Girassol escrita por they call me hell


Capítulo 12
Complicações


Notas iniciais do capítulo

Esse foi o primeiro capítulo que escrevi do zero na reforma da história, já que originalmente ela acaba no capítulo anterior em uma cena diferente. Fiquei feliz com tudo que acrescentei e espero que gostem. :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784691/chapter/12

— 12 —

 

No domingo, sozinha em casa, me pego pensando sobre todos os acontecimentos da semana. Fred partira na manhã anterior, me agradecendo pela diversão e por tê-lo deixado ficar durante a noite. Depois de tantas cervejas e alguns pedaços de pizza, apaguei completamente, e ele terminara de ver o filme até pegar no sono também.

Enquanto tomo chá, minha campainha toca e Ginevra grita do lado de fora da minha porta. A abro, dando espaço para que ela entre, e a sirvo uma xícara de chá.

— Minha mãe disse que Ron não voltou para casa ontem — a preocupação está em seu rosto ao dizer.

— Ele já é adulto, deve ter ido para a casa da namorada ou talvez uma hospedagem para ficar sozinho e pensar melhor.

Seus ombros caem e ela se encolhe no meu sofá.

— Eu não deveria ter sido tão dura com ele na sexta.

Passo minha mão pelas suas costas, tentando fazer com que ela se sinta melhor.

— Você não é a responsável pelas decisões dele, Gina. Ele trouxe um assunto já encerrado e não deveria ter esperado menos do que a resposta que recebeu.

— Eu sei, mas se algo ruim acontecer eu vou me sentir culpada.

Fico diante de um impasse. Quero crer que ele só esteja tirando um tempo para pensar, mas se algo realmente tiver acontecido e demorarmos para perceber, pode ser pior.

— Podemos nos juntar e procurar por ele.

Ela concorda e deixamos o chá. Passamos na sua casa para encontrarmos Harry e então vamos até a loja, onde George nos recebe no balcão.

— Fred está lá em cima — ele diz e Gina não espera, indo até as escadas. — Ele me contou hoje sobre o que aconteceu na sexta.

Pressiono meus lábios que se estreitam em uma linha ao ouvi-lo.

— Cuide bem do meu irmão, Mione. Ele se faz de durão, mas lá no fundo não é bem assim.

— Nós não queremos apressar as coisas, mas te dou a minha palavra.

Gina retorna com um Fred sonolento atrás de si. Ele coloca o casaco enquanto anda e quando para ao meu lado, beija a minha testa.

— Por onde começamos?

— Acho que seria melhor nos separarmos — sugere Harry. — Assim conseguimos verificar mais lugares e mais rápido. Vou conferir o Ministério, sei que ele está com coisas acumuladas lá e talvez tenha optado por resolver isso ao invés de ficar pensando no que aconteceu.

— Vou conferir ao redor da Toca — diz Gina. — Assim posso ficar de olho nos meus pais, eles estão preocupados.

— Vou ver as hospedagens que consigo lembrar, ele pode ter decidido ficar em alguma delas.

Sem saber exatamente onde ir, decido pelo improvável.

— Certo, vou conferir ao redor do Três Vassouras, algo pode ter acontecido enquanto ele ia embora.

Com o plano estabelecido, combinamos que qualquer novidade deve ser transmitida por um patrono. Antes de ir, Fred me abraça, diz que tudo vai ficar bem e que dará um soco no irmão quando o acharmos.

Aparato para o Três Vassouras, que está aberto, visto que já é hora do almoço. A neve está começando a ficar mais densa e vasculhar a área se torna desafiador. Vejo as lojas, uma a uma, e questiono os atendentes dando as descrições físicas de Ron, mas não consigo qualquer informação.

Verifico também as trilhas e quando já faz cerca de uma hora que procuro em vão e estou começando a pensar que talvez ele não queira ser encontrado, decido retornar ir para a Toca e auxiliar Gina ou decidir alguma outra área, como o Beco Diagonal ou até mesmo a área trouxa da cidade, por mais que não sejam tão prováveis.

