For Grissom escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 8
Esperança em seus dias mais escuros


Notas iniciais do capítulo

Fala, galera! Cheguei atrasada para mais um capítulo porque eu dei uma enrolada a semana toda editando isso?????????? Não desistam de mimmm e vem comigo sofrer mais um pouco!!!

Obrigada a todos que leram e a todos os comentários. Não esperava que a fic seria tão bem recebida, vocês são demais!



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Quatro dias se passaram desde a prisão do McKeen, cinco dias após a internação de Grissom. Para os outros tudo voltara ao normal, um caso a mais para ser resolvido; mais ocorrências, mais perseguições, mais prisões. Mas para os integrantes do turno da noite havia um buraco, um espaço vazio que não seria preenchido tão facilmente. Talvez nunca fosse caso as coisas não dessem certo. 

Catherine assumiu provisoriamente o posto de supervisora-chefe, cargo que atuava desde o incidente com Grissom. Por hierarquia, Nick, CSI mais antigo, assumiu o posto de supervisor assistente. No começo parecia que o trabalho seria feito sem muitos problemas, seguindo um fluxo aparentemente sustentável. Porém quando passava o tempo as cortinas abaixavam e logo a equipe se via sentindo a falta de alguém, um dos elos daquele laboratório.  

A cirurgia de Grissom ainda não havia sido feita. O médico havia estimado um prazo de uma semana para retirar a bala ou o estado dele poderia piorar. Todos da equipe sabiam daquilo inclusive Sara, que visitava o hospital todos os dias desde que chegou em Nevada. Catherine era outra que passava para saber da situação do amigo sempre que o trabalho permitia e até mesmo quando não permitia. Quando retornava ao trabalho ela contava aos outros sobre novidades em relação a ele. 

— Vai voltar lá hoje? — perguntou Warrick ao ver a supervisora se levantar da cama. 

— Agora não. Vou em casa... ver a Lindsey. — A mulher respondeu claramente sonolenta enquanto passava a mão por seu rosto. 

— Me avise quando for ao Memorial para eu ir junto. — Warrick se ergueu e procurou pela camisa no chão, vestindo-a em seguida. 

— Não acha que vão desconfiar sobre estarmos muito tempo próximos? — Ela sorriu ao lhe fazer aquela pergunta. 

— Vai lá, Cath. — Aproximando-se dela, Warrick se inclinou em sua direção e beijou seus lábios brevemente. 

Os dois CSIs não sabiam dizer se aquilo realmente era um relacionamento. Só sabiam que após todos aqueles acontecimentos a presença um do outro era um desejo cada vez mais intenso, mais presente. Numa noite qualquer, o que seria apenas uns drinques entre amigos se transformou numa carona para a casa dele. A conversa se tornou mais pessoal, assim como as trocas de olhares; quando deram por conta seus lábios se encontravam em beijos. Foi tudo muito rápido.  

Relacionamento? Poderia ser, mas ninguém tinha coragem de admitir. Um bom desfecho para o período de discussões entre eles no meio das buscas por McKeen.  

— Soube que você quase se envolveu numa confusão lá no laboratório — comentou ela. 

— Quem te disse isso? 

A mulher deu de ombros para disfarçar e não ter que contar a verdade. 

— Está me perguntando isso como minha supervisora ou- — Antes que terminasse de falar, Catherine lhe roubou um beijo, deixando-o distraído por alguns segundos. 

— A gente sabe que o Grissom não é querido por todos e que qualquer coisa, qualquer deslize, vão tentar desestabilizar a gente. 

— Eu sei, mas- 

— Não quero saber com quem foi a discussão. — Ela o interrompeu novamente, porém desta vez sem beijo; apenas ergueu a palma da mão. — Eu tô pedindo para todo mundo se afastar dos comentários maldosos, principalmente você. Vai ser o primeiro que vão querer provocar. 

Dando um passo para trás e fazendo um gesto positivo com a cabeça, o perito deu o sinal de que pareceu entender o breve recado. Mas ela não ficou satisfeita com sua resposta. 

— Não me faça arrancar a resposta de você. 

— Está bem. Eu entendi.  

— Bom. — Catherine apoiou-se sobre os ombros dele e o beijou nos lábios novamente. 

