My... No, Our Family escrita por Anieper


Capítulo 9
Capítulo 9




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784100/chapter/9

Claire estava sentada no sofá olhando para o filho conversar com o pai. Maxon pediu para a mãe ligar para o pai para que ele pudesse convidar o pai para seu primeiro jogo. Ele estava falando sobre isso há dias e a mãe finalmente decidiu ligar para Steven. Claire esperava que ele não prometesse novamente ir e não aparecesse, se ele não queria ir, bastava falar para o menino. Ela não queria ter que lidar mais uma vez com seu garotinho de coração partido.

Maxon e Lucy estavam muito animados com o jogo. Sempre que podiam estavam treinando. Owen os ajudava no que podia, mas não era como se ele tivesse muito tempo. Seu trabalho cobrava muito dele e ele estavam em uma parte complicada do projeto dele.

— Vai ser nesse sábado. – o menino disse deitado no chão com o celular no ouvido. – Sim, o treinador disse que eu sou bom. Mesmo? Isso é incrível. As duas. Até. – Maxon desligou e pulou. – Ele vem.

— Que bom, bebê. – Claire forçou um sorriso.

— Eu vou pegar meu LEGO que tenho guardado para que possamos montar depois. – Maxon correu para o quarto e Claire gemeu.

Claire tinha comprado aquele LEGO a dois anos e desde que Steven prometeu que ia montar com ele, Maxon tem guardado. O problema era que o homem nunca aparecia. E sempre que isso acontecia seu filho sofria. Claire mandou uma mensagem para Owen falando que o ex tinha concordado em aparecer.

Mal posso esperar para trocar umas palavras com esse idiota e mostra para ele como Maxon é incrível.

Claire sorriu para a resposta do namorado. Era em momentos como esse que ela sabia que tinha feito a escolha certa ao dá uma chance para eles. Mesmo com sua irmã e seus pais não estando no lado dela. Desde que Owen entrou na vida deles, Claire e Maxon estavam muito mais felizes. Ela sabia que tinha feito a escolha certa.

No dia do jogo, Owen foi buscar eles em casa. Lucy ia com a mãe, por isso ela não estava no carro. Durante o caminho, Maxon foi falando sobre os planos que ele tinha feito com o pai. Owen olhou para Claire, a mulher disse que não acreditava que Steven fosse aparecer, ela tentou falar com o filho sobre isso, mas o menino estava muito animado para ouvir a mãe.

Assim que eles chegaram ao campo, Maxon foi correndo para onde os outros jogadores estavam. Owen e Claire foram mais atrás de mãos dadas. Owen cumprimentou treinador e conversou com o homem enquanto Claire entregava a bolsa para o filho. Lucy e Mary chegaram pouco depois, e depois de ter beijado a filha e desejar boa sorte para os meninos, Owen guiou Claire para a arquibancada.

Conforme ia se aproximando a hora de começar o jogo, eles notaram que Maxon estava distraído. Ele olhava para todos os lados a procura do pai. Claire mordeu o lábio e acenou para o filho tentando anima-lo, mas Maxon apenas desviou os olhos.

Logo o jogo começou e Claire sentiu que podia escurar o coração do filho se partindo quando ele notou que o pai não vinha. Ele jogou mal e saiu do jogo. Claire sabia que isso não seria bom para ele. Mas uma coisa que ela ia ter que concertar. Ela tentou ser positiva e comemorou quando o time marcou, apenas para tentar animar o menino, mas não pareceu dá certo. Quando Maxon entrou no jogo de novo para rebater, ela sentiu seu coração aperta ao ver que ele não estava nada animado.

— Eu já volto. – Owen disse beijando a bochecha dela e se levantando.

Owen desceu as escadas rapidamente e parou na cerca de proteção atrás de Maxon. Ele não ia deixar o idiota do pai dele estragar isso para ele.

— Ei, Maxon, se lembre do que treinamos. – ele gritou enquanto o menino se arrumava. – Vamos lá, você consegue. – Ele não conseguiu. Ele erro. – Tudo bem, campeão, você ainda tem uma chance. Se lembra do que treinamos e o mais importante, se lembra para quem você estar jogando, por que eu sei que tem uma ruiva ali, que quer o ponto dela. Ela merece que você faça o seu melhor, não um idiota que promete e não cumpre. Você pode fazer isso pela à sua mãe?

Maxon endureceu um pouco quando se lembrou em como a mãe estava animada para ver ele jogando. Owen tinha razão, ele estava jogando pela a mãe e não pelo o pai. O menino respirou fundo e se concentrou. Quando a bola foi lançada dessa vez, ele a acertou. Ele piscou por um momento confuso.

— Corre, Maxon, corre. – Owen gritou. – Vamos lá, garoto.