Chegando, posso ver Molly sentada em um dos degraus que dão para a porta da frente. Ela tem o cotovelo apoiado em uma das coxas e o rosto sem brilho descansa em uma das mãos. Seu olhar está distante, mas foca em mim conforme me aproximo.

— Eu sinto muito — digo, me curvando e a abraçando demoradamente.

— Ele vai aparecer, eu sei que vai.

 

* * *

 

Eu aparato para o Ministério, que tem pouquíssimas pessoas por conta do final de semana e avanço para a sala de Ron. Quando chego, percebo que está trancada e não há qualquer sinal dele lá dentro pelo que enxergo através da pequena janela. Também não há sinal dele nos elevadores, na área de alimentação ou na sala de espera. Questiono o rapaz que está na recepção do departamento e ele diz que não o viu nos últimos dois dias. Há uma pequena chance de que Ron chegou fora do horário de expediente, então decido conferir a área restrita, mas ele também não está lá.

Tento pensar em outras opções enquanto olho as demais áreas livres, mas não consigo ter nenhuma ideia. Não quero desistir e preciso pensar, então decido sair do Ministério e começo a andar sem rumo. Considero voltar para a Toca e falar com Gina, mas não quero que ela fique mais preocupada do que está, então acabo aparatando para o lago próximo à nossa casa, onde haverá apenas a neve e as árvores, garantindo que eu possa pensar melhor em silêncio.

Não é uma área grandiosa e ando em passos largos por conta da neve que está começando a acumular. Ao longe, perto da margem, vejo cabelos ruivos conhecidos.

— Seus pais e irmãos estão preocupados com você — digo ao parar atrás dele que sequer se vira para me olhar.

— Não quero voltar para casa ainda.

Respiro fundo e me sento ao seu lado na neve, vendo o lago congelado diante de nós.

— Gina não queria ser cruel com você, ela só ficou chateada e respondeu de uma forma ruim. Vocês deveriam conversar.

— Eu não quero ser um babaca, mas sinto que vocês não são claros comigo como sou com vocês — ele diz, seus ombros caídos e seu olhar distante. — Você e Gina levaram meses para me contar sobre o noivado, e eu deixei isso para lá porque minha mãe disse que era melhor não discutir isso perto do casamento, mas depois vocês viajaram e começaram a morar juntos, e eu nunca senti que podia falar sobre isso de novo.

— Eu não estou dizendo que agimos certo, mas tínhamos medo da sua reação. Por isso não te contamos antes.

— Sei que você vai cuidar bem da minha irmã, Harry. Só não queria que fizessem como Gui e Fleur que vemos tão pouco. Você e Hermione são os meus melhores amigos. Deveríamos ser melhores amigos pro resto da vida, mas é como se aos poucos estivéssemos nos tornando apenas conhecidos. Meus pais não têm mais nenhum amigo dos tempos de escola, eu não quero que me aconteça o mesmo.

Respiro fundo outra vez. Eu o compreendo e acho bom que estejamos falando sobre isso agora.

— Isso não vai acontecer. A vida de casado é diferente e Gina e eu estamos organizando as coisas ainda, mas tudo vai ficar bem. Vamos continuar aqui como sempre estivemos.

Ele me encara pela primeira vez e sua expressão está péssima. Há bolsas escuras embaixo dos seus olhos e suas roupas estão abarrotadas, mas me contenho e evito perguntar por onde andou antes que terminemos o assunto.

— Eu sei que já passou muito tempo, mas... — ele engole seco e desvia o olhar outra vez. — Hermione e eu não demos certo, e tudo bem, mas de repente ela e Fred parecem estar juntos em todos os lugares. Eu só... Me senti, não sei, inferior. Como se Fred tivesse algo que eu não tenho ou fizesse algo que não fui capaz de fazer.

Não posso dizer que sei como ele se sente, mas posso imaginar.

— Você ainda sente algo por Hermione?

