A história de um homem que encarou seu destino II escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 17
Uma visita a Nagoya


Notas iniciais do capítulo

E aí galera, prontos para o capítulo de hoje?

Naoto e seus amigos foram para Yokohama em busca dos Quatro Reis. É nesta cidade onde eles encontram Aquarius, o rei das águas. Nossos heróis ainda tem a ajuda dos agentes da Hellsing de Yokohama, liderados por Takeshi. No fim das contas Naoto não consegue enfrentar Aquarius, e nossos amigos são forçados a ir para uma outra cidade.

Agora o próximo destino será Nagoya, uma cidade que será porta de entrada para uma nova saga para Naoto e seus amigos. Mas o que será que vai acontecer desta vez?

Então, sem mais delongas, vamos para o capítulo de hoje!



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Narrador: Yokohama... Poderia ser apenas uma viagem, se não fosse o fato de que isso seria um desafio. Meu objetivo agora é derrotar os Quatro Reis, que são os quatro membros mais fortes da irmandade das sombras. A batalha contra Aquarius, apesar de ser esperada, acabou com um final em aberto. Com isso, eu e meus amigos nos despedimos de Yokohama e partimos para a nossa próxima cidade.

[Cenário: Estradas do Japão]

Eriko: Agora que nós estamos na estrada, vamos ter que ir direto para Nagoya. Benkei, mantenha os olhos na direção.

Benkei: Deixa comigo.

[Naoto vê que Miharu está bem sério]

Miharu: Naoto-kun...

 [Cenário: Esconderijo da Irmandade das Sombras]

[Três pessoas encapuzadas estão discutindo sobre Aquarius]

Pessoa com um capuz preto: Hmph. Eu sabia que aquele idiota não duraria um minuto contra a suposta reencarnação do Rei Demônio. Por isso que ele fugiu como covarde.

Pessoa com um capuz verde: Talvez. Ou talvez ele esteja tentando recuperar as energias.

Pessoa com um capuz preto: Este delinquente já está me dando nos nervos. Já está mais do que na hora dele ser pessoalmente eliminado.

Pessoa com um capuz cinza: Fiquem calados, vocês dois. A discussão de vocês está sendo um incômodo.

Pessoa com um capuz verde: Hmph. Como se eu discutisse como alguém feito ele.

Pessoa com um capuz preto: Eu diria a mesma coisa.

[Alguém se teletransporta para o quarto deles. É Lucrezia, que está dando a missão para um dos Quatro Reis]

Lucrezia: O que vocês três fazem aqui.

Os encapuzados: Oh! Lucrezia-sama!

Pessoa com um capuz preto: O que faz aqui, Lucrezia Giacomo?

Lucrezia: Pelo visto você ainda é o mesmo arrogante de sempre.

Pessoa com um capuz preto: E eu me orgulho disso. Afinal, eu sou o mais forte dos Quatro Reis.

Pessoa com um capuz verde: Exceto que você não é o único.

Lucrezia: Quietos, vocês três.

Pessoa com um capuz cinza: Eu não disse nada de especial.

Lucrezia: Como vocês devem saber, seu parceiro Aquarius perdeu a batalha contra Naoto e está se recuperando dentro do esconderijo, então estou mandando um de vocês terminar o trabalho dele.

Pessoa com um capuz preto: Me escolha, Lucrezia. Eu sou capaz de enfrentar aquele garoto sozinho.

Pessoa com um capuz verde: Vai ser humilhado feio, e não apenas pelo pirralho.

Pessoa com um capuz cinza: Não sou grande coisa, mas posso ser útil.

Lucrezia: Já escolhi uma pessoa designada para essa missão. Você deve ficar na cidade de Nagoya e enfrentar Naoto Kurosawa até que ele morra. E o escolhido para a missão é você, Rafflesia.

[A pessoa de capuz verde revela parte de seu rosto, sendo uma garota de longos cabelos cor de rosa e olhos amarelos]

Rafflesia: Eu sabia que você não ia me decepcionar.

