Diversus escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 10
Descobrindo a verdade


Notas iniciais do capítulo

Só para deixar claro pra vocês, esse capítulo é tipo a parte dois do anterior ok?



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Depois de alguns minutos dirigindo, Rebekah chegou à uma rua, ela era larga o suficiente para ter dois carros em mão dupla, apenas faixas amarelas no meio, dos dois lado, à esquerda e à direita, só casas modernas, ela parou bem na entrada da rua e olhou para Evan, seus olhos ainda estavam brancos. Ele a encarou de volta.

— Chegamos. Você vai sair do carro e eu vou acelerar ele com tudo. Eu quero que você tente me acompanhar correndo tá bom? Quero ver qual sua velocidade máxima. - explicou ela.

Evan deu um pequeno sorriso e assentiu, já ia saindo do carro quando ela o chamou novamente:

— Lá no final da rua, tem um tonel, quando passarmos por ele paramos a corrida;  - finalizou e ele assentiu novamente, saindo do carro com calma e se posicionou ao lado do carro. Rebekah acelerou o carro três vezes antes de contar até três e acelerar com tudo. Evan começou a correr também, tentando ficar emparelhado com o Bugatti. Aos 180km/h ele conseguiu ficar emparelhado com facilidade, Rebekah sorriu olhando ele ao seu lado, impressionada e trocou de marcha, subindo a velocidade para 220km/h e chegou a ficar na frente, mas Evan emparelhou, ela riu o vendo e aumentou para 300km/h e ele tomou a dianteira, ficando pouco à frente do carro, rapidamente eles viram o tonel se aproximar e Rebekah resolveu dar tudo, querendo chegar a 480km/h que era a velocidade máxima do carro, mas ao chegar nos 350 Evan começou a ficar pra trás, ela pôde ver que ele se esforçava para ir mais rápido, mas não conseguia, ou seja, ela venceu ao passar o tonel antes dele e pisou nos freios, parando seu carro e virando-se para ele.

— Foi bom. O que achou? - ela perguntou, sorrindo e com a cabeça pra fora da janela. 

Ele deu um sorriso torto, mostrando que realmente tinha gostado da aventura.

— Relaxa, vamos correr mais vezes e você poderá ficar mais rápido. Você já bateu o recorde absoluto do rapaz mais rápido da Terra, então, você pode ficar tranquilo. Eu que nunca acelerei tanto meu carro como hoje viu? Entra. - riu ela e ele obedeceu, entrando.

Durante o trajeto de volta, ela mentalizou a velocidade máxima em que estavam, talvez ele não passasse dos trezentos e trinta, mas de qualquer maneira, já estava bem rápido para um ser humano, que normalmente chega a quarenta ou sessenta. Ou seja, ele era rápido o bastante para salvar muitas vidas sempre que ele quisesse. Logo, ela se lembrou de que não sabia onde ficava a casa dele, onde pretendia deixá-lo.

— Pode me dizer onde fica sua casa?  -  perguntou enquanto dirigia e ele só fazia gestos com as mãos pra esquerda ou direita, indicando onde deveria virar. Depois de alguns minutos, eles chegaram e ela ficou surpresa ao olhar a casa.

— Uau, mora melhor do que eu imaginava. - riu ela.

Quando os dois saíram do carro, Mikaela apareceu na porta, desesperada e ao mesmo tempo furiosa.

— Evan, onde você se meteu seu teimoso? Eu não disse pra você me esperar no seu médico? - disse ela,  se aproximando pra lhe dar um puxão de orelha, ele e recolheu com medo e Rebekah se meteu na frente dele.

— Espere um pouco senhora, deixe-me explicar, a culpa não foi dele. - falou ela.

— E você cala a boca mocinha! o assunto aqui é com ele! - rebateu Mikaela.

— Eu trago seu filho em segurança pra casa e é assim que a senhorita me agradece? - bufou Rebekah.

— Não quero saber, Evan, já pro eu quarto! 

Evan obedeceu, correndo pra dentro de casa antes que ela fizesse algo com ele, Rebekah entrou na casa junto e suspirou.

— Me desculpa me intrometer, mas eu só estava ajudando o Evan, ele me salvou uma vez. - disse ela.

— Eu não ligo, não quero mais ele salvando vida de ninguém, correndo risco à toa nas ruas, já perdi meu marido e não quero perder ele também. - bronqueou Mikaela.

— Qual o problema dele se aventurar por aí? Até mais rápido que meu carro ele corre! 

— Querida, você sabe que o mundo tá perigoso, se ele decidir lutar contra um ladrão e ele estiver armado, como é que fica?

Rebekah suspirou, Mikaela tinha razão, ele não podia correr tanto risco assim.

