My... No, Our Family escrita por Anieper


Capítulo 5
Capítulo 5




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784100/chapter/5

Owen acordou no dia seguinte com Lucy pulando em cima dele novamente. Ele soltou um gemido alto antes de pegar a filha pelos os braços e a jogar na cama. Lucy gritou assustada antes de começar a rir.

— O que foi? – ele resmungou a abraçando antes de fechar os olhos novamente.

— Estou com fome. – ela disse tirando o cabelo loiro do rosto. – E eu quero ir brincar no parque.

— Você tem aula. – Owen resmungou antes de bocejar alto. – E eu tenho que ir trabalhar. Vá se arrumar para a escola, que eu vou fazer seu café.

— Mas, pai...

— Lucy, por favor.

— Tá.

A menina pulou para fora da cama e correu para fora do quarto. Owen gemeu antes de se levantar. Ele desceu para preparar o café. Não demorou para Lucy se juntar a ele. Depois de alimentar a filha, Owen foi se arrumar para o trabalho. Quando estava pronto, ele desceu com sua bolsa no ombro e pegou a mochila da filha que estava sentada no sofá com a TV ligada, mas estava no celular dele.

— Vamos, loira. – ele chamou da porta. – Eu tenho que chegar mais cedo hoje.

— E eu? – ela correu para o pai e saiu de casa depois de desligar a televisão.

— Eu vou te deixar com a professora. – ele explicou trancando a porta. – E eu ainda tenho que conversar com os pais daqueles meninos.

— Vai falar com eles sobre eles serem maus com Maxon por que ele não tem um papai? – Lucy perguntou colocando o cinto.

— Sim. Pronta?

— Sim, papai. – ela disse e voltou sua atenção para o celular do pai.

A escola não era muito longe da casa de Owen, apenas uns vinte minutos. Por isso logo eles estavam lá. Ainda não tinha muitas crianças, por isso Owen estacionou e saiu com Lucy. A menina pegou a mão do pai e juntos eles foram para a direção. Os meninos que tinham brigado com Maxon estavam lá, assim como Maxon.

— Lucy. – ele disse correndo para a amiga. – Owen.

— Ei, garoto. Como vai a cabeça? – Owen perguntou bagunçando o cabelo dele.

— Ainda dói só um pouquinho. Mas não fala para a mamãe, ou ela vai me levar ao médico. – ele disse com os olhos azuis arregalados.

— Palavra de escoteiro. – Owen disse piscando para ele. – Quero que os dois fiquem ali e nada de aprontar. Se ficarem comportados, eu levo vocês para tomar sorvete e ir ao parquinho amanhã.

— Pode deixar com a gente. – Lucy prometeu se sentando ao lado do amigo, e pegou o celular do pai para que eles pudessem jogar.

Owen colocou a mochila dela no chão e bateu na porta do diretor. Depois de ouvir a autorização para entrar ele abriu a porta e entrou. Claire estava sentada ao lado de outra mãe, uma morena. Tinha dois homens em pé. E o diretor em seu lugar.

— Desculpe o atraso. – ele pediu fechando a porta.

— Não faz mal, senhor Grady. – o diretor falou enquanto ele se aproximava da mesa. – Bom, como o senhor deve saber, o que aconteceu ontem foi inadmissível e estamos aqui para falar do castigo dos cinco.

— Eu não quero que minha filha e Maxon tenham o mesmo castigo dos outros. – Owen disse calmamente.

— É claro que vai defender sua filha. Meu filho disse bem como ela é. Apronta e ainda tem privilégios. – o pai de um deles disse.

— Desculpe, o senhor é pai de qual deles?

— Marcus.

— Ah, é com o senhor mesmo que eu quero falar. – Owen se virou para ficar de frente para o homem. – Eu quero que faça seu filho pedir desculpas para minha filha e Maxon.

— Meu filho não vai fazer nada. Sua filha e aquele pirralho que devem pedir desculpas. Eles deveriam ser expulsos.

