Entre Vampiros & Lobos escrita por Mad Love, Alina Black


Capítulo 25
3x3 – Reencontro




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Nós estávamos parados na frente da casa de Charlie, podíamos ver que a luz da varanda estava acesa e a viatura estava parada na entrada de carros, sai animada do carro e pela primeira vez eu senti saudade, enquanto caminhava até a porta eu vi a cortina se mexer na janela da sala de estar, jogando uma linha de luz amarela através da grama escura.

— Como é bom estar em casa! Murmurei,

— Só se for para você! Bela reclamou.

— Não fique aflita, Charlie não está bravo com você -Edward falou - Ele sentiu a sua falta.

Charlie segurou abriu a porta e a segurou, um largo sorriso se abriu em meu rosto.

— Bem-vinda ao lar, baixinha! Charlie falou com um sorriso no rosto e eu o abracei - Como foi Jacksonville?

—Foi muito bom! Respondi saindo de seus braços.

—Úmido. E com insetos – Bela respondeu.

— Então Renée não te convenceu a ir para a universidade da Flórida? Charlie perguntou olhando para Bela.

— Ela tentou. Mas eu prefiro beber água do que inalá-la.

— Que humor! Falei caminhando lentamente e me jogando no sofá da sala.

Charlie tentou ser gentil com Edward- Você se divertiu?

— Sim- Edward respondeu numa voz serena - Renée foi muito hospitaleira.

Isso foi forçado.

—Impressionante – Bela falou no ouvido de Charlie e ele a abraçou dando um pequeno riso, e após alguns segundos ele a soltou indo até o sofá sentando-se ao meu lado e me puxando para os seus braços.

— Pensei que fosse me abandonar!

— Jamais pai! Respondi sorrindo.

— Eu senti sua falta, Nessie, a comida aqui é uma droga quando você não está!

— Eu ouvi isso! Bela reclamou e eu baixei a cabeça rindo.

— Eu vou cuidar disso pai! Falei enquanto ele me soltava.

Charlie levantou girando seu corpo na direção da cozinha, mas parou por alguns instantes voltando a olhar para mim -Você poderia ligar para Jacob antes? Não aguento mais ele me ligando a cada cinco minutos desde as seis horas dessa manhã.

Mal Charlie acabava de falar o telefone tocou, barulhento e insistente.

É ele de novo, eu aposto o meu próximo salário- Charlie reclamou.

— Eu atendo! Levantei com o pé normal e corri pulando em um pé só para a cozinha.

Eu segurei o telefone no meio do toque, e me virei até que fiquei encarando a parede, minha respiração havia acelerado, e tinha um sorriso em meus lábios.

— Alô!

E então ouvi a voz dele.

— Que bom que está de volta!

— É eu cheguei agora pouco! Respondi mordendo meu lábio inferior.

— Eu sei que eu devia ter esperado, mas eu queria ouvir sua voz!

Eu dei um sorriso mais largo ainda e fiz uma cara de felicidade que tive que disfarçar ao ver Charlie me observando da entrada da cozinha.

— Eu estou feliz por você ter ligado!

— Sério! Ele deu uma pausa e ouvi um pequeno ruído, acho que ele estava sorrindo – Não vejo a hora de te ver!

— Eu também! Sussurrei.

Eu ouvi um novo barulho, algumas vozes e em seguida ele falou novamente.

— Eu tenho que ir!

— Tudo bem, espero te ver em breve!

— Não vejo a hora disso acontecer!

— Tchau Jake!

— Até mais Nessie!

Ele desligou. E eu me encostei na parede abraçando o telefone.

Meus pensamentos estavam a milhas de distância, cerca de quinze milhas de distância, na estrada para La Push , quando eu comecei a mexer na frigideira, misturando os ingredientes do jantar de Charlie, eu precisava pensar em uma forma de contar a Jake a minha decisão, me perguntava como ele reagiria, se ele realmente aceitaria ou se eu o perderia para sempre.

Não consegui jantar direito, nem dormir, tinha que admitir que eu estava com medo, mas eu precisava me manter firme, eu amava Jake eu não tinha dúvidas, mas não queria que tudo voltasse a ser como antes.

Nós estávamos quase na escola, como eu ainda não podia dirigir eu continuaria o meu martírio de depender de Bela, que agora sempre ia para escola com Edward, por alguns instantes estranhei seu comportamento, ele estava relaxado e fazendo piada a apenas um momento atrás, e agora as mãos dele estavam agarrando o volante com força, as articulações dele lutando com o esforço para não o quebrar em pedaços.

