Trilhando o Próprio Caminho escrita por Camila J Pereira


Capítulo 18
Um cara chato e uma mulher difícil, coração disparado


Notas iniciais do capítulo

Chegamos a mais um capítulo
Espero que as aventuras destes personagens estejam sendo uma contribuição positiva na vida de vocês durante a quarentena.
E neste capítulo teremos muito o que torcer...
Aproveitem!



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— Obrigada por me trazer. – Agradeceu recatadamente, pois sentia a tensão no ar.

Todo o caminho foi feito sem trocarem uma única palavra. Edward parecia concentrado e até mesmo mal-humorado como antes. Bella não estava disposta a mexer no leão. Sentia que estava frágil pelo recente encontro com Damon.

Suas têmporas latejavam ainda e uma ameaça de dor de cabeça surgia. Não foi fácil os momentos que passou diante de Damon que parecia não ter mudado nada. Seu rosto parecia apenas mais maduro, mas estava o mesmo.

— Espere. – Pediu, falando pela primeira vez desde que entraram no carro. – Precisamos conversar.

— Podemos fazer isso outro dia.

— Estamos entrando em um relacionamento, não? – Não era uma pergunta feita por estar em dúvida, era uma pergunta para conduzi-la a responder.

— Estamos.... Estamos... – Balbuciou sem poder completar a frase, porque não sabia a resposta certa a dar.

— Embora esteja confusa, pensei que os seus beijos significassem isto. Que nos conheceríamos melhor, que estaríamos um na vida do outro agora como companheiros.

— Eu lhe disse que não sabia o que significava.

— Pareceu que significava que iriamos tentar. – Repetiu-se e odiou-se por estar naquela situação. – Estou sendo um cara chato. – Largou o volante que até agora segurava com força e relaxou o corpo no banco.

— Não está. Eu estou sendo difícil. – Confessou.

— Está sim. – Concordou e sorriu mais aliviado por ela pelo menos não estar mais fugindo ou culpando-o. Bella também sorriu e pareceu relaxar com ele.

— O que quer saber? – Estava sendo corajosa, apesar de já estar se arrependendo.

— Vocês se reencontraram. – Disse o óbvio. – O que pretende agora?

— Não é como se ele tivesse voltado para as nossas vidas, foi apenas um encontro casual.

— Mas não foi sem importância. – Edward observou o rosto de Bella tornar-se novamente tristonho. – Você ficou balançada?

— Eu não sei o que senti, fora o grande susto. Foram muitas lembranças e eu não sei se fui influenciada por elas. – Aquilo doeu fundo em Edward, mas do que imaginou ser possível. – Edward... – Bella notou que ele se retraia. – Damon faz parte do meu passado.

— Faz mesmo. E agora ele está de volta.

— Não está. – Negou.

— E se ele quiser?

— Não acho que seja possível. – Bella tocou-lhe o rosto.

— Venha cá. – Ele puxou a sua mão e lhe beijou o pulso. Em seguida buscou os lábios de Bella com avidez.

Ela não o afastou como sempre fazia. Prolongou o beijo o tempo que ele durou. Edward sabia que ela estava buscando respostas e torcia que houvesse encontrado boas respostas naquele beijo.

— Não quer entrar e falar com o Theo? Talvez pudéssemos jantar juntos.

— É a primeira vez que me convida. – Edward voltou a ficar animado e acariciou seus cabelos presos. – Isso quer dizer que estamos namorando?

— Bem... – Bella sorria sem graça e evitava encará-lo. – Isso...

— Precisa de um pedido oficial?

— Para com isso, Edward! – Bella livrou-se do cinto e saiu do carro sob as risadas divertidas dele.

— Ei, zangadinha. – Edward correu para o seu lado e a deteve em um abraço. Bella deixou-se ser abraçada e relaxando, envolveu seus braços em torno do corpo do homem grudado nela. – Assim é bem melhor, bem melhor.

Subiram de mãos dadas, mas Bella afastou-se dele para chamar o Theo na casa da amiga. Alice atendeu com um sorriso suspeito nos lábios.

— Olá, pombinhos... – Cantarolou. – Eu tive uma visão bem romântica daqui de cima. – Disse matreira e sem pudor. Bella ficou rubra com a indiscrição da amiga.

