Diversus escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 13
O delito


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo do ano, desejo a todos um Feliz Ano Novo. E esse é o presente para vocês!!



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Depois de finalmente conseguir ouvir a voz de Evan e levá-lo de volta pra casa após seu pai quase os flagrar juntos, Rebekah estava completamente afetada, ela chegou  em casa ainda com um pouco de receio de contar o que havia acontecido, já que seus pais jamais iriam gostar de  saber que ela estava amiga daquele que eles mais odeiam. Assim, ela manteve isso em segredo apenas contando para suas amigas,  que prometeram  guardar segredo.

— Mas e aí? Rolou beijo? - perguntou Mariana, empolgada.

— Não amiga mas quase. Acho que se não fosse o papai tinha rolado. - disse Rebekah, corando.

— Uuuh, Rebekah Mendes, a garota de coração mais frio da faculdade tá finalmente desencalhando. - riu ela.

— Pára amiga, também não sou tão difícil assim!

Ambas riram e logo o intervalo acabou e elas voltaram à aula.

Do outro lado, Robert estava completamente louco em  sua sala.

— Não acredito que aquele moleque está destruindo minha família! - gritou ele, socando a mesa.

— Calma doutor, explica direito o que aconteceu para ele destruir sua família. - pediu o carcereiro.

— Ontem eu estava voltando do plantão quando vi a minha filha passar pelo meu carro e saiu da cidade, indo parar em  um lugar bastante deserto e isolado. A segui de longe porque ela não costuma frequentar esses lugares. Quando ela saiu do carro adivinha quem estava com ela?   

— O garoto?  - arriscou.

— Exatamente, esse moleque nem nome tem e ainda é capaz de manipular minha filha. Ela já é contra eu prendê-lo, minha esposa também, só falta ela fugir de  casa!

— Lógico que ela não faria isso, pra onde ela iria se fugisse?

— Eu sei lá, só sei que preciso pegar esse garoto logo. E vai ser HOJE!!! - decidiu-se o delegado.

— E o que o  senhor pretende fazer? Aquele garoto é muito forte e muito esperto. - disse o segurança.

— E rápido. - insistiu o outro policial.

— Mas não pra mim, ou melhor, pra nós. Joilson e Cléber, preciso da ajuda de vocês dois pra acabar com ele.

 ***

Mais tarde, quando Rebekah voltava pra sua casa toda animada após mais um dia  de aula, foi surpreendida quando algo bateu na sua janela.

— Ei, me siga ou  morre. - disse um mascarado, dirigindo uma moto.e com uma arma na mão e mais um homem atrás. Em seguida, eles a guiaram até uma rua, totalmente deserta e pararam  em frente à um prédio abandonado. 

— Desce do carro mocinha. - disse o caroneiro, também com máscara e apontando a arma pra ela. Rebekah prontamente saiu do carro, tentando não deixar parecer o medo que estava sentindo.

— Boa menina, nada de gracinhas agora, você vem com a gente! - respondeu o condutor da moto, sem tirar a máscara. Eles a levaram segurando seus braços até dentro do prédio.

— O que vão fazer comigo? - perguntou ela, tentando ficar calma.

— Não faça perguntas senão arrebento seus miolos! - gritou um deles, impaciente.

— Tá bom, desculpe! - suspirou ela,  abaixando a cabeça;

Torturem-a. - disse uma voz no walkie-talkie do outro.

 Eles a ajoelharam no chão e sorriram diabólico pra ela.

— Espero que seja forte mocinha, pois isso vai doer um pouco. - disse o carona da moto, puxando o cabelo dela.

— AAAII! - gritou Rebekah, tamanha força que o cara puxou.

Enquanto isso, o outro rapaz começou a amarrar Rebekah, pra garantir que ela não fugiria, mas seus gritos foram suficientes para que Evan logo aparecesse alguns metros à frente deles, com uma cara nada feliz.

— Ora ora ora, o que temos aqui? O garoto metidinho á herói veio salvar a namoradinha foi? Que romântico! - zombou um deles.

