A Vida e as Mentiras de Zaniah Black escrita por Bells


Capítulo 1
O Expresso de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Zaniah estava encostada na janela do vagão do Expresso de Hogwarts. Já passava da metade da viagem naquele ponto. Servia de encosto para Bartolomeu Crouch, também conhecido como seu melhor amigo, que dormia profundamente. Seu gato preto, Nuit, repousava em seu colo. À sua frente, Juliet Avery, sua melhor amiga, lia um livro de romance e ao seu lado Darwin Burke, melhor amigo de Juliet, estava atirado no banco, olhando para o teto.

Naquela altura, estavam cansados e a animação primária ia embora, dando lugar à exaustão, proveniente da noite mal dormida do dia anterior.

Agora Zaniah lembrava-se das últimas palavras ditas pelo pai antes dela embarcar na locomotiva vermelha.

“A família Black é uma das mais antigas e respeitadas famílias de todo Mundo Bruxo. Aja de acordo.”

Depois daquilo, nem mesmo um beijo de despedida havia recebido. Seu irmão, Régulo, pegou sua mão e a guiou para dentro do trem. Seu pai estava eternamente irritado com a questão das Casas desde que seu irmão Sirius, dois anos antes, fora o primeiro Black a ser selecionado para a Grifinória, e não para a Sonserina.

Aquele fato mudara tudo, Zaniah podia se lembrar. Sirius nunca fora tão obediente às regras de etiqueta quanto Régulo e Zaniah. Quando se tratava de comportamento, os dois mais novos eram muito mais exemplares do que o mais velho. Dês do dia em que Bellatrix mandara uma carta aos pais de Zaniah comunicando a seleção de Sirius, seu relacionamento com o mais velho mudou completamente. Um pouco por si mesma, um pouco pela influência de seus pais.

Pensar no afastamento de Sirius sempre a machucava. Entretanto, tentava ser otimista e pensar que, pelo menos, tinha uma relação incrível com Reg. Recordar do irmão do meio sempre fazia seu coração aquecer e um sorriso se instalar em seus lábios. Era espontâneo e verdadeiro.

Como se Régulo pudesse ter lido sua mente, ele abriu o vagão onde os quatro estavam, fazendo Juliet fechar o livro, Black e Burke despertarem de seus respectivos transes e Bartolomeu acordar.

Além de seu irmão, estavam lá Rabastan Lestrange e Antony Dolohov.

— Fala povo. – Darwin disse como forma de cumprimento, enquanto sentava corretamente no banco.

Rabastan se adiantou para sentar ao lado esquerdo de Zaniah, ficando na janela.

— Sério Rabastan? Invade a minha cabine e ainda quer ficar na janela? – Zaniah diz com uma falsa incredulidade. O garoto apenas a encara sem dizer uma única palavra. Dolohov sentou-se ao lado de Darwin e Régulo se acomodou no chão, entre as pernas de sua irmã.

— O que os traz aqui? – Perguntou Bartolomeu que, agora, parecia estar atento.

— Sirius. – Rabastan disse simplesmente.

— E sua tropa. – Dolohov completou.

— O que eles fizeram? – Zaniah indagou preocupada.

— Estavam atrás do Snape. – Rabastan disse curto, mais uma vez.

— E ele recém tinha saído da nossa cabine. – Dolohov explicou.

— O quartetinho viu e resolveram que iriam ficar na cabine até o Snape chegar. – Régulo explicou.

— Mas nós não somos obrigados a aguentar aquele tipo de gente. – Rabastan falou, logo depois recebeu um olhar indignado de Zaniah e um repreendedor de Régulo. – Desculpe. Às vezes eu esqueço que ele é irmão de vocês.

— Idem. – Juliet se manifestou, com o rosto no livro.

— Enfim, saímos de lá poucos minutos depois. – Dolohov disse. – Nossa única preocupação era Snape. Não abandonamos um dos nossos.

— Ele não é mestiço? – Bartô perguntou, com um leve desprezo na voz.

— Ele é, mas tem talento. – Rabastan disse por fim.

— Então eu pensei na minha amada irmã mais nova e seus amigos super legais... – Régulo começou.

— E na cabine disponível. – Zaniah o interrompeu, completando. Rabastan deu um leve sorriso irônico.

— Pelo menos encontramos Snape no caminho para cá e o avisamos para não voltar à cabine. – Rabastan disse. – E agora estamos aqui, até o fim da viagem, então se acostumem.

Zaniah revirou os olhos. Amava a família Lestrange, mas seu modo prepotente em sempre achar que tem razão a incomodava.

— Não revire os olhos, Zan. - Antony lhe disse, já que havia visto. – Você é tão prepotente quanto ele. – Então lhe deu um sorriso carregado de escárnio.