— Vejo você depois? — Warrick deixou a curiosidade escapar. 

— No trabalho você vai ver. 

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Cada um tentava seguir a vida do seu próprio jeito. Alguns evitavam falar sobre Grissom no laboratório e outros seguiam o caminho contrário; comentavam sobre ele de modo positivo, na esperança de que o supervisor se recuperasse logo. Ele continuava entre eles, vivo, lutando para que seu corpo se recuperasse dos ferimentos. "Um milagre", diziam os mais religiosos e os que carregavam certa fé no universo. Tinha gente que falava que a hora do supervisor não havia chegado ainda, que ele era forte demais e por isso sobreviveu ao atentado. Também havia os que pensavam o contrário, que talvez fosse a hora do supervisor partir. 

Seus colegas e amigos mais próximos continuavam a visitá-lo, ainda que as visitas continuassem restritas. Sara era uma dessas pessoas. Naquele mesmo dia, ela seguiu junto de Catherine ao hospital para saber de novidades acerca de Grissom. Eram cinco horas da tarde de quarta-feira, dia no qual Sara e Catherine marcaram de ir ao hospital juntas. 

— Como tem ido as coisas lá no laboratório? — Sara perguntou enquanto esperavam pelo doutor. 

— Bem. Vamos levando. Está um pouco puxado... um a menos... — A supervisora tentou amenizar o tom do que ocorria no trabalho para descontrair o clima. — Mas estamos nos virando. 

— Espero que as coisas melhorem. 

— Vão melhorar. — Ela afirmou com certeza e depois maneirou no tom firme. — Sabe que sempre tem um lugar pra você por lá, ainda mais agora.  

Antes de respondê-la Sara encarou Catherine nos olhos, buscando saber exatamente o que sentia no momento. Diferente de antes, a supervisora não parecia estar brincando. 

— Agradeço a oferta, Catherine, de verdade, mas não pretendo voltar. — Ela respondeu pacientemente. Por mais que a resposta desse a impressão de sido difícil de falar, Sara tinha certeza em sua decisão. Decidiu mudar de vida no momento em que se viu seguindo para o aeroporto e não seria aquele acontecimento que a faria retornar à vida antiga. — Não me entenda mal, eu vim por causa dele. 

— Entendo. Mas o que pretende fazer se... o Gil ficar daquele jeito por mais tempo? — Longe dela cogitar uma demora para a recuperação de seu amigo, porém ela se sentiu na necessidade de questionar. Catherine ficou envergonhada por chegar naquele ponto da conversa, mas já era tarde para voltar atrás. 

— Eu tenho alguns recursos do meu trabalho. Posso me manter por aqui. 

Notando que Sara não estava mais para aquela conversa, Catherine recuou e apenas fez um movimento com cabeça, dando a entender aceitou seu posicionamento. O silêncio declarou a palavra final e assim as duas ficaram até o momento em que o doutor Reed chegou e as acompanhou ao local de onde Grissom permanecia. Não as deixaram entrar desta vez, limitando-as a ver o supervisor pelo vidro da janela. 

— Se ele soubesse que você está aqui acabaria acordando de alguma forma. — A CSI brincou, virando-se para ela para notar sua reação.  

Sara deixou-se sorrir ao franzir ligeiramente os lábios, porém ao olhar novamente para Grissom, o gesto se desfez. 

— Eu devia ter desconfiado de vocês dois na época. — Catherine cruzou os braços. 

— Éramos discretos — respondeu em baixa voz. Sara chegou a se perguntar como seria sua vida e de seu relacionamento com Grissom se Natalie Davis, ou a "assassina das miniaturas" não a tivesse sequestrado. Não sabia dizer se ela e Grissom ainda continuariam mantendo o namoro em segredo ou se a ex-CSI continuaria morando em Vegas. Mas sabia que seria diferente do que estava sendo agora. Muito diferente. 

— Vocês têm seus motivos, eu entendo. 

Sara baixou a cabeça e tocou na superfície fria do vidro com a ponta dos dedos. Focou seu olhar nele, imaginando inocentemente que a qualquer momento fosse abrir os olhos e virar-se em direção à janela. Nunca o vira num estado tão delicado fisicamente. Grissom sempre agiu como um "guardião" da equipe, zelando do seu próprio jeito pela integridade e segurança dos seus subordinados. Vê-lo naquela situação deixava tanto os outros quanto Sara, ex subordinada, sentindo impotência por não "prever" um momento daqueles.  

