My... No, Our Family escrita por Anieper


Capítulo 3
Capítulo 3




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Owen chegou correndo com seu chefe ao escutar os gritos e o alarme de emergência tocando. Ele levou um segundo para estudar a cena. Claire estava lutando contra um segurança, enquanto Vilma agarrava Lucy impedindo que ela voltasse para o tanque e as professoras tentavam manter as crianças calmas. Ele olhou em volta procurando o que causou isso e sentiu seu coração para ao ver Maxon no tanque de Fred ferido. Owen levou um segundo para se recuperar do choque e mais um para correr para o tanque e pular na água de roupa e tudo.

Ele conhecia Fred e sabia que ele não atacaria o menino já que estava cheio. Ele tinha sido alimentado a pouco tempo. Mas não queria dizer que o sangue na água não fosse atrativo para o tubarão.

Ele pegou o menino e o colocou com a cabeça para cima antes de nadar para a borda. Ele olhou em volta rapidamente para ter certeza que estava seguro e seguiu em frente. Ele estava quase lá quando viu Fred se aproximando. Ele segurou Maxon com uma mão e tirou a faca do cinto com a outra. Quando Fred se aproximou o bastante, ele o esfaqueou fazendo ele mudar de caminho. Owen sabia que isso não pararia o animal, por isso nadou mais rápido.

— Peguei. – seu chefe disse tirando Maxon da água.

Owen saiu da água rapidamente e se ajoelhou ao lado do menino enquanto todos se aproximavam. Claire conseguiu se soltar do segurança e estava ao lado deles chamando o filho enquanto segurava a mão dele chorando. Owen o examinou rapidamente antes de começar a massagem cardiorrespiratória.

— Vamos, Maxon. – ele disse apertando o peito do menino antes de sobra ar pela a boca dele. –Vamos lá, amigo. – Ele fez pressão mais uma vez e assoprou. – Respire, garoto. – Como se escutasse seu pedido, Maxon começou a tossi e se sentou puxando o ar com força. Owen sorriu e passou a mão delicadamente pelas as costas dele enquanto ele colocava a água para fora. – Calma, você está bem, respire devagar. Isso mesmo, você está bem agora.

— O... o que... aconteceu? – ele perguntou confuso enquanto lutava para respirar normalmente.

— Marcus tentou te matar. – Lucy disse chorando enquanto Claire agarrava o filho e o apertava contra o peito chorando e agradecia por ele estar vivo.

— Não tentei. – Marcus disse empurrando Lucy.

— Ei, não toque nela. – Owen disse fazendo o menino tremer de medo pelo o tom que ele usou. – Lucy, o que vocês estavam fazendo aqui?

— Eu queria que Maxon conhecesse Fred. Eu só ia mostra ele e íamos voltar, mas Carlo, Marcus e Aron nos seguiram e começaram a provocar Maxon por que ele não tem pai e aí eu mandei eles embora, então, Aron disse que Maxon precisava da namorada para defender ele e Maxon disse que eu não era namorada dele e que ele não precisava que eu o defendesse e que eles deveriam ir. Aí, o Carlo perguntou se Maxon ia chamar o papai, mas riu e disse que ele não tinha. Eles se empurram e começaram a brigar, aí o Marcus pegou aquilo e batei na cabeça de Maxon e ele caiu. – Lucy falou sem parar para respirar ou deixar qualquer um dos outros meninos falar. – Ele tentou matar Maxon.

— Eu estava apenas defendendo Carlo. Esse menino é louco. – Marcus disse olhando para Lucy. – Você é igual ela. Parece até uma vadia louca.

O menino não sabia o que isso significava, mas já tinha escutado o pai chamando uma vizinha assim e ela ficou muito irritada.

— Marcus. – a professora disse de olhos arregalados.

— Peça desculpa agora mesmo. – Owen disse ficando em pé. – Você não só quase matou um menino como está falando coisas que nem sabe o que significa. Eu vou ter uma conversa com seu pai sobre como você atacou minhas crianças.  

Todos olharam para Owen surpreso.

— Ah, é mesmo. Papai é o papai de Maxon sempre que estamos juntos, já que o papai é o líder do nosso grupo de escoteiro. – Lucy disse apontando para Marcus. – Viu? Ele tem um pai e o melhor papai que pode ter.

— Lucy, chega. – Owen disse e olhou para a professora. – Vamos continuar o passeio separados de vocês. Não precisa esperar pela a gente, eu os levou em casa e acho bom chamar o pai desses meninos, eu vou conversar com eles pessoalmente.

— Sim, senhor Grady.

A professora saiu de lá levando seus alunos. Assim que eles saíram Owen olhou para o chefe.

— Eu cuido de tudo aqui, leve o menino para a enfermaria. – ele disse dando um apertão no braço de Owen.

— Obrigado. – Owen se ajoelhou ao lado de Claire e Maxon. – Ei, amigo, quer ir conhecer uma pessoa bem legal? Lucy já te falou de Paula?

— Sim.

— Quer ir conhecê-la?

— Sim. Podemos, mamãe? – ele tentou olhar para a mãe que ainda estava apertando ele.

— Quem é Paula? – ela perguntou desconfiada. Ela estava tão preocupada em agradecer que o filho estava vivo que não notou nada que tinha acontecido em volta.

— A enfermeira. – Owen respondeu colocando a mão no ombro dela. – Quero ter certeza que não precisamos levar ele em um hospital.

— Tudo bem. – Claire disse e se levantou.

Ela tentou pegar o filho no colo, mas estava nervosa demais e suas pernas tremiam.

— Aqui, eu o levou. – Owen pegou Maxon facilmente e sorriu para ela. – Eu já estou molhado mesmo. Não queremos que você molhe mais sua blusa branca.

