Iremos resistir? escrita por amor por escrita


Capítulo 22
Planos


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões por sumir a semana toda, acabei com alguns problemas de internet e não consegui postar nada para vocês, sinto muito.
Mas aqui esta um capítulo fresquinhoo hehehe
Tenham um boa leitura xuxusss! sz



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Federico estava deitado no sofá da sua casa quando escuta o som irritante da campainha. Resmungando se levanta e vai abrir a porta.

F: o que quer?- cruza os braços

A: queria saber se ta tudo bem- lhe da um sorriso animado

F: estou com cara de feliz?- arqueia a sobrancelha

A: na verdade esta com um cara feia- solta sem pensar

F: como você é adorável- revirando os olhos da passagem para o outro entrar

A: desculpe- senta no sofá- como você ta?

F: péssimo- se joga ao lado do amigo- a Ludmila esta brava comigo?

A: um pouquinho sim- faz alguns gestos com a mão- você pisou na bola

F: até você?- revira os olhos- se for me dar sermão já pode ir- aponta para a porta

A: a gente só esta falando pro seu bem

F: pois eu não quero- fecha os olhos- prefiro ficar sozinho

A: ninguém prefere isso

F: mas eu sim- olha para o homem ao seu lado- qual o problema de vocês? Se fazem de sonsos?

A: por que esta brigando comigo?- se afasta um pouco

F: porque parece que ninguém quer me escutar- levanta rapidamente- ou agem como se minha opinião não importasse- andava de um lado para o outro

A: se acalma- também se levanta tentando segurar o amigo

F: não me toca- se afasta aumentando o tom de voz

A: Fede...- ele recua alguns passos em direção da porta- ninguém quer brigar você, mas desse jeito vai afastar todo mundo

F: que se dane!- vai em direção do amigo- eu não preciso de ninguém

Lu: que porcaria é essa aqui?- abre a porta presenciando a cena- Federico?- volta sua atenção para o italiano

F: você chamou ela?- encara a figura paralisada na sua frente

A: na.. não- gagueja demonstrando sua aflição

Lu: Andrés- toca o ombro dele- você pode por favor deixar a gente?

A: tudo bem- revezava seu olhar entre os dois- fica bem amigão- olha mais uma vez para eles e sai

Lu: o que ta acontecendo?- fecha a porta

F: nada

Lu: nada?- ri- você acabou de brigar com o Andrés, o Andrés- se aproxima dele- então o que ta acontecendo?

F: acho melhor você ir embora- senta novamente no sofá

Lu: eu não vou pra lugar nenhum- cruza os braços- até me dizer o que ta acontecendo

F: você não muda o disco não?

Lu: não adianta bancar o imbecil comigo- senta ao seu lado- não vou sair do seu lado- Federico olha para ela com um olhar vazio- me diz- toca seu rosto

F: eu te amo

Lu: eu também te amo querido- sorri acariciando seu rosto- sabe que pode falar sobre tudo comigo

F: só não me deixa

Lu: nunca faria isso- sorri com ternura

Federico deita em seu colo e logo em seguida fecha os olhos aproveitando os carinhos que sua namorada oferecia. Estava destruído e nada poderia mudar isso, mas o fato de ter ela ao seu lado já ajuda em muito.

A noite já havia chegado e Camila esperava por seu namorado na lanchonete que tanto gostavam.

B: desculpe o atraso- da um selinho nela e senta

C: tudo bem, não faz muito tempo mesmo- toma um gole do seu suco- não acha que o clima da turma ficou estranho?

B: não tem como ficar bom, eu acho- da de ombros- ei, manda um de abacaxi aqui- chama a atenção do garçom

C: eu sei, mas o Federico passou de todos os limites hoje

B: é, ele deu uma vacilada hoje- toca sua mão- mas tenho quase certeza que não foi por mal

C: eu também acho- torna a beber mais do seu copo

Fr: do que estão falando?- fala fazendo os dois dar um pulo

B: misericórdia, quanto tempo ta ai?- coloca a mão sobre o peito

Fr: cheguei agora- da de ombros- mas já vi que estão falando do pessoal- puxa uma cadeira

C: não sabemos o que fazer pra mudar o animo deles

Fr: que tal uma viagem de final de semana?- sugere- já faz um tempo que matamos o final de semana

B: não sei se eles vão aceitar- pegava seu suco- é meio recente

C: podemos tentar- sorri de canto- e podemos ir em um lugarzinho perto, pode até ser bom pra distrair

Fr: eu falo com os outros- bate palmas animada

Considerando que já estava tarde os três deixam para conversar com os amigos no outro dia no Studio.