Pessoa com um capuz preto: Ela? Não! Ela não! Ela com certeza não! Ela não teria chance de enfrentar a reencarnação do Rei Demônio.

Pessoa com um capuz cinza: Até eu teria mais chances do que essa moça.

Rafflesia: Não me subestimem, garotos. Pois enquanto eu estiver aqui...

[Uma vinha aparece enrolando os seus braços, e nela cresce uma rosa]

Rafflesia: Aquele de nome Naoto Kurosawa não terá chances contra mim.

[Rafflesia se teletransporta]

Lucrezia: Aviso. Vocês tem um bom motivo para matarem Naoto Kurosawa. Afinal, ele é a reencarnação do Rei Demônio. Estejam cientes disso.

Os dois encapuzados: Certo.

[Lucrezia se teletransporta]

Pessoa com um capuz preto: Aquela garota me irrita. Tomara que ela seja morta...

[Cenário: Ruas de Nagoya]

[O jipe de Benkei leva Naoto e seus amigos para Nagoya]

Benkei: Chegamos pessoal, Nagoya.

Miharu: Nossa, esse lugar é bem lindo!

Benkei: E esse é apenas o começo.

Reynard: E então, para onde você pretende nos levar?

Benkei: Tem uma pessoa em Nagoya que é um amigo meu. Podemos nos hospedar na casa dele durante nossa viagem.

[O jipe continua levando Naoto e seus amigos]

[Cenário: Casa do amigo do Benkei, fachada]

[O jipe do Benkei para em uma casa. Ao contrário da maioria das casas, a casa lembra mais uma casa tradicional brasileira do que as típicas japonesas. De fato, no tapete da entrada, está escrito “Bem-Vindo” em português.]

Benkei: Bem, nós chegamos.

Naoto: Uau, essa casa é bem... Diferente.

Miharu: Sério? Não achei nada de mais.

[Miharu lê o tapete.]

Miharu: Bem-Vindo... O que significa isso?

Reynard: Bem-Vindo. É português para nosso “Youkoso”.

Benkei: Vamos dizer que os meus amigos são bem excêntricos em relação ao Japão. “Exótico” é um elogio para esses dois.

Naoto e Miharu: E-Exótico...?

[Benkei bate a porta]

Dono da casa: Quem é?

Benkei: Amigo, sou eu, Benkei Ushijima!

Dono da casa: Benkei, é você?

Benkei: Quem mais seria, se não o meu velho amigo, Ricardo Garcia?

 Naoto e Miharu: Ricardo Garcia!?

[O dono da casa abre a porta. Ele é um homem de cabelos pretos, pele morena, olhos castanhos e é gordinho. Além disso, ele se veste de roupas amarelas, e usa um chapéu.]

Ricardo: Sejam bem vindos!

[Naoto e Miharu ficam surpresos ao ver Ricardo]

Naoto: Este... Este é um brasileiro!?

Miharu: Ele não se parece nada com a gente!

Naoto: Vamos tentar nos comportar e tentar não revelar nosso segredo. Vai que ele não vai  nos denunciar...

 Ricardo: Bem, parece que você trouxe convidados para a minha casa. Não importa quem vocês sejam, serão sempre bem-vindos.

Eriko: Meu nome é Eriko Nakajima, eu sou...

[Eriko se vira e vê Naoto, Reynard e Miharu fazendo uma pose de silêncio, implicando que ela não pode falar nada sobre a sua ocupação na Hellsing]

Eriko: Uma velha amiga do Benkei.

Ricardo: Nossa, não sabia que ele tinha uma amiga tão linda quanto você.

Eriko: Não tem de que.

Reynard: Meu nome é Ryotaro Gokuhara. Trabalho no Amazon Fruit Bar como bartender.

Ricardo: Amazon Fruit Bar? É um dos maiores bares brasileiros de toda a Tóquio! Mano, sou fã de seu estabelecimento.