Zaniah se limitou a mostrar o dedo do meio para o amigo de infância, causando risadas no vagão.

— Mas e aí? Ansiosos? – Régulo perguntou, dando continuidade à conversa.

— Para quê? Para a Seleção? – Darwin perguntou divertido. – Duvido que um de nós não cumpra as expectativas.

— Eu! – Bartolomeu disse, adiantando-se e deixando todos curiosos.

— Ahn? – Dolohov verbalizou o que todos pensavam.

— Meu pai e minha mãe foram da Corvinal, eles esperam o mesmo de mim. – Bartô explicou calmamente. – No entanto, não me vejo em outro lugar que não seja a Sonserina.

— Eu não te vejo em outro lugar senão a Sonserina. – Régulo disse, concordando com o Crouch.

— Se você ficar em outra Casa, eu te mato. – Zaniah falou sombriamente, fazendo Bartolomeu sorrir irônico.

— Também te amo, Zani.

— Credo, que apelido ruim. – Darwin disse tão naturalmente que fez com que a cabine se enchesse de risadas.

— Vá à merda, Burke.

Mais risadas no local.

Entretanto, foi com a visão de quatro garotos à porta da cabine que as risadas se cessaram. Era Sirius, acompanhado de James Potter, Remus Lupin e Peter Pettigrew.

O primeiro abriu a porta do vagão, atraindo todos os olhares para si, no entanto, ninguém se moveu.

— O que você quer, Sirius? – Régulo perguntou na defensiva. Zaniah não precisava olhar para o irmão para saber que este estava com a mão próxima a sua varinha, assim como Rabastan e Antony.

Sirius ignorou o irmão do meio.

— Zan, posso falar com você? – perguntou olhando a mais nova.

— Você pode falar aqui na frente de todo mundo. – Ela respondeu. – Não tenho segredos para guardar deles.

Sentiu Rabastan segurar sua mão e a apertar logo em seguida, em forma de apoio.

— Por favor, Zan! – Sirius suplicou. – Em particular. - Régulo colocou sua mão na canela da irmã, parecendo querer impedi-la de algo.

Zaniah pareceu considerar o leve desespero do irmão.

— Particular significa sem suas três sombras? – A Black pediu, referindo-se aos três garotos que estavam atrás do mais velho.

Sirius olhou nervosamente para trás, recebendo um olhar negativo de James Potter. Zaniah percebeu.

— Vamos lá, Sirius. – Ela disse. – Você sabe tanto quanto eu que depois de conversarmos você vai abrir o jogo para seus amiguinhos. – Ela disse, apontando para os três e carregando a palavra “amiguinhos” com desprezo. - E eu contarei para os meus.

— Vamos Zaniah. – Sirius diz agora com a voz mais autoritária, lembrando muito o próprio Órion Black.

— Zan, não! – Rabastan disse, segurando sua mão fortemente quando Zaniah fez uma leve menção de se levantar.

— Quem você acha que é, Lestrange, para tentar impedir minha irmã de falar comigo? – Sirius perguntou furioso.

— Rabs, está tudo bem. – Zaniah disse olhando nos olhos verdes do Lestrange, enquanto recolhia sua mão calmamente.

— Zaniah, qual a razão? – Régulo perguntou, quando a irmã já estava saindo da cabine.

— Não dar motivos para ele dizer que nunca tentei entender o lado dele, Reg. – disse simplesmente, saindo do local e deixando os seis amigos preocupados.

/*

— O que ele queria? – Bartô foi o primeiro a fazer a pergunta, quando Zaniah mal havia entrado no vagão.

— Tentar me convencer a “mudar de vida”. – Ela disse, revirando os olhos. – Fazer-me qualquer coisa, menos uma sonserina.

— Filho da... – Rabastan começou.

— Rabastan! – Régulo e Zaniah gritaram ao mesmo tempo, interrompendo-o.

— Ah! Desculpa, eu já falei! Esqueço que ele é irmão de vocês! – Ele falou, exasperado.

— Idem! – Pontuou Juliet de novo, então os dois fizeram um high-five.

— Pessoal, acho melhor nos trocarmos. – Disse Antony. – Olhem, estamos chegando!

Após um tempo, os seis se encontraram mais uma vez na cabine, agora com Zaniah, Bartolomeu, Juliet e Darwin com as capas pretas e Régulo, Rabastan e Antony com as vestes da Sonserina. Zaniah não conseguiu ignorar o fato que o verde esmeralda nas vestes de Rabastan apenas destacava ainda mais seus olhos verdes, característicos dos Lestranges.

Recolheram suas coisas e cada um seguiu seu caminho, os quatro primeiranistas foram em direção aos barcos, enquanto os três alunos do segundo ano iam de encontro às carruagens.


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Notas finais do capítulo

see you guysss



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