Owen e Claire limparam a mesa e depois colocaram as crianças na cama antes de irem para o quarto. Assim que Owen no quarto viu Claire sentada na cama lendo os papeis que Simon tinha deixado com eles. Owen se sentou ao lado dela. Ele beijou o pescoço dela e olhou para os papeis que ela estava lendo.

— Isso realmente chamou sua atenção. – ele disse encostando a cabeça no ombro dele.

— O dinheiro é ótimo. – ela disse virando a página. – O contrato foi bem escrito e tem bons pontos. Certo, que podemos mudar muitas coisas, mas basicamente, é um bom contrato.

— O seu ou o meu?

— Os dois. Eu li o seu por cima. – ela colocou o contrato de lado e olhou para ele. – Isso seria um grande passo. Ir para outro país com as crianças, deixar tudo o que conhecemos para trás. E ir morar em uma ilha cheia de dinossauros. Eu não sei, Owen.

— Por que não dormimos agora e conversamos sobre isso amanhã? Eu vou estar de folga.

— Ótimo. Estou com saudade. – Claire se deitou em cima de Owen.

— Mesmo?

— Sim. Muita saudade.

— Por que não me mostra o quanto?

Claire riu antes de se inclinar para ele.

Owen acordou cedo no dia seguinte e foi para a cozinha. Ele tinha pegou o contrato e estava lendo enquanto tomava café. Claire estava certa. O dinheiro era ótimo. Daria para ele colocar em uma poupança para a faculdade dos meninos e como eles estavam pensando em ter outro filho, seria bom.

— Bom dia, Owen. – Maxon disse entrando na cozinha.

— Bom dia, Alce. Dormiu bem?

— Sim. A mamãe ainda estar dormindo?

— Sim. Quer café?

— Sim, por favor.

Owen colocou o café para o menino e se encostou no balcão enquanto lia o contrato e tomava seu café. Claire e Lucy chegaram pouco tempo depois. Os quatro tomaram café e Owen foi levar as crianças no ponto. Owen voltou para a casa e encontrou a esposa sentada na mesa com os contratos na frente dela.

— São bons contratos. – ela disse sem olhar para ele.

— Seria um passo enorme, amor.

— Precisamos desse dinheiro.

— Acho que podemos esperar um pouco mais antes de decidimos. – Owen sorriu para ela.

— Não podemos. – Claire olhou para ele. – Eu estou gravida.

Owen olhou para ela em choque. Eles tinham falado sobre ter outro filho. As crianças estavam grandes e eles não queriam que eles tivessem uma diferencia muito maior do que já tinham dos irmãos mais novos, mas eles não tinham planejado nada para agora.

— O que?

— Eu descobri semana passada. Eu sei que não planejamos, mas aconteceu. Esse contrato apareceu na hora certa. Você não vai conseguir cuidar de tudo sozinho.

Owen se sentou e passou a mão pela a cabeça. Ela tinha razão. Era muita coisa. Apesar do salário dele dá para cuidar deles, das crianças e do bebê, ficaria apertado e ele sabia disso.

— Eu não sei o que dizer.

— Eu sinto muito.

— Ei, o que é isso? Nunca sinta muito pelo meu filho. – ele pegou a mão dela em cima da mesa. – Não era esperado, mas aconteceu, vamos lidar com isso. Vamos conversar com Marsani, mudar umas coisas nesse contrato e depois vamos conversar com as crianças.

— Você não estar com raiva por que estou gravida?

— Claro que não, Claire. Um bebê é um presente. E ainda mais um bebê seu e meu. – ele beijou a mão dela. – Vamos fazer isso dá certo.

Claire se levantou e deu a volta na mesa se sentando no colo dele.

Eles ligaram para Marsani e falaram sobre o contrato e as coisas que eles teriam que mudar por conta da gravidez. A primeira coisa que Owen pediu foi para que eles tivessem uma casa longe do parque. Ele conhecia as crianças que eles tinham, e não queria dá asa a cobra.

Marsani concordou com isso e falou com eles sobre os golfinhos de Owen. Ele cuidaria para que os animais fossem para um lugar seguro e que nada acontecesse com eles. Quando eles contaram a novidade para os meninos eles ficaram animados. Claire achou melhor contar sobre o bebê depois que eles se mudassem, ela não queria que eles associassem o novo irmão ao fato de ganharem um irmão.

Eles passaram o próximo mês cuidando da mudança e tudo relacionado a isso. Quando eles chegaram a ilha, as coisas passaram a correr um pouco mais rápido. Com a nova casa, o bebê novo e tudo novo, eles nem viram o tempo passando. Claire estava feliz com seu novo emprego. Diferente do seu antigo, ela sentia que ela podia fazer a diferencia, sentia que finalmente poderia crescer profissionalmente.

Quando seu filho nasceu seis meses após eles chegarem a ilha, ela não pode deixar de comparar como tudo tinha sido diferente. Owen esteve com ela a cada passo da gravidez, Owen estava lá quando o filho nasceu e estava lá todas as noites para ajudar ela a cuidar do filho. Maxon tinha ficado nervoso quando descobriu que estavam tendo um menino com medo do Owen o deixar de lado, mas o homem começou a fazer planos com ele sobre o que eles iriam ensinar para o irmão e quando o bebê nasceu Owen não passou a tratar ele diferente.

