My... No, Our Family escrita por Anieper


Capítulo 2
Capítulo 2




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Lucy olhou para o relógio algumas vezes enquanto esperava pelos amigos. Ela não conseguia conter a animação. A menina guardou suas coisas quando ouviu o som do ônibus se aproximando e esperou ao lado de Paul enquanto a professora dava a autorização.

— Vocês vão ter que esperar ali. – ele apontou para o estacionamento. – O guia vai vim em alguns minutos. É tempo para organizar as crianças.

— Obrigada. – a professora disse e voltou para o ônibus.

— Vamos, gatinha. – Paul fez sinal que ia se afastar para o outro segurança e levou Lucy até aonde os outros estavam.

— Lucy. – Maxon gritou quando a viu e correu até a amiga.

 - Maxon. – Lucy também gritou soltando a mão de Paul e correndo para encontrar o colega.

— Eu pensei que você não fosse vim. A professora disse que sua mãe não pode te levar. – o menino disse com os olhos verdes arregalados.

— Meu pai trabalha aqui, esqueceu? Ele disse que pode me levar com vocês depois que ele terminar com os golfinhos, ele já deve estar vindo.

— Oi, querida. – Claire disse sorrindo ao se aproximar da menina.

— Oi, Claire.

Claire Dearing era uma mulher magra, ruiva, de olhos verdes igual ao filho e temperamento forte. Claire engravidou do namorado do colégio aos quinze e logo descobriu que o cara era um idiota. Ele assumiu o filho pagando uma pensão, mas quase nunca ia visitar o menino e nunca aparecia quando o menino o convidava. Nem mesmo seu nome tinha na certidão de seu filho Claire trabalhava para dá tudo o que o filho precisava. Ela se esforçou para isso.

— Eu pensei que seu pai ia te levar para o ônibus, sua mãe me pediu para ficar de olho em você. – a ruiva se ajoelhou e olhou para Paul que tinha a mochila da menina na mão e não tinha se afastado. – O que aconteceu?

— Papai não conseguiu convencer o diretor que eu podia me comporta no ônibus e então ele teve que me trazer. Eu liguei para você, mas ninguém atendeu.

— Eu...

— Lucy, você não devia estar aqui. – a professora disse se aproximando deles. – Cadê seu pai? Ele não devia estar com você?

— Ele já vem. – a menina respondeu dando de ombros.

— Eu não posso esperar. Você nem deveria fazer parte do nosso grupo sem sua mãe.

— O guia nem chegou ainda. – Lucy disse colocando a mão na cintura. – Você só estar com raiva porque meu pai não quis sair com você. Não é justo você descontar em mim.

— Lucy, isso não são modos para falar com sua professora. – Owen disse se aproximando deles.

Ele tinha trocado de roupa e estava com sua farda. A professora olhou para ele um pouco derretida e colocou o cabelo atrás da orelha.

— Olá, senhor Grady.

— Owen. – Owen disse automaticamente. – Bom, eu conversei com o diretor e ele concordou que eu posso acompanhar Lucy, ele apenas disse que não podia deixar ela vir sozinha.

— Certo. Bom, eu vou ver como estão os outros.

A professora se afastou corada por causa do sorriso que Owen deu e se aproximou dos outros alunos. Owen rolou os olhos e arrumou o rabo de cavalo da filha.

— Obrigado por ficar de olho nela para mim, Paul. – Owen disse sorrindo para o segurança.

— A qualquer momento. – ele entregou o bolsa para o pai. – Não se esqueça da festa do Caio esse fim de semana, gatinha.

— Não vou. – ela prometeu sorrindo. – Eu posso levar o Maxon? Sei que ele e Caio vão se dá muito bem.

— Claro, quanto mais pessoas, melhor. – Paul deu um beijo estalado na menina e voltou ao trabalho.

— Olá. Owen Grady, pai da Lucy. – Owen se apresentou estendendo a mão para Claire.

— Claire Dearing, mãe de Maxon, prazer.

— Ei, rapaz, você cresceu desde a última vez que eu te vi. – Owen disse bagunçando o cabeço dele.

