Das alcunhas fantasmagóricas escrita por Josefine Algor


Capítulo 1
Primeira alcunha - Silvia




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Outubro, 2015.

Silvia, eu converso com você pelos pensamentos. Não foi daí onde surgiu o meu erro, Silvia?

Eu também te conheci na barriga de uma baleia. Vermelho é a cor da minha memória.

Seu nome é cantado por algumas vozes e é acompanhado de um órgão. Isso fez seu nome soar tão lindo, Silvia.

Silvia, onde eu falhei? O que você sentiu, Silvia?

Você se dava conta da dimensão do tempo na escuridão, Silvia?

Lá não era o único lugar escuro, Silvia. Às vezes a luz queima minha visão. Eu não sei de mais nada, Silvia.

Te conheci em um albergue. Eu só te encontro assim, Silvia.

E a água foi sua única amiga, ela disse. E a água continua sendo minha única amiga também, Silvia.

Você tem amigos ou só teve os vermes que te devoraram, Silvia?

Você desceu de uma forma perversa, desesperada e dolorida. De certa forma, eu desci como você. Mas diferente de você, eu chorei. Diferente de você, eu estava pronta. De que modo, Silvia?

Lembro que quando era criança, eu tinha um lindo vestido vermelho. Hoje eu não tenho nenhum vestido. Vermelho é a nossa cor. Se um dia eu comprar um vestido vermelho, ele será para nós. E quem sabe dançaremos juntas?

Vermelho significa tudo. Inclusive coisas boas como essa, não é, Silvia?

Silvia, para onde você foi quando desapareceu daqui?

Rompendo a luz do dia com a minha visão, com os olhos ardendo, escrevo-lhe esse texto bobo, Silvia.

Escrevo à uma desconhecida: Silvia.

Penso em uma desconhecida: Silvia.

Ouço uma canção chamada Silvia, acompanhada por algumas vozes e um órgão ao fundo…


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