— Ele vai ficar muito contente quando acordar e te ver. — Percebendo o abatimento na postura de Sara, Catherine puxou conversa novamente. 

— Talvez nem acredite. Talvez... imagine que esteja sonhando. — A ex-CSI replicou com descrédito. 

Quase meio-minuto sem palavras entre as duas, Sara se virou para amiga tentando apresentar-lhe um semblante melhor que antes. 

— Não quero atrapalhar você. Se tiver de ir... eu pego uma carona. 

Catherine arqueou ligeiramente uma sobrancelha a se questionar pelas palavras de Sara. Elas não estavam ali por muito tempo, todavia, a supervisora começava a perceber um aparente desconforto na amiga. Catherine não queria criar julgamentos prematuros, mas foi um pensamento que lhe sobreveio de antemão. 

— Ok. Eu... vou embora daqui a pouco. Me ligue se precisar de algo. 

— Obrigada, Cath. — A mulher disse meio sem jeito. 

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Por causa de um turno duplo, um caso em andamento e de certa complexidade, Catherine e Nick foram obrigados a estender o horário. Apesar do esforço eles não conseguiram fechar o caso, rotina para eles, comum para qualquer um no laboratório. Havia o cuidado em atuar no caso por meio de um trabalho minucioso, porém quanto mais tempo levavam para resolver o caso, maior era a pressão em cima deles. 

— Mais sorte da próxima vez — brincou o texano ao guardar alguns objetos no armário. Ele voltaria para casa no intuito de descansar, mas logo voltaria antes do horário de seu turno para retomar com o trabalho. 

— É. A gente termina isso depois. — Catherine respondeu, acenando para ele. 

Warrick chegou ao vestiário e cumprimentou Nick rapidamente. Ele viu o amigo ir embora e esperou alguns segundos até caminhar para perto dela e falar discretamente: 

— Achei que ia me chamar pra ir ao Memorial.  

— Eu ia. — Ela deu de ombros. — Mas falei com a Sara e nós duas fomos juntas. 

O CSI não questionou sua decisão apesar de não ter gostado de início. Preferiu deixar para lá. 

— Como ele tá? 

— Nada novo. O médico está esperando um quadro de melhora para retirar a bala do tórax, mas... — Catherine balançou a cabeça como quem não conseguisse terminar de falar. — É esperar. 

— E ela? 

— Sara não admite, mas está bastante abatida. Queria ficar sozinha hoje pelo que eu percebi. 

Warrick respirou fundo e cruzou os braços em lamento. De certa forma podia entender a situação da amiga. Só de falar no assunto "Grissom" o perito se lembrava das imagens como se tivessem acontecido a horas atrás. Estas imagens grudaram em sua mente e não queriam mais sair. 

— Talvez ela precise de um tempo... eu não sei.  

— Todo mundo precisa, Cath. Ainda mais ela. — Warrick respondeu. — Quem vai ficar bem com o namorado daquele jeito? 

— É estranho... parece que... a ficha não caiu ainda. 

— Mas vai ter que cair. Temos de encarar a realidade. 

A mulher fechou o armário e ficou encarando o chão. Recusava-se a acreditar no pior cenário, porém as horas e os dias passavam e a sensação que permeava suas mentes era de que um final inevitável poderia acontecer. 

— E se acontecer algo com ele, Warrick? — Ela o questionou em um dos poucos momentos de incerteza sobre o amigo. 

— Se acontecer algo com ele? — O CSI repetiu a pergunta, forçando a si mesmo uma resposta. Ele olhou para o canto esquerdo e pensou no pior. Pensou em todos seus arrependimentos de não fazer algo que pudesse "evitar" o que aconteceu. 

Catherine viu que o semblante do parceiro havia mudado aos poucos. Aquele dia deixou uma ferida ainda aberta. A morte de Grissom seria uma perda irreparável, que talvez nunca iriam superar. 

— Se acontecer algo com Grissom todos nós seremos marcados.  