Evan logo partiu pro ataque, o primeiro se defendeu usando uma barra de ferro, com apenas um soco Evan derrubou a mesma e socou o seu rosto, o derrubando, mas com as pernas ele chutou as pernas de Evan, que caiu, mas puxou o outro com as mãos. Usando os braços dele como apoio, Evan pulou e deu um mortal no ar, pousando seus pés no estômago dele, que urrou de dor. Por garantia, deu-lhe um chute na cabeça, o desmaiando. À essa altura, o outro bandido já tinha se levantado e com isso, partiu pro ataque dessa vez com um cassetete, Evan se defendeu do golpe com o braço e o socou no estômago, mas o mesmo usava um colete à prova de balas então não foi afetado, golpeou o garoto nas costas e o derrubou, mas apenas por alguns segundos, pois Evan deu-lhe um chute no rosto e quando ele caiu, se levantou. Porém, quando Evan partiu na direção dele pra nocauteá-lo, um tiro foi ouvido e ele caiu no chão.

—  Tá bom garoto, já deu, chega. - falou Robert, baixando e guardando a arma.

— Pai? O que faz aqui? - perguntou Rebekah, incrédula.

— O que esse imbecil me obrigou a fazer filha, eu disse para parar de se meter no meu caminho, mas ele não quis, tive que tomar medidas drásticas. - explicou ele, se aproximando enquanto Evan urrava de dor com a mão na perna ensanguentada, onde o tiro havia pego.

— Espera aí, você simulou tudo isso? - perguntou ela.

— Acertou. Olha pra isso. - falou Robert, tirando a máscara dos dois supostos assaltantes, revelando Joilson e Cléber - Mandaram muito bem, deviam trabalhar no cinema em filmes de ação!

— Se me chamarem eu faço sim. - riu Joilson, algemando Evan e o levantando.

— Agora rapazinho, você vai apodrecer na cadeia por não ter feito o que eu pedi. - disse Robert, olhando os olhos de Evan bem de perto. Evan ainda tentou se soltar, mas Joilson não deixou.

— E o que fazemos com eles? - perguntou Joilson.

— A Rebekah deixe aí, eu vou ajudar a levar o Cléber, logo ele recupera a consciência. - afirmou Robert.

— Não, volta! - gritou Rebekah.

Evan, ainda sendo levado à força pelos policiais, fechou os olhos, respirou fundo tentando ignorar a dor na perna e se concentrou na sua força. Começou a puxar as algemas para os lados e logo as quebrou com bastante facilidade. Em seguida, deu uma cotovelada na barriga de Joilson, que caiu no chão dessa vez. Robert tentou lhe dar um soco, mas ele desviou e o chutou com toda a força que o ódio por ele lhe dava o fazendo cair no chão.

— Desgraçado!!! - urrou ele de dor. 

Evan, mesmo com a perna machucada, correu até Rebekah e a desamarrou rapidamente, ela o abraçou com força, assustada.

— Ai Evan, que bom que você chegou. Vem, temos que tratar da sua perna e rápido! - ela disse, se soltando do abraço e levantando, levando Evan consigo para o carro até o hospital mais próximo.

Quando Evan foi atendido, Rebekah ligou para Mikaela, que logo chegou.

— Ei, como está o meu filho?  - perguntou ela, furiosa após Rebekah contar toda a história.

— Estão tirando a bala da perna dele, fique calma que ele não corre nenhum risco. - afirmou o médico.

— E tudo por culpa  sua! - berrou Mikaela dando um tapa na cara de Rebekah.

— Minha? - disse Rebekah, afagando o rosto onde levou o tapa.

— Claro que é. Meu filho foi atrás de você, se você não tivesse sido tão ingênua eles não teriam te sequestrado e ele não teria ido te salvar e levado esse tiro na perna! Eu quero você longe do meu filho pra sempre!! 

Chorando, Rebekah correu até seu carro e desabou em lágrimas. Mikaela tinha razão, quanto mais próxima de Evan ela ficasse a vida dos dois ficaria em perigo, algum deles tinha que se afastar, o que deixava a garota muito triste e inconformada. Mas, era o certo. Secou as lágrimas, ligou o carro e foi pra casa, sua mãe precisava saber o que aconteceu.

 


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Notas finais do capítulo

Como o Robert usa a própria filha de isca desse jeito hein?



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