— Papai, Maxon está atrasado. – Lucy disse em uma manhã quando Owen estava sozinho com eles. Seus raptores ainda não tinham nascido. Antes de qualquer coisa, Owen queria ter certeza que o padoque era seguro, ele não queria correr qualquer risco. Claire tinha uma reunião cedo e Owen ficou com os filhos.

— Ele já deve ter levantado. – ele disse limpando boca de Eric que tinha acabado de mama.

— Não. Eu fui ver. Ele está se mexendo na cama.

Owen olhou para a filha e foi para o quarto de Maxon. O menino estava se mexendo e falando durante seu sono.

— Ei, amigo, hora de levantar. – Owen o balançou com a mão livre. – Maxon? – Owen colocou a mão na testa dele e notou que ele estava queimando. – Merda. Lucy, pegue a bolsa de Eric e vá para o carro.

— Por que?

— Maxon estar doente. – Owen disse indo para fora com a filha. – Fique aqui com seu irmão que eu vou pegar ele.

Ele colocou Eric na cadeirinha no carro e voltou para a casa. Ele pegou Maxon no colo e mandou uma mensagem para Claire. O hospital ficava no parque que era meia hora de carro da casa deles. Assim que ele chegou lá, Owen tirou a cadeirinha e a colocou no chão, antes de pegar Maxon e o arrumar no colo. Depois pegou a cadeirinha e esperou Lucy segurar na blusa dele para entrar no hospital.

— Por favor, eu preciso de ajuda. Meu filho está com febre e não está acordando.

— O senhor sabe quanto? – a enfermeira perguntou se aproximando deles.

— Não. Minha esposa está trabalhando, eu estou sozinho com eles hoje de manhã. Ele não estava assim antes. Nem mesmo gripado. Temos um bebê de quatro meses, não sei o que pode ser.

— Por aqui, senhor.

Owen seguiu a enfermeira e levou Maxon até um quarto. Eles mediram a temperatura, colheram sangue e colocaram ele no soro. Owen se sentou com Lucy e Eric nervoso. Ele não sabia por que Maxon estava desse jeito.

— Onde estamos? – Maxon perguntou chamando a atenção de Owen.

— No hospital, companheiro. Você estava com febre. Te deram um remédio e ela abaixou. Como se sente?

— Meu corpo todo dói. – ele triste. – Cadê a mamãe?

— Ela já deve estar a caminho. Ela tinha que conversar com pessoas importante hoje, ela não deve ter visto o telefone ainda.

— Tem água? Estou com sede.

— Claro.

Owen pegou um copo e deu um pouco de água para ele.

— Senhor Grady? – Owen olhou para cima quando o médico entrou. – Estou com o resultado dos exames. Maxon está com uma infecção. Não é nada grave, mas vamos manter ele hoje.

— Infecção onde?

— Urinaria. Não é tão incomum, não se preocupe. – ele disse sorrindo. – Vou trazer os papeis dele para você assinar.

Owen concordou com a cabeça e olhou para Lucy sentando no sofá olhando Eric para ele. Ele voltou seu olhar para a porta quando Claire entrou.

— O que aconteceu? Ele estar bem? – ela perguntou indo para a cama do filho.

— Sim. Infecção urinaria, querem manter ele hoje. – Owen respondeu se levantando para se aproximar dela. – Ele está bem agora.

— Por que você não vai para a casa e tira Lucy e Eric daqui? Eu fico com...

— Eu quero que o Owen fique, pode? – Maxon disse fazendo eles olharem para ele.

— Claro, Alce. – Owen disse bagunçando o cabelo do menino depois de uma rápida trocar de olhar com Claire.

— Qualquer coisa me liga. – Claire disse beijando o marido antes de pegar a cadeirinha do filho e a mão de Lucy.

Owen assistiu a esposa sair com os filhos antes de voltar para o lado de Maxon. O menino olhou para ele por um tempo antes de pegar a mão dele.

— Owen?

— Sim, Alce.

— Eu queria te pedir uma coisa. Posso?

— Qualquer coisa.

— Você pode ser meu pai?

Owen olhou para o menino surpreso. De todas as coisas que Maxon poderia pedir para ele, essa não era uma das que ele imaginou.

— Seu pai?

— Sim. Lucy e Eric são seus filhos e eles tem seu nome na certidão. Eu pesquisei e se meu pai assinar, você pode me adotar e podemos ser pai e filho de verdade. Eu gostaria de ser um Grady também.

— Bom, Alce, acho que se é isso que você quer, podemos conversar com sua mãe. Eu adoraria ser seu pai.

Maxon sorriu e abraçou Owen. Eles passaram o resto do dia e a noite no hospital antes de Maxon se liberado para ir para a casa. Quando eles contaram para Claire o que o menino queria, ela chorou. Mais de uma vez ela se viu desejando que Owen fosse o pai de Maxon. E agora isso poderia realmente acontecer.

Steven não teve problemas nenhum para assinar os papéis abrindo mão dos direitos sobre o filho. Ele apenas quis ter certeza que não ia precisar pagar nada. Não que Owen permitiria que ele pagasse qualquer coisa para Mason. Desde que ele e Claire se casaram, Owen era quem cuidava financeiramente de Maxon. E as coisas continuariam assim. Mesmo com Claire falando que não precisava, Owen sabia disso, mas ele amava Maxon como seu e faria o que fosse preciso para o menino ter tudo do bom e do melhor.

Quando eles finalmente tinham os papeis e Maxon era legalmente de Owen eles fizeram uma festa para comemorar. Agora eles eram definitivamente a família Grady e nada nem ninguém ia separa-los.