O dia amanhecer normal como qualquer outro, era outro sofrimento para levantar da cama. Violetta se esforçava ao máximo para não parecer um zumbi, mas a verdade é que não estava conciliando bem o Studio com o hospital, e seu pai nem podia sonhar com isso não queria correr o risco de proibi-la de ver Leon. Usou toda sua força para levantar da cama e começar a se arrumar para mais um dia longo. Enquanto descia as escadas escutou seu pai ao telefone, ele parecia uma mistura de alegria e seriedade.

G: muito obrigada, irei informa-lo sobre isso, mais uma vez obrigada- desliga o telefone e sorri para sua filha- bom dia querida

V: bom dia- lhe da um beijo no rosto- quem era?

G: era sobre o seguro do Leon- observava cada movimento dela

V: e o que disseram?

G: que precisam fazer mais uma pericia no carro, mas que tudo indica que o seguro vai sim cobrir outro- sorri de canto

V: isso é ótimo- abraça ele- só espero que ele possa usar esse carro

G: é melhor que não use- recebe um olhar repreendedor de sua filha- digo, que use com consciência

V: eu preciso ir- toca seu braço- até mais tarde papai

G: até querida- com um sorriso ela deixa a casa

Estava saindo distraída que quase não percebe a presença de Ramallo no jardim.

R: bom dia mocinha

V: bom dia- procurava de onde vinha a voz- eu não te vi ai

R: eu percebi- arruma o óculos- quer companhia?

V: não precisa- sorri- posso ir sozinha e é até bom pra pensar

R: tem certeza?

V: tenho- mantem o sorriso- qualquer coisa eu ligo- abre o portão e encontra Marcos prestes a bater- o que faz aqui?

M: quer companhia?- sorri largo

V: não- empurra ele- posso muito bem ir sozinha

M: mas eu não gosto de andar sozinho

V: problema seu

R: algum problema?- se aproxima do portão- bom dia senhor

M: bom dia- lhe da um sorriso amigável

V: não tem problema nenhum, ele já estava de saída- empurra ele novamente

M: vamos comigo, a gente ta indo pro mesmo lugar- segura seu braço

V: senão me soltar agora vai ter problemas- olha para seu braço e depois para ele

M: vamos?- solta seu braço rapidamente

V: tudo bem- se rende- mas nada de ser inconveniente

M: prometo- sorri dando espaço para ela passar

V: tchau Ramallo- fecha o portão atrás de si

M: quer falar sobre o que?- começam a andar

V: sobre nada

M: não sou muito bom nisso- faz uma careta

V: eu percebi- olha de relance para ele- você não cala a boca nunca

M: se falando você já me ignora pensa se eu não falasse?- Violetta esboça um tipo de riso- eu sei que quer rir- cutuca a mesma

V: para- deixa uma risada escapar

M: eu gosto de ver você sorrindo

V: tudo bem, sobre o que você quer falar?- olha de canto

M: que tal a gente apenas ir cantando?

V: tudo bem- sorri

Enquanto eles estavam indo em direção do Studio os outros já se encontravam no mesmo. Camila e Francesca combinam de conversar com todos juntos, afinal se um não aceitasse não seria a mesma coisa.

C: cadê a Vilu?

