My... No, Our Family escrita por Anieper


Capítulo 12
Capítulo 12




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Lucy e Maxon notaram que tinha alguma coisa errada com os pais. Owen e Claire não estava se falando. Owen ainda cumprimentava Maxon sempre que ia na escola, mas ele cancelou dois sábados de pizza. Claire tinha tentando falar com o namorado, mas Owen estava ferido. Ele sabia que ver o filho machucado pode ser estressante, mas Claire acreditar que ele tinha machucado Maxon, isso estava fora de questão para ele.

Claire tinha mandado uma mensagem com mil desculpas e pedindo para que ele falasse com ela, mas ele apenas disse que precisava de um tempo. Ele tinha muita coisa acontecendo nesse momento. Queriam mandar os animais dele para testes, mas ele sabia que eles ainda não estavam prontos, eles precisavam de mais tempo.

Owen teve que viajar e estava esgotado. Principalmente com o prazo curto que tinham dado para ele. Ele teria mais três meses para mostrar que os golfinhos eram capazes, ou então, eles iam cancelar tudo e soltar os animais.

— Owen Grady. – ele atendeu o telefone enquanto jogava a mala no chão.

— Senhor Grady, aqui é do hospital central, estamos ligando para falar sobre sua ex namorada e sua filha.

— Hospital? O que aconteceu?

— Elas sofreram um acidente ontem à noite. Não conseguimos entrar em contato com o senhor.

— Elas estão bem? Lucy estar bem?

— Sua filha estar bem, mas sua ex-namorado e o marido não resistiram. O senhor precisa vim para o hospital para assumir a tutela da sua filha.

A mulher continuou falando mas Owen não ouviu muito. Ele apenas disse que estava a caminho e correu para o hospital. Assim que chegou lá, ele foi levado a filha. Lucy estava deitada na cama, chorando enquanto abraçava o travesseiro.

— Lucy. – ele conseguiu falar antes de ir até a filha.

— Papai, a mamãe não me respondeu. – Lucy disse pulando no colo do pai. – Por que ela não me respondeu?

Owen abraçou a filha e deixou seu coração se acalmar um pouco. Um médico entrou pouco tempo depois e explicou os ferimentos de Lucy, ela estava bem. Apenas um corte na cabeça e uma contusão no ombro direito onde o cinto de segurando a impediu a sair voando. Mary e Josh, não estavam de cinto.

— Coruja, o papai precisa de explicar uma coisa. – ele disse delicadamente. – A mamãe e o Josh se foram. Igual ao pássaro do Carlos, lembra?

— Ela... ela morreu?

— Sim, amor. Eu sinto muito. – Lucy abraçou o pai chorando enquanto Owen tentava consolar a filha.

Eventualmente, Lucy dormiu e Owen precisou ir cuidar de tudo. Ele reconheceu os corpos e liberou para os enterros. Depois ele voltou para o quarto da filha. Lucy ainda dormia. Ele se sentou por um longo tempo na cama olhando Lucy dormir antes de pegar seu celular.

Olá?— Claire atendeu o telefone um pouco nervosa, essa era a primeira vez que ele ligava em duas semanas.

— Mary e Josh morreram. – ele soltou de uma vez.

— O que?

— Acidente de carro. Ontem à noite.

— E Lucy?

— Ela estava com eles, mas estar bem. Estou no hospital com ela agora.

— Estou a caminho.

Claire foi para o hospital o mais rápido que pode. Owen estava sentado ao lado da filha sem fazer nada, apenas olhando para longe. A ruiva entrou e foi até ele, o abraçando. Owen a abraçou, mas não disse nada. Claire entendeu que ele ainda estava em choque.

Os próximos dias se passaram como um borrão. Os velórios aconteceram, Owen arrumou tudo o que tinha para levar para a casa dele e Lucy passou a morar com ele. Claire e ele tinham conversando e estavam bem novamente. Eles tinham cancelado a viagem de aniversário por que Owen não queria deixar a filha agora.

Lucy estava passando bem pela a transição. Ela ainda perguntava sobre a mãe as vezes, mas na maior parte do tempo, ela estava bem com isso. Owen estava fazendo o melhor que podia para dá uma vida normal a menina. Claire e Maxon passaram uma semana na casa deles para ajudar com a nova rotina, antes de voltarem para a casa deles.

