A Vida e as Mentiras de Zaniah Black escrita por Bells


Capítulo 11
O Lorde das Trevas


Notas iniciais do capítulo

Hey! Então, como passaram de Ano Novo?
Não vou mentir para vocês, fiquei um tanto quanto desapontada com a falta de comentários dos últimos dois capítulos, quer dizer, eu me preocupei em deixa-los agendados para que a história não ficasse parada muito tempo e meio que não senti que isso foi valorizado, mas ok.
Sei que tem gente que acompanha e nunca se manifesta, assim como tem gente que lê e não acompanha.
Fiz uma mudança na sinopse, para ver se consigo chamar um pouco mais de atenção de novos leitores, se quiserem ir ver...
Mas enfim, é isso, acho que a partir de agora as coisas começam a incendiar na história. Estou pensando em como vou fazer uma passagem de tempo rápida, mas vocês vão ver o resultado (eu espero).
Sem (mais) delongas, fiquem com o capítulo!



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Era feriado de Natal e, assim como no ano anterior, Sirius não voltara para casa com os irmãos. A cabine do Expresso de Hogwarts, que já estava quase estacionando na estação de King’s Cross, estava lotada. Zaniah e Régulos jogavam Snap Explosivo, enquanto eram assistidos por Bartolomeu, Juliet e Rabastan, os quais esperavam para revezar com quem perdesse. Darwin, como na maioria das viagens de trem, estava dormindo encostado na janela, ao seu lado Lúcius e Antony estavam submersos em alguma conversa, assim como Narcisa, Andrômeda e Rigel.

Não demorou muito para que começassem a sentir a locomotiva desacelerar até que parasse por completo na plataforma 9¾. Pela janela, Zaniah pôde ver toda sua família, de sangue ou não, reunidos. Os adultos pareciam ansiosos com algo, o que deixou Zaniah curiosa.

Seu pai a viu através da janela e abanou feliz para ela. Zaniah olhou ao redor, afim de confirmar se era para ela mesma tal saudação. Aparentemente, era sim.

Lúcius foi o primeiro a abrir a porta da cabine e quando todos saíram, depois de recolherem suas coisas, os outros abriam caminho para que passassem. Zaniah sorriu com esse sentimento de superioridade.

Desceram do trem e pegaram suas coisas, sentindo alivio por estarem perto de seus pais sem terem passado por nenhum tumulto.

— Vamos para casa? – Régulos perguntou após um abraço apertado dado por Walburga.

— Não, na verdade. – A mãe respondeu. – Vamos direto para a casa dos Lestrange, pois as comemorações de final de ano serão lá.

— Na casa dos Lestrange? – Zaniah perguntou levemente confusa, não era normal passarem tempo na casa principal de alguma família, afinal.

— Na verdade – Ouviu Rabastan atrás de si e virou-se, junto de seu irmão. – será na nossa casa na praia.

— Você sabia disso o tempo todo? – Régulos falou.

— Claro que sim. – Rabastan respondeu como se nada fosse.

— Estão com seus malões? – O senhor Lestrange, Joseph, perguntou em direção aos três adolescentes. Os três assentiram rapidamente. – Ótimo, vamos então.

Zaniah segurou a mão de seu pai e a mala de viagem de seu gato, enquanto Orion diminuía seu malão e o colocava em seu bolso. Juntos, aparataram.

A sensação era desconfortável, no entanto, já cotidiana, o que tornava a viagem menos enjoativa.

Quando aterrissaram, Zaniah pode sentir o vento oceânico bater contra sua face, deixando suas madeixas negras voarem sob sua direção. Escutou mais sons de aparatação ao seu lado e, quando olhou ao redor, percebeu que todos já haviam chegado. Além deles, Bellatrix e Rodolphus estavam na praia.

O lugar era afastado, Zan pôde perceber. A única casa que via estava quase construída na areia e tinha uma arquitetura oriental. Um grande L se erguia no portão e, então, Zaniah entendeu que aquela era a mais nova propriedade dos Lestrange.

— Sejam muito bem-vindos a Pembrokeshire! – Disse Joseph animado, com Rabastan ao seu lado, demonstrando o mesmo ânimo. – Fiquem muito a vontade, estão em casa, meus amigos!

Zaniah, ao entrar na casa, ficou maravilhada. Era tudo tão simples, elegante e sofisticado, mas ao mesmo tempo tão praiano de uma forma que nunca imaginou que tal combinação pudesse existir.

Fora levada, junto a Juliet, a um dos quartos de hóspedes que existia na casa.

— Eu estou apaixonada por esse lugar. – Foi a única coisa que Zaniah conseguiu proferir ao olhar pela janela do quarto e perceber que a vista dava diretamente ao mar do Atlântico Norte.

— Completamente. – Juliet concordou, observando as ondas quebrarem ao se aproximarem da costa.

Conversaram bobagens enquanto arrumavam suas coisas no quarto.

— Meninas. – Ouviram a voz de Rodolphus na porta. – Venham, está na hora do jantar.

Os três desceram juntos e Zaniah pode reconhecer o rosto que se acomodava na ponta da mesa oposta a que Joseph estava. Era Tom Riddle, o amigo de seus pais da época da escola, o qual Zan havia conhecido em seu aniversário.

O homem a viu chegar e algo em Zaniah fez com que ela não conseguisse desviar sua atenção dele. Era como se sua magia fosse uma espécie de imã e a magia da caçula fosse o polo sul magnético.

