Porque tudo acontece uma vez em Nova York escrita por SouumPanda


Capítulo 19
E Depois de Tudo




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Apesar dos acontecimentos do casamento de Chloe e John, Elizabeth teve que ir para New Orleans, mesmo sob muita insistência que devesse ficar de Tomás. Ele conseguiu um apartamento para ela, um grande apartamento e todos os finais de semana se juntava a ela ou ela vinha até Nova York para ver as irmãs, Chloe e John resolveram ficar no apartamento que eram das irmãs mesmo Miranda, mãe de John pedindo para que ficasse em sua cobertura em Manhattan, John que não tinha um relacionamento preferiu o Brooklyn. Katherine se instalou na casa de Matthew próxima ao central parque, Chloe amava ir no novo apartamento da irmã, elas falavam que se sentiam como Sex and the City vivendo um sonho. Tomás comprou um novo apartamento para ele e Elizabeth na região de Upper East Side, próxima ao apartamento de Katherine, ela não gostava de que Chloe ficasse longe, com mais de 1 hora, quando Elizabeth disse que estava vindo de New Orleans para o final de semana e para o chá de bebê que organizou para Chloe, pediu para que a irmã e John ficasse no apartamento que era um exagero ser daquele tamanho para apenas ela e Tomás. O apartamento era na cobertura, estilo duplex, onde tinha uma sala que era do tamanho do antigo apartamento delas, que tinha a visão do balcão da cozinha de mármore cinza e a enorme mesa de jantar. Logo do outro lado com dois sofás retrateis e uma lareira a gás, em cima uma enorme TV, a janela dava para ver quase toda Manhattan, assim como olhando toda sua volta, pela visão panorâmica que todo ambiente dava. Olhando próximo a escada tinha uma porta enorme de correr que dava para um escritório, livros de primeira edição, e do outro lado da escada tinha um lavabo do tamanho do antigo quarto de Elizabeth, e no andar superior ficava mais três quartos cada um com seus banheiros. John olhava tudo boquiaberto e Elizabeth revirava os olhos com a expressões do amigo, ela logo ela foi até Chloe que já estava sentada no sofá toda largada no mesmo.

— Você está bem? – Elizabeth a olhava sentando do seu lado e sorrindo gentilmente.

— Estou, só ando cansada demais e olha que a bebê nem nasceu. – Chloe dizia se lastimando. - Você não se sente assim? Cansada o tempo todo? Como da conta de viajar, olha você consegue usar salto na gravidez e nem isso consigo Liz.

— Uma gravidez nunca é igual a outra, acho que está te afetando mais do que a mim. – Elizabeth tentava parecer gentil e sorria acariciando a mão da irmã. – E você precisa se movimentar, porque não aproveitamos amanhã quando o seu chá acabar para nadarmos na piscina do condomínio? – Elizabeth falava empolgada e Chloe bufava.

— Não quero fazer nada, estou em um desanimo total. – Ela olhou em volta e viu John conversando com Tomás que servia Whisky para eles no canto perto de uma das janelas. – Eu amo John, amo minha filha. Mas odeio estar gravida, ela está sugando minha vitalidade. – Ela tentou rir, e Elizabeth sorriu para a irmã. – Aqui é tão lindo, poderia me acostumar viver assim rapidinho.

— É muito entediante aqui, acostumei estar com a casa cheia, e quando é apenas eu e Tomás é terrível, um silencio que parece que se cai um alfinete ecoa. – Elizabeth falava com semblante triste.

— E quando vai parar de trabalhar? – Chloe perguntava curiosa e Elizabeth fez uma careta negando com a cabeça.

— Espero que nunca, tudo isso é do Tomás, em New Orleans sendo editora de uma livraria consigo ser alguém, lá ninguém tem a mesma visão de Tomás, sabe que ele tem dinheiro, mas não quem realmente é. – Ela comentava olhando Tomás que ria com John sobre algo que não escutava. – Não quero nem planejar o casamento perto dele, com medo de que tudo ele queira arcar, estou poupando para isso.