— Cinco centímetros. – o menino disse orgulhosamente.

— Tudo isso? Logo vai me alcançar. – Owen fingiu espanto fazendo com que Maxon dá sorriso orgulhoso.

— Bom, vamos começar. – eles olharam quando ouviram alguém batendo palma. – Eu sou Vilma Thompson e vou ser sua guia hoje. Por favor, fiquem nas áreas de segurança e não se afastem do grupo. – ela olhou para a prancheta. – Temos ao total trinta crianças e cinco adultos, certo?

— Sim. – a professora respondeu.

— Quem são os que estão acompanhados dos pais? – ela perguntou olhando por cima da sua prancheta.

— Aqui. – Owen respondeu levantando a mão e apontou para Maxon e Lucy. A menina acenou para Vilma com um sorrindo enorme.

— Oi, gatinha. – Vilma sorriu acenando de volta. – Vai se comporta hoje?

— Sim. Papai disse que se eu não me comportar vai me jogar no tanque do Fred. – a menina riu enquanto o pai colocou a mão no ombro dela.

— Bom, não queremos isso, não é mesmo?

— Eu gosto do Fred. – a menina deu de ombros fazendo o pai rir. – Seria legal nadar com ele.

— Quem é Fred? – uma menina perguntou.

— Nosso tubarão branco. – Vilma respondeu sorrindo. – Bom, vamos começar.

Vilma assumiu a frente e entrou enquanto explicava sobre o laboratório. Lucy já sabia sobre tudo isso, por isso ela foi um pouco à frente do pai conversando com Maxon sobre Caio e sua festa.

— Você falou que ia joga-la no tanque do tubarão? – Claire perguntou fazendo Owen rir.

— Não. Mas disse que ficaria sem presente de aniversário e natal se não se comportasse. – Claire olhou para as duas crianças pulando na frente dela.

— Eu acho tão estranho você conhecer meu filho e eu nunca ter te visto. – Claire disse fazendo Owen rir.

— Bom, culpe Mary por isso. Ela que me pediu para ficar de olho nos dois quando não estava confiante em deixar os dois brincando sozinhos no quintal enquanto ela trabalhava.

— Acho estranho que ela tenha chamado você e não pediu para Josh.

— Ela sabe que não deve deixar minha filha só com aquele homem. Se Lucy ficar com ele, ela me liga e eu a levo para minha casa. Eu já fiz isso várias vezes antes.

— Pensei que vocês se davam bem. – Claire disse parando com os outros enquanto Vilma mostrava a primeira sala para eles.

— Nos dávamos até ele achar que tinha o direito de bater em minha filha.

— Ele bateu em Lucy?

— Sim. Ela sem querer derrubou o café dele quando ele estava saindo e ele bateu nela. Ele disse que foi apenas um tapa, mas ela tinha marcas no braço de onde ele apertou. Eu quebrei o nariz dele por causa disso.

— Eu não sabia.

— Bom, Mary gosta de defender o perdedor. – Owen de ombros. – Nem pense nisso, mocinha. Você não vai acariciar os pinguins.

— Mas papai... – Lucy disse se virando para olhar o pai.

— Não. A última vez foi o bastante para mim. E não, não importa que todos os outros vão alimentar eles, você não vai. A última coisa que quero faze hoje é pular no tanque dos pinguins para te tirar de lá.

Lucy cruzou os braços e fez um bico, mas se aproximou do pai e olhou enquanto os outros davam um peixe cada para um dos pinguins.

— Quer tirar uma foto? – Owen perguntou para Claire fazendo ela se surpreender.

— Posso?

— Claro. Contando que não tire foto de nada comprometedor e deixe o segurança checar sua câmera quando sair.

Claire agradeceu e tirou o celular da bolsa tirando uma foto do filho quando chegou a vez dele alimentar o pinguim.

O passeio seguiu sem nada muito emocionante. Lucy reclamou que já tinha visto isso para o pai que a ignorou e seguiu os outros. Eles pararam para verem alguns animais e escutarem um pouco sobre eles e como eles tinham chegado ali. Owen sabia de tudo isso e sabia que Lucy também sabia. Ela ia trabalhar com ele e ele sempre a levava quando chegava um novo animal. Maxon sabia de algumas histórias atrás da amiga, mas era diferente estar ali e ver com seus próprios olhos.