Claire estava enfrentando seus problemas no trabalho. Seu chefe se recusou a dá a promoção para ela, apenas por que ela era mulher e quando ela o chamou de machista, ele simplesmente a mandou embora. Claire foi para a casa do namorado chorando. Aquele trabalho era o único modo dela sustentar o filho. O que ela faria agora?

— Claire? O que aconteceu? – Owen perguntou surpreso.

Ele não estava esperando por ela e não esperava encontrar ela na sua porta chorando.

— Eu fui despedida. – ela o abraçou enquanto soluçava.

— Oh, querida, eu sinto muito. – ele disse beijando a testa dela.

— O que eu vou fazer agora, Owen? Como vou pagar tudo?

— Vamos dá um jeito. Se acalme. – ele a levou até o sofá. – O que aconteceu?

— Meu patrão disse que eu não era qualificada para a promoção. Eu perguntei por que, já que tenho os mesmos cursos que os outros, tenho até mais qualificação do que algumas pessoas, mas ele me disse que eu era mulher e que esse não era trabalho para mulher. Eu o chamei de machista e ele me mandou embora.

— Eu sinto muito, querida. Sei que você é melhor do que muitos desses homens. Se tem alguém que merecia essa promoção era você.

— O que eu vou fazer, Owen? Tenho que pagar a escola de Maxon, as contas...

— Você é ótima no seu trabalho, logo vai encontrar outro. Você vai ver.

Claire apenas chorou no peito dele.

O próximo mês se passou com Claire tentando fazer o que podia para encontrar outro emprego. Mas parecia que tudo estava contra ela. Ela não tinha recebido nenhuma ligação e estava com medo que não conseguiria outro trabalho antes do dinheiro acabar. Para completar, o preço do apartamento dela aumentou e ela não sabia como faria para pagar.

Ela não tinha contado nada para os pais. Ela não queria que eles tentassem convence ela a voltar para lá novamente.

— Mamãe, vamos a um passeio na escola. – Maxon disse entrando em casa com um sorriso no rosto. – Posso ir?

Claire pegou o papel que ele estendia para ela e leu.

— Desculpe, querido, mas não. – ela disse depois de ver o valor.

— Mas todo mundo vai. Lucy e eu já combinamos tudo.

— Eu sinto muito, mas eu não tenho como pagar por isso agora. – ela colocou o papel em cima da mesa. – Quem sabe da próxima vez?

Maxon olhou para a mãe e suspirou antes de ir para seu quarto. Não teria uma próxima vez. Claire se sentou no sofá e suspirou. Ela odiava negar as coisas para o filho, mas ela não estava em condições de pagar nada além do que normalmente. E para piorar, ela estava ficando sem dinheiro.

Ela se levantou e foi para a porta quando ouviu alguém batendo.

— Senhor Leon, em que posso ajudar? – ela perguntou ao ver o dono do apartamento.

— Desculpe vim sem avisar, Claire, mas temos um problema.

— O que foi?

— Eu tenho recebido reclamações de Maxon. Essa é a terceira vez e eu pensei que talvez fosse melhor pedir o apartamento de volta.

— O que?

— Olha, eu sei que você estar aqui a muito tempo, mas o vizinho de baixo anda reclamando do seu filho e ele paga mais do que você. Não é nada pessoal, mas não é apenas dele que recebo reclamações do seu filho. Eu sei que você é uma ótima inquilina, mas não posso mais ignorar. – ele entregou a ordem de despejo para ela. – Sinto muito.

Claire ficou parada na porta sem saber o que fazer. Ela já tinha ouvido que Leon tinha feito isso com algumas pessoas que moravam ali, mas normalmente, eram como os novos. Ela estava lá a quatro anos. Claire entrou na sala e se sentou no sofá.

— Mamãe? – Maxon a chamou confuso por ela está olhando para o nada com os olhos cheios de lágrimas. – Mamãe?

Claire não respondeu. Maxon olhou para a mãe antes de pegar o telefone dele e ligar para Owen. Ele saberia o que fazer. Owen e Lucy chegaram vinte minutos depois. Claire ainda estava do mesmo jeito. Owen mandou as crianças para o quarto brincar enquanto ele se sentava ao lado de Claire.