Juntou-se ao irmão e aos pais para que se sentassem logo. Com todos acomodados, Zaniah ficou a frente de seu pai, ao lado esquerdo de Tom Riddle. Seu irmão, ao seu lado esquerdo, ficava de frente para Walburga, ao lado direito de Orion.

Aquele jantar não era realmente necessário, afinal era dia 23 de dezembro e o jantar oficial, com provavelmente muito mais convidados do que os instalados na casa, seria servido na noite seguinte. No entanto, quando Tom Riddle levantou-se, batendo em sua taça de cristal afim de chamar a atenção de todos, Zaniah soube que o jantar não estava servido à toa, aquele homem não estava lá a toa.

— Com a licença de Joseph, o Senhor dessa casa, eu gostaria de propor um brinde. – O homem de olhos azuis falou, erguendo sua taça e sendo acompanhado, primeiro por Joseph, depois por todos os outros integrantes. – Primeiramente ao belíssimo encontro que conseguimos realizar depois de tantos anos de formados. – Os adultos na mesa sorriam. – Segundo, às lindas famílias que meus amigos de longa data construíram. – Zaniah não pode evitar sorrir com o pensamento de que aquele homem era parte da família também, assim como Abraxas, Joseph, Leon (pai de Juliet) e Camapheus (pai de Darwin). Todos amigos de infância de seu pai, além de seu tio Cygnus, claro. – E por último, mas definitivamente não menos importante, à nova sociedade que vamos construir, depois de tantos anos de luta! Esse é o momento de glória! – Riddle falava com um sorriso quase doentio e seus olhos brilhavam em malícia. A aura mágica de Zaniah reagiu quanto àquilo e a mesma se arrepiou. – Um brinde à Revolução! – O homem estendeu sua taça e foi acompanhado por todos os outros adultos com entusiasmo. Zaniah ergueu a sua também, mesmo sem entender completamente o que estava acontecendo.

Seu olhar cruzou com o de Darwin, mas esse não soube decifrar seu desentendimento. Sentiu falta de Bartolomeu, que viajou para China com os pais, no mesmo momento. No entanto, pôde reconhecer nas faces das três primas e na Juliet, que eram as que Zaniah tinha visão, que nenhuma das quatro entendeu exatamente o que acontecia.

Tom Riddle olhou a mesa toda, percebendo o olhar desconcertado dos jovens.

— Acredito que agora seja uma boa hora para contar-lhes nossos planos, meus caros.

Todos os adultos e pais assentiram, animados.

— Senhores e senhoritas. – O bruxo começou a falar e Zaniah sentiu-se hipnotizada por sua voz no mesmo momento, e soube que todos os outros sentiam-se assim também. – A hora de honrar seu nome, seu clã, seu sangue, se aproxima! Há mais de vinte anos eu venho viajando o mundo, na intenção de aprimorar minha magia e reunir aliados! Aliados, esses, os quais seus pais foram os pioneiros, quando nosso grupo ainda levava o nome de Cavaleiros de Walpurgis. Vocês, crianças, devem orgulhar-se de serem descendentes dos primeiros bruxos a juntarem-se a mim na Causa! – Os olhos de Riddle brilhavam e, ao mesmo tempo que Zaniah sentia-se encantada, perguntava-se sobre que causa o bruxo mais velho se referia.

O moreno olhou um a um, cada jovem ao redor da mesa. Franziu o cenho levemente, respirando fundo em seguida.

— Orion, Walburga, eu tinha a impressão de que vocês tinham três filhos, mas vejo apenas dois presentes.

— Sim, senhor, nosso primogênito não voltou de Hogwarts nesse feriado. – Orion disse submisso, deixando Zaniah surpresa, pois, ao seu ver, seu pai sempre fora o opressor e não o oprimido.

Tom assentiu brevemente, tendo seu olhar sobre os dois Avery da mesa.

— Leon, eu tinha certeza que você era casado e tinha mais um filho.

— Sim, senhor, minha esposa, Andrea, e meu filho mais novo, Sebastian, estão em Portugal, visitando a família. Hoje somos apenas eu e Juliet.

Tom novamente assentiu de forma breve.

— Sinto pelos que estão ausentes, sinto sim. – Ele falou, agora andando pela sala de jantar. Quando passou atrás de Zaniah, essa sentiu um calafrio percorrer toda sua espinha, arrepiando-a. – Aos presentes, eu gostaria de dizer que hoje começaremos os preparativos para colocar em prática todos esses anos de treinos e pesquisas! – Tom abriu os braços como se tentasse abraçar a todos. – A partir de hoje, refiram-se a mim como Lorde das Trevas, seu Lorde. Àqueles que me seguirão, recebam o nome de Comensais da Morte. Juntos, vamos livrar o mundo bruxo da escória e devolver a nós, descendentes das grandes famílias, a glória de se viver num mundo puro!

Zaniah sentia seu coração martelar contra seu peito, e quando todos se levantaram para aplaudir o homem, Zaniah o ovacionou com ferocidade. Aplaudia com toda força que podia e quando viu um a um dos adultos recebendo uma tatuagem de uma caveira cuspindo uma cobra em seus antebraços esquerdos, Zaniah só teve uma certeza.

Queria ser uma Comensal da Morte.

E se Zaniah queria, ela seria.


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Notas finais do capítulo

See you, guys



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