Entre Vampiros & Lobos escrita por Mad Love, Alina Black


Capítulo 8
6x1- Sequestro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784442/chapter/8

Havia passado a noite acordada e  quando passei por uma pequena montanha através do sol, que agora estava atrás de mim, refletido nos telhados do Vale do Sol, bocejei surpresa por ter feito uma viagem de três dias em um e olhei sonolenta para a expansão na minha frente, Phoenix, as palmeiras, o creosoto inferior, as faixas de pedestres na horizontal no meio da rua, os campos de golfe enfileirados e os splashes de azul turquesa nas piscinas, todos submergiam numa leve névoa baixa, serras de pedra que não eram grandes o suficiente para serem chamadas de montanhas. As sombras das palmeiras se inclinavam sobre a rodovia, mais pontudas do que eu lembrava, mais pálidas do que elas deviam ser. Nada podia se esconder nessas sombras. A estrada clara, aberta, parecia benigna o suficiente. Mas eu estava preocupada, não me sentia nem um pouco bem-vinda ao lar.

Ao sair do carro em frente nossa antiga casa tive a esperança de encontrá-la, dei a volta na casa lembrando de uma chave extra que eu havia escondido para alguma emergência e ao encontrá-la meu celular tocou. Era Riley.

— Oi! Sussurrei ao atender a chamada.

— Nessie, me fala onde você está? Charlie e eu ligamos durante toda a madrugada, mas estava fora de área!

— Estou em Phoenix!

— Maluquinha você quer nos matar do coração? Me passa sua localização eu estou indo buscar você!

— Riley eu estou bem, vim atrás da Bela só volto para casa com ela!

— Nessie, Charlie já entrou em contato com Renee ela também está preocupada com vocês, por favor me passa sua localização você não pode...

A ligação caiu, fiquei sem bateria.

Respirei fundo e entrei em casa, tudo estava bagunçado não estava da mesma forma da última vez que havia estado dentro dela – Bela! A chamei em um tom alto de voz com uma pequena gota de esperança que ela estivesse escondida aqui dentro, mas após entrar em cada um dos quartos percebi que estava sozinha.

Fui sala quadrada com vigas escuras que atravessavam o teto. As paredes eram cobertas de madeiras, um pouco escuras demais, fora de moda. Um dos lados da entrada era de pedra - uma lareira de pedra cor de broze que ficava entre a entrada de duas salas. Haviam uma grande janela na parede que dava para o Sul, e uma abertura na parede do lado oeste que dava uma visão para a sala de estar.

Cansada me deitei no sofá da sala e acabei adormecendo.

Meus olhos se abriram ao sentir o tocar suave sobre minha face, e uma expressão de medo me congelou enquanto via diante de mim o homem loiro, alto e musculoso, ele usava uma camisa azul clara de mangas compridas e jeans de um azul desgastado.

— Quem é você? Sussurrei com a voz tremula.

— Xi! Ele sibilou encostando o dedo indicador direito em meus lábios – A observei dormir por alguns minutos, eu tinha um plano, mas parece que tudo está conspirando ao meu favor.

Impulsivamente tentei me levantar, mas ele me segurou sem nenhuma dificuldade enquanto eu me debatia em seus braços – Me solta! Gritei.

— Vamos dar uma volta Renesmee Swan!

— Eu não vou a lugar nenhum com você! Respondi me debatendo e em seguida gritei – Socorro!

O homem envolveu um dos braços em volta do meu pescoço e começou a apertar enquanto minhas mãos tentavam empurra-lo sem sucesso, eu estava ficando sem ar então desmaiei.

— Acorde!

Meus olhos se abriram mais uma vez com o som daquela desconhecida voz, eu estava em um chão frio, arregalei os olhos assustada ao ver novamente o homem loiro na minha frente tentando fugir então percebi que não estava, mas na casa da minha mãe.

Agora estava em uma sala longa, retangular, com uma sessão quadrada, mais fina lá no final com placas de madeira expostas na longitudinal em todo o chão da sala, tinha

Paredes com linhas que denotavam o espaço de um espelho para o outro e espelhos atravessados acima da altura cintura, uma longa faixa.

Eu conhecia aquele lugar, quando criança havia estado aqui, era nosso antigo estúdio de balé.

