Trilhando o Próprio Caminho escrita por Camila J Pereira


Capítulo 8
Pedidos e mimos rejeitados, um afastamento




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“Você está bem? De lá de cima não parecia muito. ” Bella foi até ele depois de tudo e tinha mostrado sincera preocupação. Mais uma escolha errada, sempre fazia isso, se metia nos problemas dos outros como se os seus próprios não fossem o suficiente.

E de novo as emoções que não entendia bem surgiram ao estar com ela. Em sua frente, perdia o controle de muitas maneiras. Falava mais com ela do que havia falado com outra pessoa fora do trabalho por um mês. E de novo a sensação de que a sua mãe de fato o havia amaldiçoado retornava.

Virou na cama ficando de barriga para cima. Deslumbrou o teto escuro, mas franziu o cenho com as lembranças recentes. Normalmente não era tão intragável com outras pessoas. Porque estava sendo daquele jeito com Bella? Quando percebia traços de que não gostava em alguém, ignorava e se afastava naturalmente. Com Bella, ele apenas explodia e não conseguia manter a boca fechada.

Gemeu ao recordar as palavras usadas para uma pessoa que estava apenas tentando ajuda-lo. “E eu já disse, eu preciso que pare de se meter. De aparecer onde estou, de ficar cada vez mais ciente da minha vida, mas entrelaçada com as pessoas que também tenho laços. ” Mesmo que analisasse de frente para trás e de trás para frente as suas emoções, não enxergava os motivos para ser assim. Porque ela tinha sempre que se aproximar, ainda mais quando estava instável?

— Sim, eu tentei ignorá-la, não lhe dar importância. Bella mexe comigo e eu fico puto com isso. – Disse para si mesmo no escuro. E pensou que odiava se sentir assim.

Ao mesmo tempo que esse pensamento lhe veio, pareceu acender uma luz em sua mente. Era isso. Não odiava a Bella de fato, mesmo que ela o lembrasse de sua mãe, não era isso. Odiava sentir esse descontrole sobre suas emoções quanto a ela.

A sua noite foi terrível, teve leves cochilos entre as sessões de autoanalise e parcelas de culpa e rancor. Sua mente passeava entre o passado com a sua família, as palavras de seus pais naquela noite e iam para as recordações sobre Bella e Theo. O garoto era realmente autêntico. Bella estava fazendo um bom trabalho, no entanto, não tinha sido isso que lhe falou.

“Se faz de forte, mas você só é uma garota ainda. Quer ser a modelo de pessoa, mas por dentro deve estar em ruínas. Aposto que age com orgulho, não aceita a ajuda do pai do garoto. Acha que é suficiente para ele, olhe de novo, Bella. Você não é, nunca será. Ele deseja em silêncio o pai. Ele quer ser reconhecido, quer pertencer a uma família como as outras. Não venha aqui me oferecer ajuda, quando entre nós dois, você é quem precisa de mais. ”

Era exatamente sobre ele que estava falando. Nunca quis admitir a falta que o pai fez em sua vida. Nunca quis demonstrar o quanto estava magoado enquanto batia nos garotos que falavam de seus pais, principalmente da sua mãe na escola ou na rua. Como ele podia demonstrar que estava destruído quando a mãe lutava mesmo muito ferida?

— Eu sou um babaca? – Cobriu-se mesmo vendo que o sol já estava alto. O que tinha de mais agir como um babaca de vez em quando, já que até o seu pai tinha sido um com ele, já que a vida era uma grande babaca.

Mas o choro dela, aquele som triste foi como um soco no estômago. Deixou mais incomodado do que tudo o que passou durante a noite. Queria apenas que ela parasse e empinasse novamente aquele pequeno nariz para cima, como costumava fazer ao falar com ele.  Mesmo que tenha dado tempo e espaço para o seu pranto, Bella parecia não conseguir parar de chorar. Foi assustador e angustiante. O culpado, ele.

Tateou até encontrar o seu celular por debaixo dos travesseiros. Discou para o Emmett sentando-se na cama. Assim que ficou ereto, percebeu alguns efeitos da noite mal dormida. Seu corpo estava dolorido e a sua cabeça pesada. Os efeitos só piorariam durante o dia. 

