Porque tudo acontece uma vez em Nova York escrita por SouumPanda


Capítulo 2
Conhecendo meu inimigo




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Após uma semana John e Chloe estavam empregados na Global Enterprise, Katherine estava animada em ver a irmã trabalhando no mesmo local que ela, mesmo sem saber o real motivo, Chloe era assistente administrativo de Tomás Ferguson o presidente, ainda não tinha visto ele pessoalmente, mas estava nervosa para o encontro. John ficou no marketing e sua principal missão era não ser visto por Katherine, pois aí seria suspeito. O principal pedido de Elizabeth par John era cuidar das suas irmãs e ele apenas afirmou que assim faria.

Quando aquele dia começou John entrou mais cedo na empresa e sua principal missão era conseguir a entrevista da Elizabeth com Tomás. Katherine e Chloe chegaram e antes mesmo que Katherine tomar seu posto na recepção, recebeu um recado que Matthew Parker para uma reunião com ele, e ela toda empolgada subiu para o escritório do mesmo.

Chloe sabia que hoje era o dia de conhecer Tomás e toda sua visão e pré-conceito sobre o mesmo estava formado, após a irmã passar um resumo do mesmo. Tomás Ferguson era o filho mais velho de um empresário Australiano aposentado, que investiu sua fortuna na bolsa e agora controlava metade de Nova York, dando a assessoria a outros investidores e controlando todas suas ações. Tomás era superficial, rígido, perfeccionista e desconfiado e o maior desafio seria conseguir a confiança de um cara de meia idade, porque era exatamente assim que Chloe o imaginava um velho ranzinza.

Quando toda agitação com a chegada de Tomás após uma viagem a bolsa britânica era estrondosa, como se fosse uma feira e todos estivessem desnorteados, o pequeno departamento administrativo era pessoas correndo para todos os lados, uma gritaria para a organização, pois Tomás passaria por ali até chegar na sua sala. A supervisora de Chloe a gritou rigidamente e ela prontamente e nervosa se apresentou a ela.

— Quero que você entregue os relatórios. – Ela disse entregando umas pastas com várias planilhas na qual Chloe não entendia nada. – Você é nova e Tomás questionará menos, então boa sorte e bem-vindo a selva. – Katlyn a supervisora era nova demais e arrogante demais, loira, com olhos azuis, alta e literalmente parecia carregar todo ego do mundo dentro dela, com o olhar penetrando e um sorriso irônico ao ver o nervoso de Chloe com os relatórios e apenas acatando suas ordens. Após uma hora a agitação dos executivos a chegada Tomás começou, o que apenas aguçava a curiosidade de Chloe em conhecer o tão temido Tomás. Quando passou uma roda de homens em direção a sala dele, ele apenas viu o cabelo loiro passando da sua repartição que não tinha muita visão e seus pensamentos foram quebrados pelo toque do telefone e a ordem para ir a sala d Tomás com os relatórios.

Elizabeth chegou na recepção da Global e não viu sua irmã e logo se incomodou e foi direcionada por um dos seguranças ao andar que deveria subir, quando entrou no elevador a música clássica começou a tocar o coração dela parecia saltar, mas ao invés de subir para o último andar e ir até Tomás ela viu qual era o andar do Marketing e resolveu parar e falar com John, ela olhou um andar cheio de repartição e uma sala ao fundo toda de vidro para ver para fora. Olhou e tentou localizar John, mas sem sucesso. Tinha umas trintas repartições e para esconder problemas fiscais com toda certeza precisaria de tudo isso no marketing mesmo. Ela andou pelo corredor até encontrar John que estava afundado no computador e quando a viu sorriu, mas estava nervoso com a visita.

— Liz, o que faz aqui? E sua entrevista com Tomás ele odeia que cheguem atrasados em compromissos com ele. – John falava baixo, quase inaudível. – Afrontar ele nessa investigação já é arriscado, se atrasar então.

— Não se preocupe comigo, sério. - Elizabeth olhava em volta procurando algo ou se escondendo de alguém. – Não vi Katherine quando cheguei, sabe dela?

— Entrei antes dela para que não me visse, só Chloe vai saber dela. – John disse sussurrando e respirou fundo. – Agora vai, não se atrase e cuidado com Tomás ele parece ser bem volátil. – John abraçou Elizabeth e beijou o topo de sua cabeça e ela foi saindo devagar e pegando e elevador para a sala de Tomás.

Katherine estava sentada de frente a Matthew que a olhava de forma curiosa e carnal, ela cruzou as pernas e descruzou com do desconforto do silencio, quando pigarrou e um sorriso surgiu nos lábios de Matthew. Ele tinha cabelos escuros, olhos azuis, um maxilar marcado e um sorriso diabólico, Katherine pressionou os lábios e tentou não respirar tão profundamente, mas sem sucesso.