— Foi mesmo romântica? – Edward perguntou interessado.

— Sim, foi.

— Edward não dê corda para ela. – Bella falou para ele. – Alie depois eu explico...

— Explicar? Para mim está tudo bem explicado e aprovado. – Piscou para Edward que sorriu com aquilo.

— Não deveria falar tão alto. – Repreendeu a amiga. – Chame o Theo, por favor.

— O Theo está lá em cima com a Rose.

— A Rose está aqui? – Bella perguntou.

— Sim. Conversamos um pouco e ela subiu com o Theo para brincar.

— Okay, tudo bem. Vamos subir. – Disse para Edward.

— Tchau Alice.

— Tchau Edward.

— Está vendo, a sua amiga mais antiga já nos aprova.

— Desde quando a aprovação dos outros é importante para você? – Continuaram subindo as escadas.

— Desde que comecei a te amar. Quero me dar bem com as pessoas que você ama. Principalmente com o Theo.

— Você misteriosamente conquistou o Theo primeiro do que a mim.

— Você disse conquistou? – Edward tocou o seu queixo assim que alcançaram a porta. – Quer dizer que estou te conquistando?

— Quando vai parar com isso?

— Acha que vou parar algum dia? – Provocou e iria beijá-la se Bella não o afastasse.

— Pare. – Pediu e abriu a porta.

— Mamãe!  - Era sempre bom ouvi-lo chama-la com entusiasmo todos os dias. – Edward! Você veio de novo. – Foi uma observação inocente, mas que deixou os dois sem graça.

— Oi, Rose. – Bella viu a amiga se aproximando com o mesmo olhar suspeito que a Alice manteve. – Você está melhor? – A abraçou com cuidado para não machucar o braço que estava imobilizado.

— Tudo bem. Dói um pouco, mas não é nada demais.

— Porque está todo mundo se machucando esses dias? – Theo perguntou no meio dos adultos.

— Tudo bem, Theo. Vamos ter cuidado agora. – Edward via agora o que Bella havia visto por todos esses oito anos, a grande semelhança que havia entre o garoto e o pai. Da Bella, Theo havia herdado os olhos e o sorriso. – Como estão as coisas, Rose? – A perguntou pegou as duas de surpresa. Bella acreditava que nunca o ouviu fazendo uma pergunta tão legítima como aquela para a irmã.

— Estão bem, mas os nossos pais andam desconfiando. – Revelou. – Naquele dia havia saído muito cedo e com o carro que eu nunca pegava, de repente apareci com o braço machucado e o Emmett dirigindo.

— Não é para menos. – Edward respondeu.

— A nossa mãe pediu para que você ligue para ela. Acho que ela sente saudades, já faz muito tempo desde o aniversário dela.

— Foi a última vez que se viram? – Bella perguntou.

— Sim. – Edward sabia o que ela podia estar pensando sobre aquilo. Estava agora com uma pessoa que prezava pela família.

— Quando vamos voltar lá? Posso brincar com aqueles brinquedos de novo? – Theo perguntou sem perceber o clima mudando no ambiente.

— Vou te levar até lá. – Bella e Rose arregalaram os olhos e ele ignorou a pressão sobre si. – Se quiser muito podemos marcar qualquer dia.

— Sim.

— Edward você acha isso que isso é prudente?

— Você parece um disco arranhado ultimamente. – Brincou.

— É que, diante das circunstâncias... – Imaginou que ele entenderia que questionava sobre o relacionamento dele com os pais.

— Vou conversar com a minha mãe antes.

— Você diz... Para se entenderem?

— Sério?! – Rose ficou animada.

— Não se anime muito e não conte nada para ela. Pretendo ligar para ela assim que chegar em casa. Rose pulou nele e deu um beijo estalado em seu rosto. Edward ficou vermelho e até o Theo riu dele.

— Não quer ir também? – Perguntou para Bella assim que voltou ao seu controle emocional. Sabia que estava apressando as coisas e que provavelmente era um golpe sujo, mas como Bella dava valor a família, queria que pelo menos a sua mãe soubesse sobre ela.

— Não está falando sério.

— É claro que estou.