— Seu filho acertou a cabeça de um colega com uma prancheta e ele caiu no tanque de um tubarão branco. Depois ele chamou minha filha de vadia louca. Acha mesmo que ele não tem com o que se desculpa?

— Se eles não tivessem saído, nada disso tinha acontecido. Você e a ruiva foram para a excursão para cuidar deles, e olha que aconteceu. Belos pais vocês são. O que esperar de pais solteiros, não é mesmo? Os filhos fazem tudo para chamar a atenção.

— Sei que minha filha errou e já a castiguei por isso. Mas um erro não justifica outro. Além de desculpas para minha filha e Maxon, acho que deve uma desculpa para a senhorita Dearing. Isso não é jeito de falar sobre uma mulher que faz o melhor para sustentar o filho.

— Se não ficasse abrindo as pernas para todos não teria...

Ele não terminou a frase por causa do soco de Owen deu nele.

— Eu pensaria bem no que vai dizer. – Owen disse olhando para o homem que estava no chão segurando o nariz que sangrava. – Pensava muito bem mesmo. Eu tenho o vídeo de segurança que comprova o que seu filho fez. Enquanto ele é muito novo para responder pelo o que fez, você não é. Eu posso processá-lo e não hesitarei em fazer isso, já que foi o senhor quem ensinou seu filho xingar as outras pessoas.

— Senhor Grady, sei que estamos nervosos, mas, por favor, vamos manter isso o mais civilizado possível.

— Lucy disse que esses meninos ficam pegando no pé de Maxon por que ele não tem pai. Sei que a escola não aceita esse comportamento. Sei que minha filha e Maxon passam do limite e por terem saído de perto dos colegas ontem ambos merecem castigo. Estou pensando em levar Lucy para o parque para a campanha de limpeza como castigo, assim como ela está sem videogame por dois meses, mas acredito que esses meninos também merecem castigo. Sei que se irmos atrás outras crianças também reclamaram deles.

— Lucy falou a mesma coisa para mim. – Claire falou pela a primeira vez. – Ela me disse que por isso colocou eles nas cadeiras.

— Eu tive o bastante. Senhorita Dearing, senhor Grady, Lucy e Maxon terão que ficar depois da aula pela a próxima semana. Eu vou aceitar a palavra de senhor Grady que eles irão para o parque e devo informar que eu também estarei lá no dia da limpeza. Estão liberados.

Owen abriu a porta e esperou que Claire passasse antes de fechar a porta atrás deles. As crianças olharam para eles e Lucy parou o jogo.

— Vocês estão muito encrencados. – ele disse pegando o celular dele. – Eu preciso ir trabalhar, mas quando eu chegar em casa vamos confessar sobre isso.

— Tudo bem, papai. – ela saiu do banco e pegou a mochila.

— Vem, vou te deixar com a professora.

— Eu posso ficar com ela. – Claire disse fazendo com que olhassem para ela. – Não será problema.

— Obrigado. – Owen sorriu para ela antes de se abaixar e beijar a testa da filha. – Se comporta.

— Sim.

— E você, campeão, cuide da minha garota. – ele bagunçou o cabelo de Maxon que riu antes de concorda com a cabeça.

— Obrigada por me defender. – Claire disse pegando a mão dele. – É tão difícil ser mãe solteira ás vezes.

— Não se preocupe com isso. – ele disse antes de sorrir para ela. – Eu prometi que os levariam para tomar sorvete e ir ao parque amanhã. Tudo bem?

— Sim.

— Ótimo. Depois eu te ligo para marca tudo direito.

Owen sorriu para ela e saiu. Claire olhou para ele antes de pegar as mãos das crianças e se afastar da direção. Ela levou eles para fora e se sentou com eles em um banco explicando o castigo que eles levaram e fez com que eles prometessem que da próxima vez, avisasse a um adulto não tentassem resolver por si mesmo. Ela apenas não notou que ambos estavam com a mão atrás das costas.

Owen pegou a filha naquela tarde e a levou para casa. Ele fez o jantar e escutou sobre o dia da menina enquanto ela fazia seu dever de casa. Lucy contou sobre como ele e Maxon se comportaram e que Claire tinha dito que eles iriam ajudar a limpar o parque como castigo.

