Uma noite de verão escrita por Maary Annie


Capítulo 8
Capítulo 7 - Não me faça escolher


Notas iniciais do capítulo

O capítulo acabou ficando enorme e eu optei por dividi-lo em dois, por isso teremos Rosalie e Emmett no próximo capítulo!



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—Oi família. – Emmett surge pelas portas que Rose passou com Olivia há tempos atrás com uma roupa hospitalar e uma prancheta em mãos. – Nossa, tem bastante gente aqui pela gatinha. – Ele diz e eu me levanto na hora.

—Você trabalha aqui? – Pergunto confusa.

—Sim Bellinha, posso te chamar assim não posso? – Ele brinca. – Parece que amanhã você também vai trabalhar aqui, bem-vinda ao UCLA. – Abre os braços.

Eu todo esse tempo estava no meu novo local de trabalho e nem reparei nisso?

—Sabe da Clara Emmett? – Jasper pergunta.

—Ah, é sobre ela que eu vinha mesmo falar. Eu sou cirurgião, mas assim que soube que uma certa Clara Swan havia dado entrada achei o sobrenome familiar e fui investigar. Cheguei na hora em que Rosalie estava falando para os médicos as alergias da menina e todo o resto. – Balança os braços. – A questão é que a baixinha pegou uma virose, mais precisamente uma gripe. Ela se recusava a mamar pela garganta inflamada e dormir provavelmente era incomodo pelo mesmo motivo. – Coloco as mãos no coração.

—Minha menina. – Lamento.

—É totalmente normal Bella, virose assim se pega no ar e nem com todo o cuidado dá para escapar. A febre alta é realmente perigosa, mas foi tudo em virtude da gripe, agora ela está em observação com a febre controlada e dormindo um pouco, você pode entrar para vê-la, mas acompanhantes eu vou deixar um por vez ok? Ela segue com a imunidade muito baixa, então é você e mais um. – Ele diz solidário.

—Obrigada Emmett, por tudo.

—Não me agradeça Bellinha, somos família não somos?

—Somos. – Nos abraçamos e eu me viro para os que estavam ali comigo.

—Eu vou entrar agora para liberar Rosalie, e então vocês podem ir entrando para ver a baixinha se desejarem. – Digo para todos mas encarando Edward que estava no canto da sala desde que voltou da sua ligação.

Acompanho Emmett pelos corredores até chegar em uma porta entreaberta que ele me dá espaço para entrar e então a primeira coisa que vejo é uma maca pequena com grades com uma bolinha cor de rosa no meio e ao lado dela Rosalie sentada na poltrona velando seu sono.

—Amiga. – Chamo atenção de Rosalie que se levanta vindo ao meu encontro e eu sinto vontade de chorar de novo. – Muito obrigada, por tomar a frente quando eu não estava em condições, de mais uma vez ser o que eu precisava... de ser o que minhas filhas precisam. A melhor tia de todas!

—Não foi nada Bells, sabe que eu sempre vou estar aqui não sabe? – Aceno com a cabeça.

—Agora vai, preciso que você faça com que Jasper e Jake queiram ir embora para que Edward possa entrar sem levantar muitas suspeitas, na verdade já levantou muita estando aqui até agora, mas ele sustenta a desculpa de que ficou preocupado e quer saber se está tudo certo. - Sussurro vendo que Emmett ainda está perto demais.

—Bells, ela vai acordar com fome, e mesmo que se recuse a mamar tente insistir. – Emmett sorri.

Rose pisca para mim e sai sendo acompanhada por Emmett enquanto eu me aproximo da minha pequena garotinha que dorme tranquila, nem parece que quase me tirou toda a sanidade em poucas horas atrás. Me sento na poltrona que Rose estava outrora e a observo dormir, passo meus olhos por todo o seu rostinho vendo que ela continuava linda como sempre foi.

—Mamãe ficou tão preocupada com você filha. – Digo. – O papai também ficou muito assustado, e ele nos trouxe aqui rapidinho e não saiu daqui em nenhum momento. Ele é demais não é, minha princesa?  – Sorrio. – Sabe quem também está aqui? O tio Jazz e o tio Jake! Seu tio Jacob está muito ansioso para te ver, ele é um tio tão legal né filha? – Aproximo a poltrona da maca. – Eu sinto muito que eu tenha deixado isso acontecer com você filha, por mais que eles digam que é normal eu me sinto muito culpada e espero que me perdoe por isso, eu jamais desejaria que você sentisse qualquer dor, na verdade eu queria poder toma-las para mim. –Minha voz enfraquece e eu sinto aquela vontade de chorar me invadir mais uma vez.

“Não deixe que o cinza dessa vida,
apague as cores da tua alma.
Meu Deus ensina essa menina,
a ser amor por onde ela passa...” – Canto baixinho para minha garota antes de notar ser observada por Edward que estava parado na porta.

—Posso entrar? – Pergunta.

—Mas é claro. – Respondo rápido.

—Que bom que nada de grave aconteceu. – Diz.

—Sim, eu não sei nem como vou trabalhar tranquila amanhã com ela doentinha assim. – Digo.

—Você confia na babá dela?

—Em Mary? De olhos fechados e.… oh meu Deus, Mary! – Corro até minha bolsa para pegar meu celular.

—O que foi? – Pergunta.

—Eu marquei dela jantar lá em casa hoje para conhecer Clara e rever Olivia, e conversar sobre a rotina delas e tudo mais... que horas são? – Questiono.

—São 14h30. – Responde. – Emmett disse para nós lá fora que ela vai receber alta assim que acordar. Vai dar tempo Bella. – Me acalma. – E antes que ela acorde eu queria falar sobre algo. – Diz com a mesma cara estanha da recepção.