Silêncio.

— Isso fica entre nós, só quero entender a situação para poder te ajudar.

— Eu não sei — seus ombros balançam por um instante. — Até ontem estava tudo bem. Eu estou saindo com uma garota e as coisas estão caminhando, mas vê-la ao lado de Fred causou algo em mim, não nego. Não é amor, mas... é algo.

Concordo com um aceno, deixando que ele fale o que precisa falar.

— Eu cresci à sombra dos meus pais e irmãos. Gui foi monitor da Grifinória, Carlinhos tinha um trabalho incrível em outro país, Percy tinha notas excelentes... Até os gêmeos chamavam atenção com as coisas que aprontavam. Eu era só eu — ele resmunga, seu cenho se franzindo. — Não é inveja, mas eu queria ser alguém, sabe? Não o "Ron, irmão do...". E eu consegui isso quando ganhamos a guerra, sei que sou alguém agora, mas tudo isso com Fred me levou de novo para esse lugar que eu tinha esquecido.

Eu já ouvira Gina falando algo parecido, afinal, ela era a caçula deles e a única mulher. Às vezes ela se sentia insegura por conta disso, especialmente durante a adolescência, mas sempre conversávamos sobre isso e tudo ficava bem.

— Você precisa conversar com eles sobre isso — digo, me levantando da neve. — Só vocês podem resolver a situação, infelizmente eu e Hermione temos que ficar de fora dessa.

Ele concorda, se levantando também. O levo para a minha casa que não está longe e caminhamos em silêncio. Ao chegarmos, empresto algumas roupas para que ele tome um banho e aparato até a Toca para explicar superficialmente as coisas. Fred e Gina partem para a minha casa e fico com Hermione, aguardando a conclusão de tudo.

 

* * *

 

Espero com Harry no quintal da Toca e ele me conta tudo o que aconteceu. Fico ainda mais preocupada com o rumo da conversa, já que sei que nenhum dos três é muito bom em dar o braço a torcer.

— Você deveria ter trazido a sua capa — rolo os olhos para ele.

Harry ri, bebendo o suco de abóbora que Molly fez para nós agora que estava mais calma.

— Não caberia nós dois, não temos mais doze anos.

— Eu faria o sacrifício de espionar sozinha e te contar depois.

Debatemos possibilidades por pura brincadeira.

Quando já estamos derretendo de ansiedade em nossas cadeiras, uma coruja de Gina chega até nós e após ler as poucas linhas, partimos para a sua casa esperando pelo melhor.

Encontramos os três sentados na sala de estar e eu puxo uma das cadeiras da cozinha para me sentar perto deles.

— Então... — digo, esperando que contem as novidades.

Harry está tão apreensivo que traz consigo um copo de água da cozinha.

— Nós conversamos e está tudo bem agora — a expressão de Gina está mais leve, assim como o clima entre os três. — Porém, acho que seria bom que vocês participassem de algumas considerações finais.

Sigo em silêncio e me disponho à ouvir o que quer que digam.

— Eu gostaria de pedir desculpas — Ron alterna o olhar entre todos nós. Percebo que ele veste uma camisa que é muito pequena para ele, provavelmente de Harry, e seguro o riso. — Não era minha intenção causar tudo isso.

— Está tudo bem agora — eu respondo quase em um sussurro, antes de limpar minha garganta.

— Eu preciso dizer algo — Fred olha para mim e eu entendo a razão de terem me chamado agora. A apreensão volta, sabendo que isso pode causar outro problema. — Hermione e eu não estamos juntos, mas acabamos ficando mais próximos nos últimos meses e a considero uma boa amiga. Porém, ela não é apenas uma boa amiga, também é uma pessoa pela qual estou disposto à abrir excessões às regras que tive todos esses anos. Não quero que as coisas caminhem para o rumo específico, mas eu estou me divertindo nos momentos em que estamos juntos e se no futuro algo tiver que acontece, eu corro o risco.