— E aí!

— Emm! - O cumprimentou de maneira desleixada. – Preciso que me envie o endereço da Bella.

— O que?

— Você me ouviu. Me envie corretamente por mensagem.

— O que pretende fazer na casa da Bella? Ela parecia abalada no final da festa. Todos perceberam, mas você já tinha ido. Vocês brigaram? – Perguntou ligando os pontos.

— Sim, brigamos. Quer dizer, eu...

— Foi um idiota cretino com ela também. Qual é o seu problema, cara? – Edward bufou, mais sermões não era o que queria.

— Tenho que me desculpar. Por favor, pare de dar uma de maduro para cima de mim e me envie esse endereço.

— Porque não começou por aí? Te envio em um minuto. – Emmett desligou e logo em seguida, recebeu o aviso da mensagem em seu celular.

Edward não queria ir até a casa dela de mãos vazias, então passou em uma loja de bombons artesanais e comprou alguns deles. Estacionou na rua próximo ao pequeno prédio onde Bella morava.

— Ei, Jasper? – Viu o amigo de Bella pondo algumas caixas dentro do carro com que Bella o atingiu no primeiro dia.

— Edward, oi. – Falou surpreso com a presença do chefe de sua amiga, mas uma olhada rápida nos bombons que ele carregava explicava algumas coisas. Pelo menos o fato de sua amiga ter voltado para a festa tão pra baixo e apressado a saída deles.

— Trabalho? – Apontou para as caixas dentro do carro.

— Sim, finais de semana são mais intensos.

— Ah, entendo. – Coçou a nuca. - Onde encontro a Bella?

— Segundo andar, vire a direita.

— Obrigado. – Sorriu um pouco sem jeito.

Quando começou a subir as escadas, sentiu um frio subindo do seu estômago para o peito. Algo incomum para a situação, muito incomum para o seu gosto.

— Como sabe onde moramos? – A voz de Theo veio de trás, do primeiro andar.

Edward parou e se virou para ele, parado alguns degraus abaixo. Tudo nele era curiosidade genuína.

— Oi, garoto. Perguntei ao Emm.

— Está indo para a minha casa? – Subiu as escadas ficando diante dele.

— Sim.

— A mamãe vai trabalhar hoje? – A curiosidade dele parecia não ter fim. Edward sorriu compreensivo, era a idade.

— De maneira alguma. Vim conversar com a sua mãe. Você se divertiu ontem? Gostou dos brinquedos?

— Sim, foi divertido. Seus brinquedos são legais. – Theo coçou o topo da cabeça. – Porque foi embora sem se despedir?

— Bem... – Edward não soube o que responder de imediato.

— Foi porque o seu pai te deu um sermão? Adultos precisam de sermões ainda? A mamãe sempre dá em tia Alice.

— Você é bem comunicativo. – Soltou um riso sincero para o garoto.  

— Acho que sou. – Deu de ombros. – Você gosta de futebol?

— Sim, na verdade gosto bastante. – Theo abriu o maior sorriso.

— Eu também. Eu faço parte de um clube, no último treino marquei um gol. – Disse orgulhoso.

— Uau, deve ter sido incrível.

— Você pode ir assistir se quiser. – Convidou.

— Bem, eu agradeço o convite e em troca. – Edward tocou o queixo com os dedos, pensando um pouco. - A minha mãe é apegada ao quarto e a tudo que tem nele, mas considere-se livre para ir até lá e pegá-los quando quiser.

— Verdade?! – Todo o rosto de Theo se iluminou.

— Theo, com quem está conversando? – Bella abriu a porta degraus a cima e olhou para baixo.

— Edward veio conversar. – Theo olhou para cima e Edward fez o mesmo. Bella estava debruçada sobre o corrimão e olhava direto para ele, seu semblante endureceu. – Vamos, Edward. – Theo o chamou e começou a subir.

Aquilo era inesperado e a sua reação foi olhar de cima a baixo para aquele homem que se aproximava com o seu filho na frente.

— Entre, preparei um lanche para você. – Disse a Theo que entrou deixando-os a sós. – Em que posso ajudar? – Edward cerrou brevemente os olhos, ela estava agindo daquela forma totalmente formal e gélida novamente.

