Entre Vampiros & Lobos escrita por Mad Love, Alina Black


Capítulo 2
1x1 - Chegada a Forks, encarando a escola.




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Enquanto nos levava para o aeroporto mamãe parecia chateada, embora essa escolha tivesse partido de nós duas eu ainda não acreditava que estávamos fazendo isso.

Quando chegamos ao aeroporto mamãe nos deu um abraço apertado e pediu a Bela para que cuidasse de mim, como se isso fosse necessário, eu já tinha 15 anos e minha irmã era apenas dois anos mais velha do que eu, portanto o mais justo era que ela pedisse para que cuidássemos uma das outras, mas para ela eu ainda era um bebê.

Durante toda a viagem permanecemos caladas, eu até tentei puxar um assunto tentando fazer Bela lembrar das férias que passávamos em Forks quando crianças, ela falou pouco e em seguida colocou seus fones.

— Chata! Sussurrei.

Na Península Olímpica, no noroeste do estado de Washington, nos Estados Unidos, existe uma cidadezinha chamada Forks que está quase que constantemente coberta por nuvens o que me deixou chateada, eu odiava a chuva, e estava me mudando para uma cidade desimportante que chove mais do que em qualquer outro lugar do país. Foi dessa cidade e da sua sombra depressiva e onipresente que mamãe fugiu com Bela e comigo quando eu tinha só alguns meses de vida e nessa cidade que nós éramos obrigadas a passar todos os verões até completar 14 anos e Bela bater o pé o que fez com que nos últimos três verões, nosso pai, Charlie, passasse duas semanas de férias conosco na Califórnia.

Para minha irmã Forks seria o seu exílio, e mesmo eu não gostando de chuva buscava ver algo positivo nisso, eu sentia falta de Charlie então aproveitaria esse tempo que teríamos para convivermos mais como pai e filha.

De Phoenix para Seatle o vôo dura quatro horas, mais uma hora num pequeno avião até Port Angeles, e então uma hora de carro até Forks. O vôo não me incomodava, já passar uma hora num carro com Charlie estava me preocupando, mesmo que fizesse parte de meus planos melhorar minha relação com ele nosso pai não era do tipo falante enquanto eu era totalmente o contrário dele, falava pelos cotovelos, mas de uma coisa eu estava certa, Charlie estava feliz, ele sempre dizia sentir falta de Bela e de mim, já tinha nos matriculado em uma escola e conseguido dois carros pois sabia que minha irmã e eu tínhamos nossos momentos de conflitos então o melhor era cada uma ter o seu espaço e isso significava também que cada uma tinha que ter o seu próprio carro.

Quando finalmente chegamos Charlie nos esperava no carro-patrulha, o que já era de se espera já que ele é o Chefe de Polícia para os bons cidadãos de Forks, ri baixinho ao vê-lo a nossa espera enquanto Bela fechou a cara se sentindo incomodada.

Assim que nos aproximamos Charlie me deu um abraço meio estranho, de um braço só, em seguida abraçou Bela que tropeçou nos próprios pés.

— Bom te ver, Nessie. - Ele disse sorrindo, enquanto automaticamente segurava Bella para que não caísse - Você não mudou muito – Ele falou olhando para ela e em seguida completou- Como vai Renée?

— Mamãe vai bem. É bom te ver também, pai. - Ele não gostava quando nós o chamávamos de Charlie.

Como as roupas que usávamos no Arizona não serviriam para Forks não havíamos levado muitas malas, eu só tinha uma mochila enquanto Bela levava na mão uma Parka, mesmo assim Charlie tratou de pegar nossa bagagem levando para dentro da viatura.

— Achei um bom carro para cada uma de vocês, bem barato. - Ele falava em um tom de empolgação quando já estávamos no carro.

— Que tipo de carro? - Achei suspeito a maneira como ele disse "carro bom para vocês", ao invés de só "carro bom".

— Bem, na verdade são duas caminhonetes,  Chevrolet.

— Onde o achou? Perguntou Bela.

— Lembram de Billy Black, de La Push? - La Push é a pequena reserva indígena na costa.

— Não! Respondi de imediato.

— Ele costumava ir pescar conosco no verão. - Charlie ofereceu ajuda.

Isso explicaria porque eu não lembrava dele, sempre quem vinha para férias quem mais saia era Bela, eu sempre ficava em casa principalmente quando chovia.

— Ele está numa cadeira de rodas agora - Charlie continuou tentando manter a conversa – Como ele não pode dirigir mais vendeu as caminhonetes bem barato.

— De que ano é? - Pude ver pela mudança de expressão que essa era uma pergunta que ele esperava que eu não fosse fazer.

— Bem, Billy trabalhou bastante no motor - só tem alguns anos.

 - Quando ele comprou a caminhonete? Bela perguntou e eu baixei a cabeça rindo, tinha absoluta certeza que tudo que Charlie não queria era que fizéssemos essa pergunta.

— Acho que foi em 1984.

— Era nova quando ele comprou?

— Na verdade, não. Acho que era nova no começo dos anos 60 - ou no fim dos 50, no máximo. - Ele admitiu, envergonhado.

Trocamos mais alguns comentários sobre o tempo, que estava molhado, e era isso em termos de conversa e então o silêncio prevaleceu enquanto ficamos olhando pela janela.

O lugar era lindo, claro, não podia negar isso. Tudo era verde: as árvores, os troncos cobertos de musgo, os galhos pendurados formando uma cobertura, o chão coberto com plantas. Até mesmo o ar ficava meio verde ao passar pelas folhas. Era muito verde - um planeta alienígena.