— Mamãe realmente perguntou quando iria casar, que não tinha visto nada. E que já estava na hora. – Elas riam do comentário de Chloe e Elizabeth acariciava a barriga institivamente e quando escutou a campainha tocar indo em direção da enorme porta. Já abrindo com um riso no rosto, ao ver Katherine animada segurando uma garrafa de vinho e Matthew sorrindo sedutoramente como sempre.

— Que saudade que estou de vocês. – Katherine disse abraçando Elizabeth e beijando a barriga da mesma e indo em direção de Chloe e fazendo o mesmo, Matthew beijou ternamente o rosto de Elizabeth quer fechou a porta e respirou fundo indo para a cozinha, Katherine olhou a irmã sorriu. – O que teremos para o jantar?

— Sinceramente? Pizza. – Elizabeth disse rindo e colocando a mesa. – Cheguei hoje de tardezinha de New Orleans acha que queria cozinhar. – Ela logo colocou tudo e todos se juntaram em volta da mesa e se servindo da pizza.

A noite foi agradável, todos conversaram colocando o assunto em dia, Elizabeth mostrou o quarto montado do bebê, os homens conseguiram relaxar. Katherine contava tudo sobre o casamento, mas queria esperar os sobrinhos nascerem para casar, para que todas ficassem bem nos seus vestidos. O que irritou profundamente Chloe, que estava realmente abalada com a gestação. Após mediar a reconciliação da irmã, Elizabeth realmente sentia falta disso, delas três juntas. Olhava Chloe ali, que mesmo achando que estava feia, estava linda, radiante com seu cabelo enorme em ondas e ainda usando jeans, casada com seu melhor amigo. Katherine sendo a faladora e contadora de vantagens de sua boa vida no Central Park, Elizabeth olhava como estava empolgada e olhava apaixonadamente para Matthew que também não tirava os olhos da irmã. Quando ela se olhou sentindo a mexida do seu bebê sorriu em silencio apreciando o momento, o filho teria uma prima que cresceria junto dela e isso era bom, já que Elizabeth não queria ter mais filhos, ter uma companheira seria maravilhoso.

— Ninguém em sã consciência colocaria o nome da filha de Apple. – Katherine falava rindo. – Só a Gwyneth Paltrow mesmo.

— Charlotte é lindo. – Elizabeth falava cordialmente para a irmã. – Vocês escolheram bem, é um clássico.

— Realmente, porque essa menina será nossa princesa. – Katherine completava sorrindo e as três se abraçando e logo a mesma fixando o olhar em Elizabeth. – E vocês, escolheram o nome do bebê?

— Na verdade sim. – Elizabeth suspirou e sorriu e os olhares curiosos cresceram nela.

— Steven Gerrard Ferguson. – Tomás chegou abraçando Elizabeth e colocando a mão sobre sua barriga. – O nome do meu avô. – Ele beijou o rosto da mesma cordialmente e Katherine e Chloe olhava balançando positivamente a cabeça.

— Nossa, bem forte o nome. – Katherine disse e logo todos estavam ali se olhando, Katherine pigarrou e pressionou os lábios. – Bom, vamos querido? – Ela disse para Matthew que sorriu e afirmou com cabeça. Katherine abraçou as irmãs fortemente e beijou a barriga de ambas e se despediu dos cunhados. – Amanhã estaremos aqui novamente, descansem.

Quando Katherine se foi, logo Chloe e John subiram para descansar Elizabeth com a ajuda de Tomás ajeitou as coisas e subiram também para poderem descansar. Tomás a olhava passar o hidratante no corpo mordendo os lábios, quando Elizabeth notou que ele a olhava abriu um sorriso que mostrava todos seus dentes, Tomás a puxou pelo braço e ela deitou na cama e logo ele foi enchendo sua barriga de beijos e subindo os beijos e parando quando cruzou seus olhares.

— Nunca acho que pode ficar mais linda e você fica, nunca acho que posso me apaixonar ainda mais e estou aqui, feito um bobo pensando como tenho sorte e quanto te amo. – Ele dizia acariciando o rosto dela e a beijando ternamente. – Queria ficar assim com você todos os dias sabia?

— Iria enjoar. - Ela disse em bom humor vendo ele negar com a cabeça. – Eu te amo demais Tomás e assim está ótimo não está? – Ela dizia o vendo sair de cima da mesma.

