Amor em Tempo de Guerra escrita por TamyMilles


Capítulo 5
Sensações


Notas iniciais do capítulo

Uma Boa leitura, beijos



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Tento me ajeitar na cama, mas mesmo ela sendo muito confortável, não me sinto bem aqui. Estou tensa, preocupada com a reação de minha família quando eu chegar em casa. Se aquela pedra não me matou, a minha mãe com certeza vai terminar de me matar. Já sinto as dores pelo corpo.

Eu sinceramente queria poder mandar em mesmo. Os planos da minha mãe para mim é que eu me case com um homem muito rico e que dê o máximo de filhos que o meu corpo puder gerar e depois morrer. Fim.

Mas não. Isso não é o que eu quero. Eu quero, além de me casar com quem amo, ser uma mulher que ficará na história, fazer grandes feitos. Eu sei que tenho potencial sobre isso... Não sei como vou fazer, só sei que vou.

Respiro fundo. Preciso me concentrar em aqui e agora, pois essa será uma noite decisiva. Olho ao redor como se buscasse uma direção, e vejo que tudo tem um toque refinado, com pinturas e flores, mas sei que deve ser mais bonito de olhar esse quarto pela manhã quando for dia.

Um brisa fria entra pela janela e faz tremer o fogo das velas nos candelabros. Meu Deus, o que será de mim?

Tudo o que a rainha Clarisse disse foi verdade. Preciso de uma posição de Dilan sobre nosso casamento, se vamos casar ou não, porque não dar mais para continuar nesse jeito que estamos.

Mas eis o problema, nunca nesses dois anos e 3 meses de namoro cobrei Dilan sobre o nosso casamento. Ele deveria ter a consciência que para me ter deve casar comigo, mas parece que esqueceu disso.

— Voltei. – Diz Dilan abrindo a porta sorridente me tirando de meus pensamentos. Ele tem em mãos uma bandeja com um prato servido e frutas. – Imaginei que estivesse com fome, e trouxe para você. – Ele vem se aproximando da cama e se senta ao meu lado.

— Nem lembrava que estava com fome, obrigada querido. – Digo me ajeitando na cama.

— É a preocupação. – ele me entrega a bandeja. - Também está preocupada em como seus pais reagirão?

— Estou, muito. – Digo entre um suspiro.

Dilan joga a cabeça para trás e respira fundo. Ele está tão preocupado quanto eu.
— Ah... – Diz Dilan. – Se passou um pensamento triste na minha cabeça agora...

— O que? – Digo.

Ele se ajeita ao meu lado e encosta a cabeça no meu ombro.

— Não... não... deixa para lá. Dói imaginar isso. - diz ele.

Ele me envolve com os seus braços e me aperta.

Eu sei muito bem o que é. Preciso conversar com ele sobre isso.

— Amor... – Digo encostando mais nele. – Estou com medo... E se me arranjarem um casamento como punição nesta vez? Terei que casar com outro.

Ele dá um pulo de perto de mim, parece que se assustou com as minhas palavras.

— Não diga isso, isso não vai acontecer. - Diz ele.

— Dilan... – Digo baixando a cabeça e o tom da voz. – Pelo rumo que as coisas estão tomando, vai acontecer sim. A não ser que nos casemos logo. Em  meu aniversário meus pais receberam várias propostas pela minha mão, devem estar avaliando quem é o melhor noivo para mim.

Fico olhando para as minhas mãos. Estou nervosa em falar essa triste verdade. Não tocava no assunto para não constrangê-lo, só que agora é algo que eu não posso adiar mais.

Espero algum tipo de resposta dele, mas tudo o que eu escuto é uma respiração rápida e curta. O olho, e ele está ali, petrificado. Deve ser uma tortura para ele ouvir isso de mim.

— Amor... – Digo tentando amansá-lo. – Sente-se aqui perto de mim.

Mas ele continua em pé, e coloca uma das mãos no rosto. Ele está chorando. Meu coração se aperta ao vê-lo desse jeito, é a primeira vez que eu o vejo chorar de tristeza.

— o que fiz para merecer isso?! – Diz ele falando pro alto. – Porque tudo dar errado para mim?

Quando percebo estou em lágrimas também. Nunca o vi assim tão triste. Ele cai de joelhos no chão e prostrado começa a chorar de verdade.

Coloco a bandeja na mesinha do lado e me levanto da cama, e quando vou dar o próximo passo firme, utilizo o pé torcido.

— Ai!!! – Exclamo com dores, levando a mão ao meu pé.

Dilan ergue a cabeça, e ao me ver abaixada fora da cama logo se levanta e vai me ajudar.

— Amor... – Diz ele com a voz trêmula de choro. – Fica quietinha aqui... – Diz ele me sentando na cama, se sentando de frente para mim.

Ele suspira forte e me olha com um olhar triste. Eu toco em seu rosto e enxugo as suas lágrimas com o meu polegar.

— Vai dar tudo certo, ninguém poderá nos separar. – Digo com um sorriso.

Ele dar um sorriso de leve e inclina a cabeça para o lado, se apoiando na minha mão. Sinto a sua pele alva na palma e em cada dedo meu.

— Eu amo você. – Digo do fundo da alma, o olhando nos olhos.