Maxon olhou para Owen e fez o que ele mandou. O menino correu com toda a sua força. Correu o máximo que suas pernas permitiam. Ele se jogou no chão e deslizou como Owen tinha ensinado e esperou.

— Está salvo. – o juiz disse fazendo Maxon arregalar os olhos. Ele marcou o ponto da vitória.

O menino se levantou enquanto o time dele veio comemorar. Ele ignorou todos e correu de volta para onde Owen estava comemorando com os outros. Maxon parou para apoiar o pé na cerca antes de pular para o outro lado e pular nos braços de Owen.

— Obrigado. – ele disse quando o homem o abraçou de volta.

— Não foi nada. Agora que tal você abraçar aquela ruiva da qual estávamos falando?

Maxon concordou com a cabeça e Owen o colocou no chão. O menino correu para a mãe e a abraçou o mais forte que conseguiu.

— Eu te amo, mamãe, e marquei esse ponto para você. – ele disse com o rosto enterrado na barriga da mãe.

— Eu também te amo, amor. Obrigada pelo o ponto. Foi muito importante para mim.

Maxon apertou a mãe uma última vez e correu de volta para o campo para comemorar com os amigos. Claire limpou as lágrimas do rosto e se aproximou de Owen.

— Eu te amo. – ela disse antes de puxar ele para ela e o beijar.

— Eu também te amo. – ele disse depois que eles quebraram o beijo.

Claire sorriu para ele e fechou os olhos enquanto encostava a cabeça no peito dele. Owen levou os meninos para comerem pizza para comemorar e depois eles foram para a casa dele aonde eles iam passar à noite. Depois do dia que tiveram, as crianças estavam cansadas. Lucy caiu no sono enquanto assistia. Owen a levou para o quarto dela e voltou para pegar Maxon. O menino ainda estava acordado, mas não reclamou quando ele o pegou no colo.

— Podemos conversar um pouco antes de você dormi, Alce? – Owen perguntou se sentando ao lado da cama do menino.

— Sim. O que foi?

— Eu quero falar sobre o seu pai. – Owen disse passando a mão no cabelo bagunçado do menino.

— O que tem ele?

— Eu sei o que é ter um pai que promete as coisas para você, mas não cumpre. Sei que é um saco, mas sabe o que eu também sei? – o menino negou com a cabeça. – O quanto parte o coração da sua mãe sempre que você planeja alguma coisa com seu pai e ele te deixa de lado. Sua mãe me disse que você parou de jogar futebol, por que seu pai não apareceu.

— Eu pensei que se eu fosse bom em alguma coisa, ele iria passar um tempo comigo.

— Alce, você é bom em muitas coisas. Você é o melhor no nosso grupo de escoteiro, sabe fazer mais tipo de nó do que eu. Você é ótimo construindo LEGO, pode reconhecer quase todos os rastros que encontramos e é esperto. Amigo, eu posso te dizer uma coisa com toda a certeza, o fato de seu pai não aparecer quer dizer que ele está errado, não você. Sei que é uma droga e que dá raiva, mas sua mãe sempre dá muito duro para dá o melhor que ela pode por você e antes de qualquer pessoa, você deve pensar em faze-la feliz, em deixar ela orgulhosa. Depois seu pai.

Maxon olhou para ele pensativo. O menino estava quase com cinco anos e seu cérebro começou a ver as coisas de outros jeitos. Desde que Owen entrou na vida deles como o namorado da mãe, as coisas começaram a mudar. O que Owen estava falando fazia sentindo para ele. Em suas lembranças quem sempre estava lá era a sua mãe, nunca seu pai. Sempre que ele precisava, a sua mãe estava lá para abraçar e beijar ele. Ela sempre o amou mais do que tudo e ele a amava mais do que tudo.

— Você se lembra quando perguntou sobre meu trabalho com meus animais?

— Sim.

— Qual é a coisa mais importante?

— Respeito. Você sempre deve respeitar seus animais para que eles te respeitem.

— E como se consegue o respeito de alguém?

— Tratando ele bem, comprido o que você prometeu, mostrando que ele pode confiar em você.

— Isso. Alce, se você prometer que vai fazer uma coisa, você deve cumprir não importa o que aconteça. Se alguém prometer que vai fazer alguma coisa para você e não fazer, o problema estar nela, nunca em você. Toda vez que seu pai não aparece, quem estar perdendo é ele. Você é um menino incrível, e se ele não pode ver isso, então ele não te merece.

Maxon mordeu o lábio inferior antes de abraçar Owen com toda a sua força.

— Obrigado.

— De nada. Agora, durma. – ele disse arrumando o menino na cama e o cobrindo.

— Boa noite, Owen.

— Boa noite, Alce.

Maxon se arrumou na cama e fechou os olhos. Owen saiu do quarto e fechou a porta antes de ir atrás da namorada. Ele encontrou Claire no quarto dele sentada na cama.