Reynard: Disponha.

Naoto: Ele teve muita sorte de não ter falado que ele é um caçador de monstros.

Miharu: Bem, agora vamos ter que agir como pessoas comuns.

Ricardo: E quem são esses dois garotinhos?

Naoto: Meu nome é Naoto Kurosawa, e essa é a minha amiga Miharu Yasakani.

Miharu: Sou uma sacerdotisa do Templo Yasakani.

Ricardo: Não acham que vocês dois deviam estar na escola hoje?

Naoto: Bem, é uma longa historia. Viemos aqui só para fazer um tour por Nagoya.

Miharu: Nós estudamos no colégio Gekkou, um colégio de Tóquio.

Naoto: Miharu!

Miharu: Que foi?

Ricardo: Já que nós já nos introduzimos, vamos conhecer a casa.

[Naoto e seus amigos entram na casa de Ricardo.]

[Cenário: Casa dos Garcia, sala de estar]

[Naoto e seus amigos observam a casa de Ricardo, e vê que a casa é bem normal, contrastando com o visual tradicional da fachada]

Ricardo: Gostaram? É aqui onde eu moro.

Naoto: Parece tão... Normal. Eu esperava que tivesse algo tipo... Exo... Exo... Qual a palavra mesmo?

Miharu: Exótico.

Naoto: Exótico. É, Exótico. Eu esperava algo diferente.

Ricardo: Calma, calma, eu tenho meus limites. Olha, eu posso ser brasileiro, mas eu ajo como uma pessoa comum em algumas situações.

Naoto: E disso você quer dizer...

Ricardo: Eu posso ser brasileiro, mas eu não sou de todo estereotipado. Tudo bem que eu gosto de fazer coisas que me fazem diferentes dos japoneses, mas isso é algo que faz parte da minha cultura.

Miharu: Acho que eu gostaria de saber mais sobre ela.

Naoto: Pelo que eu saiba, brasileiros gostam muito de frutas tropicais como laranja.

Ricardo: Muito esperto. Como sabe disso?

Naoto: Vou todos os dias ao Amazon Fruit Bar.

Eriko: Belo exemplo de conhecimento...

Reynard: Não posso ajudar. Faço um monte de sucos e coquetéis de frutas.

Miharu: Agora você tá colocando lenha na fogueira.

Ricardo: E então, vocês querem comer alguma coisa? Fiz comida e tá quase hora do almoço.

Naoto e Miharu: Sim, é claro!

[Cenário: Ruas de Nagoya]

[Várias pessoas estão caminhando em Nagoya. Nesse mesmo tempo, uma linda garota de cabelos cor de rosa, olhos amarelos e um longo vestido preto e laranja caminha pela cidade. Esta linda garota é Rafflesia, uma dos Quatro Reis. Alguns dos garotos ficam admirados por ela.]

Garoto 1: Vocês viram só que linda?

 Garoto 2: Ela é uma gata!

Homem 1: Nossa... Que gostosa...

[Rafflesia olha os garotos e continua caminhando tranquilamente. Ela então vai para um dos becos da cidade, onde ela vê duas garotas. Uma tem cabelos loiros e tem um crisântemo no seu cabelo e a outra tem cabelos azuis-claros e tem um lírio no seu cabelo. Elas também usam vestidos de cor amarelo e azul respectivamente.]

Garota de cabelos loiros: Chegou bem na hora, Rafflesia-sama.

Garota de cabelos azuis-claros: É bom te ver novamente.

Rafflesia: Kiku. Yuri. Minhas amigas mais antigas.

Kiku: Vigiamos toda a Nagoya.

Yuri: Até agora não achamos nada sobre um jovem garoto de cabelos brancos.

Kiku: Tem certeza de que ele estaria aqui?

Rafflesia: Naoto tem que estar aqui. Vocês procuraram direito?

Yuri: Achar um jovem garoto de cabelos brancos é mais difícil do que achar agulha num palheiro.