— A sua mão está melhor, não perguntei ontem. – Sabia que parecia um tolo rondando sem coragem de ser direto.

— Cicatrizando bem.

— E... Você se sente melhor?

— Eu não estava mal. – Bella se fez de desentendida.

— Ontem à noite eu disse coisas que a magoaram e você chorou. – Disse quase em sussurro, não queria que Theo o ouvisse. – Eu quero me desculpar.

— Já fez isso. – Bella estava com o nariz empinado, corpo ereto, cruzou as mãos na frente do corpo e não disse mais nada.

— Aceita as minhas desculpas? – Edward acreditava que nunca havia feito aquela pergunta para alguém. – Eu trouxe isso. – Mostrou os bombons dentro da sacola decorada. Bella olhou de longe sem muito interesse.

— Eu não aceitarei nem as desculpas e nem os bombons, mas aceito o que sugeriu uma vez. Ficarei longe de você, será como se eu não existisse. Considerando que sou amiga da Rose e que também gosto do Emm, farei o possível para isso não gerar encontros desagradáveis.

— Mas o que? – Ela falava mesmo sério.

— Edward Cullen, eu farei o meu melhor para não me meter em nada que envolva você. – A determinação em sua voz e em sua postura o assustou um pouco.

— Está sendo rancorosa agora. – Soltou sem pensar.

— Deve ser um elogio, vindo do rei dos rancores.

— E sarcástica. – Observou.

— Posso ajudar em mais alguma coisa.

— Bella, eu me sinto culpado por tê-la feito chorar.

— Que bom, parece que ainda existe uma consciência aí dentro o que o torna um pouco humano, mas não estou afim de aliviá-la para você. – Bella olhou para dentro rapidamente. – Tenho coisas para fazer, se me der licença... – Ela nem disse tchau, fechou a porta sem hesitar.

Já dentro de casa, Bella respirou fundo. Não costuma tratar as pessoas daquela forma, no geral, era bem condescendente e perdoava fácil. No entanto, havia sido magoada e ainda estava afetada com tudo o que ele disse.

Edward sempre a tratou com rispidez, inicialmente pensou que a forma de tratamento estava relacionada a primeira impressão que teve dela. Claro, ela o atropelou. Fora o susto, sua calça branca tinha ficado horrível. Entendia tudo aquilo, só não entendia como ele podia estender aquela situação por tanto tempo.

Tinha dado uma boa olhada em como ele tratava as outras pessoas. Alguns alunos, Sarah, a sua secretária, Bonnie do Rh, a sua chefe imediata, Elena. Estranhamente, Theo, o seu filho também caia nas graças daquele homem. Era totalmente o inverso de como a tratava.

Mais tarde quando abriu a porta, os bombos estavam lá. Mesmo assim, não se sentiu balançar. Ainda estava determinada a permanecer longe dele. Quando a semana começou, assim que chegou foi até a sala dele. Verificou se ele estava lá dentro, quando teve certeza de que não, entrou e entregou os bombons a Sarah.

— Desculpe, Sarah. Pode entregar ao seu chefe?

— Claro. – Sarah estava notando uma dinâmica diferente naquele relacionamento. Porém, permaneceu calada, aceitando a tarefa.

— Obrigada. – Bella foi embora e não demorou muito para Edward entrar.

— Bom dia, Sarah.

— Bom dia! – Sorriu e estendeu a pequena sacola em sua direção.

Edward notou a semelhança, mas achou que era coincidência.

— O que é isso?

— Bella deixou para te entregar. – Ele xingou baixo, mas Sarah pôde ouvir.

— Fique para você.

— Sério?

— Aproveite-os bem. – Sorriu amarelo e entrou em sua sala já chateada. Qual era a dificuldade de aceitar um mimo de desculpas?

Aquele dia tinha sido arrastado e estava preocupado. Queria que Bella o ouvisse novamente, precisava falar com ela, mas por mais que andasse com os olhos e ouvidos muito abertos não captou vestígios dela durante todo o dia.

Agora ela estava mais próxima, alguns andares, mas parecia quilômetros de distância mais distante. Queria esquecer aquilo, superar. Se ela não queria as desculpas, tinha que aceitar, mas estava difícil engolir aquilo.