— Será amanhã?

— Não. Domingo. Eu já estava pensando em te levar de qualquer modo.

— Mas a mamãe não volta domingo?

— Eu liguei para ela hoje. Você vai ficar comigo até segunda de manhã. Eu vou te levar para a escola e ela vai te pegar de lá.

— Que chato. Eu gosto de ficar aqui. – Lucy disse fechando seu caderno.

— Eu gosto de ter você aqui. Agora vamos comer.

Owen serviu a comida para os dois e depois que eles comeram deu banho nela e a colocou na cama. Quando ele terminou, ele limpou a cozinha tomou um banho e foi dormir.

Owen acordou antes da filha e foi preparar o café. Ele aproveitou e mandou uma mensagem para Claire perguntando se estava tudo bem se ela fosse buscar ela e Maxon em duas horas. A ruiva concordou e eles começaram a mandar mensagem um para o outro. Claire era engraçada e tinha um espirito leve. Isso sem falar que sua filha a adorava. Ele acordou Lucy e disse para ela se arrumar para que eles pudessem ir ao parque.

— Esse não é o caminho para o parque. – Lucy disse olhando para a janela.

— Vamos pegar Claire e Maxon primeiro. – ele explicou olhando para ela rapidamente pelo o retrovisor.

— Ah, é mesmo. – a menina sorriu.

Claire e Maxon estavam esperando por eles na calçada. Owen tinha enviado uma mensagem falando que estava a caminho e a mulher quis esperar dentro de casa.

— Oi, Owen. – Maxon disse entrando no carro sorrindo. – Oi, Lucy.

— Oi, Maxon. – os dois falaram juntos.

— Oi. – Claire disse timidamente enquanto entrava no carro.

— Oi. – Owen respondeu sorrindo antes de colocar o carro em movimento.

— Oi, Claire. – Lucy disse animada. – Você também vai pegar lixo amanhã?

— Oi, querida. Sim. Maxon e eu vamos também.

— A gente podemos pegar vocês de novo, não é, papai?

— Claro. – Owen concordou enquanto guiava o carro para o parque.

— Oh, não precisa. A gente pode pegar um ônibus. – Claire disse sem graça.

— Não precisa. Não será incomodo nenhum. – Owen olhou para a mulher e sorriu. – Será bom para os dois irem juntos. Podemos colocar o limite no carro.

— Se não for um incomodo.

— Claro que não. – Owen sorriu para ela e procurou um lugar para estacionar o carro. – Certo, vamos as regras. Nada de correr, nada de arrumar briga com as outras crianças e principalmente, aprontou, casa. Entendido?

— Sim. – os dois falaram juntos.

— Ok, vamos lá.

Eles saíram do carro e foram para o parque. Owen e Claire se sentaram em um banco enquanto olhavam os dois brincando no parquinho.

— Obrigado por trazer ele com a Lucy. – Claire disse olhando as crianças correndo na frente deles.

— Não foi nada.

— Ás vezes é meio difícil para mim ver que nem todos os pais são idiotas igual ao do Maxon. – ela disse tirando o cabelo do rosto.

— Bom, eu nunca precisei ver esse lado do pai idiota. Apesar dos nossos problemas, nunca tive motivos para reclamar de Mary. Ela é uma boa mãe. Apesar de ter se casado com um idiota.

— Você ainda gosta dela?

— Não. Bom, sim, mas não romanticamente. Mary é a mãe da minha filha acho que sempre vou me importa com ela, assim como sempre vou me importa com quem ela namora, afinal, minha filha mora com ela. – Owen esticou o braço no banco. – Ele nunca fez nada que realmente me irritou o bastante para tomar a guarda, mas dei um aviso depois que Josh bateu nela, Mary toma mais cuidado ao deixar Lucy com ele, ou eu vou pegar a guarda.

— Você é um bom pai.

— Eu tento. Lucy é o que eu tenho de mais importante.

