Porque tudo acontece uma vez em Nova York escrita por SouumPanda


Capítulo 5
Ninguém entende mais nada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783927/chapter/5

 

 

 

Chloe e Elizabeth dormiam quando escutaram a porta bater, Katherine se trocou vestindo uma calça, uma blusa e uma jaqueta. Assim que abriu a porta que dava acesso à rua e viu um carro preto parado e quando o vidro baixou era Matthew que a esperava, ele a olhou e bastou para ela entrar no carro. Elizabeth e Chloe viam de a janela a irmã entrar no carro com Matthew. Katherine sentou ao lado de Matthew que sorrio ao vê-la ali e seguiram em direção a G.E.

— Está bem melhor hoje Katherine. – Matthew falava sorrindo e olhando a mesma de cima à baixo. – Ontem você estava meio abatida.

— Tive meus motivos para isso não acha? – Ela disse o encarando.

— Sim, mas não combina com você. – Ele concluiu a frase e passou a mão na perna da mesma que se encolheu no banco do carro. Eles pararam na empresa e Matthew colocou a mão nas costas de Katherine para direcionar ela para dentro da empresa, Katherine subiu com Matthew retraída em um canto, logo tomou seu lugar na mesa e ele entrou na sala, ela pegou o celular e cancelou as ligações incessantes das irmãs.

Tomás chegava na empresa quando foi abortado por Elizabeth e Chloe que o encurralou furiosamente.

— O que aquele doente do Matthew fez com a Katherine? – Elizabeth apontou o dedo na cara de Tomás que segurou o punho da mesma e fixaram os olhares. – Me solta seu empresário corrupto amigo de estuprador. – Ela falava baixo em com os dentes rangendo.

— Bom dia para você também Elizabeth. – Ele disse cordialmente e sorrio torto, olhou para Chloe. – Bom dia senhorita. – Chloe sorrio sem jeito para Tomás e ele retornou a olhar Elizabeth que estava com rosto vermelho de raiva. – Primeiramente, não falei com Matthew ainda e segundo. – Ele aproximou Elizabeth dele e sorrio. – Vamos entrar que aqui tem muita gente olhando e não quero expor sua irmã como você está fazendo. – John ia chegando e não entendia o tumulto que estava acontecendo, ele beijou o ombro de Chloe de forma carinhosa e viu Tomás puxar Elizabeth pelo punho para dentro da empresa. Todos entraram juntos no elevador e o silencio tomou conta, Tomás observava John e Chloe e depois olhava para Elizabeth e sorria e ela apenas franzia a testa em descontentamento. John desceu primeiro e depois Chloe e Elizabeth olhou para a irmã em clemencia enquanto se dirigia para o escritório de Tomás, passando pela repartição de Matthew viu a irmã dentro da sala conversando com o chefe. Tomás cordialmente direcionou Elizabeth para dentro da sua grande sala e ela se virou para ele assim que entrou e ele cruzou os braços para trás. – Como vimos, sua irmã resolveu vir trabalhar, não acho que ela está aqui obrigada Elizabeth.

— Como você mesmo disse, apenas vimos. Não podemos saber exatamente o que está acontecendo. – Elizabeth era grossa e isso fazia Tomás rir. – Do que está rindo seu ba...

— Sério Elizabeth, vai me chamar de babaca? – Ele disse bem-humorado e ela bufou revirando os olhos. – Fique à vontade para conversar com sua irmã, eu cuidarei dela prometo.

— Não sei como posso confiar em você. – Ela disse baixo em quase um sussurro e abaixou a cabeça, caminhando até a grande janela e observando o movimento da rua, ela sentiu a respiração de Tomás na sua nuca e se virou e ele sorria cordialmente. – Pare de sorrir assim, o que pretende com isso?

— Que confie em mim, quando digo que vou proteger sua irmã. – Ele disse baixo e ela engoliu seco. – E claro que ainda espero que você aceite um convite para almoçar ou jantar comigo, sem todo esse drama. – Ele disse dando mais um passo em direção a ela, enquanto Elizabeth estava entre Tomás e uma queda de 27 andares.

— Vou te dar o benefício da dúvida. – Ela tentou sorrir, mas era desconfortável demais, a visão que ela tinha de Tomás era suja. – Vou conversar com Katherine e depois vou embora. – Ela se desviou de Tomás que encostou a mão no vidro e ficou olhando a rua. Ela foi saindo e olhou novamente e respirou o vendo ainda de costas e foi ao encontro de Katherine.

Chloe viu a irmã passando e resolveu a seguir e ir ao encontro de Katherine, quando viu as irmãs ela foi ao encontro com os olhos marejados e as três se envolveram em um abraço no corredor da empresa. Elizabeth desvinculou o abraço olhando para Katherine e analisando a irmã e a rodando vendo se tinha algo errado.