Então entramos no estacionamento da escola, Edward parou na sua vaga habitual e desligou o motor,

Foi aí que eu vi ele.

E como não poderia ver, Jacob parecia uma torre sobre os estudantes encostado em sua moto preta, que estava estacionada ilegalmente na calçada.

Então ele sorriu, e eu havia esquecido a sensação que eu sentia quando eu via aquele sorriso, por um breve momento eu me perdi nos seus olhos, como se nada mais existisse ao nosso redor, ele estava mais alto com certeza com mais de 2 metros, mais musculoso do que um garoto de dezesseis anos e meio podia ser, vestia uma camisa preta apertada, com mangas curtas, apesar de ser um dia razoavelmente frio, jeans surrados e sujos de graxa, e a moto preta brilhante na qual ele estava se encostando.

Mesmo não conseguindo eu tentei correr, lhe dando um abraço, seus braços fortes se envolveram em torno do meu corpo tirando meus pés do chão e após alguns rodopios finalmente ele me colocava no chão enquanto olhava em meus olhos.

— Que bom te ver!

—Oi Jake! Bela falava ao se aproximar acompanhada de Edward.

— Eu já sei o que você veio para dizer - Edward lembrou Jacob numa voz tão baixa que eu mal consegui ouvir - Mensagem entregue, nos considere avisados!

— Avisados? Eu perguntei sem entender.

— Do que vocês estão falando? – Bela perguntou.

— Você não contou para ela? Jacob perguntou, seus olhos arregalando de descrença.

— Por favor deixa para lá, Jacob - Edward disse com uma voz uniforme.

— Não! Bela falou de forma firme – Eu quero saber!

— Eu também! Completei.

Jake virou sua atenção para Bela e ergueu uma sobrancelha  - Ele não te contou que o... irmão mais velho dele cruzou a linha Sábado à noite? Em seguida olhou para Edward- “Paul está totalmente justificado em.

—Emmett e Paul? - Eu sussurrei - O que aconteceu? Eles estavam brigando? Minha voz foi aumentando com a preocupação - Porque? Paul se machucou?

— Não meu anjo! Ele respondeu tentando me acalmar – Ninguém se machucou – Na verdade essa história não é a real razão de eu te vindo, mas já que Edward tocou no assunto – Jake deu uma pausa – Ele não contou a Bela absolutamente nada, foi por isso que ele a levou para Flórida para que ela não soubesse.

Bela olhou para Edward furiosa, talvez já tivesse deduzido do que se tratava - Ela voltou por mim! Ela engasgou.

— Eu nunca vou deixa-la se aproximar de você. Está tudo bem – Edward tentou acalma-la, em seguida encarou Jake – Satisfeito?

— Ela tem o direito de saber, antes assustada do que enganada! Jake respondeu e em seguida voltou seu olhar para mim- O que acha de darmos uma volta?

— Você vai matar aula? Bela nos interrompeu – Charlie vai adorar saber disso!

— Preciso cumprir uma promessa! Respondi enquanto Jake me ajudava a subir na moto dele.

— Eu não vou aliviar para você!

Eu ignorei o que Bela disse, o ronco do motor da moto de Jake fazia um barulho estrondoso – Segura princesa! Jake sussurrou e então saímos do colégio.

— Hey, Nessie! Billy havia se empurrado até o arco da porta, havia ouvido o barulho do motor da moto.

— Oi Billy! Eu respondi enquanto Jake me ajudava a chegar até ele, Billy me dava um abraço tão apertado que perdi o ar.

— Bem-vinda, Nessie! Ele disse, rindo, e o jeito como ele disse as palavras fez com que parecesse bem-vinda ao lar.

Nós começamos a andar, animados demais para ficarmos sentados em casa. Jacob estava praticamente pulando enquanto se movia, e eu tive que lembra-lo que eu não conseguia acompanha-lo, ele abaixou-se me carregando em suas costas, como se eu fosse tão leve quando uma pluma, ao chegarmos a praia, Jacob caminhou para um enorme, familiar, pedaço de salgueiro, uma árvore inteira, com raízes e tudo, esbranquiçado, e bem afundado na areia e sentou no banco natural, me fazendo sentar ao lado dele.

— Acho que temos muitas coisas para conversar! Ele iniciou.

— Que tal começar me explicando sobre o tal fenômeno? Como estão Sam e Emily? E Embry? E Quil ? E a Leah?