— Talvez ela esteja em dieta. – Emm brincou bebendo a cerveja. Tinha pedalado com o grupo e ficaram para conversar em seguida. Edward mesmo relutante decidiu contar o que tinha acontecido desde então com a Bella.

— Está brincando?

— Quem o perdoaria tão fácil depois do que fez? Bella é incrível, mas não tem sangue de barata. Seria uma pessoa muito chata e na minha opinião, ela subiu níveis e níveis depois disso. – Bebeu um pouco mais.

— Eu sei que não fui legal, mas eu tenho os meus motivos. – Tentou se defender sem nenhuma convicção.

— Eu sei dos seus traumas. Sou o seu amigo, eu entendo, mas você é um babaca as vezes. Não sei se justifica para ser sincero e nem sei se vale a pena que ela te perdoe.

— Desculpe, você disse que era o meu amigo? – Debruçou-se sobre a mesa na direção do Emm com olhos cerrados.

— Quem mais está aqui do seu lado? – Edward deixou o corpo pesar sobre o banco. Era fato, com tantos conflitos, Emm era uma das únicas pessoas ao seu lado. – Porque não volta para a terapia?

— Emm, não preciso de terapia agora, na verdade. Preciso que ela me perdoe.

— E porquê?

— Como? – Ficou confuso.

— Porque quer tanto que ela te perdoe se antes queria que ela sumisse?

— Eu não sei.

— Eu acho que sabe.

— Pode me dar alguma ideia? – Ignorou propositadamente.

— Flores, mulheres são sensíveis a flores.

— Ok, entendi. – Disse aceitando a sugestão.

No dia seguinte à noite, Bella recebeu entrega de um enorme buquê de rosas e lírios brancos.

— Flores? – Theo estava olhando para a mãe curioso. – Quem te deu? – Bella pegou o cartão, só tinha “E.C”. Claro, ele deveria achar que aquilo seria suficiente. Babaca.

— Rosie? – Discou para a amiga rapidamente.

— Oi, Bela!

— Pode me enviar o endereço do seu irmão? – Silencio completo. Antes que ela entendesse errado, continuou: - Sabe o que é, preciso enviar algo do trabalho para ele. – Disse se afastando de Theo para que não ouvisse a sua mentirinha.

— Claro que envio.

Bella suspirou ao ter passado sem mais complicações. Pediu um serviço de transporte por moto e enviou o buquê para o endereço.

Em pouco tempo, Edward estava abismado com o buquê que havia enviado para ela em suas mãos. Seu sangue ferveu. Como ela podia agir daquela forma tão indiferente?

Do jeito que estava, uma bermuda e camiseta, pegou o carro levando de volta o buquê para o remetente original. Soou a campainha da sua casa com bastante precisão. Uma Bella em um vestido florido brega atendeu, os cabelos estavam revoltos e os pés descalços. De alguma forma, aquela visão o desarmou.

— O que faz aqui? – A sua voz, o tom usado, com impaciência, o despertou.

— É tão difícil para você aceitar um pedido de desculpas?

— Edward? – Theo apareceu também uma bagunça, com certeza estavam brincando juntos.

— Ei, garoto. – De boca aberta viu o seu chefe arrogante fazendo um high five com seu filho.

— Você que enviou as flores para a mamãe? Porque disse que era engano.

— Ele se enganou.  

— Não, não me enganei. São mesmo para você. – Bella deu um passo a frente séria.

— Deixei claro o que acho sobre isso.

— Oi, Edward. Bella. – Timidamente Alice se aproximava com alguns salgados.

— Oi. – Os dois responderam.

— Trouxe para vocês.

— Theo, por favor leve para dentro. – Bella pediu. – Obrigada, Alie.

— Obrigado tia Alie. – Theo pegou os salgados e entrou.

— Pra você. – Edward entregou o buquê para uma Alice perplexa e desceu as escadas visivelmente raivoso.

— O que aconteceu aqui?

— Uma nova tentativa de abrandar o seu ego. Eu não vou cair nessa. Tive provas suficientes que ele é um babaca.

— Tudo bem. Não vai aceitar mesmo? – Alice inalava o perfume das flores.