— Querida? – ele disse tocando o ombro dela delicadamente. – Claire? – A ruiva piscou quando ele pegou o rosto dela delicadamente e a fez olhar para ele. – O que aconteceu?

— Eu fui despejada. – ela disse quase sem voz. – Ele me mandou sair. Eu tenho uma semana. O que vou fazer?

— Ei, espera. Por que ele te despejou? Você não conseguiu pagar? Por que não me disse? Eu teria pago para você.

— Eu paguei. – Claire fungou. – Eu já tinha ouvido outros moradores falarem que ele tinha o costume de fazer isso sempre que alguém dava um lance maior. Eu pedir para ele esperar um pouco para aumentar por que estava sem emprego, ele disse que estava tudo bem e que eu poderia esperar alguns meses e depois pagar a diferencia. Mas agora...

— Vai ficar tudo bem.

— Como? Eu estou na rua com meu filho. Vão tirar Maxon de mim se eu for para a rua.

— Eu posso ir ter uma conversa com esse cara.

— Não.

— Então, vocês podem vim morar comigo.

— O que?

— Estamos junto a um ano. Sei que é um pouco apresado, mas eu não me vejo sem você e Maxon. Temos um quarto de sobra que podemos usar para fazer um quarto para ele.

— Owen, você mora em uma casa militar. Apenas sua esposa pode morar lá.

— Então, case comigo.

— O que?

— Não era assim que eu queria fazer isso, mas eu estava planejando em te pedir em casamento. Para falar a verdade, estava pensando em fazer isso na nossa viagem. Não era para apresar nada, mas eu quero passar o resto da minha vida com você, Maxon e Lucy.

Claire olhou para ele por um tempo pensando. Ela sabia que ele estava planejando pedir ela em casamento. Lucy e Maxon tinham dito para ela. E apesar de tudo, ela queria isso. Ela o amava e sabia que Owen era o certo para ela. Para sempre.

— Eu aceito. Eu apenas não queria que fosse assim, apresado.

— Eu te amo e quero ficar com você para sempre. Isso é o que importa. – Owen a beijou. – Vamos cuidar de tudo. Vai dá tudo certo.

Claire abraçou ele e fechou os olhos, ela realmente queria acreditar nisso, mas nos últimos dias, tudo estava indo de mal a pior.

A próxima semana se passou com Owen e Claire arrumando tudo para o casamento e a mudança. Claire não queria nada grande, por isso, iriam ser apenas eles, as crianças e a família dela. A cerimonio foi rápida sendo seguida por um jantar. Lucy e Maxon estavam felizes com isso. Principalmente pelo o fato de Owen os deixou decorar o quarto do menino como eles quisessem. Claire e Maxon se mudaram oficialmente depois do casamento. Suas coisas já estavam todas lá e o que não precisavam levar, ela doou.

Os próximos três meses foram para eles se acostumarem a nova rotina. Ou melhor, para Claire se acostumar. Owen estava trabalhando sem parar. Ele disse que queriam testa os animais, e ele estava lutando para que não fizessem isso. Eles não estavam prontos. Ele teve que fazer uma viagem de teste e Claire ficou com as crianças. Ela ficou sem notícias dele por três dias antes dele chegar em casa.

— Oh Deus, o que aconteceu? – Claire perguntou colocando a faca que ela estava usando para cortar legumes na mesa para correr até ele. – Você estar bem?

Owen conseguiu sorrir para ela. Ele tinha um corte na festa aonde ele levou pontos. Mas tirando isso ele estava bem.

— Estou bem, apenas foi uma loucura.

— Deu certo?

— Não. – Owen suspirou. – Eles estão pensando em fechar o projeto. Estão falando em matar meus animais.

— Eu sinto muito. – Claire o abraçou e beijou a bochecha dele.

— Eu não sei o que fazer. Eles não estão falando em matar eles mesmo, mas vão soltar eles no mar. Eles foram criados em cativeiro, nunca tiveram que caçar, será o mesmo que enfiar uma faca na cabeça deles. Seria melhor se fizessem isso, pelo menos seria rápido.

— Vai ficar tudo bem.

Claire o beijou novamente e mandou ele ir tomar um banho antes dela terminar a comida. As crianças chegaram pouco tempo depois e correram para Owen.

— Ei, pestinhas. – ele disse abraçando os dois. – Se comportaram?