— Vamos ligar para a maninha? O loiro falou pegando um celular e segurou com força o meu pulso em seguida me entregou o celular, após o terceiro bipe alguém atendia e pela voz pude reconhecer que era Alice.

Alice estava com Bela? A pergunta invadiu minha mente, mas o aperto forte em meu pulso me tirou de meu devaneio enquanto o loiro me olhava de forma aterrorizante.

— Alô? - Alice perguntou. - Não, ela está bem aqui. - Ela passou o telefone para Bela, sua irmã ela murmurou.

— Alô?

— Bela! Murmurei começando a chorar, o loiro apertou meu pulso tão forte que senti que minhas veias iam estourar.

— Nessie eu estou bem, avise o Charlie!

O loiro tirava o celular de minhas mãos e então finalmente falava de forma tranquila - tome muito cuidado para não falar nada até que eu diga, a menos que queria que eu comece a me divertir com sua amada irmãzinha.

Bela! Gritei ao sentir o aperto mais forte dessa vez machucando meu pulso.

— Nessie! Sua voz do outro lado da linha era nervosa e desesperada – Por favor não machuca ela!

Isso é muito bom— ele parabenizou. - Agora repita depois de mim, e tente parecer natural, por favor diga ‘Não Renesmee eu estou bem avise o Charlie”

Não Renesmee eu estou bem avise Charlie – sua voz saia no celular como um sussurro.

— Eu vejo que isso vai ser bem difícil.— O loiro falou divertindo-se de forma leve e amigável. - Porque você não vai para outro lugar para que o seu rosto não arruíne tudo? Não há nenhuma razão para sua irmã sofrer. Enquanto você está andando, por favor diga 'Renesmee, por favor, me ouça'. Diga isso agora.

Bela fez exatamente o que ele pediu.

— Isso bem melhor. Eu tenho certeza que não será fácil, mais se eu tiver a mínima impressão de que você tem companhia, bem, isso vai ser muito ruim para a sua irmã— Ele falou com a voz amigável, mas me fez gritar ao quebrar o meu pulso.

Nessie! Bela me chamou aflita.

Você já deve nos conhecer suficientemente bem para saber o quão rapidamente eu vou saber se você tentar trazer alguém com você e como eu poderia lidar rapidinho com a sua irmã se esse fosse o caso, você está me entendendo? Responda sim ou não.

— Sim— Ela respondeu.

— Muito bom, Bella, agora aqui está o que você precisa fazer, eu quero que você vá para a casa da sua mãe, perto do telefone haverá um número, ligue para ele e eu te direi para onde ir a partir daí você pode fazer isso? Responda sim ou não.

Sim.

— Antes do meio dia, por favor, Bella. Eu não tenho o dia inteiro— ele disse educadamente e então desligou o telefone.

Eu apenas chorava, a dor estava insuportável, o loiro sorriu sentando-se a minha frente e levou uma das mãos ao meu rosto – Criança você daria uma linda vampira!

Do que ele estava falando? Aquele homem só podia ser um psicopata louco, me arrastei tentando me afastar dele que sorriu e levantou - Vamos nos divertir enquanto sua irmã chega!

— O que você quer de nós?

O loiro se abaixou ficando novamente a minha altura e olhou em meus olhos – Então você não sabe? Em seguida sorriu e em um piscar de olhos ele estava a metros de distância de mim, aquilo só podia ser um pesadelo.

Novamente o loiro voltou para minha frente – Sua irmãzinha não contou o seu segredinho sujo para você? Eu sou um vampiro, os Cullens são vampiros! Após dizer isso ele mostrou suas presas e eu gritei.

Aquilo só poderia ser um pesadelo.

As horas pareciam não passarem enquanto eu me sentia dentro de um filme de terro, o homem loiro a cada minuto se aproximava me deixando desesperada a cada ameaça a qual fazia, até que finalmente ela chegou.

— Nessie! Ela sussurrou correndo em minha direção e se abaixou me puxando para os seus braços, a abracei forte sendo vencida pelas lagrimas enquanto suas mãos acariciavam meus cabelos – Eu sinto muito, me perdoa!

— Quem é ele, porque isso está acontecendo?

— Presta atenção, eu vou explicar tudo a você mas promete que vai fugir.