Kiku: Os únicos homens de cabelos brancos que achamos são idosos e homens de meia idade.

Rafflesia: Então devem continuar procurando. Aquarius falhou em matar aquele garoto, então meu dever é terminar o que ele começou.

Yuri: Acho que devemos fazer uma coisa mais divertida, tipo ir ao shopping.

Kiku: Ou talvez a gente possa ir para uma casa de jogos de azar...

Rafflesia: E perder meu dinheiro com isso? Nunca! Vamos continuar procurando aquele garoto de cabelos brancos... Custe o que custar.

Yuri: Sei não...

Kiku: Prefiro gastar meu dinheiro com pachinkos.

Rafflesia: Vamos garotas. Se não podemos achá-lo, temos que atrair o garoto para uma armadilha.

Yuri: Mas como?

Rafflesia: De acordo com Lucrezia, Naoto é a reencarnação do Rei Demônio. Ironicamente, ele possui uma personalidade heroica.

Kiku: Hmmm... O que faremos?

Rafflesia: Para atrairmos o Naoto, devemos causar um desastre. E quem faria o trabalho sujo se não um monstro?

Yuri: Não, Rafflesia-sama, você não está pensando em...

Rafflesia: Sim. Vamos invocar um monstro. Assim o Naoto vai aparecer para lutar contra ele, e então... Pegamos ele!

Kiku: Mas o monstro pode destruir a cidade!

Rafflesia: Essa é a intenção!

Yuri: Pensei que você estava atrás do garoto de cabelos brancos.

Rafflesia: Garotas... Em um mundo dominado pelas apostas, vale tudo para conseguir o que quer.

[Cenário: Casa dos Garcia, sala de estar]

[Naoto e seus amigos estão experimentando um almoço brasileiro]

Miharu: Nossa, essa comida é bem deliciosa. Nunca comi uma carne dessas na minha vida.

Ricardo: Esse é o nosso bom e velho churrasco.

Benkei: Eu sabia que ia gostar do sabor.

Reynard: Não estou surpreso.

Esposa de Ricardo: Parece que eles gostaram muito do meu almoço, querido.

Ricardo: Essa é a minha esposa, Catarina.

Miharu: Prazer em conhecê-la.

[Catarina, a esposa de Ricardo, possui uma pele morena, cabelos pretos, olhos verdes e um sorriso fofo. Ela usa uma roupa de empregada de cor marrom com um avental]

Naoto: Realmente você cozinha bem. E pensar que só apenas no Japão as mulheres que cozinham bem são para casar...

Ricardo: Nos também seguimos algumas tradições japonesas, mas nós gostamos muito de abraçar a nossa cultura.

Catarina: Sou uma grande cozinheira. Talvez um dia eu possa te ensinar a fazer um churrasco.

Miharu: Eu adoraria.

Eriko: Você pode me dar a receita?

Miharu: É claro.

[Naoto continua comendo seu almoço quando ele nota que o filho de Ricardo e Catarina, apesar de estar comendo, não está muito feliz. Ele tem cabelos pretos, olhos verdes e uma pele morena e usa uma blusa azul com um short vermelho.]

Naoto: Ricardo-san, não queria interromper, mas tem alguma coisa errada com o seu filho.

Ricardo: Tá falando do Luís? Bem, ele é assim mesmo em relação aos japoneses.

Catarina: Ele sofre de bullying na escola por causa de sua nacionalidade e ninguém faz nada por ele.

Reynard: Mas isso é um absurdo!

Eriko: Não fizeram nada?

Ricardo: Tentei falar várias vezes com o diretor, mas de nada adiantou.

Catarina: Bullying é muito comum no Japão. Para piorar, Luís se envolveu recentemente e acabou sendo suspenso. Tentamos falar com o diretor, mas não deu certo.

Ricardo: Nos sabíamos que o Luís era inocente de seus erros, mas não podíamos fazer nada. Por causa disso, ele é uma pessoa solitária que detesta japoneses.

