Diversus escrita por Gabriel Lucena
Já fazia dois meses que Evan estava de volta à vida de super herói, agora ele era conhecido como Diversus e tinha a foto estampada na capa de todas as revistas e jornais. Porém, conforme o final do ano ia chegando, ele agora tentava enfrentar um novo problema: levar uma vida dupla, pois sua mãe havia conseguido para ele uma vaga na faculdade de Rebekah, mas como ele ia conciliar os estudos com a vida de herói?
— Olha Evan, a polícia tá correndo desesperada! - falou Rebekah.
Evan apenas assentiu.
— Você não vai com eles? - ele negou com a cabeça - Por quê?
— Não saímos faz três dias. - suspirou ele.
— Não tem problema, quando você estiver livre é só bater na minha janela que eu irei te atender e sairemos. - sorriu ela.
— Sério?
— Sim, é sério. Agora vai lá e salve a cidade... Diversus.
Evan sentiu Rebekah lhe dar um selinho demorado e sorriu torto novamente, correu até um beco e colocou sua bandana que lhe cobria quase todo o rosto, tirou a roupa de estudante e guardou na mochila a jogando num canto e com seu uniforme todo preto, foi até a viatura de polícia e com ela, começou a aventura heróica.
Logo chegaram numa praça, onde viaturas pararam e os policiais olharam para o telão.
Atenção senhoras e senhores, por muito tempo a NASA confirmou o fim do mundo erroneamente, mas dessa vez temos a presença ao vivo de um asteroide gigante em rota de colisão com nosso planeta no final da tarde de hoje. Essas imagens capturadas numa das sondas enviadas para o espaço mostram o exato momento em que o meteoro passa perto dela e mostra o quão grande é esse meteoro.
Evan sabia que precisava fazer alguma coisa, a pedra gigante estava entrando na atmosfera da Terra e isso era claramente visto de la de baixo, a enorme bola de fogo se aproximava.
Todos olharam para o gigante meteoro e Evan sabia o que tinha que fazer. Abrindo suas asas negras que agora estavam duas vezes maiores, ele já ia se preparando para ir em direção à enorme pedra quando um policial o parou.
— Espere Diversus! - disse ele, o entregando algo que parecia uma máscara de ar.
— Isso é para quando você estiver lá em cima ter ar suficiente para respirar. - afirmou outro policial, Evan assentiu e colocou o tal aparelho e começou a voar na direção do meteoro.
— Gente, eu não acho que é uma boa ideia. - disse Mariana, olhando a televisão na casa de Rebekah.
— Por quê não amiga? - perguntou Rebekah.
— Se ele socar, chutar ou golpear o troço de qualquer maneira, vai causar uma explosão tão grande que poderá fazer uma fumaça tóxica para nós, lembra da catástrofe em Chernobyl?
— Calma, ele é o Diversus, ele vai dar um jeito. - insistiu Rebekah.
— Já sei, vamos fazer uma oração para que dê tudo certo. - sugeriu Tita e as duas concordaram. As três amigas deram as mãos e começaram a rezar.
Enquanto isso, Evan, enquanto sobrevoava na direção do meteoro a quinze mil pés de altitude, começou a ver um filme passando diante dos seus olhos, como se ele tivesse a sensação de que morreria.
Não precisa fazer tudo isso para me deixar orgulhosa, você já me dá orgulho de ser sua mãe por tudo o que faz, você já é o meu herói - sua mãe lhe disse certa vez.
Não importa quem você seja ou o que você faz, eu sempre irei te amar. - falou Rebekah.
— E eu... amo... vocês duas... - sussurrou ele, antes de dar um soco no meteoro que, ao invés de explodir, foi jogado para trás e desviou a rota para fora do planeta, desviando a rota para fora da galáxia.
— ISSOOOOO!!! CONSEGUIU!!! - comemorou um policial.
— Boa Diversus! - aplaudiu outro.
As pessoas na calçada, que viam aquela cena, também comemoraram, Diversus havia as salvo novamente.
— Deu certo. - comemorou Tita abraçando Rebekah e Mariana.
Diversus sorriu e voou para baixo, acenando para todos e voando de volta pra casa.
Ao final do dia, como prometido, ele foi até a casa de Rebekah, onde assistiram filme e Rebekah lhe ensinou algumas coisas do que estava aprendendo.
Não demorou muito e Rebekah pegou no sono ali mesmo na escrivaninha, Evan a colocou na cama quando ouviu um pigarreio e olhou pra porta, seria Tânia? Aproximou-se da porta e não viu ninguém, a casa estava toda apagada, mas Evan conseguia enxergar no completo breu, então percebeu que não havia ninguém, olhou então pela janela e percebeu algo estranho, um brilho que não devia estar ali.
— Justo hoje deus supremo? - suspirou ele se dando conta de quem era.
— Por favor Diversus, me chame de Jeff. - pediu ele.
— Jeff? Por quê? - ele franziu a testa.
— Eu percebi que você detesta o nome original, então me chame por um mais simples e fácil. Ou prefere Dé?
— Tanto faz, o que o senhor quer?
— Bem, como você já sabe, estive focado em escolher algumas pessoas para se tornarem poderosos iguais a você, mas se você bem lembra, foi trabalhoso demais até você se acostumar com os poderes, aprender a controlá-los e se tornar realmente um herói. Pois bem, agora, encontrei algumas pessoas de bom coração que moram em lugares diferentes e longe daqui, portanto, devido á distância, eu não sou Jesus então não consigo tomar conta de todos ao mesmo tempo, por isso, vim aqui pedir sua ajuda para recrutá-los. - explicou ele.
— Como assim? De que modo eu irei servir de ajuda para você?
— Bom, com seus poderes e habilidades, você pode pará-los, ache uma forma de conter eles e assim os convença a usar seus poderes para o caminho do bem, pois é isso que o mundo está precisando, não é mesmo? Em pleno século 21 não é possível que o mal esteja dominando cinquenta por cento do Universo inteiro.
— Mas... eu, não sei... Se eu for, terei que largar a faculdade, iria recomeçar minha vida agora. - suspirou Evan.
— Calma Diversus, estou querendo o seu bem, irei dar um jeitinho nisso para não prejudicar você. Não confia em mim?
— Confio, mas... não sei.
Houve um tempo de silêncio, Evan olhou para os seus pés sujos de lama até que ouviu-se uma voz novamente.
— Bem, pense com carinho e me responda. Te dou no máximo vinte e quatro horas para responder, se quiser consulte sua família e amigos, mas de qualquer forma, pense...
E assim, ele sumiu no ar novamente e o céu voltou a ficar como antes. Evan caminhou até o lado da cama de Rebekah e se ajoelhou, enqunto acariciava seu cabelo, aquela proposta não saía da sua cabeça.
— Eu não posso perguntar pra ela, nem para minha mãe, todos vão dizer pra eu negar, até minha mãe. Preciso pensar sozinho, mas isso é tão confuso. - sussurrou ele.
Derrotado e cansado, saiu do quarto de Rebekah e foi pra casa, onde depois de um banho relaxante, deitou e dormiu, ele precisava pensar com carinho na proposta dele, o mundo realmente estava correndo perigo como afirmara ou ele só tava blefando? Era muito estranho pois ele nem mostrou os "recrutas".
Pensando assim, deitou-se na cama e dormiu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Melhor redenção que essa pra um herói não é, certo? Até mais!