— O que faz aqui? Está tudo bem? Ele fez alguma coisa com você? – Elizabeth questionava Katherine que cruzou os braços protegendo o corpo e forjou um sorriso.

— Está tudo bem Liz, eu vim porque eu quis e não posso ficar em casa me lamentando. – Ela falava baixo e totalmente desconfortável.

— Não precisa mentir para a gente Kath, se precisar castrar ou matar e enterrar o corpo do Matthew, somos suas irmãs e vamos fazer isso. – Chloe falava trincando os dentes.

— Agradeço, mas fiquem tranquilas que agora já estou mais em alerta e não vou me permitir a mais nada. – Katherine falava baixo e tranquila, passando certa confiança para as irmãs. – Agora eu vou indo, e assim que puder eu falo com vocês. Prometo. – Ela beijou as irmãs ternamente nas bochechas e sorrio e foi em direção a sala de Matthew entrando e fechando a porta.

Chloe e John estava saindo da empresa, e ele pegou na mão dela caminhando em direção ao metro, eles não falavam nada, apenas andavam sorrindo um para o outro e conversando entre os olhares, todos que os viam admirava eles e os sorrisos no rosto. Quando desceram indo para casa de Chloe eles falaram. Estava chegando próximo a entrada do pequeno edifício que ela morava e ele a puxou abraçando ela e selando os lábios.

— Acho melhor não entrar. Eu preciso falar com a sua irmã, sei que ela disse que não se importava com a gente, mas acho que devo isso a ela. – John disse enchendo Chloe de beijos. – Vou ir na lanchonete falar com ela e depois volto aqui pode ser? – Apesar de Chloe ter concordado o seu semblante era de descontentamento, John beijou a testa dela ternamente e ela entrou e ele foi para o outro lado.

Katherine estava recolhendo suas coisas quando Matthew apareceu com um lindo sorriso diabólico na sua frente e ela forjou o melhor sorriso que tinha e ele a encostou na mesa e ela espreitou o olhar.

— Todo mundo desse andar já foi embora sabia? – Ele falava enquanto pressionava o corpo dele contra o dela e ela desviava o rosto evitando o possível beijo. – Só está nós dois aqui.

— E como se fosse grande coisa. – Ela disse ironicamente e Matthew segurou com uma das mãos ao rosto dela a fazendo o olhar e com a outra passou na cintura dela a prendendo nele. – Você como aqueles velhos vai me obrigar a te algo com você, esperava mais de você. – Ela disse em tom sarcástico e Matthew sorrio ironicamente e a soltou.

— Um dia desses você vai implorar por mim Katherine. – Ele disse ajeitando o terno.

— E você acha que eu sou o tipo de mulher que implora por alguma coisa Matthew. – Ela se aproximou dele sorriu torto, ironicamente sem tirar o seu olhar do dele e sussurrou. – Se eu quero alguma coisa. – Ela pegou nas bolas dele e apertou, no mesmo instante Matthew lacrimejou os olhos e sua cara de dor o fez abrir a boca. – Eu pego. – Após apertar com força o suficiente Katherine soltou e sorriu traiçoeiramente e assim selou seus lábios ao de Matthew que escorria lagrimas pelo rosto após o ato de Katherine. Mas ainda assim correspondeu ao selo, pressionando seus lábios ao dela e ela sorrindo.

— Katherine. – A voz de Tomás ecoou pelo ambiente vazio e ele apareceu do escuro o que fez Matthew pular e Katherine tremer. – Vamos para casa, falei para Elizabeth que iria cuidar de você.

— E desde quando eu preciso ser cuidada? – Ela falava pegando seu casaco e sua bolsa e em tom rude.

— Desde ontem se provou que não pode se cuidar, agora vamos tenho um carro nos esperando. – Tomás disse seco e autoritário e Katherine passou por ele pisando fundo e ele cruzou o olhar com Matthew negando com a cabeça o que acaba de ver. Matthew apenas levou as mãos nas suas bolas que ainda doía e urrou de dor como queria ter feito a minutos atrás.

Elizabeth atendia um casal quando olhou John sentado nos bancos do balcão e foi até a cozinha deixar o pedido e foi ao encontro de John que abriu um sorriso ao ver a amiga se aproximar, Elizabeth pegou a jarra da cafeteira e serviu John sorrindo.

— Liz, acho que devemos conversar sobre eu e a Chloe. – Ele disse vendo o café ser colocado e Elizabeth desfez o sorriso.

— Não temos o que conversar, porque teríamos algo a ser explicado? – Ela disse calmamente e voltou a sorrir. – John eu realmente amo vocês dois e tudo que realmente quero nessa vida é que sejam felizes. Não mudou nada do que eu disse. – Ela disse voltando a ajeitar as coisas e passar pano no balcão.

— Então tudo bem, se eu continuar a ter algo com sua irmã? – Ele perguntou bebendo o café.