Fr: não sei- olha para os lados- deve estar atrasada

C: e se ela não vir? Como vamos falar com os outros?- Francesca apenas nega com a cabeça

N: o que vocês querem falar?- chama a atenção das duas

Fr: a gente?- aponta para elas duas

Ma: é, vocês duas- abraça a namorada

C: queremos esperar a Vilu chegar

D: o que estão aprontando?- cruza os braços

Fr: nada amore mio- sorri

Lu: se eu destruir as minhas unhas vocês vão me pagar a manicure- afasta a mão da boca

C: não temos culpa que você adora uma unha- debocha

A: olha a Vilu ali- aponta animado em direção da amiga

Lu: por que ela ta com ele?

B: eu não faço ideia- todos olhavam na mesma direção

Assim como seus amigos os outros alunos do Studio ficaram olhando para os dois que estavam cantando e com um sorriso no rosto. No momento em que percebeu os olhares das pessoas por perto parou de cantar e olhou assustada para Marcos.

V: o que eles estão falando?- sussurra

M: eu não sei- olhava para eles tentando entender

V: por que estão olhando pra gente?- sussurra novamente

Lu: vocês não tem mais o que fazer?- chama a atenção dos alunos- parem de cuidar da vida dos outros- coloca as mãos na cintura- e você- aponta para Violetta- vem comigo- sai puxando a amiga sem dar tempo de falar nada

V: o que foi isso?- indaga

Lu: te salvei de um suicídio social- senta novamente em seu lugar

V: eu não fiz nada- olhava para todos

Lu: tudo bem- volta sua atenção para Camila- agora falem

C: bom...- olha para Francesca procurando ajuda

Fr: queríamos propor uma coisa- começa- sei que não é o momento ideal, mas podíamos sair uns dias pra tentar se distrair

D: o que quer dizer com sair?

C: fazer uma das nossas viagens

F: sem o Leon?- era a primeira vez que falava algo

B: talvez seja bom pra dar um ar

Ma: podemos ir pra algum lugar aqui mesmo- sugere- não precisamos sair da cidade, algo mais natureza já seria bom

C: isso- aponta para o amigo- isso que pensamos

N: bom, meus pais tem um lugarzinho não muito longe da cidade- olha para todos- se quiserem posso pedir pra usar

Fr: seria ótimo Naty- sorri- e você amiga- pega sua mão- topa?

V: eu?- pensa por um instante- por mim tudo bem, talvez seja bom distrair um pouco

Lu: vamos querido?- olha para seu namorado emburrado no canto

F: que seja- continuava com sua cara nada agradável

A: por mim também

Fr: então ótimo, só vamos esperar a Naty confirmar e podemos arrumar as coisas- abraça seu namorado

V: eu tenho aula agora- fala indo em direção da porta- então até depois- joga alguns beijos e sai

Lu: eu também tenho aula agora- da um beijo em Federico- já estou atrasada, até depois meus fãs- sai jogando o cabelo

D: e ai, Fede- senta do lado do amigo- vamos tocar um pouco?

F: é o que me resta- se levanta e toca no ombro de Andrés, que recua- me desculpe por ontem- sorri envergonhado

A: tudo bem- sorri em troca- já até esqueci

D: vamos Maxi?- chama a atenção do amigo

Ma: vamos- da um selinho em sua namorada- até depois

N: até- sorri enquanto ele saia

D: vamos animar esse garotão aqui- da um leve soco no ombro de Federico

F: ai docinho

B: sempre soube que vocês se amavam

D: isso tudo é ciúmes?- arqueia a sobrancelha- tem Diego pra todo mundo

Ma: deixa a Fran escutar isso- fala fazendo todos rirem

A: ela não sabe que o Broduey tem ciúmes do Diego?- pergunta confuso

Ma: exatamente isso Andrés- bate em seu ombro- mas isso é um segredo nosso

D: é, não pode contar isso pra ela, senão vai acabar com o nosso amor- abraça Broduey de lado

A: são um casal tão bonito- admira os dois- também quero um abraço- corre para os dois abraçando eles

F: você não existe cara

A: claro que existo- se afasta do abraço- você não ta me vendo?- passa a mão em frente dos seus olhos

F: acho que fiquei cego- ri- vamos logo- coloca a mão em seu ombro puxando ele

B: precisamos te falar uma coisa- anda ao lado de Federico

F: o que foi?