— Ás vezes eu queria que o pai de Maxon visse isso. Me parte o coração toda vez que Maxon quer fazer alguma coisa com ele e ele não aparece.

— Eu sei um pouco sobre pai idiota. O meu não foi o pior que tem, mas posso me ver como Maxon, esperando pelo o pai que nunca vai aparecer.

— Ás vezes, eu desejo que nunca tivesse contado para ele que ia ser pai, assim seriamos apenas nós dois e ele não iria sofrer.

— Bom, não tem muito o que você possa fazer agora. – ele olhou para as crianças brincando. – Mas me conte sobre você. O que você faz?

— Eu trabalho na administração da EHS. Estou lá desde que sair da faculdade.

— Como foi? Sabe, está gravida ainda estudando, fazer faculdade... Sua família ajudou?

— Sim. Meu pai ficou furioso, ele queria que eu tirasse, mas eu não podia. Minha mãe não falou comigo durante toda a gestação. Eu conseguir um emprego e com a ajuda da minha irmã comprei as coisas que precisava. Depois, ela ficava com ele enquanto eu estudava em casa e eu deixava ela com minha vizinha enquanto estava na escola. Quando Maxon fez um ano, meus pais se mudaram para cá comigo e com ele. Meu pai tinha conseguido um emprego melhor aqui. – Claire riu e balançou a cabeça. – Depois eu descobri que ele apenas não queria que todos comentassem que a filha de dezesseis anos era mãe. Mas, eles me ajudaram enquanto eu estava na faculdade. Minha mãe cuidava dele para mim. Quando me formei, comecei a trabalhar e meus pais voltaram para Madison para ficar perto da minha irmã.

— Eles deixaram vocês aqui sozinhos?

— Meu pai me disse que já fazia tempo e todos teriam esquecido o que eu tinha feito.

— Que merda.

— Sim. Meu pai ama Maxon, mas não era isso o que ele queria para mim. – Claire olhou para Owen. – Ele queria que eu me casasse assim como minha irmã, acho que é difícil para ele entender que eu também não queria engravidar aos quinze anos. Mas eu era boba, achava que ele me amava e que era a coisa certa.

— Ele assumiu o que fez? Quer dizer, ele foi presente em algum momento na vida de Maxon?

— Quando ele viu que eu não ia mais para a cama com ele, ele passou a ignorar tudo. Ele paga uma pensão, por que a mãe dele obriga. Não sei até quando isso vai acontecer. Não que eu precise desse dinheiro. Eu coloco tudo em uma poupança para quando Maxon for maior. Ás vezes, ele aparece, mas acho que se Maxon o viu quarenta vezes na vida é muito.

— Isso é um saco. Eu não posso ver isso acontecendo comigo. – Owen olhou para onde a filha e Maxon estava brincando de construir castelos com a areia.

— E a sua história?

— Como assim? – Owen olhou para ela curiosa.

— Mary me disse que você a engravidou e que vocês terminaram pouco tempo depois.

— Eu a peguei na cama com meu amigo quando estava levando Lucy de volta. Lucy tinha seis meses. Eu terminei com ela e continuamos amigos pelo o bem da nossa filha. Entrei na marinha, quando mudei para cá, convenci Mary vim também, arrumei o emprego dela e comprei a casa em que ela mora. No fim, o meu caso é bem mais simples.

— O marido da mãe da sua filha mora na casa que você comprou?

— A casa é de Lucy. Está no nome dela. Eu paguei tudo. Mary queria alugar a casa e comprar uma com o Josh, mas eu não deixei. Se ele vender ou fizer alguma coisa e deixar as duas sem nada? Morando na casa de Lucy, elas têm uma segurança maior. E ele queria morar longe da minha casa. Eu não gostei nada disso.

Owen e Claire continuaram conversando e falando sobre suas vidas. Quanto mais eles conversavam, mas se aproximavam um do outro. Eles podiam sentir a eletricidade e a química aproximando eles. Claire não estava com ninguém a muito tempo. Desde que Maxon nasceu, ele é seu mundo. Mas com Owen, ela sentia algo especial.

