Porque tudo acontece uma vez em Nova York escrita por SouumPanda


Capítulo 8
A Sala Privativa




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Katherine teve uma crise de choro ao pensar no que a irmã poderia estar passando, Matthew estava tentando tranquilizar ela, junto de Chloe e John, mas tudo era em vão, sentada no sofá do camarote com os braços apoiados no joelho e a mão no rosto ela despencava a chorar, seu corpo tremia e o olhar preocupado de Matthew era evidente.

— Calma Kath, o que está acontecendo? – Chloe procurava tranquilizar a irmã sentando ao seu lado e a abraçando.

— Elizabeth, pode estar fazendo algo estupido. – Ela balbuciava entre as lagrimas.

— Liz sabe se cuidar, ela está com Tomás e tenho certeza que ele vai cuidar dela. – Chloe falava para a irmã procurando tranquiliza-la, mas era em vão.

— Elizabeth está com Tomás? – Matthew perguntou indignado e tentando entender o que eles iam fazer, já que sabia que Tomás estaria na sala, Chloe concordou com a cabeça, John apenas observava as duas e como Matthew reagiu a saber que Tomás e Elizabeth estavam juntos.

 - Ela vai ficar bem, te garanto. – Chloe continuava a falar para a irmã que chorava um choro desesperado, nesse momento, todos do camarote se retirou pelo choro de Katherine. – Porque acha que Liz está correndo qualquer perigo?

— Boyle, acho que Boyle vai fazer algo com ela. – Ela falava baixo quase inaudível e Chloe arregalou os olhos lembrando que Elizabeth falou sobre apenas querer saber quem fez o que fez com Katherine.  – Preciso ir até onde ela está, me leve Matthew. – Ela levantou e segurou o rosto de Matthew em suplica.

— Eu não sei onde ela está linda, vou te levar para casa precisa se acalmar. – Matthew tentava mudar de assunto e era visível que estava tenso. Katherine o abraçou apenas parecendo acreditar no que ele falava e ficou ali por uns minutos.

Elizabeth entrou na sala, tinha uma mesa redonda enorme, como as que jogam poker, um sofá de couro marrom, um armário aparentemente fechado, com a mão à frente do corpo como proteção, olhando em volta sentindo o desespero que deve ser e as monstruosidades que se submetem nesse lugar, ouviu a porta bater ao fechar após Tomás passar e pulou e então escutou a voz pigarrada do senador Boyle.

— Se não é Tomás Ferguson, finalmente se juntando a nós. – O senador andou até Tomás e deu dois tapas em seu ombro e Tomás sorriu parecendo relaxado. – E ainda trouxe a novata. – O senador virou para Elizabeth que olhava tudo até que cruzaram os olhares e ela pressionou os lábios se segurando para não xinga-lo, o senador cheirava whisky e charuto, com um sorriso amarelado e sádico, mas ainda assim em forma pela idade avançada, ele pegou a mão de Elizabeth forçadamente e a rodou e ela tentou se deixar levar. – Um pouco travada, mas pegamos uma violenta a algumas semanas e acho que ensinamos algo a ela. – Ele comentava com Tomás que mantinha o semblante formal de sempre como se aquilo não o afetasse enquanto Elizabeth já estava com olhos marejados lembrando da irmã.

— Essa é Elizabeth, vai se juntar a nós por essa noite. – Tomás falou formalmente e Elizabeth forjou seu melhor sorriso mas queria mesmo era chutar o saco daquele velho.

— Perfeito, eu adoro as carnes novas. – O senador disse abrindo um sorriso diabólico e Elizabeth tremeu tentando se esconder atrás dos braços que estavam a frente do corpo.

— Essa noite Elizabeth é minha senador. – Tomás disse rigidamente sem esboçar nenhuma expressão ou sentimento, olhou para Elizabeth com frieza e ela quis correr, não sabia se realmente poderia confiar em Tomás.

— Não pode chegar aqui garotinho mimado e ditar as regras desse clube, estamos aqui a mais tempo e você acabou de chegar e se eu falo que a novata é minha, é minha. – O senador disse grosseiramente cutucando o ombro de Tomás pausadamente e Elizabeth notou as veias da lateral do rosto de Tomás pulsar mostrando seu nervosismo, mas apenas se fez silencio. Tinha mais cinco homens e quatro mulheres, matemática errada, alguém ia sofrer como Katherine e se Elizabeth não corresse poderia ser ela. Quando uma dar mulheres expôs seus seios fartos pelo silicone e sentou no colo de um dos banqueiros mais famosos da cidade o permitindo mamar ali Elizabeth gelou, como algumas mulheres se submetiam aquilo? – Você é muda coisa linda? – O senador se aproximou de Elizabeth e tocou seu rosto o que tirou sua atenção da cena que via fixando seus olhos no do senador. Ela tentou se afastar dele dando passos para trás, tropeçando no sofá e caindo sentada. – É lindo de ver não é? Gostaria de participar? – Ele perguntava apontando para o banqueiro que agora uma das mãos estavam dentro daquela mulher e ela gemendo. Elizabeth olhou Tomás que estava petrificado e engoliu seco.

