Era noite de Halloween e dia letivo como outro qualquer. Mônica e Cebola haviam passado o dia na casa de Carmen fazendo um trabalho que o professor de biologia passou para ser entregue no dia seguinte.

( Mônica ) – Esse professor é maluco. Olha só a hora que fomos terminar o trabalho! Daqui a pouco é meia noite!

( Cebola ) – O pior de tudo é ter que voltar pra casa ouvindo suas reclamações...

( Mônica ) – Nem vem, Cebola, eu sei que você ama minha companhia...

( Cebola ) – Convencida...

De repente, eles  veem uma claridade  fora do normal vindo do cemitério da cidade.

( Cebola ) – Ei, você viu aquilo?!!

( Mônica ) – O que?! Aquele clarão? Deve ser alguém ligando o farol do carro – ela estava com bastante medo mas não queria demonstrar para não ouvir Cebola tirar sarro.

( Cebola ) – Sei não, Mônica, não parece farol de carro. Vamos lá ver o que é.

( Mônica ) – É ruim que eu vou entrar em um cemitério onze e meia em noite de Halloween!

( Cebola ) – Tá bom, fica aí sozinha então – ele foi sem pensar duas vezes.

( Mônica ) – AFF! Eu te odeio! – ela não teve outra escolha, foi acompanhá-lo.

Eles entraram naquele lugar inóspito coberto de neblina. A visibilidade era quase zero. Novamente eles viram uma luz muito forte, dessa vez vindo de um bosque fechado que tem dentro do cemitério.

( Mônica ) – Cebola, eu acho melhor a gente ir, estou com medo...

( Cebola ) – Relaxa, Mô, eu te protejo... – uma ave levanta voo atrás de um arbusto e Cebola se assusta tanto que quase pula no colo de Mônica.

( Mônica ) – Nossa, belo guarda-costas eu tenho aqui!

( Cebola ) – Xiu! Nós já estamos aqui, não vamos voltar atrás. Pode ser alguém em perigo sinalizando para um outro alguém ir ajudar... Aliás, quem está na chuva é...

( Mônica ) - ...pra se molhar... Odeio esse ditado.

Os dois foram, mesmo com medo, ver do que se tratava. Entraram no bosque fechado a procura da luz misteriosa, até que avistaram uma clareira. Lá tinha uma espécie de cama feita de pedra, como se a natureza tivesse feito aquilo. Deitado nesta “cama” tinha um cadáver e do lado uma mulher, muito feia, de idade bem avançada que parecia estar flutuando, usando roupas antigas e algumas correntes pelo corpo.

( Mônica ) – AHH... – de tanto susto, ela começou um grito que logo foi interrompido por Cebola que havia colocado a mão em sua boca para não chamar atenção daquela criatura.

( Cebola ) – Mônica, sua maluca! Quer matar a gente?! – a garota olhava assustada para a mulher que já havia percebido a presença dos intrusos. Cebola se virou e não pensou duas vezes ao sair correndo puxando Mônica.