Nossa história se inicia quando Harry conheceu Sue. Ele soube, imediatamente, que deveria se casar com aquela mulher. Não foi apenas a beleza dela que lhe chamou a tenção, havia tanta pureza no olhar dela, que acabava refletindo em seu sorriso. Como não amar alguém tão cheio de luz?
Foi apenas questão de tempo até Sue perceber que as intenções de Harry eram sinceras. Eles se casaram em um fim de tarde de outono, em um crepúsculo tão lindo que parecia ter sido o presente que os espíritos encontraram para dar àquele casal abençoado.
Mas nem tudo é um mar de rosas. A família de Harry, que na época tinha uma pequena empreiteira familiar não via com bons olhos o matrimônio dos dois. Harry era um engenheiro civil formado enquanto Sue era descendente indígena que não fez faculdade.
As provações vinham dos dois lados da família - e da tribo também, consequentemente.
Desgastados pelas intrigas mas não prontos para desistir de seu amor, o jovens amantes decidiram se mudar para outro estado. “Se não puder estar a seu lado não estarei inteiro” disse Harry à Sue, certa noite. “Prefiro me desligar de minha tribo a perder você, que já faz parte de mim” replicou a jovem mulher. E assim os jovens amantes deixaram suas raízes para trás, rumo à um novo destino em Los Angeles.
Embora os dois primeiros meses tenham sido difíceis, eles não desistiram. Logo as coisas começaram a se ajeitar. Harry conseguiu emprego em sua área. Um bom emprego, que permitiu Sue decidir se queria trabalhar ou não. Encarando a nova vida, Sue optou por tentar trabalhar antes de se decidir.
Dois anos depois, em um intervalo que fazia durante o almoço na loja em que trabalhava uma colega chamou sua atenção para os enjoos que vinha sentido.
—Não pode ser apenas estresse – frisou ela.
Com a finalidade de matar a dúvida que a corroía, Sue se encaminhou até a primeira farmácia que viu e compro três testes de gravidez.