— Bom, nunca tinha reparado em você ali na recepção e então pesquisei sobre você Katherine Evans, a mais nova de três irmãs. Trabalha aqui a dois anos, pelo que vi faz seu pequeno serviço muito bem. – Ele disse ironicamente sorrindo torto. – Nunca pensou em ser mais?

— Meu serviço pode ser pequeno comparado ao seu, mas acho que faço muito bem o que me pagam para fazer. – Katherine estava nervosa, odiava se sentir sendo intimidada e sua reação fez Matthew abrir mais o sorriso.

— Não questiono seu trabalho, já disse que o faz bem. – Ele fez uma pausa e olhou para fora vendo Tomás passar pela sua sala indo na direção dele. – Estou procurando uma nova secretária, alguém em quem posso confiar e você me agradou visualmente, acho que seria alguém que eu gostaria de ficar vendo durante o dia todo. – Matthew fez o comentário que deixou Katherine boquiaberta e ela revirou os olhos.

— Não sou um objeto a ser admirado senhor, sou uma pessoa. – Ela se levantou. – E quando parar com esses comentários sexista quem sabe não consiga uma secretária que queira trabalhar para você. – Ela ia saindo quando ele a chamou a fazendo virar.

— Vi na minha pesquisa que tem ambições senhorita. – Ele disse a encarando. – Garanto que com o que vou te pagar conseguirá todas elas e se permitir, mais um pouco. – Ele disse erguendo a sobrancelha e viu brotar um sorriso ambicioso no rosto de Katherine. – Só preciso de alguém de confiança.

— Amanhã, começo amanhã. – Katherine saiu da sala com o ego o mais alto que se podia alcançar, sabia que trabalhando para Matthew era o meio mais fácil de conseguir ser reconhecia e vista, ela teria um cargo de confiança e assim conseguiria entrar em listas VIPS nos lugares e ter tudo que sempre quis.

Chloe estava com as pernas falhas, quando a secretária de Tomás a anunciou para entrar no grande escritório, com amplas portas duplas que se abrem automaticamente para a passagem dando de frente um grande escritório em tons brancos e gelo. Uma janela que podia ver Manhattan e boa parte Nova York, Chloe olhava a sua volta alguns quadros que ela não entendia o que significava e quando parou de frente para uma mesa mais grande que a própria cozinha do apartamento que vivia, viu Tomás que abriu um sorriso cordial mostrando os perfeitos dentes brancos e retos, os olhos parecia um azul piscina de tão claros, o cabelo loiro mal arrumado, com alguns fios espetados, vestido um lindo terno azul escuro, Chloe se encontrava boquiaberta, não via Tomás um homem jovem, mas sim um senhor e se deparar com isso a sua frente a deixo sem estabilidade nas pernas que logo escorou em uma das cadeiras e o olhar de Tomás cresceu nela.

— Está tudo bem com você? – Ele perguntou com a voz grave e rouca e ela engoliu seco.

— Está sim, nervoso do primeiro dia. – Ela disse sem graça e sentindo seu rosto queimar. – Vim trazer ...

— Os relatórios. – Ele completou a frase esticando a mão e pegando a pasta da mão dela e colocando sobre a mesa. – Agora pode ir. – Ele disse seco e assim que falou a porta se abriu e a secretária dele entrou, acho que no currículo para trabalhar nessa empresa tinha que ter porte de modelo, pois todas secretárias, supervisoras eram totalmente do mesmo porte, Chloe sorriu sem graça e foi saindo devagar para tentar escutar a conversa deles. – Será só mais uma entrevista que tentará me desmoralizar e sairá daqui rastejando. – Tomás era grosso e sarcástico a porta se fechou e Chloe conseguiu ver a irmã sentada esperando ser atendida.

— O que faz aqui? – Chloe perguntou assustada e encarou a irmã. – Porque não me falou que ele era lindo desse jeito, fui pega de surpresa e ele usou a beleza contra mim. – Elizabeth riu baixo enquanto escutava a irmã sussurrar.

— Achei que já tivesse visto ele nas revistas, Forbes e todas as outras que ele aparece se mostrando como um grande homem de negócios. – Elizabeth respirou fundo. – Não se deixe enganar pela beleza, por trás disso tem muito negócio sujo. – Elizabeth parou de falar quando a porta tornou se abrir e a moça deu espaço anunciando sua entrada. – Se cuide por favor, vou enfrentar ele e assim estarei na mira dele, preciso de você aqui.

— Boa sorte. – Chloe sussurrou e olhou a irmã passar pela porta e elas se fecharem, ela foi saindo se perguntando até onde tudo isso iria dar ou se iria dar em alguma coisa.

Dentro do escritório Elizabeth tentava sempre manter contato visual com Tomás e ele sorria da postura da mesma e logo apontou a cadeira grande a frente da mesa para ela se sentar, da sua bolsa tirou um gravador e um bloco de anotações e Tomás observando tudo que ela fazia deu a volta na mesa encostando a sua frente e cruzando os braços esperando que ela acabasse de se ajeitar. Quando tornaram a cruzar o olhar, ela batia a mão nos bolsos atrás de uma caneta, então ele se virou pegando a dele e entregando para a mesma. Ela sorriu sem graça e logo recuperou a postura.

