite na minha casa ou na sua??

—Tô precisando dormir um pouquinho- ela fez um biquinho- amanhã tenho que ter uma conversa seria com a Sophia e seria melhor você não estar lá.

—Sempre a Sophia em primeiro lugar.

—Para com isso, nao rola nenhum compromisso entre nós dois.

—Eu amo você- ela se aproximou de mim.

—Não é amor e só sexo e você sabe bem disso.

—Stokes por que nao quer algo mais sério??

—Willons melhor pararmos de misturar vida pessoa com profissional.

—Você está terminando comigo??- ela parou na minha frente.

—Não tô terminado, já que para terminar algo e preciso se ter algo e como eu já disse e só sexo que rola entre nós, nao existe amor então porque vamos nos enganar.

Eu peguei minha coisas e sai andando em direção ao estacionamento,minha cabeça estava girando. Entrei no meu carro e dirigi o mais rápido para casa, algo está a me deixando preocupado. Quando estacionei meu carro eu notei que a porta estava aberta, ao entrar notei que minha sala estava toda revirado, saquei minha arma e adentrei em direção ao quarto da Sophia que também estava revirado e ela não esta ali, aquilo me deixou ainda mais preocupado. Quando entrei no meu quarto ela estava amarrada a minha cama em lagrimas.

—Eu to aqui- eu me ajoelhei ao sei lado e a desamarrei- o que aconteceu aqui??

—Entraram aqui, acho que para assaltar,  mas eu tava aqui então não sei se levaram alguma coisa-  senti na sua voz que ela estava mentindo, mas preferi deixar pro isso mesmo, sabia que ela está assusta, principalmente quando ela me abraçou eu a apertei o mais forte que deu se machuca-la.

—Foi assustador.- ela já estava chorando.

—Você está segura aqui comigo,nada vai acontecer enquanto eu estiver por perto.

Continuamos ali abraços ate adormecermos um em contato com o outro.