— Tudo bem, me desculpe... mas garanto que ele está bem, não se machucou comigo.

— Não,  ele não está bem,  ainda sofre de estresse pós-traumático e precisa tomar os remédios pra não fazer besteira. - Mikaela agora tinha os olhos marejados.

— Nossa, mas o que aconteceu de tão grave com seu marido para essa situação toda acontecer?

— Quem é você afinal? 

— Desculpa, não me apresentei, sou Rebekah Mendes, sou estudante aqui na universidade da cidade, é que eu tava voltando de um passeio com as amigas quando vi seu filho impedindo que um bloco de concreto gigante caísse no meio de uma multidão, aí todo mundo veio interrogar ele e eu o salvei. - explicou.

Ao ouvir a história, Mikaela ficou um pouco intrigada, ainda não vira a notícia na televisão, mas de algum modo, pôde sentir a sinceridade nas palavras da garota, mesmo não a conhecendo. Então, a convidou para entrar e foi até o quarto de Evan.

— Aqui filho, seus remédios. - disse ela e Evan, que estava deitado, já se encontrava com seus olhos normalmente azuis, tomando-os. Em seguida, Mikaela voltou pra sala e se apresentou para Rebekah.

— Bom, é um pouco complicado de falar isso mas... você me parece ter boa índole, mas não conte isso para ninguém. - pediu.

— Claro, só fica entre nós, seja lá o que for. - garantiu Rebekah.

— Então senta que lá vem história.

Ambas se sentaram no sofá e Mikaela contou para Rebekah toda a história de seu filho, desde que Evan saiu de casa pra passar o final de semana com o pai até o assassinato dele. Rebekah ouvia tudo chocada.

—... e aí, tem aquela lei mundial que se você comete um crime em um país e foge para outro antes de ser preso, você não será preso no país que se refugiou porque nem a polícia e nem o governo vão se meter nessa história. E como eu nasci aqui no Brasil e nessa cidade, resolvi ficar por aqui mesmo, mas o Evan peou essa mania de ser um super herói não sei como. - suspirou Mikaela.

— Meu deus, tenso isso de matar o próprio pai involuntariamente. Por isso que ele tem esse tl estresse? - perguntou curiosa.

— Sim, ele ficou meses sem sair da cama, tendo surtos e ligando o som alto de madrugada pra se acalmar, mas os vizinhos estavam reclamando e eu tive que dar um basta, mas ele quase morreu na clínica que o coloquei e aí resolvi o tratar em casa com um fonoaudiólogo, porque nem falar ele consegue mais. Depois ainda irei lhe ensinar português.

— Por isso que sempre que eu pergunto algo ele não me responde? 

— Sim.

Atordoada com as revelações, Rebekah se despediu e foi para casa, mas  não parava de pensar em Evan, o quanto o garoto ainda deve estar sofrendo, era realmente uma história chocante. Chegando em casa, viu que seus pais não estavam, então foi pro seu quarto e deitou na cama, ela queria contar para Mariana e Tita, pois elas também foram salvas por ele, mas havia prometido que não espalharia pra ninguém, ela precisava manter sua promessa senão ia prejudicar Evan.

Sendo assim, resolveu ligar para as duas amigas.

— Oi miga, chegou bem? Demorou hein? - falou Mariana, animada. 

— Oi, cheguei sim, preciso te contar uma coisa muito surpreendente que descobri. - ela disse.

— Sério? Me conta então!

— Bom, depois que voltamos do passeio, encontrei  o garoto que te salvou  impedindo um bloco de concreto de cair em cima de mais  de cinquenta pessoas. Mas ele não estava lá no meio da multidão, ele chegou que nem uma flecha mesmo sabe, e salvou todo mundo. num piscar de olhos ele apareceu por lá e segurou o pedaço de concreto. Óbvio que as pessoas ficaram impressionadas e tentaram se aproximar dele, mas ele começou a correr e eu o levei até aquela rua sem saída perto da sua casa lembra? Aí, pedi pra ele sair do carro e eu acelerei tudo enquanto ele corria junto. E adivinha? Ele só ficou pra trás quando cheguei á trezentos e cinquenta por hora, ou seja, ele correu muito mais que o dobro que um ser humano pode correr. - explicou e a amiga fiou perplexa.

— Sério? Então ele é mesmo um super herói! - animou-se Mariana.

— Sim, agora eu acredito, tenho que falar pra Tita.

— Fala sim ela vai adorar saber.

Animada, elas desligaram a ligação, Mariana prometera contar pra Tita sobre a descoberta de Rebekah,  que ficou um tempão pensando naquilo e só parou quando ouviu sua mãe chamando pro jantar. 


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Notas finais do capítulo

Vou tentar postar o próximo ainda hoje ok?