O loiro aparecia a alguns passos de nós duas, com os braços cruzados, nos olhando cheio de curiosidade, não havia nenhuma ameaça no seu rosto ou na sua posição. Ele tinha uma aparência muito comum, nada de especial nem no seu rosto nem no seu corpo. Só a pele branca e os círculos embaixo dos olhos como se houvesse passado noites sem dormir.

— Eu acho que você vai me dizer que o seu namorado vai te vingar? – Ele perguntou para Bela parecendo esperançoso.

— Não, eu acho que não. Pelo menos eu pedi para ele não fazer isso! Bela respondia me abraçando de forma protetora.

— E o que foi que ele respondeu?

— Eu não sei, eu deixei uma carta pra ele.

— Que romântico, uma última carta e você acha que ele vai honrar seu pedido? - Sua voz estava um pouco mais dura agora, o sarcasmo casando com o seu tom educado.

— Eu espero que sim.

— Hmmmm. Então as nossas esperanças são diferentes, veja, isso tudo foi fácil demais,

Rápido demais, para ser honesto, eu estou desapontado, eu esperava um desafio muito maior, e no final, tudo que eu precisei foi de um pouco de sorte.

Bela ficou em silencio.

— Quando Victória não conseguiu pegar seu pai, eu tive que saber um pouco mais sobre você. Não havia nenhum sentido em correr o planeta inteiro a sua procura quando eu podia confortavelmente esperar por você no lugar de minha escolha. Então, depois que eu falei com Victória, eu decidi vir a Phoenix para fazer uma visita a sua mãe. Eu ouvi você dizendo que estava indo para casa. Primeiro eu nem sonhei que você estivesse falando sério. Mas depois eu imaginei. Os humanos podem ser muito previsíveis; eles gostam de estar em algum lugar familiar, algum lugar seguro. E seria a estratégia perfeita ir para o único lugar onde você não deveria estar se escondendo, o lugar para onde você disse que iria. Mas é claro que eu não tinha certeza, foi só um

chute. Eu geralmente tenho um pressentimento em relação à minha presa, um sexto sentido, se você preferir, e quando cheguei na casa dela encontrei uma linda princesa dormindo no sofá da sala, tudo veio até mim de uma forma muito fácil.

Ele deu um passo para trás e tocou uma câmera do tamanho de uma mão que estava

Cuidadosamente posicionada em cima do som. Uma pequena luz vermelha indicava que ela já estava ligada. Ele ajustou ela algumas vezes, abriu o visor, Bela e eu olhamos para ele horrorizadas.

— Me desculpe, mas eu não acho que ele será capaz de resistir de me caçar depois que ele assistir isso. E eu não quero que ele perca nada. Era tudo para ele, é claro. Você é simplesmente uma humana, que infelizmente estava no lugar errado, na hora errada, e com o grupo errado, eu devo dizer, e para completar sua linda irmãzinha irá sofrer as consequências dos erros dele, ele carregará duas culpas em suas costas.

Ele deu um passo na direção de Bela, sorrindo. - Antes de começarmos - Ele deu outro passo, até ficar a apenas alguns centímetros de distância e levantou uma mecha do cabelo de Bela e cheirou ela deliciado, então ele gentilmente colocou a mecha de volta no lugar, e tocou sua garganta.

Seu olhar se voltou para mim e então ele alisou rapidamente a minha bochecha com o polegar, seu rosto estava curioso. Eu queria tanto correr, mas estava congelada. Eu não conseguia nem balançar.

— Não - ele murmurou pra sí mesmo enquanto abaixava a mão - eu não entendo. Ele

Suspirou. - Bem, eu acho que devemos começar logo. E então eu vou poder ligar para os seus amigos e dizer onde te encontrar, e a minha pequena mensagem.

Ele deu um passo para trás e começou a andar em círculos, casualmente, como se ele

Estivesse tentando ter uma visão melhor da estátua de um museu. Seu rosto ainda estava aberto e amigável enquanto ele decidia por onde começar.

Então ele rastejou para a frente, e seu sorriso prazeroso cresceu lentamente, até que não era mais um sorriso e sim uma contorção dos dentes, expostos e brilhantes, foi quando em um impulso Bela atirou em seus olhos um dos Spray de pimenta dado por Charlie a nós duas por precaução.

 - Corre! Ela gritou correndo e me puxando pela mão.

