My... No, Our Family escrita por Anieper


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784100/chapter/1

Se tem uma coisa que a vida ensinou para Owen Grady é que a vida era cheia de surpresas e que mudava constantemente. Ele não esperava ser pai aos dezesseis anos. Ele não esperava essa responsabilidade, mas quando sua namorada disse que estava gravida, ele assumiu a responsabilidade. Ele encontrou um emprego e fez o que pode para dá o melhor que podia para o bebê.

Lucy Helena Grady virou o mundo de Owen de cabeça para baixo. Quando finalmente pode pegar sua filha, Owen sabia que faria qualquer coisa pela aquela criaturinha. Até mesmo levar a filha para a casa para que a mãe pudesse descansar um pouco a noite, sem ter muita ideia do que estava fazendo. Então, uma semana sim e uma semana não.

Seu mundo mudou novamente quando ele foi levar a filha para a namorada e a pegou na cama com seu melhor amigo. Owen quis odiar a namorada por isso, mas o medo de não poder participar da vida da filha falou mais alto. Então, no fim, ele terminou com Mary e seguiu em frente com sua vida e sua filha.

Quando ele teve idade suficiente entrou na marinha. O salário era bom e assim ele poderia dá tudo de melhor para a filha. Foi difícil para ele quando ele foi transferido, mas ele conseguiu manter as notas e entrou na faculdade. Quando terminou, ele começou a trabalhar treinando cachorros e fez uma especialização e quando viu ele estava em um programa de treinamento com mamíferos marinhos. O programa estava indo bem. Apesar de Owen ser o principal treinador tinha problemas com alguns superiores que queriam resultados quando os animais ainda não estavam prontos.

Depois de aceitar o emprego no NRL, em Washington D.C, Owen convenceu a ex a se mudar para a capital com a filha para que ele pudesse acompanhar a vida dela. Owen comprou uma casa para a ex namorada e com a ajuda de alguns amigos conseguiu um emprego para ela em uma empresa, aonde ela conheceu a atual marido.

— Papai, o senhor vai me levar ao passeio da escola amanhã? – Lucy perguntou entrando correndo na casa do pai sem ligar para os gritos da mãe para ela parar.

— Oi, para você também, estranha. – Owen disse olhando para a filha por cima do ombro enquanto terminada de fazer um de seus relatórios. – Que passeio é esse?

— Eles vão ao laboratório amanhã. – Mary disse entrando com a mochila da filha. – Ao que parece o filho de um dos seus chefes estuda na mesma turma que ela e conseguiu fazer com que a turma fosse aceita para um passeio educacional.

— Certo, e por que eu tenho que ir? – ele perguntou olhando desconfiado para a filha.

Lucy deu uma risadinha e escondeu o rosto corado nas mãos. Lucy era a criança mais doce que Owen já tinha conhecido, mas também era a que mais gostava de aprontar. Apesar dos seus cinco anos, a menina sabia o que queria e quando queria. E faria qualquer coisa que pudesse para conseguir, mesmo se não devesse fazer.

Como quando ela queria ir para o trabalho do padrasto depois que ele disse que eles tinham uma máquina do tempo lá e ela se escondeu no porta-malas e foi com ele para o trabalho. Mary ligou para Owen desesperada querendo saber se ele a tinha pego, depois que a creche ligou avisando que ela não tinha aparecido com a vizinha como fazia todos os dias. Owen negou e foi se encontrar com ela para que pudesse procurar pela a filha.

Lucy conseguiu sair do carro e descobriu que a máquina que o padrasto tanto falava era de brinquedo para as crianças que visitavam a empresa com os pais. Ela destruiu a máquina e tomou um pote de sorvete que encontrou na cozinha dos funcionários antes de ir atrás do padrasto para falar que o trabalho dele era chato.

Ela tinha apenas três anos quando fez isso e depois que entrou na escola piorou. Foi lá que ela conheceu seu melhor amigo. Maxon. Quando esses dois se juntavam as coisas saiam do controle. Eles eram duas pestes. Owen já tinha ficado com os dois vezes o bastante para ter uma ideia do porquê a professora queria que ela queria que um dos pais acompanhasse a filha.

— Ela e Maxon atearam fogo nas cortinas do diretor, depois de terem colado cinco de seus colegas na cadeira, sem falar que jogaram tinta no cabelo de outra aluna. – Mary respondeu enquanto Lucy olhava para baixo para não encarrar o pai.