Finalmente chegamos na casa do Charlie, ele ainda vivia na casa pequena, mas segundo ele, havia mandando construir mais um quarto, ao sair da viatura sorri ao ver estacionada na rua em frente à casa duas caminhonetes, uma vermelha e outra azul, um pouco desbotadas, com uma grande cabina e enormes calotas por mais incrível que pareça eu amei.

— Uau, pai, adorei! Obrigada!

— Fico feliz que você tenha gostado. - Charlie disse, envergonhado de novo.

— É legal, eu fico com a vermelha! Bela falou passando por nós dois e caminhou até a porta.

Só precisou uma viagem para levar todas as minhas coisas para o andar de cima. Fiquei com o quarto novo que tinha janela para o pátio de trás, tinha o chão de madeira, as paredes cor de rosa, o teto curvado, as cortinas de rendas também rosa, entendi porque Bela não tinha escolhido esse quarto, estava tudo rosa demais para ela, para mim estava perfeito, o único problema é que havia somente um pequeno banheiro no andar de cima, o qual teria que dividir com minha irmã e Charlie.

Tentava não pensar muito nisso.

Charlie nos deixou sozinha e isso era algo muito bom, ele nos dava espaço, tínhamos tempo para nos adaptar a tantas mudanças, Bela e eu não nos falamos durante o restante do dia, enquanto eu tentava ver todas as possibilidades positivas da mudança ela não conseguia disfarçar seu descontentamento, quase nos desentendemos na hora de usar o banheiro, resolvi ceder o dia havia sido estressante para ambas.

A primeira noite foi tranquila, dormi de forma tão pesada que não ouvi o som da chuva no telhado, O café-da-manhã com Charlie foi um evento silencioso, tudo que ele fez foi desejar boa-sorte na escola.

Eu agradeci dando um sorriso e ele me olhou de uma forma surpresa, Bela também agradeceu, mas com ela as esperanças dele eram inúteis, em seguida ele saiu indo para o posto policial que era sua esposa e família.

Depois que ele saiu, sentei à velha mesa quadrada em uma das três cadeiras olhando se estava tudo certo em minha mochila, Bela levantou colocando as louças dentro da pequena pia – Então vamos? Perguntou se encostando na bancada da mesma em seguida afastou-se e vestiu seu casaco que me fazia fez vê-la como uma astronauta em sua roupa anti-nuclear, baixei a cabeça tentando esconder meu riso e ela me fuzilou com o olhar.

— Desculpe! Sussurrei levantando e pegando meu casaco.

— Sinto muito se não sigo um lado fashion como você! Ela resmungou indo até a porta e saindo para a chuva.

— Que mal humor! Sussurrei indo atrás dela.

Ainda chuviscava, mas não o suficiente para nos molhar muito enquanto procurávamos pelas chaves da casa que sempre ficavam escondidas nas plantas perto da porta e a trancava e logo entramos cada uma em sua respectiva caminhonete, dentro estava seco e bom, para minha surpresa o motor ligou rápido, e para meu alívio também, Bela saiu na frente então a segui.

Achar a escola não foi difícil, apesar de nunca ter estado lá antes. Ela ficava, assim como a maioria das coisas, bem perto da estrada. Não era obviamente uma escola, só descobri por ver a placa onde dizia "Escola de Forks", ao ver minha irmã estacionar estacionei em frente ao primeiro prédio, onde havia uma pequena placa que dizia "secretaria". Sai da caminhonete e segui minha irmã por um caminho de pedra circundado por uma sebe escura.

Bela abriu a porta e então entramos.

Internamente o local era bem iluminado e bem quente, a secretaria era pequena, com uma pequena sala de espera com cadeiras, partida ao meio por um grande balcão onde haviam três mesas atrás, uma delas ocupada por uma mulher ruiva e grande, usando óculos.

A ruiva olhou para nós duas - Posso ajudá-las?

— Sou Isabella Swan e essa é minha irmã Renesmee Swan – Bela respondeu um pouco tímida.

— Claro aqui estão os horários de vocês e um mapa da escola. - Ela respondeu deixando várias folhas no balcão para nos mostrar e em seguida falou sobre algumas regras e informações que precisávamos.

Saimos da sala rumo a nossas caminhonetes e outros alunos começavam a chegar, decidimos seguir o tráfego, contornando a escola, fiquei feliz ao ver que a maior parte dos carros eram velhos como o meu, nada muito chique o carro mais legal aqui era um brilhante Volvo, que se sobressaia.

Estacionei desligando o motor e joguei a mochila nas costas tentando seguir Bela, não que eu gostasse de ficar grudada nela, mas eu não conhecia ninguém além de minha irmã por isso eu seria sua sombra onde quer que ela fosse, mas tinha algo que não estava a meu favor, eu era um ano atrás dela nos estudos.

Bela caminhava até a calçada e logo chegamos ao refeitório era fácil de ver o prédio três. Um grande "3" estava pintado num quadrado branco no casto leste do prédio mas tivemos que nos separar, fui para minha sala e ela para a dela.

O primeiro dia não estava sendo tão ruim assim, quando bateu o sinal resolvi ir atrás de Bela, mas ao sair pela porta um garoto bateu de frente comigo derrubando meus cadernos.

— Droga! Sussurrei me abaixando e juntando meus materiais.

— Desculpa! O garoto abaixou-se me ajudando e ao levantar.

— Tudo bem, acontece! Respondi dando um sorriso.

— Muito prazer sou Josh! 


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