— Pai, eu estou com fome. – Lucy disse puxando a mão no pai.

— Eu te disse para comer seu café todo. – Owen disse abrindo a bolsa para pegar o lanche que tinha colocado cedo. – Quer um, Maxon?

— Sim, por favor. – o menino disse vendo a amiga dá uma enorme mordida no sanduiche. –Obrigado.

Owen entregou um para ele também e tirou uma garrafa de água a abrindo.

— Quer um? – ele ofereceu para Claire.

— Não. Obrigada.

Owen concordou com a cabeça e fechou a mochila antes de a jogar por cima do ombro novamente enquanto bebia água.

Eles andaram um pouco mais e por fim acabaram no aquário dos mamíferos. Vilma deixou as crianças andarem um pouco livre já que de onde estavam não poderiam chegar muito perto dos animais. Lucy e Maxon foram juntos enquanto Owen teve que se afastar um pouco para conversar com seu chefe. Claire se aproximou da professora e elas começaram a conversar.

— Ei, quer ver uma coisa legal? – Lucy perguntou olhando por cima do ombro vendo que o pai estava distraído.

— Quero.

— Vem.

Lucy pegou a mão do amigo e o levou até a sala ao lado. Ela sabia que ali era onde ficavam os tanques dos tubarões. Lucy mostra para Maxon Fred. Seu tubarão favorito.  Lucy contou para Maxon como o pai tinha ajudado resgatar Fred e como ele tinha cuidado e estava treinando Fred. Eles olharam para o jovem tubarão nadando.

— Ei, como é saber que seu pai nunca vai aparecer? – os dois olharam para trás e viram três meninos que estudavam com eles. Carlo, Marcus e Aron.

— Saia daqui. Vocês não podem entrar aqui. – Lucy disse na defensiva. Eles sempre maltratavam Maxon e ela. Principalmente o amigo por nunca verem o pai dele.

— Oh, precisa da namorada para te defender. – Aron disse fazendo os outros rirem.

— Ela não é minha namorada e eu não preciso que ela me defenda. – Maxon disse. – Saia daqui, agora.

— Ou o que? Vai chamar o papai? – Carlo disse sorrindo. – Oh, esqueci, você não tem um pai.

Maxon foi para cima de Carlo e o empurrou. Carlo o empurrou de volta e os dois começaram a brigar. Maxon estava concentrado demais na luta que não viu quando Marcus pegou uma prancheta de madeira e se aproximou acertando com força na cabeça dele.

Claire olhou para cima e depois olhou em volta rapidamente quando viu que Lucy e Maxon tinham sumido. Ela suspirou e foi atrás de Vilma para avisar que ia precisar procurar o filho quando escutou o grito de Lucy. Todos pararam o que estavam fazendo e olharam para a porta. Vilma correu para a porta com todos atrás dela.

Assim que chegou ao outro lado, Claire sentiu o sangue gela quando viu o filho em um tanque boiando. A água estava suja de sangue e o menino não se mexia.

— Merda. Temos um código seis. Código seis. – Vilma gritou correndo para onde Lucy estava se esticando tentando pegar o amigo enquanto gritava que Marcus tinha matado Maxon. – Criança no tanque do tubarão.

Claire colocou a mão na boca antes de correr para tirar o filho de lá desesperada. Ela estava quase lá, quando sentiu dois braços na cintura dela a impedindo de continuar. Ela olhou para cima e viu um segurança segurando ela.

— Me solta. Me solta, eu preciso tirar meu filho de lá. – ela começou a se bater tentando chegar ao filho. – Me solta agora mesmo.

— Sinto muito, senhora, mas não posso. Esse tubarão pode arrastar a senhora facilmente para a água. Não podemos deixar mais ninguém morrer.

Claire gritou ao escutar aqui e começou a socar o homem enquanto tentava se soltar e ir para o filho. Ela começou a chorar enquanto mandava o homem fazer algo para salvar o filho dela.


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