Benkei: Agora eu entendo porque ele olha a gente com raiva... É como se algo incomodasse ele.

[Luis termina de comer e coloca seu prato na pia. Depois disso, ele sobe as escadas]

Reynard: O caso deste garoto é realmente muito sério.

Miharu: O que podemos fazer por ele?

[Naoto começa a se sentir mal]

[Cenário: Casa dos Garcia, quarto do Luís]

[No seu quarto, Luís está sentado na sua cama escrevendo no caderno. No seu caderno, Luís está desenhando um garoto sendo horrivelmente espancado por outros garotos. Ao mesmo tempo, Naoto bate na porta]

Luís: Quem é?

Naoto: Um convidado especial.

Luís: Saia daqui.

Naoto: Luis, eu sei que você está aqui. Me deixa entrar.

Luís: Quero que saia daqui agora!

Naoto: Seus pais não te ensinaram a respeitar as pessoas?

Luís: Não quero você dentro do meu quarto, está bem?

Naoto: Por que? Por que você é vítima de bullying?

Luís: Saia! Saia já, seu japonês insolente!

Naoto: Não enquanto você não abrir a porta.

Luis: Eu odeio os japoneses! Todos são idiotas, cruéis e insolentes! Você é igual a eles!

[Naoto fica ofendido e ao mesmo tempo triste com as palavras de Luís. Ele então sai do quarto e desce as escadas.]

Naoto: Aquele garoto é um caso sério...

[Naoto vê Miharu no final das escadas]

Miharu: E então Naoto, como foi?

Naoto: Horrível. Ouvi Luís dizendo que os japoneses são idiotas, cruéis e insolentes.

Miharu: Mas isso é péssimo! Uma criança como essa não deve falar coisas assim.

Naoto: Você viu como ele estava agindo na janta?

[Naoto tem um flashback de que Luis estava jantando calado]

Naoto: Ele não queria falar com ninguém.

[Fim do flashback]

Miharu: Sinto pena dele. Ele sofreu muito e por causa disso ele odeia os japoneses.

Naoto: Queria muito poder ser amigo dele.

Miharu: Você acha que ainda dá tempo de salvá-lo?

Naoto: Acredito que sim. Se ele continuar assim, Luiz se tornará um adulto prejudicado.

Miharu: E como vamos tentar salvá-lo?

Naoto: Se nós ficarmos amigos dos pais dele, talvez possamos convencer o Luiz de que nem todos os japoneses são ruins.

Miharu: É uma grande ideia!

Naoto: Ótimo. Pra isso vamos pedir permissão para que o Ricardo deixe a gente dormir na casa dele. Isso é bem fácil já que ele e o Benkei são amigos.

Miharu: E depois?

Naoto: Depois... Depois... Pensando bem eu não cheguei nesse ponto ainda...

[Miharu fica de cabeça baixa. O comunicador de Naoto e Miharu tocam]

Hideki: Naoto-kun, me responda! Naoto-kun!

[Naoto e Miharu ligam o comunicador]

Naoto: Hideki-san, o que está acontecendo?

Hideki: Vocês já chegaram a Nagoya?

Miharu: Sim, nós já chegamos. Por quê?

Hideki: Um monstro apareceu lá agora pouco, e ele parece não estar feliz!

[Cenário: Templo Yasakani, base de operações]

Hideki: Ele está na estação de Nagoya causando uma baita confusão!

[Cenário: Casa dos Garcia, quarto do Luís]

Naoto: Certo, estamos a caminho.

[Naoto desliga o comunicador]

Naoto: Parece que a minha tentativa de se aproximar do Luís vai ter que esperar.

Miharu: Eu concordo.

[Benkei chega ao quarto do Luís para avisar a Naoto e a Miharu]

Benkei: Naoto, você precisa sair daqui agora. Tem uma Alraune invadindo...