D: recebemos uma proposta pra um show- explica- mas não sabemos o que fazer

F: tocar sem o Leon?- franze as sobrancelhas- isso não meio errado?

Ma: sabemos disso, por isso que queremos decidir todos juntos- toca seu ombro- se um falar não, ninguém vai

A: além de uma banda somos uma família

D: vamos decidir isso depois, agora é hora de cantar- abre a porta da sala sendo seguido pelos outros

Mesmo em meio a tanta tristeza eles conseguiram se divertir, era difícil fingir que estava tudo bem, mas quando estavam todos juntos era como se a ferida se fechasse pelo menos um pouco. Cantaram por um bom tempo, nem perceberam a hora passar até as meninas virem ver o ensaio.

N: vocês estavam demais- beija seu namorado

Fr: tenho que concordar com ela- sorri abraçando Diego

D: assim vou ficar mal acostumado- da um selinho nela

C: não foram nada mal- ri

Ma: somos a melhor banda- estufa o peito para falar

C: desculpa por não amaciar seu ego- encontra o peito de Broduey

N: então, falei com meus pais e esta tudo certo para o final de semana

F: já falaram pra Ludmi?- falava do canto

N: ainda não, podia falar?

F: claro- solta a guitarra- falando nisso eu vou procurar por ela- vai até a porta- e obrigada por isso galera- sorri

D: você é nosso irmão- Federico assente deixando a sala

Estava andando distraidamente pelos corredores procurando por sua namorada quando esbarra em alguém, sussurra um desculpe e ajuda a levantar o que quer que tivesse ido de encontro ao chão.

S: não tem problema- sorri

F: eu estava com a cabeça longe- entrega um caderno

S: eu imagino- mantinha o sorriso- eu já vou indo- aponta para uma direção qualquer

F: você viu a Ludmila?- coça a nuca

S: vi- suspira- quer que eu te leve até ela?

F: não precisa mudar seu caminho....

S: não tenho nada importante para fazer- da de ombros- e também não tenho muitos amigos por aqui

F: então tudo bem- sorri

S: fiquei sabendo que a banda teve uma proposta de show- comenta

F: pois é- olha de relance para ela- mas ainda não decidimos o que fazer

S: eu imagino que deva ser complicado- suspira- mas eu acho que deveriam fazer isso

F: o que?- olha de canto- esta sugerindo que a gente toque sem o Leon?

S: a vida não pode parar, e além do mais pelo pouco que o conheço, ele não iria querer que vocês perdessem uma oportunidade- toca seu ombro- pense sobre isso

F: posso pensar, mas ainda tem mais pessoas na banda pra decidir

S: tenho certeza que vão fazer o melhor pra todos- sorri segurando seus ombros

F: obrigada- sorri em resposta

Lu: mas o que esta acontecendo aqui?- para cruzando os braços

F: estava te procurando meu amor- se aproxima dela- e a Sarah me ajudou

Lu: ajudou?- arqueia a sobrancelha- estou vendo como ela estava ajudando

S: acho que eu vou nessa- aponta com o polegar para uma outra direção- tchau Fede- sorri e olha para a pessoa ao seu lado- tchau Ludmila

Lu: já vai tarde

F: Ludmila!- repreende a namorada

S: adoro sua simpatia- da alguns passos para trás- até- e acaba por sair completamente

F: por que é tão ruim com ela?

Lu: por que é tão legal com ela?- cruza os braços novamente encarando ele

F: ela só me ajudou a te achar- se aproxima passando as mãos por sua cintura

Lu: estou de olho naquela cobra peçonhenta- passa as mãos por seu pescoço

F: a Naty pediu pra te falar que esta tudo certo pro final de semana- morde os lábios- vamos tirar uns dias só nosso

Lu: eu acho que esses dias vão fazer bem pra gente- sorri de canto- para todos nos

F: quer dar uma volta?

Lu: só se me levar pra comer- ri

F: eu posso fazer isso por você- lhe da um selinho- vamos- entrelaça seus dedos

Violetta estava em sua aula com Beto, mas sua mente não parava de viajar pra longe daquela sala. O que todos estavam cochichando quando viram ela? Seria pena? Não conseguia achar resposta para nada.