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Mais ou menos umas 3 horas e meia se passaram após o começo do turno da noite. Deixando Nick finalizar o caso anterior, Catherine pegou um solo numa rodovia. Acidente com carro, duas pessoas feridas com uma delas vindo a óbito. A CSI efetuou o procedimento padrão e liberou o corpo para o legista enquanto a outra vítima foi atendida e levada para o hospital. Aparentemente não era um caso que exigisse ajuda, porém naquela noite fria de deserto Catherine desejava outro par de mãos para adiantar o trabalho. 

A supervisora embalou e guardou todas as evidências coletadas e se preparava para guardar sua maleta de trabalho no carro quando o celular tocou. Imaginando ser uma ligação do trabalho, ela suspirou o ar frio e encostou o aparelho ao ouvido; era Brass quem chamava por ela. Foi após aquela ligação que Catherine praticamente largou o que estava fazendo e se dispôs a seguir para outro destino. 

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Foi uma correria, um sufoco para deixar alguém no lugar dela para cuidar do caso. Todos queriam parar de trabalhar e seguir diretamente para o hospital. Momentos de tensão; uma mistura de feições duras, mãos na testa e perguntas sem respostas.  

Catherine chegou ao Memorial com pressa. Seu olhar desesperado predizia o pior quando pisasse dentro daquele prédio. Não muito tempo depois encontrou o detetive Brass, e próximo dele, Sara. A ex-CSI parecia distante da conversa alheia. Ao ver o policial por ali, Catherine imaginou que as coisas não estavam indo bem. 

— Brass! — Ela o chamou, despertando a atenção dele e de Sara. A CSI foi correndo ao encontro deles e parou em silêncio, recebendo o mesmo de ambos. 

— Cath. — A cara do detetive não estava nada boa. Foi Jim quem a chamou pelo celular e quem trouxe Sara junto. 

— O que aconteceu, Brass? — Catherine perguntou enquanto olhava para a amiga. 

— Houve complicações com o Gil. A bala chegou em uma artéria. Se continuar avançando aquilo vai chegar ao coração e vai matá-lo. 

Catherine arregalou as sobrancelhas, completamente chocada. Tão chocada que foi como voltar ao dia que soube do atentado contra a vida dele. Ao receber a ligação não poderia sequer imaginar que a condição de Grissom ficou tão delicada. 

— É uma cirurgia de risco. — Sara comentou para a surpresa de Catherine que a imaginava estar alheia à conversa. 

— Isto significa que o Gil pode morrer fazendo a cirurgia ou não.  

— Mas o quadro dele não havia se estabilizado? 

— Pelo visto não, Catherine! — Sem querer o detetive se excedeu no tom e depois fez um gesto a pedir desculpas. Ele respirou fundo e bateu de leve na perna esquerda. — Chamei vocês aqui porque... O Gil deixou para mim a responsabilidade de decidir sobre isso.  

Depois que Sara enfim se instalou novamente na Califórnia, Grissom deixou a procuração sob a tutela de seu amigo caso algo grave acontecesse com ele. Não seu desejo e não foi uma decisão fácil. Estava fora de cogitação deixar aquela responsabilidade para sua mãe e até mesmo a Catherine. Sara já tinha ouvido da boca do detetive sobre a procuração, só que ouvir aquilo novamente pareceu incomodar mais. 

— Mas eu não posso tomar essa decisão sem ouvir vocês. 

— Sou apenas a amiga dele, Jim. — Catherine disse em sua defesa; não porque desejava se abster daquela decisão, mas porque não se sentia no direito de tomá-la. 

— Vocês dois são inseparáveis. — Ele replicou e depois olhou para Sara. — E você... Bem,  é a namorada dele.  

Brass visou as duas mulheres que não souberam como reagir à declaração. Desvio de olhares suspiros, postura cabisbaixa. Ninguém queria tomar uma decisão naquela hora. 

— Não dá pra esperar mais? Até o quadro dele melhorar um pouco? — A CSI questionou o policial. 

— Infelizmente é uma questão de tempo, Catherine. — Sara respondeu como se as palavras queimassem a sua língua. — Se esperarmos o Gilbert ficar melhor corremos o risco de ele não resistir. Ao mesmo tempo... — Ela ponderou. — A cirurgia pode não ocorrer como a gente espera. 