Ron, que tem os dedos das mãos entrelaçados e os braços apoiados nas coxas, curva a cabeça para baixo por um instante antes de erguê-la outra vez.

— Eu não posso mentir que não ligo para isso — ele responde, evitando olhar diretamente para nós. — E não é por ter sentimentos em relação à Hermione ou por não confiar que cuidará bem dela. Eu espero que caso isso dê errado em algum momento, as coisas não fiquem estranhas entre todos nós.

— Da minha parte, prometo que isso nunca irá acontecer, independente de Fred e eu nos relacionarmos um dia ou não — faço questão de garantir, recebendo o olhar de Ron agora.

— Sem mais segredos entre nós, certo? — Harry diz, terminando sua cerveja.

Em silêncio todos nós concordamos e decidimos que a conversa está acabada. Mais leves, nos despedimos e deixamos a casa de Gina.

Fred me acompanha até minha casa, enquanto andamos lado a lado. Quando estamos diante do portão, o convido para entrar um pouco e ele concorda, pois sinto que precisamos falar sobre tudo isso para termos a nossa própria conclusão.

Retiro as xícaras que eu e Gina deixamos sobre a mesa de centro pela manhã, e acendo o fogão para aquecer o chá que ficou no bule. Ligo o rádio baixinho e Elton John começa a cantar, eu amo suas canções e cantarolo junto.

— Ron nos disse uma porção de coisas que me fizeram entender a razão de ter agido daquela forma na sexta-feira — Fred quebra o silêncio, indo até a cozinha comigo.

Ele lava as duas xícaras que deixei na pia e as seca com o guardanapo pendurado no puxador do armário ao lado, colocando-as diante de mim.

— Eu já imagino muitas dessas coisas, mas ainda acho que ele agiu impulsivamente e espero que isso não aconteça novamente.

— Nada justifica o fato, é claro, mas eu nunca havia parado para pensar sobre como ele se sentia sendo o caçula ou como ter visto nós dois juntos causou tantas inseguranças nele — diz, erguendo os ombros rapidamente em um sinal. — Eu não quero ser intrusivo, mas o que aconteceu entre vocês naquela época? De verdade.

Desligo o fogão e sirvo o chá, o chamando para a sala com um gesto de mão. Ele me acompanha e quando nos acomodamos no sofá, estou pronta para explicar.

— Foi tudo muito rápido e muito estranho. As pessoas sempre diziam pelos cantos que eu devia ser apaixonada por ele ou por Harry, já que estávamos sempre juntos, e uma hora eu comecei a me questionar se isso era verdade.

Ele olha para mim com aqueles grandes olhos castanhos e eu sei que não falará nada até que eu conclua. É a primeira vez que falo abertamente sobre isso, então tenho muito o que falar.

— Quando Gina me disse que era apaixonada por Harry, percebi que seria impossível me apaixonar por ele, mas Ron era complicado. Eu adorava algumas coisas nele, mas detestava outras, e não conseguia ter certeza de nada. E com o caos das coisas que iam acontecendo, também não conseguia pensar muito sobre isso, então deixei para lá.

Bebo um gole do meu chá antes de prosseguir.

— O dia em que nos beijamos foi uma loucura. Eu estava tão cansada, tão apavorada de tudo, que não sei dizer de quem foi a iniciativa. Naquele momento eu apenas... fui — dou uma risada boba ao me lembrar, constrangida. — Parecia ser o certo, depois de tantos anos de proximidade. Todos ficaram sabendo e a coisa saiu de um simples beijo para algo muito maior. Eu não estava pronta, tampouco com cabeça para isso, mas levei adiante achando que com o tempo tudo se ajeitaria e esse sentimento estranho sumiria, mas não sumiu. Mesmo quando estávamos sentados no sofá abraçados, conversando com nossos amigos, parecia que eu estava sentada no lugar errado e eu não sabia a razão disso.

Vejo Fred gesticular para que eu prossiga, me incentivando.