— O que foi? – ele perguntou preocupado se aproximando dela quando notou que ela estava chorando.

— Obrigada por falar com ele. – ela disse se jogando em seus braços. – Eu nunca sei o que fazer, apenas deito com ele em sua cama enquanto ele chora no meu peito. Obrigada por falar tudo o que eu sempre quis, mas nunca conseguir.

— Quando quiser. – Owen se afastou um pouco e a beijou, antes de a levar para a cama.

Na manhã seguinte, eles acordaram antes que as crianças e estavam fazendo o café quando eles desceram. Claire e Owen notaram que Maxon estava anormalmente quieto enquanto Lucy continuava falante como sempre. Os adultos não comentaram nada, mas sabiam que tinha alguma coisa errada.

— Mamãe? – ele finalmente chamou no fim do café.

— Oi, querido?

— A senhora ainda quer fazer minha festa? – ele perguntou olhando para a mãe.

Claire travou no lugar. O aniversário de Maxon era em um mês, mas ele não queria festa. Steven sempre prometia fazer alguma coisa com ele e nunca aparecia. Mas mesmo assim, Maxon sempre se negava fazer qualquer outra coisa.

— Sim. – Claire disse quando Owen a chutou por debaixo da mesa para que ela falasse alguma coisa. – Sim, querido, se você quiser, podemos fazer.

— Pode ser do Bangela?

— Claro. – Claire começou a planejar tudo no mesmo segundo. – Quem você quer convidar?

— Todo mundo. – o menino sorriu para a mãe. – Podemos chamar o Caio?

— Claro. Todos o que você quiser.

— Podemos fazer uma lista de nossos amigos agora, Maxon. – Lucy disse animada.

— Vamos.

Os dois saíram da mesa e correram para fazer a lista.

— Ele quer comemorar o aniversário dele. – Claire sussurrou mais para si do que para Owen.

— Ele quer.

— Eu tenho que planejar tudo agora. – ela disse se levantando apresada.

Os próximos dias se passaram com Claire organizando tudo para a festa do filho. Ela ligou e mandou convites para a irmã, os pais e Steven. Todos prometeram que iam. Claire não estava preocupada com a família dela, estava preocupada com Steven.

Conforme a festa foi se aproximando, Maxon foi ficando mais animado ainda. Ele e seus amigos fizeram uma lista de coisas que iam fazer. Conforme do dia ia chegando, Owen ia ficando tenso. Ele precisava fazer uma demonstração para seus superiores e pelo o que ele tinha ouvido, seria no dia da festa. Ele estava fazendo o que podia para mudar isso, mas não achava que ia conseguir.

Ele passou a sexta antes da festa conversando com seu superior, mas não teve jeito, um político importante estava indo assistir isso e só tinha aquele dia para ir. Owen foi para o apartamento de Claire. Ele tinha conseguido adiantar, então seria capaz de ir à festa, apenas seria capaz de chegar ao fim.

— Oi. – Claire disse quando abriu a porta para ele.

— Oi, amor. Cadê Maxon? – ele a beijou abraçando a cintura dela com força.

— Arrumando a roupa dele para amanhã. – Claire rolou os olhos sorrindo. – Ele está muito animado. Você está bem? Parece triste.

— Eu tenho uma coisa no trabalho amanhã. Passei a tarde tentando mudar o dia e não conseguir.

Claire fechou os olhos. Ela sabia que grande parte do motivo para Maxon aceitar a festa foi por que tinha certeza que ela e Owen estariam lá.

— Eu preciso falar com ele. – Owen passou a mão pelo o cabelo.

— Falar o que? – Maxon perguntou se aproximando deles.

— Vem cá, amigo. – Owen disse indo até o sofá e se sentando. Maxon se sentou ao lado dele. – Apareceu uma coisa no meu trabalho e eu não conseguir mudar.

— O que foi?

— Um homem muito importante estar vindo para ver o que eu tenho feito com os golfinhos. Eu tentei mudar, mas não conseguir. Será amanhã. – Maxon arregalou os olhos e fez um bico para não chorar. – Ei, agora se acalme. Eu tenho que ir, mas conseguir fazer com que ele fosse lá cedo, por isso eu devo estar livre à tarde. Provavelmente lá para as duas e meia, três horas. Eu te prometi que estaria na sua festa e eu vou estar, mesmo que tenha que deixar ele falando sozinho. Apenas não vou estar lá desde o começo.

— Promete? – o menino perguntou fungando.

— Prometo. Eu vou. Afinal, não passei cinco horas sentando no chão fazendo aquela pinhata para não poder quebra-la.

Maxon riu mais tranquilo. Owen sempre cumpre suas promessas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My... No, Our Family" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.