— Tenho opção aqui? – Elizabeth disse roucamente, passando a língua nos lábios seco.

— Se não quiser, forçar-me da mais prazer. – O senador disse jogando o corpo para cima de Elizabeth e ela olhou Tomás que estava com os pulsos cerrados. – Não quero que seja frigida meu amor, me dá um beijo. – Ele disse tentando selar seus lábios ao dela, mas ela insistia em virar o rosto, sentindo o bafo de charuto que estava embrulhando seu estomago. – Se não for  bem, vai ser por mal e ninguém vai te escutar gritar e vamos todos entrar em você. – Ele sussurrou no ouvido dela e a lagrima escorreu pelo seu rosto, porque o medo era real.

Chloe e John andavam na calçada em frente à boate de um lado para o outro ligando no celular de Elizabeth que estava desligado, ela estava impaciente e John calado, como se fosse matar um a qualquer momento. Chloe olhou para John com olhos marejados já imaginando o pior e eles se abraçaram.

— Calma, vamos raciocinar, você me disse que eles iam conseguir derrubar quem fez isso com Kath? – John falava segurando o rosto de Chloe que nesse momento as lagrimas rolavam. – Às vezes ela nem foi embora da boate, esteja em alguma sala privativa ali dentro.

— Matthew disse que não sabia onde ela estava. – Chloe falava já com voz chorosa.

— Eu não acredito em Matthew, então vamos procurar a tal sala privativa. Vamos entrar e derrubar essa boate e tirar sua irmã de lá caso ela esteja sofrendo algo. – John falava passando tranquilidade e forjando um sorriso para esconder sua preocupação, então selaram seus lábios ternamente e tornaram a se abraçar.

— Obrigada por me tranquilizar. – Chloe falava com a cara afundada no peito de John. – Agora vamos derrubar essa boate. – Eles se olharam e sorriram.

Katherine estava no carro indo embora com Matthew calada, com o rosto no vidro vendo as luzes passar, Matthew a olhava com certo pesar e engolia seco sempre que tentava dizer algo e não encontrava as palavras, quando ela o olhou com lagrimas nos olhos.

 - Porque? – Ela o questionou e ele arqueou a sobrancelha.

— Porque o que linda? – Ele disse se aproximando dela e segurando seu rosto ternamente.

— Porque fez isso comigo? Me levou aquele lugar, me deixou lá, permitiu que fizessem aquilo comigo e agora está aqui sendo carinhoso como se importasse comigo? – Ela disse entre as lágrimas e ele encostou a testa dele na dela e com os olhares fixos.

— Kath, eu já fiz coisas horríveis na minha vida. Mas acredite quando eu falo que não sei o que acontece nas salas privativas, eles alugam e só. – Ele disse calmamente. – Boyle te viu e pediu para te levar e mandou eu sair porque não faço parte do tal grupo deles, se soubesse eu teria arrebentado aquela porta e tirado você de lá. Ninguém nunca fala desse grupo. – Ele disse em tom culposo, triste e sincero.

— E porque me notou depois de quase três anos? – Ela disse já com voz falha pelas lagrimas.

— Parece que um sopro no meu ouvido mandou eu olhar para aquele lado, e quando te vi. Foi a coisa mais linda que eu vi na verdade, seu sorriso cordial de bom dia, olhar misterioso. – Ele disse sorrindo o que a fez sorrir. – Esse sorriso. – Ele disse passando o polegar suavemente pelos lábios dela. – Preciso que acredite em mim, sua irmã está bem Tomás está obcecado com ela, até terminou o noivado. Não entendo o porquê, mas está e se eles estão com Boyle, Tomás jamais vai permitir que alguém faça algo com ela. – Ele selou seus lábios ao de Katherine que estavam molhados pelas lágrimas. – Vai ficar tudo bem. – Katherine deitou no ombro de Matthew e seguiram para casa.

Tomás sentia o sangue ferver ao ver o senador tocar no rosto de Elizabeth, quando o olhar da mesma cruzou com o dele, ele via a suplica para tirar o velho dali, mas nada ele podia fazer naquele momento. Ainda não. Ele sentiu uma mão em seu ombro e rodar até uma moça parar na sua frente com sorriso malicioso e começar a desabotoar a camisa dele revelando seu peito musculoso, a moça começou a beijar o pescoço de Tomás que ainda não expressava nada apenas olhava Elizabeth ali no sofá tentando tirar o corpo do senador de cima dela, os beijos da mesma foram descendo, quando ele olhou a mesma estava agachada no meio das suas pernas tentando tirar o cinto da sua calça. O senador pediu para dois caras ajudar com Elizabeth e Tomás fechou sua mão e apetava fortemente marcando as veias do seu braço. A moça já tinha abaixado a calça de Tomás e ele nem percebeu, mas estava até o joelho e ela estava pronta para tirar o pau dele para fora, os olhos de Elizabeth em Tomás era evidente assim como os dele nela. Os caras pegaram Elizabeth e a jogaram na mesa, amarrando seus braços e pés que ela tanto debatia.