— Vou preparar o jantar. Rose, pode me ajudar? – Bella puxou a amiga que ria da cena que acabava de assistir, um pouco por achar engraçado e por estar orgulhosa do irmão.

— Tudo bem, Bella.

— Fale sobre a sua apresentação desta semana? Quando será mesmo? – Bella falava mais alto do que o normal a medida que se ocupava, claramente dizendo que o assunto estava encerrado e que ela mesma não estava mais pensando sobre aquilo.

No final do jantar, Edward emparelhou com Bella na pia, depois de fazer a Rose sentar-se um pouco. A irmã parecia cansada e com um pouco de dor, a levaria para casa depois. Não disse nada, apenas começou o trabalho de enxugar a louça. Terminaram em poucos minutos.

— Acho que tem razão.

— Sobre o que? – Bella perguntou.

— Sobre formarmos uma equipe e termos sucesso rápido. – Ele se inclinou para beijá-la e Bella se afastou as pressas com medo de serem vistos. Edward segurou a sua mão, compreendendo. – Quando vai contar ao Theo?

— Sobre? – Ele respondeu com um longo olhar revelador. – Edward. – Queria que ele parasse.

— Quer ter mais certeza?

— Seria bom.

— Eu entendo. – Beijou a mão dela. – Mas saiba, isso é real. E o Theo vai gostar da ideia.

— A pouco tempo ele disse que não sabia se iria gostar que eu namorasse.

— Então está namorado, Bella Swan? – Provocou.

— Você está impossível! – Deu um tapa no peito dele. Edward segurou a sua mão ali. Bella sentiu a sua musculatura e algo como um calor pela nuca.

— O que foi? – Bella pigarreou.

— Nem parece o mesmo homem de antes.

— Desculpe ter mostrado a minha pior versão.

— Bella. – Rose os viu daquela maneira e ao se afastar, Bella agora estava vermelha de vergonha. – Acho que estou indo.

— Já?

— Preciso descansar.

— Eu te levo para casa. – Bella sorriu, estava gostando de ser surpreendida.

***

Tinha percorrido todo o caminho até ali seguindo o carro do Edward Cullen. Eles haviam parado diante de um pequeno prédio de casas que pareciam alugadas. Distante, pôde ver apenas as silhuetas dos dois dentro do veículo. Percebeu o movimento das formas distantes, aquela aproximação significava apenas uma coisa, estavam se beijando.

Não demorou para Bella sair e ficar totalmente visível com a luz das lâmpadas noturnas da rua. Edward contornou o carro e a abraçou forte, intimo demais, como um amante. Bella o abraçou também e pareciam um casal de namorados.

A oito anos a deixou escapar, todo esse tempo lamentou não ter lutado por ela. Por várias vezes entregou-se ao tomento de imaginar como estaria a sua vida agora, se estaria com alguém, mas logo deixava esse sofrimento de lado. Aquilo era pior, vê-la nos braços de outro homem era ainda pior do que imaginar.

Edward Cullen, o Diretor Geral da Universidade Eckhart, não moraria ali uma área de residências comuns. Aquele deveria ser o endereço de Bella. Aceitaria esse reencontro como o destino, iria conversar e pedir desculpas para a mulher que amou durante todo esse tempo.

Morrendo de curiosidade, permaneceu até Edward sair e em sua companhia agora havia uma jovem loira muito bonita. Achou que a ouviu chama-lo de irmão quando entrava no carro e partiram. Aquela espera durou duas horas, mas teve paciência e ficou aliviado quando confirmou que Edward não dormiria ali com a sua ex namorada. Assim, pôde seguir também para a sua casa e voltaria para vê-la outro dia

***

 - Sim, mãe?

— Ah filho! Que bom ouvir a sua voz. – Edward ainda não costumava ligar e pouco lhe mandava mensagens. Esme ficou feliz quando viu que estava recebendo enfim a ligação do seu filho mais velho.

— A Rose me deu o recado ontem.

— Ela me disse que te encontrou na casa da Bella? – Esme acabou a frase como se fosse uma pergunta, pois mesmo que a Rose tenha dito como se fosse natural aquela informação, para a Esme que nada sabia sobre o relacionamento do filho com Bella pareceu estranho.

— Sim, nos encontramos lá.

— São amigos agora? – A curiosidade materna era visível.