Tudo começou a girar e um enjoo veio sem aviso algum, saiu correndo o mais rápido que pode para um banheiro. Entrou correndo dentro de uma das cabines esperando o desastre. Quando sentiu que o enjoou havia passado levantou-se e foi jogar uma agua no rosto, ao sair dentro percebe alguns meninos a olhando estranho e foi ai que percebeu onde estava, no banheiro masculino.

Xx: errou a entrada?- ri

T: calem a boca- bate a porta- deixem ela em paz- cruza os braços esperando que todos saiam- o que aconteceu?

V: nada- passa a mão pela boca sentindo o enjoo voltar

T: você esta branca- segura seu braço suavemente- o que foi?

V: foi só um enjoo- se apoia na bancada- estou bem, só preciso de ar

T: vamos, eu te levo la pra fora- puxa suavemente seu braço em direção da porta

V: o que as pessoas estão falando?- olhava para todos

T: não estão falando nada, esqueça os outros- sorri gentilmente- onde quer ir?

V: acho que ainda tenho minha aula com o Beto- suspira- sala 3

T: ta legal- andavam vagarosamente até a sala e encontram Beto sentado atrás do piano- com licença

B: Tomas- levanta rapidamente derrubando alguns papeis- Violetta esta com você- ajeita os óculos- por que saiu correndo daquele jeito? Sabe... parecia um furacão

V: não estava bem- senta em um puf- mas agora podemos continuar

B: na verdade nossa hora já acabou- pega o restante dos papeis que não haviam caído- até outra hora- enquanto ia saindo esbara em uns instrumentos fazendo um barulho alto- desculpe, desculpe- segura os mesmos impedindo mais sons

T: ninguém nunca vai entender ele- observava o homem sair batendo em outras pessoas- quer conversar?

V: eu não sei- abaixa seu olhar- estou me sentido fraca

T: quer que te leve para casa?- senta ao seu lado

V: não precisa- nega suavemente com a cabeça

T: queria te dizer que sinto muito pelo Leon- passa a mão por suas costas

V: todos sentimos muito- sorri fraco- mas obrigado por me ajudar

T: sempre vou estar aqui Vilu- segura seu queixo- sabe que nunca deixarei você sozinha- se encaram por um momento até escutar batidas na porta

M: atrapalho?- tinha um sorriso provocante nos lábios

V: não- afasta-se rapidamente

T: na verdade sim- levanta se aproximando dele- pode sair?

M: você quer que eu saia?- olha para Violetta

V: por favor sem brigas- tenta levanta caindo sentada logo em seguida

T: você ta legal?- segura seu braço

V: estou- sussurra

M: o que esta acontecendo?- se aproxima

T: não esta vendo que ela não esta bem?- esbraveja

V: Tomas.... por favor

M: quer ir pra casa?- se abaixa ficando na altura dela

V: não, quero ficar aqui- olha em seus olhos

T: posso te fazer companhia

M: não, tudo bem, eu fico- olha para ele- queria conversar com ela mesmo- Tomas olha para a garota ao seu lado que assente

T: tudo bem- suspira derrotado- até depois

M: como esta se sentindo?- senta ao seu lado

V: mal- faz uma careta

M: quer comer alguma coisa?

V: não- chacoalha a cabeça- o que queria falar comigo?

M: na verdade nada só queria que ele fosse embora- sorri com a reação de choque de Violetta

V: não é possível, você não tem mais o que fazer?

M: além de admirar o amor da minha vida?- mantinha o sorriso- não, eu não tenho

V: não sou seu amor- faz uma careta- por que insiste tanto nisso?

M: porque sei que um dia vai ver isso também- pisca em sua direção fazendo a mesma revira os olhos- adoro seu jeitinho de me magoar

V: será que algum dia vai me deixar em paz?

M: provavelmente não- o celular da mulher ao seu lado toca atraindo sua atenção- seria mais um admirador secreto?- arqueia a sobrancelha

V: como se eu tivesse milhares aos meus pés- fala enquanto lia o conteúdo da mensagem- acho que tenho um almoço com meus amigos- guarda novamente o celular

M: podemos nos ver depois?