Naoto: A estação de Nagoya? Hideki nos avisou isso agora pouco.

Benkei: Vamos rápido antes que os Garcia fiquem preocupados.

[Naoto e Benkei saem]

Naoto: Miharu, tenta distrair os Garcia e não conte para eles sobre o nosso segredo.

Miharu: Certo.

[Cenário: Estação de Nagoya]

[Várias plantas estão crescendo em Nagoya e estão atacando as pessoas. Uma bela mulher de cabelos verdes, pele amarela e dentro de uma gigantesca flor cor-de-rosa está em um dos prédios do local manipulando as flores. Esta mulher é o monstro Alraune]

[No jipe do Benkei, Naoto e seus amigos (exceto Miharu) estão no jipe indo para a Estação de Nagoya e chegam lá. Naoto e seus amigos saem do carro]

Benkei: Mas o que é isso?

Reynard: Não lembro de Nagoya ser tão florido assim...

Eriko: Parece que estamos perto...

[Hideki liga o comunicador]

Naoto: Hideki, você está aí?

Hideki: Naoto-kun, você e seus amigos chegaram a estação?

Reynard: Sim, nós já chegamos.

[Cenário: Templo Yasakani, base de operações]

Hideki: Consegui informações sobre o inimigo que vocês vão enfrentar agora. Alraune é uma criatura que se parece com uma planta humanoide. Ela é capaz de manipular plantas e tem uma personalidade... Digamos... Bem atraente.

Naoto: Não é hora para namorinhos, Hideki!

Hideki: O que quero dizer é que... Tenta derrotar a Alraune antes que seja tarde!

Naoto: Certo! Já estou a caminho!

[Naoto desliga o comunicador]

[Cenário: Estação de Nagoya]

[Naoto invoca a alma de Alkonost]

Naoto: Change Soul, Alkonost!

[Naoto ganha duas asas de ave e vai voando em busca de Alraune]

Reynard: Qual é o plano?

Eriko: Vamos cortar essas plantas. Se elas continuarem crescendo, elas irão destruir a estação.

Benkei: Boa ideia.

[Eriko pega o seu livro de feitiços]

Eriko: Hi no Mahou! Great Flame!

[Eriko invoca um ataque de fogo que destrói as plantas de Alraune]

Reynard: Vamos, Grandleon. Está na hora de mostrar o seu potencial...

[Reynard pega a Grandleon e corta algumas plantas]

Benkei: Acho que vou aproveitar essa oportunidade para introduzir um amigo meu.

[Benkei vai para o seu jipe pegar sua motoserra]

Benkei: É hora de vocês virarem um buquê!

[Benkei usa sua motoserra para destruir as plantas. Enquanto isso, Naoto vai voando em busca de Alraune enquanto algumas das plantas dela tentam impedir nosso herói]

Naoto: Parece que elas não querem me deixar que eu siga em frente, Bem não importa...

[As asas de Naoto se tornam prateadas e ele passa pelas plantas enquanto as asas as cortam como se fossem uma espada]

Naoto: Metal Wing!

[Naoto prossegue em busca de Alraune]

Naoto: Ótimo. Eu estou quase lá.

[Enquanto isso, várias pessoas estão correndo das plantas, entre eles a Gangue Jewel, que só queriam fazer publicidade para a Lanchonete Mickey’s]

Meral: Porque será que a gente sempre atrai uma maré de azar?

Saphir: Eu não sei!

Bill: Acho que a palavra certa é jardim de azar.

Meral e Saphir: Cale a boca!

[Benkei, Reynard e Eriko estão lutando contra as plantas, que começam a crescer mais rápido]

Benkei: Que droga! Toda a vez que a gente destrói uma planta outra sempre cresce em seu lugar!

Eriko: Algo como a Hidra?

Reynard: Não, a Hidra sempre cresce três cabeças quando uma é destruída.

[O comunicador de Benkei, Eriko e Reynard]

Hideki: Esqueci de mencionar um detalhe importante.