—Claro... o que é. – Pergunto desconfiada.

—Quero contar para todos que eu sou o pai da Clara... o mais rápido possível. – Solta de uma vez.

—Foi sobre isso que conversou com a Tânia hoje? – Pergunto atordoada.

—Tânia? – Pergunta confuso.

—Sim, você disse que ia ligar para ela quando saiu estranho da sala. – Aperto os olhos.

—Ah... é. Bom eu não falei com ela ainda sobre isso, mas eu sinto que é hora de contar a todos logo que ela é minha. – Estranho a ênfase que ele coloca no ‘minha’, mas antes que eu possa dizer algo Clara se mexe na maca e dá indícios de querer começar a chorar.

—Ei meu amor, a mamãe está aqui com você agora. – Passo álcool em gel nas mãos e corro para pega-la nos meus braços. – Eu te amo filha, mais que a minha própria vida. – Beijo seu rostinho. – Você está com fome? – Pergunto tratando de tirar o peito para fora e deixa-lo livre para que ela possa agarrar, ela reluta no começo, mas logo se entrega e mama devagar provavelmente pela sua garganta.

—Ela toma leite em fórmula? – Pergunta Edward se aproximando e Clara se agita mamando após ouvir sua voz. – Ei filha, é o papai que está aqui, você me assustou hoje. – Edward diz para a garota que o olha com atenção. Edward nunca se referiu como papai antes.

—Não, ela nunca tomou leite em fórmula, quando eu saía para trabalhar ela ficava com minha madrinha, mãe de Rosalie e eu deixava com ela leite materno que eu bombeava de manhã. – Digo. – Apesar de introduzirmos a mamadeira ela nunca deixou de amar o peito, e eu dou graças a Deus por isso.

—Quero dizer a todos hoje. – Edward diz enfático. – Podemos jantar na casa da minha mãe, não sei, algo pequeno.

—Eu realmente queria ficar em casa hoje com elas, não queria Clara mais exposta e eu também não tenho humor para sua noiva hoje.

—Eu não disse que ela estaria presente... pode ser no seu apartamento mesmo, Mary já vai jantar lá hoje não vai? Podemos pedir comida e meus pais e irmãos podem ir para lá. Você pode convidar aquele seu amigo que chegou – torce o nariz – tirando Rosalie e Jasper que estarão lá obrigatoriamente. – Sugere. – Eu só quero poder trata-la como minha filha na frente de todos o mais rápido. Vou contar para Tânia antes do jantar e...

—Porque ela? – Pergunto de repente.

—Oi?

—Quando estávamos em Las Vegas, você já namorava ela? Eu sei que eu já perguntei uma vez, mas...

—Não Bella, eu não namorava. Bom, Tânia e eu crescemos juntos, nossos pais se conhecem há muito tempo. Já namoramos antes, mas na viagem de Las Vegas tínhamos dado um tempo, na verdade eu dei um tempo nela, eu queria curtir um pouco, aquela relação estava cômoda. – Dá ombros.

—E porque voltou?

—Negócios Bella, Tânia é uma moeda de troca e antes que me ache um monstro, ela sabe disso. O pai dela e eu temos muito a ganhar com esse casamento e a união das duas empresas, é um contrato milionário.

—Sério que vai se amarrar em alguém que não ama por dinheiro?

—Porque acha que não a amo?

—Porque não vejo falando dela com amor, não vejo esforço algum para estar ao lado dela. Você já fez mais por Olivia que nem é sua filha do que por ela. – Digo.

—O amor virá com o tempo, por hora eu quero que esse contrato dê certo e que Tânia não surte ao saber de Clara.

EDWARD

 

—SUA OQUÊ? – Tânia se levanta do sofá do meu apartamento com sangue nos olhos.

—Filha Tânia, eu lhe disse que Clara é minha filha.

—COMO QUE VOCÊ CAI EM UM GOLPE DESSES EDWARD?

—Tânia você pode se acalmar? Foi na viagem de Las Vegas, foi uma única vez e ela nunca teve como me avisar depois. Tudo isso foi uma grande surpresa tanto para ela quanto para mim.

—Edward você não pode pedir que eu aceite que meu futuro noivo tenha uma filha com aquela garota! É por isso que você me evitou toda a semana? Você estava com ela? Vai acabar o noivado também para ficar com ela? – Dizia gritando sem respirar

—Você vai ter que aceitar porque é assim que as coisas estão indo, Clara é minha e eu vou assumi-la como todo homem deveria fazer. Ela vai estar presente em nossas vidas e Olivia também, eu jamais faria acepção de irmãs ainda mais quando tão crianças.

—E qual vai ser? – Questiona rindo com escárnio. – Vai pegar as duas para criar? Vai me jogar sempre para escanteio igual fez hoje mais cedo?

—Tânia minha filha estava DOENTE, tem noção disso? 

—Todo aquele papinho de “ela é da família e temos que ajudar” era só uma fachada né?

—Quero que entenda que não era o momento ainda de dizer, mas depois de hoje eu quero mais é assumi-la sim! Foi uma noite de verão apenas o que tive com Isabella, e isso me trouxe uma filha, na verdade me trouxe duas e eu jamais poderia virar as costas para isso.

—Mas...

—E eu espero que você não me faça escolher entre você ou elas Tânia... você não vai gostar da resposta.


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Notas finais do capítulo

Gosto de ouvir a opinião de vocês a respeito da historia, deixem o que acharam do capítulo e o que acham que vai ter no próximo!
Beijos.



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