— Pensei que ela não recebeu reclamações nas últimas semanas.

— Isso foi mês passado antes deles descobrirem essa excursão. – Mary se sentou e soltou um suspiro. – Eu ia leva-la, mas eu tenho uma viagem de trabalho. Eu tentei de tudo para não ir, mas não conseguir. Eu sei que estou pedindo muito, mas um dos pais tem que ir. Eles não deixaram Josh ir.

— Eu preciso ligar para meu chefe, mas não acho que deva ter problemas já que de um modo ou de outro vou acabar no trabalho.

— Mesmo?

— Sim. Deixa eu ver com Jones.

Owen pegou o celular dele e ligou para o chefe. Como ele previa não tinha problemas em passar o dia com a filha, ele fazia isso direto. Ele teria que chegar mais cedo no trabalho para alimentar e ter certeza que seus animais estavam bem, mas ele poderia passar o dia com a filha.

— Então? – as duas perguntaram quando ele desligou.

— Acha que a professora deixa ela ir sem mim? – Lucy fez bico com os olhos cheios de lágrimas. – Vou ter que entrar mais cedo para poder passar o dia com ela. Não vou poder acompanhar ela no ônibus.

— Vai poder ir? – as duas perguntaram.

— Eu vou poder fazer o passeio com as crianças. – Lucy pulou em cima do pai com um grito feliz. – Mas terei que alimentar os animais, então, não poderemos seguir todos para todos os lugares.

— Tudo bem. Maxon e a mãe dele podem ir com a gente quando você for alimentar os golfinhos? Ele me disse que a mãe dele não queria ir. Ela teve que cumpri um monte de hora extra para poder ir.

— Vamos ver. Agora vá tomar banho para jantar. – ele beijou a testa da filha que pulou e pegou a mochila dela antes de correr para o quarto dela.

— Obrigada. Eu vou falar com Claire e ver se ela pode ficar de olho na Lucy até chegar lá. – Mary disse se levantando. – Acha que pode convencer a professora?

— Se não conseguir, a levo comigo.

— Obrigada, mais uma vez. Isso é importante para ela. – Owen se levantou e a acompanhou até a porta. – Eu devo estar de volta em três dias. Se quiser Josh pode...

— Ela é minha filha, não de Josh. Eu posso ficar com ela até você voltar. – Owen se encostou na porta. – Josh pode ser bom para você, mas ele não é para minha filha.

— Ele sempre a tratou bem.

— Ele bateu nela. Ninguém que encoste um dedo nela é bom para ela. – Mary rolou os olhos.

— Não foi tão ruim, foi um tapa.

— Um tapa não deixa os braços roxos daquele jeito. Eu sei que Lucy é uma criança difícil, sei que as vezes é difícil manter a paciência com ela, mas se eu e você combinamos que não íamos bater nela, quem ele é para levantar a mão para ela?

— Eu sinto muito por isso. – Mary disse. – Eu preciso ir.

— Tenha uma boa viagem. Lucy te liga amanhã à noite para falar como foi a visita.

— Tudo bem. Fala para ela que eu a amo.

Mary saiu e Owen fechou a porta atrás dela. Ele preparou a comida e depois foi para a sala. Lucy apareceu pouco tempo depois e eles jantaram. Owen a colocou na cama e depois foi terminar seus relatórios, antes de ir para a cama.

Lucy acordou cedo no dia seguinte. Bem antes de seu pai. Ela desceu da cama e correu para o quarto do pai. Ela pulou na cama e caiu em cima do pai fazendo ele soltar um gemido antes de segurar a filha para ela não cair.

— Acorda, pai. Temos que ir. – ela disse fazendo ele bufar.

— Por que não acorda desse jeito em um dia normal? – ele resmungou se sentando na cama e olhou para o relógio de viu que faltava meia hora para ele desperta, mas conhecia a filha e sabia que ela não ia deixar ele dormir novamente. – Vá escovar os dentes, trocar de roupa e me encontre na cozinha.

— Certo. – Lucy pulou da cama e correu para o quarto dela.

Ela fez o que o pai mandou e desceu as escadas. Owen estava terminando o café e falava ao telefone. Lucy pegou seu suco e se sentou olhando para o pai.

— Eu sei, diretor. Não, eu vou estar lá. Apenas não posso pegar o ônibus com eles. Eu trabalho lá. Não terei trabalho para entrar, confie em mim.