— Somos. – Confirmou. Esme silenciou depois da informação. A sua mente fazendo várias ligações do que estava acabando de saber com as atitudes do filho no dia do seu aniversário diante de Bella. – Pode vir a minha casa amanhã à noite? – Estava pensando em conversar com a mãe e tentar resolver as coisas.

Depois que conversou com Bella e soube os seus motivos, pensou um pouco mais sobre a mãe e que ela também teve os seus motivos. Embora não os compreendesse na época e não quisesse saber depois de adulto, agora parecia que era o momento de ouvi-la e de também lhe dizer o que sentia.

— Sim, claro! – Esme estava exultante.  

— Fica combinado então. – Edward a ouviu sorrir. – Farei um jantar para nós dois. Então, não venha de barriga cheia.

— Sim, entendi. – Esme quase não acreditava em seus ouvidos.

— Até amanhã, mãe.

— Até amanhã, filho.

Edward dormiu, mas não antes de se embrenhar em pensamentos sobre Bella. O susto que levou ao perceber a reação que teve ao rever o ex, deixou-o ansioso e pode até ter agido no calor das suas emoções. Porém, o resultado tinha sido positivo. Bella o havia convidado para a sua casa pela primeira vez e o abraçou naquele momento tão doce.

“Estou indo almoçar no restaurante daqui. Te vejo lá? ”

Mesmo depois de ter chegado a muito tempo, não recebeu nenhuma resposta. Resolveu servir-se, pois já estava ficando estranho diante dos outros. Assim que terminou enviou outra mensagem:

“Trabalhando ainda? Não vai almoçar? ”

Novamente nada. Pensando bem, Bella só o havia respondido logo cedo. Talvez o dia dela esteja cheio e ele com ânsia de vê-la mais uma vez estava muito impaciente. Acalmou-se, pois era final de semestre e tudo era uma loucura. Voltou-se para o seu próprio trabalho e perto do horário de deixa-lo pego o seu celular para verificar as mensagens. Bella ainda não havia respondido, mas havia lido. Discou o seu número, esperou por um longo tempo até que ela o atendeu.

— Oi, Edward.

— Oi, estranha. – Só ouvir a sua voz já o tranquilizava. – Esteve ocupada hoje?

— Sim, bastante.

— Não respondeu as minhas mensagens.... Algo aconteceu? Não desistiu, não é mesmo? – Bella não conseguiu responder, pois ele voltou a falar: - Vamos falar pessoal. Está de saída, não é mesmo? Vamos para casa juntos.

— Bem, eu já estou no caminho de casa. Saí alguns minutos mais cedo.

— Tudo bem com o Theo? – Desconfiou.

— Está sim.

— E com você? – Edward sentia que algo parecia suspeito.

— Está tudo bem. Só pedi para sair mais cedo, pois trabalhei sem horário de almoço. Preciso descansar. – Justificou. – Podemos falar depois?

— Ah sim, tudo bem.

Desligou achando que talvez estivesse exagerando e Bella só estava cansada do dia de trabalho. Saiu e foi para casa, pois tinha um compromisso logo mais. Talvez tenha sido melhor mesmo não ter ido levar a Bella, não iria querer sair tão cedo de sua presença e precisava conversar com a mãe.

Preparou um jantar leve com bastante verdura e legumes. Estava apenas esperando o último prato sair do forno quando a campainha soou belo ambiente silencioso. Edward atendeu a porta e a Esme pulou para abraçá-lo.

— Que saudade! – Era sempre isso, a sua mãe sempre dizia estar com saudades e mostrava afeto.

— Tudo bem? – Era a primeira vez que não sentia tanta aversão a demonstrar também afeto para sua mãe.

— Estou bem.

— Entre. – Edward deu espaço pisando um passo atrás.

Esme seguiu para o apartamento, estava sorrindo e quase saltitava.

— O cheiro está muito bom. Eu fico muito orgulhosa de ter um filho tão dedicado a tudo o que se propõe a fazer. Inclusive, cozinhar.

— Porque está me elogiando tanto? – Edward perguntou e a sua mãe ficou um tempo desconcertada achando que não fosse a coisa certa a dizer ou que se expressou mal, mas seu filho sorria.