— Até que chegou uma hora em que eu não sabia dizer por que me sentia assim, mas também não conseguia fazer esse sentimento mudar, então evitei Ron por dias dizendo que estava doente — encaro a xícara em minhas mãos, as lembras ficando claras na minha mente. — Eu esperava que ele desistisse por conta própria, que me dissesse que sentia o mesmo e não poderíamos continuar, mas isso não aconteceu. Ele foi amável e paciente, e eu me odiei por não sentir aquelas borboletas no estômago que deveria sentir. Até que não era mais possível adiar e tive que explicar isso para ele. É claro que Ron não entendeu muito bem a metáfora das borboletas, mas ele disse que podíamos ser amigos e tudo bem. As coisas nunca ficaram estranhas entre nós, então nunca imaginei que ele tivesse inseguranças e questões sobre isso, mas se ele as tem, é porque não fui sincera com ele como deveria.

Fred afasta uma das minhas mãos da xícara e a segura, entrelaçando nossos dedos. O olho, também me sentindo mais leve.

— Você era só uma adolescente e viveu tantas coisas fora da realidade de uma vez que não havia como saber a melhor forma de agir nessa situação. Tenho certeza de que Ron sabe disso agora, pois ele mesmo viu que estava nessa situação na época.

Me aproximo e beijo seu rosto em agradecimento.

— Se um dia você acordar e essas borboletas ainda não estiverem aí, tudo bem. Mas eu preciso que você fale comigo se esse for o caso, certo?

— Eu prometo, Fred.

Ele põe sua xícara sobre a mesa e faz o mesmo com a minha, me puxando para um abraço. Pouso minha cabeça em seu peito e ele afaga meus cabelos, encostando as coisas no sofá.

— Nós não nos amamos, eu sei disso, mas gosto da sua companhia e isso basta. Se um dia o amor surgir, será o dia mais feliz de todos, mas se nunca acontecer continuarei aqui.

Ele beija o topo da minha cabeça e, por mais que não queira, meu nariz começa a arder levemente e sinto o choro surgindo. Quando respiro fundo, ele ergue meu rosto e usa o polegas para afastar as lágrimas das minhas bochechas.

— Está tudo bem, eu só... estou um pouco emocionada agora. Vai passar.

Fred beija meus lábios, acariciando meu rosto devagar. Eu o abraço apertado, aproveitando o momento. Ainda não sinto borboletas, mas sinto uma paz, uma alegria, uma compreensão que nunca senti daquela forma. Sei que estou sendo apreciada e apoiada, e isso é quase tão bom quanto as borboletas.

Não estava entre meus planos originais, mas peço que ele passe a noite outra vez, pois quero a sua companhia. Então ele vai até sua casa enquanto lavo a louça e tomo um banho, e volta com uma calça de moletom e camiseta de quadribol, seu aparente pijama usual. Deitamos na minha cama e conversamos mais um pouco e ele me conta uma piada ruim que diz que o médico dos médicos é o paramédico. Eu acho horrível, mas dou risada mesmo assim.

Ficamos abraçados embaixo dos edredons e decidimos escolher um filme na tv. Está passando Cry Baby em um dos canais e, se lembrando da história que contei há alguns dias, ele diz que quer ver se ando apresentando filmes adequados para a sua mãe. Quando estamos perto da metade, ele fica um pouco confuso.

— Esse Johnny parece um cara meio complicado.

— É um filme bobo e antigo, mas ele fala sobre a vontade que as pessoas têm de fazer parte de algo e ter pessoas ao seu lado que sejam parecidas, eu acho — dou risada, vendo sua expressão. — Você poderia facilmente ser parte de uma gangue de arruaceiros se tivesse recebido o convite certo.

Fred se finge de ofendido com uma atuação digna de prêmio, mas pensa melhor sobre.

— Talvez você tenha razão, lá no fundo.

Voltamos ao filme comentando coisas aqui e ali, rindo e xingando os personagens às vezes, até que eu pego no sono com a alegria de ter Fred ali comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Girassol" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.