Megami no mezame escrita por PabloSamah, Amon


Capítulo 19
O Silêncio Ensurdecedor




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Azume, Beleth e a velha se aproximam de outra cidade, esta cidade era relativamente muito próxima do castelo de um dos reis demoníacos.

 

Beleth olha para Azume e decide falar para ela como funcionava o submundo.

 

“Ei Azume, é bom você saber que o submundo não é tão simples como parece, por exemplo entre os 72 demônios de Salomão, há uma hierarquia entre nós, eu sou um rei, mas há também duques, príncipes, marqueses, presidentes, condes e por ultimo cavaleiros a força deles são surpreendentes, o mais fraco dos cavaleiros pode muito bem derrotar a velha."

 

Ao escutar isso Azume estremece de medo, ela sabia que o submundo era um lugar muito diferente e que o nível de força era absurdo, mas ao ponto de que o mais fraco dos cavalheiros demoníacos seria capaz de derrotar a velha abalou e muito Azume, ela sempre admirou a velha e a tratou como se fosse sua mãe, e um dos principais motivos de ela tanto adorar a velha foi por sua força que só poderia ser descrita como incrível.

 

Azume pensa um pouco e decide falar algo a Beleth, ela sente receio, mas ela confiava em Beleth então ela falou.

 

“Beleth, sem sombras de dúvidas você é um monstro, olha o seu nível de força, algo impressionante, você deve pegar leve com a velha se for lutar”

 

Azume falou isso brincando, ela sabe que velha em um confronto direto com Beleth não seria capaz nem mesmo de arranha-lo.

 

A cidade era um pouco melhor que as outras, mas mesmo assim era um lugar péssimo de se viver, se parecia muitos com as periferias que eles estavam a acostumados a ver. Após caminhar por algum tempo,  Azume olha para a sua mestra com olhos estranhos, claramente perceptível que ela não estava bem,então  fala.

 

“Mestra, Beleth tem como nós pararmos? Ainda não me sinto bem, minha cabeça parece que vai explodir."

 

Ouvindo isso Beleth e a velha tomam um susto, e logo em seguida vão checar sua sáude.

 

"Droga Beleth! Algo claramente não está certo, ela está queimando de febre, acho melhor nós pararmos por alguns instantes e depois continuar nossa viagem rumo ao castelo.”

 

Beleth olha para a velha e assente firmemente com a cabeça. A velha não é a única a perceber algo de errado acontecendo, sinceramente falando, qualquer pessoa normalmente perceberia aquilo, Azume era uma pessoa completamente anormal, ela tinha tantos poderes escondidos e tantas bênçãos que era extremamente estranho ela ficar doente de alguma forma, ainda mais tão repentinamente logo após chegarem na cidade, isso rapidamente chamou a atenção dos dois.

 

 

“Ei velha, a última vez que eu vim aqui eu tinha encontrado uma pousada nos subúrbios era um lugar estranhamente pacífico, vamos até lá.”

 

A velha achou muito estranho isso mas, concordou em ir ate lá, ela achou estranho, porque Beleth ousou falar palavras como lugar pacifico no submundo, uma terra sem leis, um lugar onde o forte se alimenta do fraco, um lugar onde é normal matar na rua ou acabar sendo assassinado, ou um tipo de lugar onde que por um olhar você morreria, eles até usavam muito um ditado que falava que “no submundo sua vida vale o mesmo que o dinheiro”.

 

 

Alguns viajantes que foram até o submundo, se sentiram feliz ao ouvir isso, pensando que com dinheiro se tornariam invencíveis, porque como o ditado diz sua vida é igual ao dinheiro, mas eles erram completamente nisso, esse ditado não quer dizer que o dinheiro é tão importante quanto vidas e sim que vidas são tão insignificantes como o dinheiro.

 

No submundo não havia moeda, tudo era resolvido no “eu sou forte isso é meu”, com força tudo o que você quisesse se tornava seu, mulheres, comida e bebidas não importa o que, se tiver força tudo tens.

 

Beleth trouxe Azume nos seus braços até a frente da pousada, e como Beleth disse, ali era um local estranhamente silencioso, um silêncio que chegava a ser torturante, ainda mais para o submundo, onde não se havia silêncio, pois todas as almas dos pecadores que morriam na terra acabavam indo para lá.

 

Sim, essa foi uma das coisas que Beleth contou para ela quando eles chegaram ao submundo, é uma prisão para almas, mas diferentes dos mitos você não precisava ser um pecador para ir para lá, o submundo servia como um pote para guardar almas, político ou o papa, todos estavam no submundo, mas cada um estava em níveis diferentes.

 

Um estaria em sofrimento eterno e o outro estava descansando e as vozes que todos no submundo escutava, eram as almas vagantes, essas almas eram pessoas pecadoras esperando seu julgamento.

 

Mas aquele lugar onde Beleth tinha os levado era diferente, era um local onde não se escutava as vozes dos vagantes.

 

“Beleth o que ouve? Não consigo escutar as vozes dos vagantes, sabe o porquê?”

 

“Mesmo depois de muitos anos você não deixou de ser curiosa, e para responder a sua pergunta, nada está escondendo, a única coisa que há é que alguém está suprimindo os vagantes.”

 

Escutando isso ela entendeu, mas mesmo assim não fazia sentido, para suprimir um vagante tem que ter uma aura de morte maior que ele ou melhor dizendo, você precisa ter matado mais que ele, mas no submundo há milhões de vagantes por quilômetro quadrado, por isso achava-se que eles são algo inevitável.

 

“Ei velha não fique tão surpresa, isso é bizarro não é mesmo? Mesmo eu, um rei demoníaco, um dos seres mais fortes do submundo, não consigo suprimir um espaço de 20 metros quadrados, mas essa pessoa ele fez uma façanha sem lógica, ele esta suprimindo toda essa construção."

 

Ela não parecia ser tão grande, mas era muito espaço, mesmo assim, quantas milhares ou até mesmo milhões de vida essa pessoa teve que tirar para conseguir.

 

A velha estava com receio, mas eles não tinham outro lugar para ir, então eles decidem que irão entrar, eles batem na porta e de lá saiu um homem robusto, que media uns dois metros e meio de altura, e muito largo também, ele estava cheio de cicatrizes da cabeça aos pés.

 

Até mesmo Beleth sentiu um leve medo ao olhar para ele.


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