Amor em Tempo de Guerra escrita por TamyMilles


Capítulo 3
Minha Paz


Notas iniciais do capítulo

Hoje teremos um capítulo bem fofinho, espero que gostem, beijos.



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Depois de tudo, da passeata e da comilança, finalmente todos estão em seus lugares. Cada um dentro de seu próprio círculo social. As pessoas mais simples estão em um canto, e digo de passagem que a dança dos mais simples está mais animada do que a nossa, e os de classe alta estão próximo a realeza numa parte coberta por conta do sol, o que me dá uma chance de ver Dilan, já que a minha família é “nobre” e posso ficar nessa parte. Creio que a mãe dele o impede de ir falar com os demais, por isso ainda não o vi circulando livremente.

Foi numa festa como essa que o conheci. Dançamos e nos divertimos sem preocupações, isso porque eu não sabia que ele era o herdeiro.

Ah... Que boas lembranças. Agora tudo o que posso é observa-lo a distância, isso quando consigo. Tem meses que não conseguimos nos encontrar escondidos.

Saio de perto do meu pai que conversa com outro empresário do ramo sem que ele perceba. Laila me vê saindo de devagar, mas não me entrega, só me olha estranho pedindo para que eu fique com seu olhar graúdo.

Meu pai escolheu um canto distante de onde está a família real justamente para não ter o perigo de eu cruzar com Dilan. Vou chegando perto de onde eles estão me escondendo atrás de uma senhora gorda que também está andando na mesma direção, e depois me escondo atrás de um arbusto.

O Rei Estevan e a rainha Clarisse estão sentados, Dilan em pé a direita do rei, e o príncipe Daniel ao lado esquerdo da rainha, e eles estão cercados de cavaleiros de armadura para defendê-los. Como vou consegui falar com ele?

Sei que não tem jeito de falar com ele, mas fico ali, dos arbustos admirando o meu amor de longe. Tão lindo e sereno... Hora e outra ele olha entre a multidão, deve estar me procurando. Ah meu amor... Que saudade.

Até que alguém enviado por Deus surge e começa a falar com eles, esse anjo enviado está com um cachorrinho pequeno que distrai o rei e a rainha. Dilan vendo a chance sai rapidamente dentre os guardas sem ser percebido pelos pais. Eu sei que essa será nossa única chance.

Ele vai para trás de uma tenda, e de lá, vai para trás de um muro, e o perco de vista. Ninguém está lá, todos estão se entretendo e comendo. Alguns já começaram a beber agora mesmo, sem ser de noite.

Rapidamente me desloco até ele com agilidade.

Dou cada passo com muita expectativa. O procuro com os olhos por todas as direções de onde ele poderia ter ido, e o encontro quase dentro da floresta. Meu coração pula de alegria ao vê-lo.

— Emilly! – Diz ele ao me ver. Ele vem andando até mim com os braços abertos. – estava torcendo para você ver que eu estava aqui.

— Oi meu amor... – Digo me aproximando. – não pude perder a oportunidade.

O nosso corpo se encontrou e enfim, a paz. Ele me envolve com os seus braços e eu o envolvo com os meus, e quase ao mesmo tempo damos um longo e forte suspiro. Ele encaixa o seu rosto no meu pescoço, e fica inalando o meu cheiro para dentro de si.

— Que saudade que eu estava de você minha menina! – Diz me abraçando mais forte com a voz tremula de emoção.

— Penso em você todos os dias... – Digo, beijando aonde os meus lábios pegam nele.

Ele para de me abraçar, para olhar em meus olhos. Ele me olha com ternura e abre um sorriso esplêndido e aliviado. Seu rosto está molhado de lágrimas, e com as mãos eu o enxugo, e a deixo ali, totalmente encantada por essa face divina.

Ele envolve as mãos em minha cintura e me puxa para perto, e assim, os nossos lábios com sorrisos bobos se encontram, para matar a saudade.

Um beijo lento, para redescobrir um ao outro. Aah, quantas noites eu sonhei com esse momento. Nossos lábios se encaixam tão perfeitamente, prevendo o movimento do outro de uma forma tão gostosa...

Ele dar uma leve sugada no meu lábio inferior, e nós dois damos sorrisos bobos de apaixonados.

— Amo tanto você, Emilly.

Meu sorriso se alarga, e fico ali, boba com suas palavras tão sonhadas por mim. Como eu queria ouvir o tempo inteiro...

— Eu o amo também, Dilan. – digo encostando os meus lábios nos dele novamente.

— Ele está ali! – diz algum homem.

São os guardas, vindo ao “resgate” do príncipe.

— Raios! – Diz Dilan revoltado. – Ah não, eles não vão nos separar. Não hoje! – Ele agarra o meu braço e me puxa.

Começamos a correr desenfreados, fugindo de uma dúzia de guardas.

Meus pés começam a doer, esses sapatos não foram feitos para correr. Mas preciso ignorar a dor, faço tudo por Dilan.

Vamos correndo para dentro da floresta, estamos em vantagens por não estarmos com roupas tão pesadas quanto aquelas armadura de ferro deles. Sorte nossa eles não estarem à cavalo.

Corremos por uns 10 minutos até termos a real certeza que os despistamos, nem que seja por pouco tempo.

Com as mãos nos joelhos e ofegante, Dilan sorri pra mim, e eu para ele. Céus, que loucura estamos fazendo... Rimos juntos.

— Meus pais vão me matar! – Diz se aproximando de mim com um sorriso.

— Não fui eu que comecei a correr... – digo fazendo charminho, ajeitando a postura. – mas se estiver com medo, acho melhor você retornar e fi...

— Shhh... – ele põe o indicador nos meus lábios, para que eu pare de falar. – Estou exatamente onde quero estar.

Sua resposta me gela a alma e me aquece as partes baixas. Ele me olha de uma forma selvagem.

Dilan cola o seu corpo no meu ao me puxar com vontade pela cintura e me beija com a mesma saudade que a minha, daqueles  beijos que fazem as pernas bambearem.

Sempre evitei momentos como esse para evitar que Dilan e eu passemos dos limites, mas tem tanto tempo que não nos vemos que decido deixar rolar de uma forma saudável, é claro.

Ele para de me beijar e vai me empurrando para trás, afim de me encostar em uma árvore para matarmos as saudades. Nossos olhares fixos e cheios de expectativas. Tudo o que eu quero é mergulhar no amor de Dilan.

Sinto o meu pé engatando em algo, e tropeço.

Ouço um barulho, e sinto um baque na cabeça.

— Ai meu Deus! – Diz Dilan parecendo distante. – malditas árvores! Está tudo bem amor?

Eu fico tentando sentar, enquanto Dilan parece fazer algo com o que está preso ao meu pé.

Tento focar os meus olhos nele, mas simplesmente não consigo, estou vendo vários Dilan. Sem forças para me sustentar sentada, caio para trás, mas Dilan amortece a queda.

— Amor? Não fecha os olhos! Fica comigo...


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Notas finais do capítulo

Será que nossa heroína irá ficar bem?
O que aguardam para o próximo capítulo?
Beijinhos



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