— Claire? – Owen disse quando os rostos deles estavam próximos.

— Oi?

— Eu vou te beijar agora. – ele avisou olhando para os lábios dela.

— Ótimo.

— Papai, eu quero o meu sorvete agora. – a voz de Lucy fez com que os dois adultos se afastassem rapidamente.

— Claro, gatinha. – Owen disse depois de limpar a garganta. – E você campeão?

— Também.

— Vamos lá.

Owen pegou as mãos das crianças e seguiu para a soverteria com eles e Claire.

 

Uma vez que eles chegaram a sorveteria, eles pediram e se sentaram. Quando eles terminaram o sorvete, Owen os levou para alimentar os patos e depois deles foram almoçar. O dia terminou com eles assistindo um filme no sofá de Claire.

— Acho melhor irmos. – Owen disse quando viu que a filha estava quase dormindo.

— Já?

— Sim. Ela está quase dormindo. – Owen se levantou e pegou a filha no colo. – Eu passo aqui amanhã as sete, tudo bem?

— Claro. Tem certeza que não é um problema?

— Sim. – Owen beijou a bochecha de Claire e saiu com a filha.

No dia seguinte Owen acordou cedo e preparou as coisas para ir com a filha para o parque para a coleta. Depois ele chamou a filha e a alimentou. Enquanto Lucy terminava o café dela, ele foi se arrumar e aproveitou para mandar uma mensagem para Claire. Ele perguntou se ela já estava pronta. Ela respondeu que sim, e que ela e Maxon estavam esperando por ele e Lucy. Owen terminou de se arrumar e desceu as escadas.

— Vamos, filha? – ele chamou Lucy.

— Temos que sair tão cedo? – Lucy perguntou esticando os braços para que o pai a pegasse no colo.

— Sim. – Owen a pegou no colo e a levou até o carro. – Você está de castigo, mocinha.

Lucy se arrumou no banco e fechou os olhos enquanto se arrumava no banco. Owen dirigiu até a casa de Claire e mandou uma mensagem para ela falando que já tinha chegado. A ruiva desceu cinco minutos depois com o filho. A ajudou o menino a entrar no carro e depois entrou.

— Oi. – ela disse sorrindo para Owen.

— Oi. Também teve trabalho para tirar ele da cama?

— Sim. Ele dorme como uma pedra. – ela disse enquanto Owen colocava o carro em movimento. – Estão quase dormindo.

Owen olhou pelo o retrovisor e viu que os meninos estavam com as cabeças encostadas quando dormindo.

— Eles vão despertar quando chegamos no parque.

Claire concordou com ele. A viagem foi feita rapidamente com eles conversando sobre os planos para a semana. Como Lucy ficaria com a mãe, Owen tinha essa semana livre, apenas trabalho. Claire teria o filho a semana toda e estava animada por que estava esperando por uma promoção. Ela sabia que logo iam falar sobre isso na empresa e ela estava disposta a lutar por isso com unhas e dentes.

— Chegamos. – ele disse para as crianças que se esticaram no banco de traz. – Sabem as regras, certo?

— Sim. – Lucy disse coçando os olhos.

— Não. – Maxon bocejou.

— Façam o trabalho direito que comemos pizza no jantar.

— Eu vou para a mamãe hoje.

— Eu vou te entregar depois do jantar. Ela vai em um churrasco com os amigos de Josh. Agora vamos lá. – Owen saiu do carro e os outros três fizeram o mesmo.

Owen pegou a mochila e colocou nas costas antes de pegar a mão da filha. Claire arrumou a bolsa dela no ombro e estendeu a mão para o filho, a ruiva ficou surpresa ao ver Maxon segurando a mão de Owen enquanto ia conversando com o homem. Owen os levou até a mesa onde ia colocar os nomes deles.

— Bom dia, Owen. – a mulher que estava com as fichas falou.

— Bom dia, Amada. Como vai essa manhã? – ele disse pegando os papeis para preencher.