Benkei: Qual detalhe?

[Cenário: Templo Yasakani, base de operações]

Hideki: As plantas de Alraune, quando destruídas, podem se regenerar novamente.

Eriko: Só agora que você diz isso?

Hideki: Bem, pelo menos fogo pode diminuir a velocidade do crescimento.

Benkei: Tem algum jeito dessas plantas pararem de crescer?

Hideki: O único jeito de parar o crescimento das plantas é destruindo Alraune, que é a raiz de tudo.

Reynard: Agora é torcer para que Naoto consiga destruí-las.

Hideki: Ótimo, vou manter contato com ele.

[Hideki tenta se comunicar com Naoto]

Hideki: Naoto-kun, onde você está?

[Cenário: Estação de Nagoya]

[Naoto está voando e cortando as plantas com seu Metal Wing]

Naoto: Em busca de Alraune. Notei que ela está em cima de um dos prédios.

Hideki: Perfeito. Naoto-kun, eu conto com você para derrotar a Alraune. Afinal, derrotando-a faz com que as plantas parem de crescer.

Naoto: Estou a caminho. E então, tem alguma estratégia para detê-la?

Hideki: Bem, é bom que você tenha guardado o Ifrit para este momento. Afinal, plantas não suportam o calor do fogo.

Naoto: Salvo na memória!

[Naoto finalmente chega ao prédio onde está a Alraune.]

Naoto: Ei garota, tá na hora de receber um tratamento!

[A Alraune manipula várias vinhas de flor para atacar Naoto, mas ele desvia. Infelizmente os poderes de Alkonost se esgotam e ele cai e é pego pelas vinhas]

Naoto: Que droga.

[A Alraune ri sedutivamente do Naoto.]

Naoto: Isso não teve a menor graça.

[Enquanto isso, Eriko, Benkei e Reynard continuam cortando as plantas de Alraune que continuam crescendo]

Eriko: O que está acontecendo com Naoto?

Benkei: Você acha que ele está tendo dificuldades com a Alraune?

Reynard: Não, o Naoto conseguiria escapar dessa facilmente.

[No prédio onde Naoto está enfrentando Alraune, o nosso herói está enrolado pelas vinhas de Alraune]

Naoto: Que droga! O que vou fazer agora? Espere um instante... Alraune, sendo uma planta, pode ser facilmente queimada pelo fogo! Hideki disse que as plantas não suportam o calor do fogo, portanto...

[A Alraune invoca mais vinhas de flor]

Naoto: Tomara que eu consiga...

[Naoto invoca a alma de Ifrit]

Naoto: Change Soul, Ifrit!

[Naoto move uma de suas mãos para queimar algumas das plantas. A Alraune sente dor, e Naoto consegue se soltar.]

Naoto: Ah, bem melhor.

[A Alraune fica enfurecida]

Naoto: Bem, vamos encerrar isso logo.

[Naoto então invoca uma aura vermelha que se transforma em um demônio gigante. O demônio gigante invoca um imenso ataque de fogo na Alraune]

Naoto: Inferno Drive!

[A Alraune é atingida pelo imenso poder de fogo do Ifrit e é queimada. Eventualmente sua alma entra no corpo de Naoto.]

Naoto: Argh.

[As plantas começam a morrer.]

Benkei: As plantas!

Eriko: Elas estão morrendo!

Reynard: O Naoto deve ter conseguido derrotar Alraune...

[Naoto cai no chão e se levanta. Ele vê uma garota batendo palmas. A moça em questão é Rafflesia, que viu a batalha toda]

Rafflesia: Eu sabia que você ia vencer essa luta facilmente.

Naoto: O que faz aqui?

Rafflesia: Só estava te aplaudindo. Parabéns por você ter passado no teste.

Naoto: Teste?

Rafflesia: Então você é Naoto Kurosawa, a reencarnação do Rei Demônio?

Naoto: Como você sabe disso?