Claire olhou para baixo e notou que dava para ver seu sutiã, mas ela não se importou muito com isso nesse momento. Owen seguiu em frente enquanto Lucy pegava a mão de Claire e os quatros iam para a enfermaria. Owen contou para Paula o que tinha acontecido e logo Claire descobriu porque o filho estava tão animado em conhecer uma enfermeira. Paula era uma senhora que gostava de contar história de como seus pacientes infantis eram heróis de batalhas.

— Ele está bem. Tem um corte e um pequeno galo na parte de trás da cabeça, mas não vai precisar de pontos nem nada. – ela disse entregando um pirulito para Maxon e um para Lucy. – Apenas fique de olho caso ele vomite ou desmaie. De resto está livre para continuar a descobri nossos segredos.

— Lucy já contou tudo. – Maxon disse olhando para a mulher.

— Todos os segredos que ela sabe, tem muitos que ela não sabe. – ela piscou para o menino que olhou para a melhor amiga de olhos arregalados com ela.

— Vamos, amigo. Vamos encontrar uma roupa para você e depois comer alguma coisa. – Owen disse ajudando ele a descer da maca.

— Onde vamos achar roupas para mim? – Maxon perguntou olhando curiosamente para Owen.

— Deixe que eu me preocupe com isso. – Owen bagunçou o cabelo dele. – Lucy, você pode mostra para Claire onde fica o refeitório?

— Sim.

— Sem desvio. – ele avisou e a menina concordou com a cabeça. – Eu vou levar ele para passar uma água no corpo para tirar o sal e colocar algumas roupas secas. Encontro vocês em alguns minutos.

Claire hesitou por um momento, mas sabia que não poderia entrar no vestiário masculino e Mary sempre falou bem do pai de Lucy.

— Tudo bem. Se sentir qualquer coisa fale para Owen, certo? – ela perguntou se abaixando para ficar na altura do filho.

— Sim, mamãe.

— Certo. – ela abraçou o filhou. – Vamos, Lucy.

Owen viu elas desaparecerem antes de voltar para onde tinha deixado a bolsa de Lucy no meio do corredor onde conversava com seu supervisor e levou o menino para o vestiário.

— Ei, Grady, os recrutas estão ficando mais novos? – Tom perguntou quando viu os dois juntos.

— Não. Esse rapazinho aqui decidiu nadar com Fred. Vamos tentar tirar o cheio de peixe dele. – Owen brincou guiando o menino para seu armário. – Vamos ver o que temos aqui.

Owen mexeu nas suas coisas e pegou uma blusa sua, seus artigos de higiene, sua toalha e depois mexeu na bolsa de Lucy. Ele pegou a calça da filha e mediu na cintura do menino. Ele não ia gostar do short rosa florido que estava ali. Depois pegou outra farda e levou o menino para tomar banho.

— Muito bem. Consegue fazer isso sozinho?

— Sim, Owen.

Owen concordou e ligou o chuveiro. Ambos tiraram as roupas e entraram embaixo da água. Owen pegou seu sabão e seu shampoo, ele se ensaboou e depois lavou os cabelos antes de estender o que usou para Maxon poder fazer o mesmo.

— O cheiro do seu sabão é forte. – Maxon disse quando pegou para se ensaboar. – O da mamãe tem um bem mais fraco.

— Bom, o dela é de mulher, esse é de homem.

— Acha que eu consigo convencer ela me comprar um de homem também? – ele perguntou com os olhos arregalados.

— Não sei. Se ela não comprar, você pode pegar o meu. Eu tenho um monte, tenho certeza que Lucy ficaria feliz em levar para você. – Owen olhou para o menino e piscou brincando. – Precisa de ajuda com o cabelo? – ele perguntou quando viu que o menino não fez movimento nenhum para pegar o shampoo.

— Minha cabeça dói. – ele disse coçando a testa.

— Deve doer mesmo, você levou um golpe forte. – Owen se esticou pelo o muro divisório e lavou o cabelo do menino tomando cuidado com seu galo e o corte que tinha na parte de trás da cabeça. – Para trás. – Maxon jogou a cabeça para trás e Owen tirou o shampoo delicadamente enquanto o menino estava com os olhos fechados. – Terminamos.

Owen estendeu uma toalha limpa para Maxon e pegou uma para ele. Eles se secaram e voltaram para onde tinha deixado as roupas. Maxon notou que Owen colocou a toalha apenas na cintura e fez o mesmo já que sua mãe sempre o enrolava e ele tinha feito o mesmo antes.

— Eu não tenho uma cueca que dê em você, por isso terá que colocar a calça sem uma. – ele apontou para a calça de Lucy, Maxon concordou com a cabeça e se trocou. – Vamos ver como você fica como recruta.

Owen colocou uma de suas blusas no menino. Ficou enorme, mas como ele já estava acostumado com Lucy usando suas blusas em casa, ele enrolou e colocou dentro da calça antes de dá um passo para trás. Ainda estava muito grande e parecia que dava para mais uma criança entrar na blusa, mas era melhor do que nada.

— Eu sou um soldado agora. – Maxon disse se olhando no espelho com os olhos arregalados.

— Um soldado descalço. – Owen disse olhando para os sapatos encharcados dele. – Acha que sua mãe trouxe outro sapato?

— Não. Ela nunca traz outro sapato. Eu nunca perco o sapato. Ás vezes, ela traz roupa.

— Você ainda usa o mesmo número que Lucy?

— Sim.

— Ótimo. – Owen pegou uma sandália da filha no armário fazendo com que Maxon olhasse para ele com os olhos arregalados. – Eu vou pedir para ela te dá o tênis e ela coloca isso.

— Ufa, por um momento achei que ia me fazer colocar isso. – o menino disse se sentando relaxado no banco enquanto Owen ria.


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