— Ótima. E você?

— Bem. – ele respondeu antes de passar a prancheta para Claire. – Como vai Paul? Ele está melhor?

— Ele vai viver. O médico disse que era apenas uma virose, mas o homem estar na cama como se tivesse perdido um membro. – a mulher riu.

— Aqui. – Claire entregou os papeis para ela junto com Owen.

— Ótimo, vocês podem pegar os equipamentos naquela barraca. Divirtam-se.

— Obrigado. – Owen acenou para a mulher e guiou os outros para a barraca.

— Quem era aquela mulher? – Lucy perguntou olhando para o pai.

— Amada. Ela é casada com um colega do time.

— O que você joga? – Maxon perguntou olhando para o homem.

— Beisebol. – Lucy respondeu pelo o pai. – Eu vou entrar na liga júnior esse ano, não é, papai?

— Isso mesmo.

— Eu posso entrar também? – Maxon olhou para a mãe. – Eu prometo que serei um bom garoto.

— Veremos. – Claire sorriu para o filho e eles pegaram tudo que iam precisar.

Sacos, luvas, vassouras, pegador de papel e pás.

— Que tal uma competição? – Lucy perguntou pulando. – Meninos contra meninas.

— O que acha? – Owen perguntou para Claire.

— Acho que seria legal. Vamos ganhar.

— Vermos. Aqui em duas horas?

— Sim.

— Vamos.

Owen pegou a mão de Maxon e foi para um lado enquanto Claire ia para o outro com Lucy. Maxon foi conversando sobre coisas de meninos. Coisas que ele não podia falar com a mãe ou com a melhor amiga. Owen estava mais do que contente em falar com ele sobre isso. Maxon não tinha com quem falar. Ele tentava os primos, o tio e o avô, mas eles moravam longe e nem sempre tinham paciência para falar com ele.

— Senhor Grady, vejo que está com Maxon. – o diretor disse se aproximando do homem e do menino.

— Sim. Claire pegou Lucy. Estamos em uma competição, garotas contra garotos. – Owen disse colocando a mão no ombro do garoto. – Vamos ganhar, certo?

— Sim. – Maxon sorriu para o homem. – Estamos pegando muito lixo. Vamos pegar mais do que a mamãe e a Lucy.

— Isso mesmo.

— Isso é bom. – o diretor olhou para eles com um pequeno sorriso. – Espero que se divirtam com isso.

— Nós vamos. – Owen disse piscando para o menino. – Agora se nos dê licença temos que terminar isso aqui.

— Claro.

Owen e Maxon continuaram a trabalhar. Eles andaram um pouco até verem alguns meninos tentando tirar alguns galhos do caminho. Owen se aproximou e se ofereceu para ajudar.

— Bom, vamos precisar de uma corda para ser mais fácil. – Owen decidiu e pediu para um dos monitores pegar para ele enquanto ele ajuntava os meninos. – Vamos fazer isso juntos, o que acham?

Os meninos ficaram animados. Depois que a corda chegou, Owen explicou para os meninos como amarrar a corda envolta da árvore e como puxar. Ele contou até três e eles começaram a puxar. Owen estava fazendo a maior parte da força, mas ele sabia como coisas assim eram importando para a confiança das crianças. Eles levaram até onde estava o caminhão para levar para um fabrica que usava árvore caídas em construções. Depois ele e Maxon voltaram a pegar o lixo novamente.

Quando deu a hora eles foram para onde Claire e Lucy estavam esperando por eles. As crianças correram para ver quem tinha pego mais lixo, enquanto Owen e Claire se aproximavam lentamente.

— Acho que ganhamos. – Claire disse sorrindo enquanto apontava para o saco de Owen que tinha menos do que o dela.

— Não. Maxon está com o meu. – Owen sorriu para ela. – Ele disse que queria te impressionar com o quanto ele podia carregar.

— Isso é apenas desculpa por que você pegou menos.

— Veremos.

Eles se aproximaram das pessoas que estavam separando o lixo e para quem eles tinham que entregar os sacos.