V: posso pensar no caso- sorri de canto e tenta levantar- se eu conseguir sair daqui- coloca a mão no pescoço inspirando lentamente

M: quer que eu te acompanhe?

V: não precisa- novamente tenta levantar agora conseguindo ficar em pé- acho que posso dar conta- da alguns passos e acaba cambaleando

M: ta na cara que não- segura seu braço- eu te ajudo- passa sua mão pela cintura

V: obrigada- sussurra

M: não vou te deixar andar sozinha por ai- andam aos poucos até a porta do Studio ganhando alguns olhares- além do mais, como não cuidaria do meu amor?

V: você vai mesmo insistir nisso, não é?

M: ah eu vou- ri baixinho- até você perceber que também me ama

V: vai cansar- sorri- ali- aponta para a lanchonete- é ali

M: vocês não tem outro lugar pra comer não?

V: sempre viemos aqui

M: por isso mesmo- passavam pela porta do estabelecimento- posso jurar que seus amigos querem pular no meu pescoço

Ao verem Violetta chegar acompanhada todos ficam em silêncio se olhando. Não sabiam ao certo que reação deveriam ter, ou se deveriam ter alguma.

Lu: oi amiga- levanta indo em direção deles

V: oi Ludmi- afasta seu braço do pescoço de Marcos- pode me soltar- assim que ele a deixa a mesma da alguns passos para trás

D: o que aconteceu?- segura sua cintura

V: foi só um mal estar- sorri fraco

F: o que ele faz com você?- se aproxima segurando seus ombros

V: só me ajudou a vir até aqui- senta com a ajuda dos amigos- obrigada Marcos

M: sem problemas meu a....

F: meu o que?- encara ele

D: Fede- coloca a mão em seu peito

M: meu parça

Lu: a sua ajuda foi ótima, obrigada- entra na frente dos dois- agora já pode ir- aponta para a porta

M: claro- sorri e deixa o lugar

C: o que aconteceu amiga?- toca sua mão

V: eu tive um enjoo, mas não foi nada de mais

Fr: tem certeza?- fala da ponta da mesa

V: é, eu tenho

A: agora a gente já pode pedir?

Assim que todos fazem seus pedidos começam a discutir sobre alguns detalhes para o fim de semana. Faltavam apenas alguns detalhes, como quem iria com quem ou o que fariam em todos aqueles dias. Estava mais que na cara que Violetta e o italiano não prestavam atenção em nada, preferiram ignorar isso e deixa-los com seus pensamentos. Era estranho não ter os amigos presentes como antes, mas sabiam que precisavam de um tempo para se acostumar e talvez voltar ao normal.

D: ai cara- estala os dedos em frente do seu rosto- quer sair com a gente?- abraça Francesca

F: não quero ser chato- olha para sua namorada- mas quero ficar em casa

Lu: tudo bem querido- da um beijo em seu rosto- mas poderia aproveitar e deixar a Vilu em casa?- faz um leve meneio em direção de Violetta

F: é claro- sorri- te ligo mais tarde- da um selinho na loira ao seu lado- vamos?- estende a mão para amiga que aceita

V: não precisava fazer isso

F: é claro que eu precisava- passa a mão por sua cintura- você não ta legal

V: nem você

F: touché- ri- somos dois perdidos

V: acho que devemos parecer zumbis- comenta

F: eu acho que isso ainda é um elogio pra gente- suspira

V: é totalmente aceitável estar de “luto”- faz aspas com as mãos- quase perdemos alguém que amamos muito- sem dizer nada ele abre a porta do carro ajudando a mesma entrar

F: não consigo apagar aquele dia da minha cabeça- sussurra assim que entra no carro- ainda consigo ver as luzes e o barulho- fecha os olhos fortemente- logo em seguida veio a fumaça, eu achei que aquele carro ia explodir- ri sem humor- eu tentei tanto manter ele acordado- abre os olhos lentamente- eu falhei

V: você não falhou- toca seu rosto percebendo seus olhos vermelhos- se vocês não estivessem la poderia ser bem pior

F: senão estivéssemos la ele nem sairia- faz uma careta e liga o carro- não consegui ir no hospital mais

V: sabe que deveria- olhava janela à fora- ele ia gostar da sua presença

F: é doido como sinto ele me vendo, mas não me responde

V: você acha que ele e a Sarah poderiam estar juntos?- olha de relance para ele

F: que pergunta é essa?- mantinha os olhos na estrada

V: você sabe, ele estava solteiro e ela também- da de ombros- eles podiam?

