Rios Fluem Até Você escrita por Hanna Martins


Capítulo 11
Poeira Estelar


Notas iniciais do capítulo

Hey, seus lindos! Como vocês estão?
Estou eu aqui com mais um capítulo que tem um final... instigante kkkkk



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O poderoso General Finn inspecionava a oficina. Morpheus parecia preste a ter uma sincope de tanta excitação.  

— Veja, nós mantemos os caças muito bem aqui! — falava o mecânico chefe, apontando orgulhoso os veículos. — Fazemos tudo com o mais rigoroso cuidado.  

O General Finn apenas assentia, enquanto seus olhos faziam uma minuciosa vistoria do local.  

Yuri tratava de trabalhar no conserto de um caça que estava lhe dando bastante trabalho, passara quase o dia inteiro naquela tarefa.  

— Então, você trabalha aqui... — disse Finn, pegando Yuri totalmente de surpresa, não havia notado a aproximação do General. 

— É, trabalho — respondeu ele, olhando para Morpheus, que estava ocupado em preparar um dos caças.  

— Hum...  

Os olhos do General não saiam de Yuri, inspecionando-o do mesmo modo como fizera com a oficina. Aqueles olhos pareciam o que querer fuzilar, teve a impressão por um segundo.  

— Você se chama Yuri Snow, não é? 

— É... — respondeu ele, tentando compreender onde o General queria chegar com aquela conversa. 

— Não faz muito tempo que está trabalhando aqui... 

— Não — confirmou Yuri. — Cerca de três meses.  

— De onde você é? 

— Jakku. 

— Jakku? — falou, perplexo. — Você veio de Jakku?   

O General dirigiu-lhe uma boa olhadela. Olhou-o de cima a baixo, inspecionando cada parte do seu ser.  

— Rey, minha amiga, uma das mais importantes — frisou bem —, está trabalhando aqui.  

— Sei... 

— As habilidades dela certamente seriam melhor utilizadas em outro lugar — lamentou ele.  

Yuri largou as ferramentas e levantou-se, ele era muito mais alto do que o General, constatou.  

— E? — indagou Yuri, cruzando os braços.  

— Só quero avisar que estou de olho. Rey é uma garota esperta, mas, às vezes, ela pode... deixar se levar pelas emoções... 

— Por que está me dando esse aviso? — perguntou de modo desafiador.  

— Porque você se parece exatamente com... aquele cara que quebrou o coração da Rey... — falou com desprezo. — Eu não vou permitir que ela tenha o coração quebrado de novo.  

Então, era disso que se tratava no final de tudo.  

— Rey já está bem grandinha para tomar suas próprias decisões, não acha? — replicou Yuri sarcasticamente.  

O General fez uma careta de indignação perante àquela afronta.  

— Esteja avisado — disse Finn, encarando Yuri. — Não se meta com a Rey. 

— Senão o quê? 

— Você não vai gostar nada do que vai acontecer — prometeu o General, cuspindo as palavras com raiva. 

Finn saiu das instalações, pisando firme.  

— Cadê o General? — indagou Morpheus. — Eu ia mostrar a ele os reparos que fizemos no “Ghost”... 

— Ele estava atrasado para alguma coisa — respondeu ele, pegando suas ferramentas e voltando a trabalhar no caça.  

Era só que lhe faltava, agora os amiguinhos dela estavam lhe ameaçando. 

Rey Skywalker era definitivamente uma garota problema. 

Era um problema o fato de ela estar sempre por perto. 

Era um problema o fato de ela o deixar, de certa forma, irritado consigo mesmo.  

E, principalmente, era um problema que ela não havia saído de sua mente nos últimos seis dias.  

Desde aquele dia, não havia mais visto Rey. Ela havia partido para uma missão diplomática em algum planeta, soubera disso porque Morpheus lhe falara.  

Idiota. Não tinha nada que ficar pensando em Rey Skywalker. Nada.  

Ela era uma garota problema. 

 

********************************************* 

Rapidamente, Rey desfazia a bagagem.  

— Você fez um ótimo trabalho em Búri — elogiava Finn, esfregando as mãos uma na outra. — Perfeito. Se não fosse por você, nem sei o que seria da gente. 

— Reserve seus parabéns para Rose — interrompeu ela. — Ela sim foi quem salvou tudo.  

— Mas, se não fosse por você, as coisas não teriam dado certo.  

— Se tem alguém para agradecer aqui é à Rose — afirmou ela, jogando as roupas no armário.  

— Já está quase na hora do almoço — o amigo mudou de assunto. — Eu reservei um restaurante ótimo para a gente.  

— Preciso trabalhar — falou ela, guardando as últimas coisas que faltavam. — Fiquei nove dias fora, a oficina deve estar atolada de caças.  

— Rey, você sabe que esse trabalho não é para você — começou o amigo. — Você é muito mais útil trabalhando em outra coisa, em missões diplomáticas, por exemplo, ou ajudando Rose... 