A mão quente dele circulou a minha, e como as perguntas iam escapando sem dar tempo para uma resposta, e Jacob riu.

— Como vou explicar! Ele murmurou – Já sabe a história da Emily com o Sam?

— Não! Respondi curiosa.

— Leah E Sam eram namorados na escola, eles começaram a namorar quando ela ainda era caloura.

— Mas ele e Emily? Perguntei surpresa.

— Eu vou chegar lá isso é parte da história- Ele disse apertando o meu queixo.

Me senti uma boba por pensar que Sam nunca havia amado ninguém além de Emily, a maioria das pessoas se apaixona e desapaixona tantas vezes na vida, eu só que eu tinha visto Sam com Emily, e eu não conseguia imaginá-lo com mais ninguém, o jeito como ele olhava para Emily, bem, isso me lembrava de um olhar que eu já tinha visto algumas vezes nos olhos de Jacob quando ele estava olhando para mim.

— Então – Jake continuou - A prima de Leah, Emily Young, veio da reserva de Makah pra fazer uma visitar ela num fim de semana.

— Emily é prima de Leah? – Meus olhos se arregalaram.

— Prima de segundo grau, mas eram como irmãs quando eram crianças.

— Pobre Leah! Sussurrei – Nunca pensei que o Sam fosse capaz...

— Calma meu anjo não o julgue ainda, é aí que eu queria chegar.

— Sam amava Leah. Mas quando ele viu Emily, isso não importou mais, as vezes... nós não sabemos exatamente porque... nós encontramos as nossas parceiras assim - Os olhos dele voltaram para mim, o rosto dele ficando vermelho. - Eu quero dizer... as nossas almas gêmeas".

— Como aconteceu com você e comigo?

— Isso! Ele suspirou.

— Como Emily lidou com isso? Se ela era tão próxima a Leah?

— Ela ficou com muita raiva no início, mas era difícil resistir àquele nível de compromisso e adoração, Não existem regras que te impeçam quando você realmente encontra a sua outra metade, você sabe como ela se machucou?

— Não foi um urso?

— Sam perdeu o controle e a machucou, ele ficou tão horrorizado, tão enojado consigo mesmo, tão cheio de ódio pelo que ele havia feito e no fim ela o consolou.

— Pobre Emily, Pobre Sam. Pobre Leah...Eu sussurrei.

—É, Leah ficou com a pior parte - Ele concordou - Ela faz cara de durona, vai ser uma das damas de honra.

— Posso dizer que sei como ela se sente! Murmurei.

Jacob se aproximou um pouco mais de mim, até que ele estava se inclinando no meu braço, ele era tão quente, depois de um minuto disso, eu tirei o meu casaco de chuva ele fez um sonzinho de contentamento no fundo da garganta, e descansou o seu queixo em cima da minha cabeça.

— No que você está pensando? - Ele murmurou.

— Nisso tudo- Dei uma pausa – Em nós dois.

— E você entendeu?

— Acho que sim, seria mais difícil se imprinting fosse algo exclusivamente seu!

— Você não é obrigada a retribuir isso!

Eu me afastei do seu braço e olhei em seus olhos – Não vou retribuir ao imprinting, eu me apaixonei por você muito antes disso, mas, eu preciso que você mereça o que eu sinto.

— Eu entendo – Ele segurou novamente a minha mão - É difícil para mim lembrar do quanto você estava triste, e era minha culpa.

—Então! Eu suspirei – Eu quero que a razão de você me querer não seja isso, eu te amo, mas precisa merecer.

— Se é isso que você quer eu vou fazer! Ele me interrompeu – Te merecer.

— Acho que isso já é um começo! Respondi sorrindo.

— Então o que acha de por enquanto só ser a “minha garota”?

— Sem pressão?

— Nenhuma! Ele respondeu sorrindo.

— E seu eu merecer...

— Ai voltamos a conversar! Dessa vez fui eu quem o interrompi.

— Eu aceito! Ele respondeu voltando a me puxar para os seus braços.

— Mas...sem Bela no meio.

— Quem é Bela? Ele perguntou.

Rimos juntos.

— Vamos, vou te levar para casa antes que Charlie coloque a patrulha atrás de nós dois.

— Ai meu Deus, o Charlie!

Só ai lembrei que naquela hora a aula já havia terminado, eu mal tinha acabado de voltar e já estava bastante encrencada com o meu pai.


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