F: não!- nega rapidamente- ele nunca deixou de te amar- olha para a pessoa ao seu lado- no dia em que tudo aconteceu ele me confessou que não aguentava mais ficar sem você

V: é isso que torna tudo mais doloroso- volta seu olhar novamente para a janela- não poder escutar isso da boca dele

Após essa conversa um silêncio se instalou entre eles, sabiam dar o espaço que precisavam e estavam completamente cientes que a mente de nenhum deles parou por um segundo se quer.

Assim que os dois saíram da lanchonete Diego, Francesca e Ludmila também se retiraram. Como Federico havia negado o convite para sair os dois se ofereceram para acompanhar a amiga até um taxi, afinal já estava um pouco tarde.

D: eu não sei o que fazer com o Fede- comenta- ninguém consegue recuperar ele

Lu: ele esta machucado demais- olha para o lado contrario dos amigos- e eu não sei como ajudar ele

Fr: é uma coisa que não pode se pular, apenas passar por isso- toca seu ombro- só estar com ele já vai ajudar e muito

Lu: a questão é...- morde o lábio tentando segurar o choro- é que eu não consigo aguentar

D: o que foi?- se coloca ao lado dela

Lu: como posso lidar com tudo isso ao mesmo tempo?- deixa uma lágrima cair- meu namorado péssimo, minha amiga arrasada e meu melhor amigo... meu melhor amigo entre a vida e a morte- relaxa os ombros

Fr: estamos aqui com você- afaga suas costas

D: sempre- a abraça de lado

Lu: obrigada- enxuga as lágrimas que caiam- obrigada de coração

Fr: nunca deixaríamos você sozinha Ludmi- também a abraça de lado- somos uma família

Assim que Violetta sente o carro ser parado olha para o amigo ao seu lado, ele tinha uma expressão cansada e abatida. Sabia bem pelo que ele estava passando e se castigou internamente por não conseguir ajuda-lo. Sempre disse que ajudaria seus amigos em qual momento fosse, e justamente quando um deles precisava não encontrava forças para fazer nada.

V: me desculpe- sussurra

F: pelo que?- olhava para o volante

V: por não poder te ajudar a passar por isso- Federico vira seu rosto em direção da voz- sei que esta péssimo e eu não posso levantar a porcaria da cabeça e te ajudar

F: não precisa me pedir desculpas- sorri fraco- sei bem como se sente e pode apostar que me sinto uma droga também por não poder ajudar as pessoas que amo

V: não se culpe- toca seu ombro- isso vai passar e talvez voltar a vida normal

F: eu espero que sim- suspira

V: se cuida- lhe da um beijo no rosto e abre a porta- sabe onde me encontrar quando precisar- sorri e se retira

Como de costume passou pela sala de estar o mais rápido que pode, o que não foi tão rápido assim devido a sua fraqueza. Podia sentir cada pedacinho do seu corpo doer, aquilo não era bom, nada bom. Quando adentrou o quarto viu seu reflexo no espelho e parecia mais cansada e acabada do que nunca, notou as olheiras profundas que tinha em seu rosto, as mesmas que cobria com corretivos e mais corretivos. Suspirou se jogando na cama, não gostava nada do que estava vendo, mas não tinha força e nem vontade de mudar. Talvez amanhã tentasse se levantar, mas no momento só queria sentir sua cama macia e dormir por um longo tempo.


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Notas finais do capítulo

Meu coração se aperta de ver todos eles sofrendo assim, mas e o que vocês estão achando?
Um beijo enorme e até a próxima amorzinhoss!



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