— Já tivemos essa conversa antes — replicou ela. — Não estou a fim de discutir com você.  

— Escute, Rey, eu sei que você está trabalhando lá por causa daquele cara... Mas, ele não é o Kylo Ren. Ele apenas se parece com ele. Você só está deixando tudo pior, trabalhando lá. Esqueça isso, Rey.  

Ela o olhou em um misto de indignação e cansaço. Estava tão cansada daquelas constantes brigas com o amigo.  

— Eu sei o que estou fazendo, Finn. Não preciso de uma babá para cuidar de mim.  

— Rey, me escute, por favor.  

Ela voltou as costas para o amigo.  

— Eu agradeço pelo conselho, Finn, mas, como já disse, eu sei o que estou fazendo — declarou, saindo do quarto, dando um fim naquela discussão que parecia nunca evoluir sempre caindo no mesmo lugar.  

Quando chegou na sub-base de Lis, apenas encontrou Morpheus. Ben havia saído para comprar algumas peças que estavam faltando.  

Aquele dia não estava saindo certamente como ela planejara. Primeiro, brigara com Finn e agora não encontrara Ben. Ela desejava mais do que nunca vê-lo, passara cada momento daquela viagem contando literalmente nos dedos quanto faltava para voltar e ver Ben. Teria que esperar mais um pouco.  

Era boa em esperar. Porém, naquele momento não queria esperar mais nenhum segundo.  

Rey ficou até tarde da noite trabalhando em um caça, mais para passar o tempo do que qualquer outra coisa. Sua única companhia foi o silêncio da oficina, que era demasiadamente silenciosa à noite.  

Passos ecoaram, quebrando o silêncio e fazendo o coração de Rey quase saltar do peito. Era ele.  

— Ah, você apareceu? — falou Ben, com uma pitadinha de ironia na voz. — Pensei que você tinha abandonado o trabalho, sabe? Afinal, Rey Skywalker deve ter coisas melhores para fazer do que trabalhar em uma oficina insignificante.  

Ela o olhou, frustrada. Não era assim que esperava ser recebida. Obviamente, que não esperava juras de amor, abraços ou beijos, mas, não supunha que a recepção dele seria tão fria daquele modo.  

Mas, o que ela estava esperando? Aquele último encontro deles... os dois haviam se beijado, porém, o assunto ficara inacabado.   

— Eu estou aqui, não? — rebateu ela, levantando-se e cruzando os braços.  

— Não por muito tempo, não é? Melhor você abandonar logo esse trabalho e deixar para alguém que realmente esteja interessado. Isso aqui não é uma brincadeira para heroínas entediadas.  

O que havia de errado com ele naquele dia? Por que ele estava se portando de um modo tão espinhoso?  

— Escute aqui — apontou o dedo em riste para ele —, eu respeito muito esse trabalho! Não acho que é uma brincadeira. Você está fazendo acusações de algo que não sabe.  

— Claro que respeita — falou ele de modo debochado.  

— Sim, eu respeito. Se eu não respeitasse, não estaria aqui! — exaltou-se ela. — Qual é o seu problema?  

Ben deu-lhe as costas. 

— Ah, você não vai fugir, não! — disse ela, se colocando no caminho dele.  

Rey colocou-se na ponta dos pés e esticou o pescoço. Por que ele precisava ser tão alto?  

Ela estava muito perto de Ben, notou repentinamente. Não importava, não iria recuar.  

— Vai me fala, qual é o seu problema? — provocou ela com uma voz que chegava a ser agressiva.  

— Problema nenhum — rebateu ele, encarando-a. 

— Nenhum?! — debochou.  

Ela aproximou-se ainda mais dele inconscientemente.  

Os dois se olharam fixamente, estudando um ao outro. Estudavam-se em busca do ponto fraco um do outro para dar o golpe final.  

— Você é um problema, Skywalker!  

Ben se curvou até quase tocá-la.   

— Você é um problema maior ainda — revidou ela.  

Ele aproximou-se mais um pouco... Mais alguns centímetros... 

Os olhos dele a chamavam.  

Eles estavam tão próximos um do outro, tão próximos... 

Seus lábios se encontraram com voracidade.  

Rey atirou os braços no pescoço dele. Ele a puxou para mais perto, enlaçando-a pela cintura.  

A ponta da língua dele umedeceu os lábios dela. Ela abriu mais a boca, permitindo que suas línguas se encontrassem. Naquele exato instante, ela sentiu-se derreter nos braços dele, evaporar-se como água que caía no deserto.  

Ela havia se transformado em poeira estelar.  

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Esperavam por este beijo? Uma hora ou outra os sentimentos iriam explodir, não é? Desta vez explodiu na forma de um beijo kkkkk Curiosos para saberem como vai seguir esta história?



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