— Sim, papai. – Lucy disse sorrindo enquanto Maxon concordava com a cabeça.

— Tiramos dez na prova.

— Isso é muito bom. Vamos trocar de roupa e depois vamos comer.

Eles correram para seus quartos enquanto Owen foi ajudar Claire na cozinha. Quando ele tinha terminado de colocar a mesa, as crianças chegaram. Eles conversaram enquanto comiam e estavam quase terminando quando ouviram uma batida na porta.

— Eu vou. – Owen disse se levantando. – Rexy, Ruiva, parem. – ele disse para os cachorros que estavam latindo. – Vão deitar.

Os cachorros pararam de latir e foram para a cama deles. Owen abriu e a porta e se deparou com um homem que nunca tinha visto. Ele parecia indiano e estava vestindo um terno azul-celeste que Owen achava de gosto duvidoso.

— Olá, posso ajudar? – ele perguntou confuso.

— Sim. Você é Owen Grady?

— Sim.

— Ótimo, estava procurando pelo o senhor. – o homem sorriu. – Simon Marsani. Será que posso entrar? Acho que temos muito o que conversar.

Owen olhou para dentro rapidamente, antes de dá um passo para o lado e deixar o homem entra. Ele fechou a porta e se virou para o homem.

— Se sente. Fique à vontade.

— Oh, atrapalhei seu jantar? – ele perguntou ao ver os outros na mesa.

— Tudo bem, eu já tinha terminado. Crianças, terminara?

— Sim, papai.

— Sim, Owen.

— Então, vão fazer seu deve. – ele disse para os dois que saíram da mesa e subiram a escada olhando para trás curiosamente. – Essa é minha esposa, Claire.

— Olá, senhora Grady, como vai? – Simon disse apertando a mão da mulher quando ela se aproximou deles.

— Estou bem, obrigada.

— Vocês devem estar se perguntando por que estou aqui. – ele sorriu. – Eu estou começando um parque temático e acho que o senhor Grady seria perfeito para um dos projetos.

— Eu não sei se entendi. – Owen disse quando Claire se sentou ao lado dele. – Eu sou da marinha, quer que eu trabalhe com a segurança?

— Não. Não, já tenho alguém para isso. Estou mais interessado em seu conhecimento como treinador animal. Acho que assim como quase todas as pessoas no mundo, vocês já devem ter ouvido do incidente em San Diego? Aquele com o T-Rex.

— Sim.

— Eu conversei com o dono do projeto e ele concordou em me passar isso. A ideia era fazer um parque temático, mas muitas coisas deram errada, mas acho que posso fazer isso dá certo. E vou. O grande problema no parque foram os raptores. Veja, eles são espertos e sabem o que querem. Eu tenho um projeto que está interessado em descobri o quão esperto são esses animais. E seria aí que o senhor entrar.

— Como treinador?

— Isso. Mas seria mais. Eu vi alguns vídeos do senhor. Vi como segue suas pesquisas e acredito que o senhor seja a escolha certa para isso. Esses animais têm potencial e eu acredito que o senhor seja a pessoa certa para trazer isso. Eu conversei com alguns adestradores e o senhor é uma fonte de referência. Mais de uma pessoa me disse que o senhor era o certo para esse trabalho.

— E onde seria esse parque?

— Em uma ilha na Costa Rica. E antes que negue falando sobre seus filhos, temos todo o suporte para crianças e sua esposa teria um lugar em nossa empresa. Eu tomei liberdade para estudar um pouco sobre a sua família e senhora Grady, devo dizer que fiquei impressionado com o que descobrir sobre a senhora. Me surpreende que não esteja em uma empresa grande.

— Eu trabalhava em uma, mas aparentemente, uma mulher não é qualificada para assumir posições altas. – ela disse amargamente.

— Posso te garantir que esse não será um problema em minha empresa. – Simon pegou uma pasta e tirou alguns papeis. – Aqui está o contrato. Leiam, e depois me deem a resposta. Não tenho presa.

— Obrigado. – Owen disse pegando o papel.

— O da senhora também estar aí. Fiz isso apenas para deixar claro que quero os dois. Sei que seremos grandes juntos.

Simon se levantou e Owen o levou até a porta.

— O que foi isso? – ele perguntou depois de trancar a porta e olhar para a esposa.

— Também não sei.


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