Mas ela não conseguiu correr, sempre tropeçando nos próprios pés ela caia logo atrás de mim, parei logo a frente com a intenção de voltar, mas quando vi ele estava na minha frente num flash. Eu não vi se ele usou as mãos ou os pés de tão rápido

que foi. Um golpe destruidor atingiu meu peito, eu me senti voando para trás, e então eu ouví o crash quando minha cabeça bateu contra os espelhos. O vidro rachou, alguns pedaço tremendo e alguns caindo no chão perto de mim.

Eu estava atordoada demais para sentir a dor. Eu ainda não conseguia respirar.

— Esse é um efeito muito bom - ele disse, examinando o estado do vidro, sua voz amigável de novo. - Eu achei que essa sala daria um toque visual dramático ao meu filmezinho. Foi por isso que eu escolhi esse lugar para te encontrar. É perfeito, não é?

Em seguida ele foi para cima de Bela, seu pé pisando com força na sua perna e pude ouvi o estalo seguido do seu grito de agonia. - Você gostaria de repensar o seu último pedido? - Ele perguntou prazerosamente, a ponta do pé dele cutucou a perna dela e eu ouvi um grito penetrante.

Rastejei lutando para me equilibrar nas mãos e nos joelhos, rastejando até um pedaço de madeira que estava próximo então mesmo com dificuldades acertei sua cabeça com força, mas ele não sentiu nada, mas eu sentia um grande tapa me fazendo cair um pouco distante.

— Bela! Gritei.

— Você não iria preferir que Edward tentasse me encontrar?

— Não! – Bela gritou - Não, Edward, não - então algo atingiu os dois atirando Bela contra os espelhos.

Era Edward.

Eu não conseguia acompanhar seus movimentos, testei me aproximar de Bela que estava no chão sangrando, mas antes o homem se livrava de Edward e novamente ia para cima dela, ouvi um novo grito e o pânico me congelou ao ver as presas do loiro no pulso de Bela.

Edward novamente pegava o loiro o prendendo contra uma parede, com dificuldade me arrastei até Bela que se contorcia no chão, mas o pavor me dominou ao ver Edward dilacerando o pescoço do homem, que era segurado pelos outros Cullens que chegavam.

— Bella, por favor! Bella, me ouça, por favor, por favor, Bella, por favor! – Edward implorou.

— Por favor ajuda ela! Gritei em meio as lagrimas.

Ela perdeu algum sangue, mas o corte na cabeça não é fundo – Falou Carlisle - Cuidado com a perna dela, está quebrada.

— Carlisle! A mão dela!

— Ele mordeu ela – Gritei e Carlisle me olhou horrorizado.

— Edward, você tem que fazer isso. – Alice falou se colocando ao meu lado.

— Não! - ele berrou.

— Pode haver uma chance - Carlisle disse.

— O que? - Edward implorou.

Isso vai funcionar? - A voz de Alice estava tensa.

— Eu não sei - Carlisle disse. - Mas temos que nos apressar.

— Carlisle, eu - Edward hesitou. - Eu não sei se consigo fazer isso.

— A decisão é sua, Edward, de qualquer forma. Eu não posso ajudá-lo. Eu preciso fazer esse sangramento parar aqui, se nós vamos tirar sangue da mão dela.

Minha mão tocou o braço de Edward e ele me olhou – Por favor! Implorei em meio meus soluços de tanto chorar.

Então ele se abaixou e sua mandíbula se apertou no local da mordida feita pelo homem, Alice imobilizava sua perna enquanto meu olhar se voltava aos outros Cullens que sem nenhuma dificuldade despedaçavam o corpo do homem loiro o jogando em uma grande fogueira.

Eu estava vivendo dentro de um filme de terror, Alice veio em minha direção me levantando devagar enquanto Edward e Carlisle ajudavam Bela, em seguida o médico se voltou para mim e eu gemi ao senti sua mão tocar o meu pulso.

— Tem estilhaços de vidro em seu abdômen! Ele sussurrou olhando o sangue em minha blusa.

— Ela vai ficar bem? Perguntei sendo deitada no chão úmido cuidadosamente por Alice.

— Não se preocupe! Ele respondeu pegando uma agulha e enfiando em meu braço – A dor vai passar!

Gemi ao sentir o estilhaço de vidro sendo tirado do meu corpo e a última imagem que lembro é de Edward pegando Bela em seus braços, então meus olhos pesaram e desmaiei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre Vampiros & Lobos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.