Fazia um tempo muito longo desde que aquilo havia acontecido. Edward estava relaxado também, a tensão quase que completamente desapareceu. Com a intuição maternal, já sabia que haveria uma mudança grande no relacionamento deles e que provavelmente alguma pessoa o estava ajudando a lidar com as suas questões.

— Você é cheio de talento.

— Ah, tudo bem.

Esme foi até o filho e segurou a sua mão. Sua expressão era esperançosa e feliz. Aquele seria um grande momento.

— Mãe. – Ele foi quem começou, mas era ela que estava querendo tanto falar.

— Sim, filho?

— Andei pensando sobre nós e reavaliando tudo. Acho que muito do sofrimento que tive não teve a ver com você, mas como eu mesmo pensava que era a minha vida, sem entender muito sobre o que sentia, eu a julguei. – Esme estava emotiva e apertava mais forte as mãos do filho.

— Nós não explicamos as coisas para você. Não falei sobre o seu pai a medida que crescia e de repente ele voltou e você descobriu sozinho sobre quem o Carlisle era. E voltamos a ficar juntos, mesmo antes do divórcio do seu primeiro casamento. Eu lamento muito por isso.

— Eu lamento ainda mais. Deve ter sido difícil. – Ele também estava emotivo naquele momento. – Eu só ouvi os outros e repeti tudo o que eles diziam.

— É, eu sei. Me envolvi com o seu pai mesmo sabendo que ele era casado, mas não era fácil para mim. Tentei evitar a todo o custo sentir o que sentia, tentei fugir disso e até sumi por um tempo, mas doía ficar longe dele. Eu não consegui ser forte e você sofreu...

— Ah, mãe. Não fale. – Edward a abraçou e Esme depois de anos esperando aquele abraço de reconciliação, silenciou retribuindo todo o amor que enfim recebia.

— Obrigada, filho.

— Pelo que? – Edward não entendia e fungava como ela, pois os dois choravam.

— Por me perdoar, por ser o meu filho.

— Mãe, obrigado por ser a minha mãe e por me aturar. – Esme sorriu entre as lágrimas.

— Mas eu sei, eu sinto. – Estava sentindo ainda mais fortemente e o observou. – Alguém andou te ajudando.

— Deve lembrar que me rogou uma praga.

— Não foi uma praga. Foi uma benção. – Explicou. – É a Bella? Vocês têm andado juntos...

— É, é a Bella. Estamos nos aproximando. Na verdade, estamos namorando. – Esme arfou de alegria.

— Bella pareceu ser uma boa moça.

— Sim, é.

Esme o abraçou novamente bem apertado. As suas preces pareciam estar sendo atendidas. O seu filho estava se reaproximando da família, porque sabia que os irmãos andavam juntos ultimamente, estavam ali conversando e se perdoando e ainda havia uma boa moça na vida do filho. Tudo parecia estar encaminhando para o bem.

***

Bella abraçou o filho forte quando o viu e logo o levou para casa, não antes de pedir para a Alice dar uma passadinha no andar de cima depois. A sua amiga não demorou, então Bella fez o filho se ocupar com alguma atividade de casa e correu para o seu quarto com Alice.

— Bella você está me deixando nervosa com esse suspense. O que tanto precisa me contar? – Ela pensou. – Não tem a ver com o Damon de novo, tem? – Alice já tinha sabido sobre o reencontro dos dois na Eckhart. – Tem?

— Tem. – Bella começou a se abanar com as mãos. – Tem, Alie e como tem! – Suspirou.

— E o que diabos é agora?

— Ele foi até o meu trabalho logo pela manhã. Me esperou na recepção até que eu chegasse.

— Mas... O que ele queria? – Alice não estava gostando do rumo daquela conversa.

— Pedir para nos encontrar depois. Eu neguei, mandei-o embora.

— Mas...?

— Ele insistiu, disse que precisava falar comigo. Que ontem sentiu vontade de se desculpar, mas que depois daquela noite, percebeu que ainda gosta de mim. Dá para acreditar?

— Dá! Ele está sendo o mesmo manipulador de antes. A senhora não caia nessa de novo. – Alice estava temendo pela amiga.

— O meu coração disparou quando ele disse isso. – Confessou.

— Bella...

— O que eu faço?


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Notas finais do capítulo

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