— Mamãe, eu ganhei da Lucy. – Maxon disse com um sorriso enorme.

— É mesmo? – Claire sorriu para ele.

— Sim. Por uma lata.

— Não. Você tinha mais do que eu. – Lucy disse cruzando os braços com um bico.

— Não. Seu pai colocou quase tudo aquilo. O meu foi do tamanho do seu. Apenas por uma lata. – Maxon não comentou com o fato de que ele pegou mais do que ela já que o saco com Owen também tinha coisas que ele pegou. Ele não queria deixar a amiga triste.

— Agora vamos ver quanto vocês pegaram. – Lucy disse apontando para os adultos se sentindo melhor.

— Vamos lá.

Eles entregaram e esperaram a pesagem.

— Claire, ganhou, empatou. – Lucy disse pulando animada. – Isso.

— Mas o seu pai também pegou naquele. – Maxon reclamou apontando para o saco que ele levou.

— Tudo bem, Maxon. Vamos deixar assim. – Owen disse se aproximando do menino. – Estamos empatados. Mas elas não sabem o que fizemos.

— Mas não é justo. Você sozinho pegou mais lixo do que nós três juntos.

— Tudo bem. É educado deixar as meninas ganhar as vezes. E Lucy e sua mãe deram duro para fazer isso.

Maxon ia falar alguma coisa mais uma mulher loira se aproximou sorrindo. Ela olhava para Owen e tinha um pequeno troféu na mão.

— Senhor Grady. – ela abriu um sorriso enorme e arrumou o cabelo.

— Oi?

— Eu fui encarregada em entregar esse prêmio para o senhor pela a sua ajuda com aquele galho. Qualquer outro teria mandado os meninos para longe, ou deixando eles sozinhos, mas o senhor ajudou e ensinou como tirar a árvore. Meus parabéns. – ela estendeu o troféu. – É uma coisa simbólica, mas mesmo assim, é seu.

— Obrigado. – ele disse sorrindo. – Mas acho que quem realmente merece isso são as crianças. Eles realmente estavam tentando.

— Todos vão ganhar uma medalha por isso, não se preocupe. Então, eu estava pensando será que qualquer dia desse podemos ir tomar um café ou algo assim.

Claire olhou para a mulher surpresa. Ela sabia que Owen era um homem bonito e que sempre que ele estava perto de crianças ficava ainda mais charmoso, mas ela nunca pensou que davam em cima dele na frente de crianças.

— Ele não pode. – Lucy disse fazendo com que todos olhassem para ela. – Ele tem namorada.

— Oh, eu... Tenho que entregar mais troféus, com licença.

A mulher se afastou fazendo Owen rolar os olhos.

— Um dia você sabe que vou começar a namorar de verdade, certo? – ele perguntou para a filha.

— Eu quero que você namore com a Claire. – A mulher sentiu as bochechas corarem.

— Lucy...

— O que? Seria legal. Ela é legal e vai me trata bem. Não vai ser aquela madrasta mal e vem com o bônus que é mãe do meu melhor amigo.

Owen apenas riu antes de pegar a filha e a jogar sobre o ombro enquanto caminha em direção ao carro. Claire e Maxon seguiram eles.

— Vamos comer antes de me deixar na mamãe? – Lucy perguntou enquanto deixava o corpo mole no ombro do pai.

— Sim. – ele disse abrindo o carro. – O que quer comer?

— Batata frita.

— Que surpresa. – ele disse rolando os olhos.

Eles entraram no carro e foram comer. Depois que eles comeram, eles acabaram no apartamento de Claire novamente. Eles passaram a tarde jogando antes de pediram a pizza. Quando deu sete horas, Owen recebeu uma mensagem da ex falando que ela tinha chegado e que ele podia levar a filha.

Depois de entregar Lucy para a mãe, Owen foi para casa. Ele tomou um banho. Quando ele estava na cama, ele mandou uma mensagem para Claire e eles passaram algumas horas conversando antes dele acabar caindo no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My... No, Our Family" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.