Chateada, Catherine negou com a cabeça e tentou imaginar uma possibilidade. Praticamente inexistente. Duas opções e as duas poderiam resultar em morte. 

— Não há tempo a perder. Quero ouvir de vocês qual a decisão a tomar. — O detetive as alertou. — Não posso ficar aqui por muito tempo e o médico disse que só vai fazer ou não a cirurgia com a minha palavra. 

Sara e Catherine se entreolharam por uns instantes, como se as duas estivessem se comunicando. Era difícil dizer um "sim" ou um "não". Tinham uma vida em suas mãos que poderia se perder caso fizessem algo ou caso se recusassem a fazê-lo. 

— O que você acha, Jim? — A supervisora perguntou. 

— Ah... — Brass deixou escapar um breve riso. — Fazem uns três anos que era eu lá num quarto daqueles. — Ele bateu duas vezes no local aonde foi baleado. — Foi o Gil quem decidiu por mim e eu devo isso a ele. Agora... Eu quero meu amigo naquela mesa de cirurgia nesse momento. Se algo acontecer ao menos foi porque nós tentamos. 

Brass não poupou o tom duro, o que não o tornava falso. Pelo contrário; falava desse jeito porque Grissom era uma das poucas pessoas fora da Corporação que podia chamar de amigo. Ele precisava passar por uma cirurgia de emergência assim como Brass precisou. Mas isso não significava que o procedimento daria certo, assim como houve a dúvida sobre a situação do policial. 

— Eu não tinha ninguém por perto, nenhum familiar para tomar aquela decisão. — O homem suspirou e continuou a falar. — Então pedi ao Gil e ele fez sua escolha. Salvou minha vida. Agora... pelo menos ele tem uma família por perto. 

Doía para ele dizer que não havia ninguém de sua família por perto. E isto se referia à sua filha, Ellie. Se não fosse pelo supervisor, talvez o detetive estaria enterrado num cemitério. 

— Não há ninguém mais próximo ao Gil que você, Sara. — Catherine voltou sua atenção a ela, que a encarou sem esboçar reação. — Eu e Brass somos amigos, mas você é a família dele. Sei que parece cruel ter que "passar" a palavra final a você, mas não há ninguém mais próximo dele para tomar esta decisão. 

— Catherine tem razão. Perto ou longe você ainda é família. 

Ainda quieta, Sara visou as duas figuras e sentiu todo o peso do mundo em suas costas. Tentou imaginar qual a opção Grissom tomaria se fosse ela quem estivesse na cama. Seu único exemplo foi o policial bem a sua frente. A verdade era que tinha medo do que viria pela frente. O homem que amava num estado entre a vida e a morte e com um futuro incerto. Se escolhesse esperar, poderia estar "decretando" o fim de sua vida; se escolhesse fazer a cirurgia tinha em mente dos riscos e das complicações que poderiam surgir. 

Se Grissom não sobrevivesse às horas seguintes ela carregaria consigo um mar de arrependimento das coisas que não fez ou disse a ele. 

Eu não pronta pra dizer adeus ainda, Gilbert.


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Notas finais do capítulo

Te falei que a gente ia sofrer mais um pouco num é?


Espero que quem seja shipper YoBling tenha gostado dos mimos rsrsrs. Estou escrevendo sobre eles agora e estou super aberta a receber sugestões sobre isso. ♥

E falando em sugestões eu peço desculpas se estou fugindo muito da parte de saúde da história. Eu não sou formada na área da saúde e sei muito, muito pouco. Quem conhece ou trabalha com isso e viu algum deslize meu, por favor, me avise que eu ajeito ou pelo menos tento ajeitar na história. Mesmo sendo uma obra de ficção eu não quero fugir muito da realidade, quero tratar do modo mais respeitoso possível.

E sobre a parte final, talvez vocês tenham percebido eu me inspirei nos episódios finais da sexta temporada na qual o Brass corria risco de vida. Mermão cê nem sabe o quanto isso me ajudou ahdjasdka. Tem um pouquinho de tudo nessa série hahaahah

Mas então é isso. Obrigada a todos que leram. Um beijão e até o próximo capítulo! ♥ ♥ ♥



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