— Por mim tudo certo, só quero que entrem num acordo para não se magoarem, porque nesse relacionamento eu serei a Suíça. – Ela disse em bom humor sorrindo. – Agora vá para casa e descanse e pegue sua garota. – Elizabeth olhou um instante para fora e depois olhou John. – Licença John. – Ela tirou o avental e colocou em cima do balcão e foi saindo da lanchonete e John se virou para ver o que acontecia, Elizabeth interceptou a entrada de Tomás na lanchonete o empurrando porta afora. – O que veio fazer aqui? – Ela disse em tom autoritário.

— Apenas te falar que sua irmã está em casa, eu mesmo a trouxe. – Ele falava calmamente olhando John dentro da lanchonete. – Ela estava beijando Matthew. – Ele fixou o olhar em Elizabeth que mudava de cor ao escutar o que ele falava. – Mas ela o beijou, ele não a forçou. – Ele falava e Elizabeth apenas estava boquiaberta. – Eu poderia ter te ligado ou mandado mensagem contando, mas não tenho seu número.

— E continuará sem ter. Agora preciso ir. – Ela olhou e viu o dono da lanchonete a olhando. – Obrigada pela Kath e por vir me falar, mas pare de me procurar seja lá qual for o local. Tenho trabalho a fazer e um deles é saber da sua vida profissional então. – Elizabeth se virou e abriu a porta para entrar na lanchonete e Tomás segurou seu braço e eles se fuzilaram.

— Elizabeth.  – Ele começou a falar mas John interveio e ele soltou o braço dela, Tomás observou John e Elizabeth e foi embora. E ela estava pedindo desculpas ao dono por sair da lanchonete assim e explicando que ele não era cliente que não comeria ali.

— Vá para casa, fique com minhas irmãs. Não sei porque aceitei fazer a reportagem mexendo com Tomás. – Ela lamentava com John. – Tudo virou de cabeça para baixo, Katherine a única que evitei colocar no meio disso, foi a mais prejudicada, vou falar para Miranda que não quero mais a reportagem.

— O que? – John a questionou. – É tudo que você queria Liz e agora vai se deixar envolver? – Ela arregalou os olhos e fuzilou John.

— Estou protegendo minha família, não quero que ninguém sofra por isso. Posso continuar investigando para eliminar quem fez isso com Katherine, mas não quero mais essa pressão em mim de constante cuidado. – Ela falava afobada. – E não me deixei envolver momento algum John.

— Pelo jeito que Tomás Ferguson te olha e você olha para ele, ambos se deixaram envolver. – Ele sorriu sem jeito. – E te conheço o suficiente para saber disso. – Ele pegou a jaqueta e pagou o café. – Vou ir para sua casa, vejo como está tudo e te informo. – Eles sorriram um para o outro e ela sussurrou um obrigado e John se foi.

Chloe fazia o jantar e Katherine ajeitava a mesa quando John chegou, ele bateu na porta e foi recepcionado por Chloe que pulou em seu colo e o beijou ternamente, Katherine via a cena rindo  e fazendo careta.

— Vão para o quarto. – Ela falava em tom bem-humorado e revirando os olhos.

— Tudo bem Kath? – Ele perguntou seguindo para cozinha acompanhado por Chloe e beijando ternamente o cabelo de Katherine. – Tomás passou da lanchonete falar que te deixou aqui.

— Nem me lembre, ele é um esquisito que quer se dar bem com a Elizabeth, veio questionando ela até aqui, querendo saber dela. – Katherine comentava e o olhar de John e Chloe cresceu em cima dela. – Sério, coisas que nem eu sei responder. Se Liz tem namorado, até onde sei ela nunca apresentou ninguém depois que viemos do Maine, se ela gosta de vinhos, estilo musical. – Katherine remedava Tomás e ria e parou olhando John e Chloe.

— Tomás está querendo saber da Liz? – Chloe questionou com os olhos arregalados. – Sinistro.

— Põe sinistro nisso. – John disse baixo e pensativo e forjou o sorriso para Chloe que o beijou suavemente. – Vamos subir linda? – Ele disse para Chloe que confirmou e foi puxando ele para o quarto. – Até depois Kath.

Katherine sorriu ternamente vendo a irmã subir com John e continuou a arrumar as coisas para eles jantarem, quando a campainha tocou e ela foi abrir rindo de toda situação, ao abrir a porta ela viu Matthew parado sorrindo diabolicamente, arqueando a sobrancelha e mordendo o lábio.

— Você. – Ela disse baixo e antes de ser questionada Matthew a beijou intensamente, a prendendo na parede e com as mãos para cima e ela se entregou a beijo, explorando cada canto da boca de Matthew com a língua e ele pressionando o quadril dele contra o dela, Matthew mordeu o lábio inferior de Katherine que soltou um breve gemido baixo entre o beijo.

— Que porra é essa Kath? – Elizabeth gritou questionando e os dois parou o beijo  pulando de susto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Porque tudo acontece uma vez em Nova York" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.