Rafflesia: Um jovem garoto de cabelos brancos... Você se encaixa em todos os aspectos.

Naoto: E quem é você?

Rafflesia: Permita que eu me apresente. Meu nome é Rafflesia, e eu sou um dos Quatro Reis.

Naoto: Quatro Reis?

[Rafflesia se teletransporta. Naoto fica confuso com o que a garota disse.]

Naoto: Rafflesia...

[Cenário: Casa dos Garcia, sala de estar]

[À noite, Naoto e seus amigos estão jantando com os Garcia. Naoto ainda vê que Luís está bravo com os convidados]

Naoto: Eu sei que não vai ser fácil, mas posso tentar convencê-lo de que nem todos os japoneses são ruins...

Ricardo: E então Naoto, como foi o seu dia?

Naoto: Bem.

Ricardo: Fez algo de especial?

Naoto: Não, tive uma vida normal.

Catarina: Tudo bem.

Benkei: O Naoto é um cara bem ocupado, mas vive a vida com tranquilidade.

Ricardo: Ótimo.

Benkei: Ricardo-san. Hoje mesmo eu e meus amigos queremos nos hospedar em sua casa. Tudo bem pra vocês?

Ricardo: A vontade. Se vocês querem ficar em Nagoya, podem se hospedar na minha casa.

Miharu: Você ouviu? Agora podemos ficar com os Garcia! Viva!

Naoto: Bem, isso é apenas o começo.

Eriko: O começo de uma nova amizade.

Reynard: Vamos ver como é que o Naoto vai reagir a essa nova cultura...

[Naoto continua olhando para o Luís]

Naoto: Luís, eu sei que um dia eu irei me aproximar de você... Eu prometo.

[Cena final: Casa dos Garcia, fachada]


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal, vocês gostaram do capítulo de hoje?

Hoje vamos falar sobre a cidade de Nagoya.

Nagoya é a quarta maior cidade do Japão e ela é conhecida principalmente por ser um centro de produção de automóveis, mas ela também é famosa pelo seus picles e pelo Kishimen, um tipo especial de macarrão.

Nagoya se desenvolveu em volta do castelo de Owari, durante o Período Edo. Infelizmente, grande parte da cidade foi destruída durante os ataques aéreos de 1945. Entretanto, viajar para Nagoya ainda é uma boa opção para os turistas, porque muitos dos edifícios antigos foram reconstruídos após a segunda guerra mundial. Além disso, o serviço de trem bala de Tóquio e Osaka torna Nagoya uma cidade facilmente acessível.

A principal atração turística da cidade é o seu castelo. Ele foi construído no início do Período Edo e como muitos dos edifícios históricos de Nagoya, o castelo foi em grande parte destruído nos ataques aéreos de 1945. Posteriormente reconstruído em 1959, o castelo é agora o centro de turismo da cidade. Na primavera, os jardins do castelo são muito visitados por causa da tradição japonesa de ver as flores de cerejeira.

Após testemunhar a grandeza histórica do castelo, os turistas podem experimentar a beleza moderna da cidade, com uma visita aos 245 metros de altura da JR Central Towers. Um deck de observação com uma excelente vista da cidade está localizado no último andar da torre principal. Como principal estação ferroviária da cidade, a JR Central Towers também tem quiosques com informações turísticas.

Juntamente com o seu belo castelo e as modernas torres, Nagoya também possui uma excelente área comercial, conhecida como Sakae. A pouco mais de um quilômetro de distância da principal estação ferroviária de Nagoya, a grande atração de Sakae é o complexo futurista, chamado Oasis 21, que abriu ao público em 2002.

Mesmo que Nagoya não seja um importante destino turístico, seu fácil acesso por meio do trem bala torna a cidade um destino perfeito, se comparada à loucura de Tóquio, com a sua combinação de castelo, flores de cerejeira e excelentes lojas.

E com isso a gente encerra o capítulo de hoje. Tchauzinho, pessoal!



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