Ele me olha por uns segundos e sorri abertamente. Seus olhos brilham com vitalidade ao ouvirem essas palavras, exatamente o que ele precisava ouvir. Ele se aproxima e me dar um beijo, seguido de um abraço.

— Eu também te amo. – Diz ele em meu ouvido.

Depois do abraço me encosto na cabeceira da cama e o puxo para mim, o apoiando em meu colo, e ele fica abraçado ao meu corpo e quietinho sem estar completamente sobre mim, recebendo minhas carícias no cabelo e vários beijinhos em sua testa.

Eu o amo tanto, ele não sabe o quanto ele é importante para mim.

— Estou ouvindo o seu coração... – Diz ele com uma voz cansada. – ele também bate por mim como o meu bate por ti?

Com certeza.

— Você está dentro dele. – Digo.

— Você também está no meu – Diz ele.

Ele ergue os olhos azuis para os meus, ergue também o seu corpo, e ali na cama tão próximos ficamos nos olhando, como se avaliássemos o que vamos fazer a seguir. Estou nervosa, mas eu quero ter esse momento com ele, só preciso saber a hora de parar. 

Ele pega em minhas mãos e umedece os lábios, desce o olhar para os meus lábios e lentamente se aproxima para um beijo, que obviamente é correspondido por mim. É um beijo lento para curar o coração, daqueles que começa sem malícia alguma, apenas por trocar ternuras um com o outro.

Posso ouvir a batida do seu coração, e a sua respiração está sendo controlada, pois ele está tão nervoso quanto eu. Não que sempre ficamos nervosos quando nos beijamos, mas porque é a primeira vez que estamos numa situação dessas.

Ele afasta os lábios a um centímetro dos meus, e quando abro olhos o vejo ainda de olhos fechados. Ele solta a mão direita da minha e vai me tocando do braço até chegar a nuca. Ele abre os olhos e sorrir, ele percebeu que me arrepiei com o seu toque.

Sorridentes nos beijamos de novo, com ele me puxando suavemente pela nuca.

O nosso beijo agora tem um pouquinho a mais de vontade que antes, e sua outra mão pousa em minha cintura.

Ele novamente se afasta de mim, mas vai direto com seus lábios em meu pescoço, me dando um beijo tímido na região.

— D-Dilan! - Digo me afastando o olhando assustada.

Ele sorrir minimamente e me olha com um olhar tão cativante que logo deixo de olhar feio para ele.

— Meu amor... Só se permita sentir. Nada demais vai acontecer.

Eu o olho por alguns segundos nos olhos, e decido me render a ele, inclinando a cabeça para o lado deixando o pescoço ao dispor.

Ele volta a beijar a área, e gradualmente vai aumentando o ritmo, de um beijo tímido, para um beijo mais selvagem. 

Fecho os olhos me deliciando desse momento, e quando ele vai para a minha orelha tenho uma sequência de arrepios e me controlo para não soltar um gemido.

Ele pega em meu rosto para ficarmos face a face, e vejo o seu olhar selvagem que não havia visto ainda, e volta a me beijar nos lábios com vontade. Correspondo a altura.

Quando sua mão começa  deslizar do meu rosto pelo meu pescoço e a caminho dos meus seios, percebo que é hora de parar.

— Já chega! - Digo afastando o rosto e segurando a sua mão.

Ele me olha surpreso e depois parece perceber a gravidade do que ia fazer.

— Oh! Céus! Me perdoe amor! - Diz ele levando a mão a boca - ...  me perdoe... eu... é...

Ele está constrangido, mas a culpa não foi só dele.

— Está tudo bem, querido.. – Digo para deixa-lo em paz. – Fica em paz, não foi nada demais só precisamos parar agora. - O vejo se afastar de mim, mas eu não o quero longe. -  Não vá! Fique aqui comigo, pelo menos até eu adormecer. - Digo o segurando pela mão.

Ele me olha um tanto nervoso, parece pensar se é uma boa escolha.

— Tudo bem, eu fico. Mas nada de beijos. - Ele se senta na cama comigo. - Não me deixe fazer nada, por favor, meu bem. – Diz ele com medo.

— Tudo bem, nada vai acontecer. - Digo o tranquilizando e o puxando para deitar ao meu lado.

Ele se ajeita e eu fico sobre o seu peito, mas não resisto e dou um beijinho em seu queixo. Sempre sonhei com momentos como esse

— Vá dormir, Emilly. Se ficar de beijinhos vou acabar perdendo a linha novamente. - diz ele de expressão fechada, como se controlasse os seus ânimos.

Me foco então no momento. Ele fecha os olhos, mas eu fico admirá-lo desse ângulo. Nariz, lábios, olhos, tudo nele é um conjunto perfeito. Me sinto tão protegida, tão querida nos braços dele.

Os minutos passam, ele já dormiu, mas eu fiquei olhando para ele até não poder mais. Sempre quis ficar assim com ele.

E assim eu durmo, em paz e em segurança, ouvindo as batidas do coração do meu amor. Como eu queria que esse momento fosse eterno.
 


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Notas finais do capítulo

Fofinho, né?
Quem gostou? Amanhã posto mais, beijos.



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