— Não.

 Dois dias depois, Bella achou que ele havia desistido de tentar. Era um alívio, pois diminuía a pressão que já tinha em evita-lo o máximo possível durante o trabalho. Até mesmo em um encontro que ocorreu em um dos auditórios, Bella fez questão de entrar em cima da hora para ficar nos fundos e não ser vista. Antes que todos saíssem ela saiu também sem ser vista.

— Uau! – Surpreendeu-se em uma manhã quando uma bancada linda com café da manhã estava em seu setor de trabalho. – O que está acontecendo? – Quis saber e aproximou-se dos colegas de trabalho.

— Estávamos esperando por você. – Elena saiu da sua sala. – Estamos indo bem e para nos incentivar o Diretor Geral, Edward Cullen, nos enviou este mimo. O que podemos fazer? Nos empanturrar e voltar a trabalhar com tudo.

A expressão de Bella caiu. Em silencio, foi para a sua pequena mesa enquanto os outros avançavam sobre as gostosuras.

— Bella, não vai comer? – Elena perguntou.

— Estou cheia.

— Que pena. De qualquer forma, tem muita coisa. Sobrará para mais tarde. Pode comer depois.

— Obrigada. – Sorriu ligando o seu computador.

— Bom dia a todos. – Era a voz de Edward e Bella cobriu o rosto com as mãos antes de encará-lo. Edward estava sorrindo para ela?

— Edward, acabei de falar com eles do seu presente. Foi um gesto incrível o seu. E muito importante para nós. – Alguns dos seus colegas também sussurram coisas ao mesmo tempo.

— Eu sempre tento incentivar os setores. Dessa vez tive a ideia de um café. É simbólico, mas espero que entendam a mensagem. Espero mesmo que entendam e que aceitem. – Ele estava falando para ela, sabia disso.

— Claro que sim, agradecemos muito.

— Mas, porque Bella não está servindo-se? – Todas as cabeças viraram para ela. Bella fez uma leve careta de vergonha. – Nada aqui é do seu agrado? Diga o que prefere e posso providenciar.

— Nossa que gentileza, Edward. – Elena estava se derretendo para ele?

— Eu já comi.

— Por favor, experimente algo. Ficarei muito sentido se não comer nada.

— Mas posso passar mal, já que estou muito cheia. – Disse seriamente. Ele entendeu, coçou a nuca e olhou em volta.

— Tudo bem. Espero acertar da próxima vez. – Ele estava mesmo dizendo aquilo na frente de todo mundo?

— Eu vou ao banheiro. Com licença. – Bella levantou olhando firme para ele. Edward entendeu como uma mensagem.

— Eu devo ir também, Aproveitem. – Saiu atrás de Bella e continuou seguindo-a até se afastarem o bastante da sala. Bella girou e ele quase dá um encontrão nela.

— Está se divertindo com isso? Quer me irritar?

— Estou tentando o contrário. Quero que aceite as desculpas.

— Porque é tão importante? – Então ele tinha feito a mesma pergunta que o Emm. Pensou que ela pudesse perguntar, mas mesmo pensando, não tinha a resposta. Ou tinha? – Me diga, explique porque e talvez eu posso te perdoar. Me diga que não é apenas o seu ego querendo ser amaciado.

— Eu não sei.

— Não sabe? Não parece um homem que não sabe os motivos de agir. Como sabe porque me odiou no início, porque me repeliu tanto. Da mesma maneira sabe o porquê de estar se empenhando tanto. Está sendo mesmo sincero? Você sabe ser sincero?

— É claro que sei, eu sempre sou. Por isso sou odiado na maioria das vezes.

— Então me diga, porque está fazendo isso? – Perguntou irritada ao extremo.

— Bella, me desculpe. Só acho importante para mim, sinto que devo fazer. Sinto que devo tentar. Por causa do que eu disse você ficou muito triste e chateada. Não quer nem me olhar.

— E porque isso é importante? – Repetiu. – Você continua achando que o que disse é verdade.

— Não deveria ter dito daquela forma ao menos.

— Claro. Por que, Edward? Por que?

— Porque estou interessado em você! – Disse segurando-a pelos braços.


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