Diversus escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 15
O Deus supremo


Notas iniciais do capítulo

Finalmente a verdade...



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De madrugada, Evan foi acordado por seus instintos, que lhe disseram haver alguém presente ali, talvez a polícia? Sim, Robert deve ter procurado em todos os lugares da cidade e agora estava os procurando naquele hotel, claro. Irritado e cauteloso, se levantou e caminhou lentamente até a porta do quarto e abriu-a lentamente. Era algo estranho, ele tinha a sensação de que algo estava acontecendo mas não ouvia pedido de socorro de ninguém, pelo menos não nas proximidade, era mais a sensação da presença de alguém ali. Ao sair do quarto, viu que os corredores do hotel, obviamente, estava com as luzes acesas, mas ele ainda assim tinha que ser cauteloso, qualquer distração ali seria fatal. 

A passos lentos e silenciosos, caminhou pelo corredor olhando pelos lados, procurando alguém, mas nada. Quando estava um pouco longe da porta do quarto, sentiu uma mão tocar em seu ombro e rapidamente se virou. Quando percebeu, era Rebekah, que assim que viu aqueles olhos brancos arregalados de susto se virarem para ela, quase gritou, mas tampou a boca e o grito morreu na sua garganta.

— Evan, que susto, não se vira assim. Me assustei. - disse ela, com a mão no peito.

— Des... culpe. - disse ele, quase inaudível, se não fosse o corredor silencioso não daria para ouvir.

— Rápido, preciso que venha comigo, eu acho que sei como descobrir porquê você ficou assim. - disse ela, pegando sua mão.

Evan deu uma olhada na porta do quarto onde sua mãe estava, mas Rebekah negou.

— A gente volta antes dela acordar, prometo. - finalizou e o puxou pra longe dali.

Pulando uma janela, Evan olhou para os lados para conferir se não havia nenhuma polícia ali, vai que ela tivesse mudado de ideia de protegê-lo e se uniu ao pai para lhe pegar, né? Mas, ao ver que não havia ninguém, pulou e seguiu Rebekah até um certo ponto dali, um pouco atrás do estabelecimento, onde havia um cerca e eles pularam. Atrás da cerca, uma floresta, a qual fez Evan começar a sentir dor de cabeça, as imagens do seu pai na floresta voltaram a atormentar sua mente, ele não conseguia controlar mais, estava começando a  ficar fora de si, levou as mãos à cabeça e se ajoelhou no chão começando a respirar ofegante. Rebekah, quando viu aquilo, se ajoelhou ao lado dele.

— O que foi Evan? O que aconteceu? - perguntou ela, assustada, tentando acalmar ele.

Evan não conseguiu responder, continuava tentando esquecer essas lembranças, mas era difícil demais.

— Ah, é a floresta que tá te fazendo mal? - perguntou a garota, se lembrando de que o maior trauma da vida do garoto se passou em uma  floresta. Evan assentiu e então ela o ajudou a se levantar e o guiou para outro lugar longe da floresta, fora do seu campo de visão. 

Após andarem por alguns metros, pararam no carro dela, que estava numa vaga no estacionamento, que era coberto, então entraram no carro e ela o olhou.

 - Escuta Evan, eu estava dormindo na casa de uma amiga quando sonhei que estava em um local não muito longe daqui, mas havia um cara ali que mais parecia um monge misturado com um ser poderoso, sei lá, que estava me mandando vir atrás de você, então eu acordei e vi que ele realmente estava lá, não de corpo presente, mas na minha mente, e me ajudou a localizar você. Agora, eu preciso te levar até lá, ele quer te falar algo. - confessou ela.

Evan arrealou os olhos, assustado, não seria o Robert disfarçado?

— Calma, eu não vi o rosto dele mas a voz e o corpo não tinham nada a ver com o do meu pai, então pode ficar tranquilo. - pediu ela ligando o carro e logo saiu indo pra fora do hotel.

O caminho durou alguns minutos até Evan perceber que eles estavam de volta naquele mesmo precipício onde eles quase se beijaram, ele estranhou, mas não saiu do carro.

— Pode sair, ele vai  te esperar lá. - disse ela.

Mesmo confuso, Evan saiu do carro e caminhou lentamente até a beira do penhasco, onde, uma luz forte e amarelada apareceu no horizonte e o cegou por uns instantes.

— Olá Evan! - disse o ser, com uma voz grave e anormal.

Evan então o encarou confuso, como ele sabia seu nome?

— Rá rá rá, pelo seu olhar você deve estar entendendo nada não é? Pois bem, vou lhe explicar tudo, por isso lhe chamei aqui. Para início de conversa, me chame de One-Above-All, seu criador.

— Cria...dor? - praguejou ele, ainda mais confuso.

— Sim, eu que lhe dei seus poderes na hora em que vi  o quanto você foi corajoso em salvar aquela menina de ser estuprada pelo seu próprio pai. A atitude nobre e corajosa, por mim, me fez te considerar um menino apto para se tornar um herói, mas quando eu vi que mesmo se divertindo salvando as pessoas você está com muitas dificuldades, resolvi te esclarecer tudo. - explicou ele.

— De onde você é? O que veio fazer aqui na Terra? - perguntou Rebekah, se aproximando.

— Eu vim de um lugar bem longe daqui, que talvez não esteja nem mesmo na sua galáxia, não sabe quantos milênios eu passei vagando pelo espaço à procura de outros recrutas. 

— Recrutas?

— Sim, o lugar onde vivo já foi destruído diversas vezes, mesmo que eu possa o reconstruir sempre, isso cansa muito, é estressante, então resolvi viajar pelo espaço e procurar um lugar habitável para poder criar novos recrutas super poderosos para proteger meu mundo. Quando encontrei seu planeta, o primeiro que vi foi você, naquela fatídica noite, por isso, lhe dei esses poderes, acho que são suficientes para você poder ser forte e poderoso o bastante. 

— Quem atacou seu mundo?

— Titãs. E eles nunca desistem. Daqui a um tempo eles irão voltar, você precisa treinar mais e seu planeta Terra será o seu Centro de Treinamento. 

— E-eu??? - gaguejou Evan.

— Sim. E você Rebekah, será a mentora dele, sei que fará um ótimo trabalho. Quando estiver pronto eu voltarei. Até breve DIVERSUS!!

E sumiu no céu deixando tudo estrelado e escuro novamente.

— Viu? - disse ele.

— Sim,  não foi ilusão, foi real, eu também vi. Que coisa mais louca! - confessou Rebekah.

Pouco tempo depois, eles decidiram voltar, era muita informação para a cabeça deles e obviamente não dormiriam tão cedo depois dessa.

 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?



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