Lucy parou e prestou atenção no pai. Ela mordeu o lábio inferior. Ela queria poder ir. Ela se comportou tão bem esses dias. Ela merecia ir.

— Desculpe, pode repetir? Mary já pagou o passeio. Certo. Quer saber? Vai ver se encontrar algo para resolver seus problemas, que eu resolvo o meu, tenha um bom dia.

— O que aconteceu? – Lucy perguntou com os olhos arregalados.

— Você está oficialmente expulsa do passeio.

— O que? Mas eu me comportei.

— Bom, parece que sua mãe não leu a parte em que tinha que colocar o nome de quem ia com você e colocou apenas o dela. Ela não me colocou como segunda opção.

Lucy fez bico e começou a chorar.

— Ei, querida, não precisa chorar. Você não vai poder ir com seus amigos, mas tudo bem.

— Não está, não.

— Estar sim. O papai vai te levar com ele. Você vai ficar com o tio Paul e receber seus amigos. Depois vou me encontrar com vocês e vamos passar por tudo.

— Mas você disse que eu não posso ir.

— Bom, o diretor disse que você não pode pegar o ônibus sem sua mãe. Ele não disse nada que não podemos seguir seus colegas durante o passeio, afinal, eu trabalho lá.

— Vou poder ir com Maxon?

— Você vai poder se encontrar com Maxon lá e andar com ele.

— Isso. – Lucy comemorou e abraçou o pai.

Owen sorriu no cabelo da filha e a soltou antes de se afastar. Eles tomaram café e Owen foi arrumar a bolsa da filha para levar. Ele colocou três trocas de roupas. Uma calça, um short, duas blusas e um vestido. Ele conhecia a filha e sabia que ela ia achar um jeito de se sujar. Colocou comida para distrair Lucy, um jogo e uma garrafa de água. Lucy esperava pelo o pai na sala com o telefone dele na mão. Ela tinha tentado ligar para Maxon para avisar que ela não ia com ele no ônibus mas não conseguiu falar com ele.

— Maxon não me atendeu. Acho que a Claire não conhece seu número.

— Está tudo bem. Vamos encontrar eles lá. Tudo pronto?

— Sim.

— Então, vamos.

Owen abriu a porta e Lucy correu para o carro dele. Owen preferia sua moto, mas sabia melhor do que levar a filha em uma moto, Mary o mataria antes mesmo de esperar ele explicar que a filha estava completamente segura.

O caminho até o laboratório foi rápido e sem problemas. Lucy foi falando tudo o que ela queria fazer antes de Owen colocar uma música sabendo que ela não poderia fazer a metade das coisas. Quando saíam do carro Owen pegou a mão dela e foi até a guarita.

— Ei, Owen. Ei, gatinha, veio trabalhar com o papai hoje? – Paul perguntou sorrindo para a garota que apenas deu uma risadinha.

Paul era um segurança de cinquenta e poucos anos que adorava crianças. Principalmente aquelas como Lucy que não via nada de mal em brincar com o neto cadeirante dele como uma criança normal. Ele chorou quando viu a menina jogando futebol com o neto. Ele nunca ia esquecer as risadas do menino enquanto Lucy empurrava a cadeira em direção a bola para que ele pudesse jogar também.

— Não. Hoje ela tem uma excursão na escola. Mas como é uma peste não pode vim sozinha. Será que pode ficar de olho nela para mim? Não posso levar ela para a primeira alimentação. Sabe como eles ficam quando ela vem aqui cedo.

— Claro. O ônibus deve chegar em alguns minutos. Vou cuidar dessa gatinha e não vou deixar ela fugir com os amigos.

— Obrigado. – Owen se ajoelhou na frente da filha e olhou sério para ele. – Acho bom se comporta, se você sair um pouquinho da linha hoje, pode esquecer presente de aniversário e natal. Isso sem falar que vou confiscar seu videogame.

— Vou me comporta, prometo.

— Faça essa promessa novamente me mostrando as mãos.

Lucy riu, mas fez o que o pai pediu. Owen sorriu para ela e beijou sua testa antes de entregar sua bolsa e entrar. Lucy se sentou em seu banco e pegou seu caderno de colorir e começou a pintar enquanto conversava com Paul sobre Caio, seu neto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My... No, Our Family" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.