— A cachorra que veio aqui a umas semanas era feroz como você. – O senador falava colocando o pau para fora já duro vendo toda situação e a mão indo deslizando nas coxas de Elizabeth para baixo do vestido o que a fez gritar. – E você me lembra ela, grita, adoro quando vocês gritam e pedem para parar. – O senador foi subindo na mesa em cima de Elizabeth que rodou o pescoço para ver Tomás que empurrou a moça que a fez cair sentada subiu as calças a deixando aberta mesmo e cegamente socou a cara do senador que cambaleou para fora da mesa e fuzilou Tomás. – Você está louco garoto? – Ele limpava o sangue do lábio cortado.

— Como eu disse senador, ela é minha. – Tomás puxou Elizabeth para perto dele a protegendo com o braço e pressionando contra seu peito.

— As coisas aqui não funcionam assim Ferguson. – Ele disse olhando em volta e quando Elizabeth percebeu era uma orgia acontecendo, a moça com banqueiro de quatro chupando mais um enquanto o cara a penetrava, Elizabeth cobriu seu rosto no peitoral de Tomás e as lagrimas escorriam em seu rosto, de desespero e alivio por ele ter tirado ela dali. – Se sair daqui assim com ela, nunca mais será chamado para esse grupo.

— E tai uma coisa que não faço questão. – Tomás pegou seu cinto e a camiseta, puxando Elizabeth pela mão e tentando manter a calça no lugar,  abriu a porta e saíram com passos rápidos dali até metade do corredor que ele parou e a olhou vendo que ela tremia toda, pegou a presilha do cabelo dela, e sorriu a entregando e ela pegando a presilha delicadamente. – Pronto, aí está.

— Obrigada, de verdade. – Ela disse recuperando o folego e o sentido após o nervoso. – Por uns minutos achei que ia deixar ele fazer o que tinha que fazer. – Ela disse passando a mão no rosto e olhando Tomás.

— Jamais permitiria isso Elizabeth, quando disse que te protegeria era verdade. – Ele disse gentilmente acariciando o rosto dela e ela sorriu. – Vem vou te levar para casa. – Ele abotoou a calça e foi vestindo a camiseta e saindo do corredor quando cruzaram com Chloe e John.

— Meu Deus Liz, que bom que está bem. – Chloe disse observando Tomás fechar a camisa e fazendo uma careta engraçada insinuando que eles estavam se agarrando.

— Deu um susto em nós, Katherine foi embora com Matthew surtou. – John falava abraçando Elizabeth e seguido por Chloe.

— Surtou? – Elizabeth perguntou soltando a mão de Tomás que Chloe estava olhando.

— Sim, mas depois a gente conversa. Importante que você está bem, preciso saber o porquê sumiu assim. – Chloe disse já animando e John sorrindo. – Já que está tudo bem, vamos dançar e aproveitar a noite, estamos em Manhattam. – Chloe disse dançando e rindo e Elizabeth sorriu um tanto cansada.

— Fiquem e aproveitem, amanhã gente conversa, Tomás vai me dar uma carona para casa. – Elizabeth abraçou a irmã e John que ficou olhando ela e Tomás sair da boate sem entender o que estava acontecendo.

Elizabeth foi em silencio até boa parte do caninho quando se virou Tomás a olhava ternamente e ela sorriu cordialmente e sussurrou um obrigado e ele respirou fundo se aproximando mais dela no banco traseiro do carro.

— Agradeço por tudo que fez por mim hoje. – Ela disse baixo e ele sorriu afirmando com a cabeça.

— Você foi muito corajosa em se submeter a isso. Nunca imaginei que teria garra para isso. – Ele sorriu e ela respirou fundo quando percebeu a aproximação de Tomás. – O que foi? – Ele sussurrou segurando o rosto dela para que não desviasse o olhar.

— Isso é o que foi. – Ela disse sentindo o toque dele e engolindo seco. – Não podemos, você sabe. – Ela disse bufando.

— Na boate você parecia ter gostado, o que fiz de errado? – Ele disse passando a língua entre os lábios.

— Nada, essa é a questão. – Ela colocou a mão sobre a dele. – Só que tenho princípios Tomás e realmente não posso ficar com você, por mais que eu queira. – Ela sussurrou. – E nesse momento eu quero muito.

— Nessas últimas semanas você realmente mexeu comigo, não sei o que fez, mas fez. E fez tanto. – Ele sorriu. – Que terminei com minha noiva.

— Eu não consigo acreditar. – Ela disse lamentosamente. – E se estiver falando isso para eu te beijar agora? – Ela sorriu e ele selou os lábios intensamente.

— Vai funcionar? – Ele disse iniciando um beijo intenso e lento.

— Provavelmente. – Elizabeth sussurrou com os lábios envolvidos no beijo, Tomás sorriu puxando Elizabeth para ele e abraçando ela fortemente sem parar o beijo, que logo foi cessando e ela repousou sua cabeça no ombro dele olhando as luzes passar enquanto sentia o carinho de Tomás em seu cabelo.


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