— Bom dia, meu nome é Elizabeth Evans. – Ela falava tentando não parecer nervosa e ele apenas confirmava com a cabeça. – A primeira pergunta que tenho é. Como seu pai pode ter deixado você sobre o controle da empresa investindo todo capital da família e agora consegue controlar metade das empresas de Nova York? – Ela terminou de ler a pergunta mal formulada, ela estava nervosa e pressionou os lábios secos e ele sorrio torto sem perder o contato visual com ela.

— Primeiramente senhorita Evans, meu pai me deixou aqui porque sou o único capacitado para isso, tenho que controlar tudo com punhos de aço. E em questão de controlar metade das empresas de Nova York só significa que minha capacidade é comprovada, senão eu não estaria aonde estou. – Ele respondeu tranquilamente com o sorriso nos lábios e pigarrou que fez Elizabeth tornar a olhar ele e deixar a pergunta de lado. – Pergunte algo que realmente queira saber, isso já respondi para a Forbes.

— Porque seu nome foi envolvido no esquema de fraudes da bolsa pelo então senador Boyle? – Eles se fuzilaram com o olhar e quando a expressão de assustado passou do rosto de Tomás ele tornou a sorrir.

— O senador Boyle estava equivocado ao citar meu nome, eu jamais fraudaria algo, tudo que faço é legitimo. Odeio tudo que é falso a minha volta. – Ele disse em tom ríspido.

— Não me parece, o padrão de contratação da sua empresa é bem diferente do que fala. – Ela disse em tom alto e ele ergueu a sobrancelha – Quando olho a sua volta tudo que vejo é superficialidade.  – Se fez o silencio e Tomás marcou seu maxilar com os dentes sendo pressionados e Elizabeth respirava rápido o suficiente que era visível pela roupa.

— As pessoas que contrato são por sua capacidade em fazer essa empresa ser o que é, não ser esteticamente bonita. – Ele disse baixo tentando controlar o tom. – Se fosse assim, não estaria em finanças e sim sendo agente de modelos.

— Curioso seu comentário, deveria então ver e conhecer seu quadro de funcionários acho que todos parecem tirados de agências de modelos. -  Elizabeth comentou rindo baixo e isso fez Tomás ficar com o rosto vermelho. – Bom agora que já tirei você do pedestal, porque não me responde o porquê seu nome aparece na delação do senador?

— Eu já te disse que isso é um esquema para derrubar a minha empresa, já que eu fui um dos únicos do meio que não aceitou a propina para alavancar a reeleição do senador. E quando ele caiu ele quis me levar também. – Ele disse se curvando e ficando com o rosto próximo do de Elizabeth e ela recuou o corpo para trás.

— Eu não acredito nisso. – Ela disse baixo e pressionou os lábios e ele sorriu ainda próximo o suficiente para ela sentir o perfume amadeirado dele.

— Mas é a verdade senhorita. – Ele disse cordialmente e ficaram em silencio se encarando e ela engoliu seco. – Se era só isso, tenho muitos relatórios para ver. – Ele disse mas não se mexeu da posição que se encontrava e Elizabeth com olhar fixo no dele arqueou as sobrancelhas e suspirou.

— É só isso sim, por enquanto. – Ela disse com a voz exaltada e afobada e Tomás recuou o corpo ajeitando o palito. – Mas não significa que vou parar por aqui.

— Se eu fosse você, não mexeria com isso senhorita Evans, é um negócio perigoso. – Ele disse dando volta na mesa.

— Isso é uma ameaça? – Ela disse recolhendo suas coisas.

— Não, é um aviso de alguém que simpatizou com você. – Ele disse entregando a ela o gravador e ela desligando o mesmo. – Se você não tem meios, você pode se machucar e machucar muitas pessoas a sua volta. – Ele disse em tom preocupado e desviando o olhar dela.

— Vou arriscar. – Ela disse determinada e foi saindo da sala enquanto ele a acompanhava com os olhos, a porta se abriu e eles novamente cruzou o olhar, Elizabeth ajeitou a bolsa no ombro e saiu, com o coração parecendo que explodiria, com o passo apressado e com a sensação de ser seguida. Virando a esquina e encostando no muro e recuperando o folego, essa breve conversa com Tomás tinha sido intensa e cheia de perguntas sem respostas e cabia a ela resolver cada uma delas, cabia ela tentar não colocar ninguém em perigo e conseguir a melhor reportagem de todas, independente de todo império de Tomás Ferguson ruísse.  

— Samantha, quero que pesquise tudo sobre a senhorita que acabou de sair, Elizabeth Evans. – Tomás pedia por telefone a sua secretária, enquanto o pensamento voava no olhar de terminação que Elizabeth lançou a ele, ele sentiu que ela não iria desistir tão fácil e precisava conhecer contra quem iria luta


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