— Não, não está. – Ele disse se ajeitando na cama e afofando os travesseiros. – Queria você aqui comigo, queria que já tivéssemos casados, nosso filho vai nascer e nem sei se estará aqui ou em New Orleans, nem sei se chegarei a tempo. – Ele disse com o seu tom de voz grosso. – Você e Chloe estão para ganhar os bebês e deve reconhecer isso, não tem como ficar nisso de ir e vir de avião.

— Tudo bem, vou me organizar e pedir meu afastamento e venho ficar aqui, até que o Steve nasça. – Ela disse tentando tranquilizar ele. – Por favor, não quero brigar sobre isso novamente, é minha vida, minha carreira e eu a amo.

— Não tem mais que trabalhar. – Ele disse emburrando.

— Mas eu quero, essa é a questão, então respeite ela. – Ela disse deitando e se cobrindo.

Chloe rolava de um lado para o outro tentando achar uma posição para dormir, o que impedia de John dormir, ele apenas franzia a testa e logo se apoiou nos cotovelos olhando para a mesma indignado.

— Faz meia hora que está rolando na cama, está tudo bem? – Ele perguntou em tom preocupado e um tanto estressado.

— Na verdade não, estou sentindo minhas costas doerem tanto que não sei o que está acontecendo. – Ela disse se queixando e John abriu a boca. – Deve ser cansaço.

— Tem certeza? Se quiser podemos ir para o hospital, a gravidez está nas últimas semanas, e poderia ser bom ser examinada.

— Não precisa, as vezes me seguram lá e acabo que perdendo meu chá. Minhas irmãs deram duro para organizar. – Ela disse forjando um sorriso. – Vou tentar dormir, descansando as vezes tudo melhora. – Ela disse colocando todas as almofadas e travesseiros a sua volta e desligando o abajur para dormirem, John ficou olhando ela por alguns instantes até virar para dormir.

No meio da noite, John ainda escutava Chloe gemer, quando acendeu a luz viu a mulher com lagrimas nos olhos e sentiu o colchão molhado, ele saltou da cama dando a volta e indo até ela. Chloe estava em choque que mal conseguia falar, quando não se apoiava com dificuldade nos joelhos e grunhia de dor. John estava branco, perdendo todo o sangue do rosto sem saber exatamente o que fazer, quando ouviu batidas na porta e engoliu seco indo correndo e Tomás estava ali parado olhando Chloe ao fundo, John mirou o físico do concunhado e revirou os olhos e o puxou para dentro.

— Tudo bem, nos ajude cara. Ela molhou toda a cama e agora está travada de dor. – John falava exaltado e Tomás que segurava uma caixa de cereal logo soltou indo em direção a Chloe e ajudando a mesma chegar no banheiro, assim como John.

— Vamos encher a banheira, entre com ela. – Tomás disse, chegando próximo a mesma  e colocando para encher, John tirou a camiseta e entrou na banheira e com a ajuda de Tomás Chloe entrou de camisola mesmo, ela sentou se apoiando em John que começou a massagear a barriga endurecida e quando a mesma se inclinava para frente massageando as costas. Tomás logo saiu do banheiro correndo chamar Elizabeth.

— Como está agora? – John perguntava tentando tranquilizar Chloe.

— Um pouco melhor. – Ela falava soltando o ar aos poucos e respirando profundamente. – Precisamos ir para o hospital, acho que perdi liquido. – Logo que parou de falar, Chloe segurou firmemente na beirada da banheira, apertou e grunhia novamente junto com choro, sua barriga estava tão endurecida que era capaz de ver a bebê através de sua pele fina. Logo Elizabeth entrou de hobbie no quarto, se agachando na banheira e olhando a irmã em agonia. – Me ajuda Liz.

— Tudo bem, farei meu melhor. Agora você precisa assim que parar sua contração sair dessa água quente, isso só vai te ajudar a dilatar mais, precisamos ir para o hospital e ver sua condição. – Elizabeth falava com firmeza na voz e o que foi passando a tranquilidade que Chloe precisava. – John pegue roupas secas para ela, vou ajudar ela a sair da banheira e vamos para o hospital já, Tomás está pegando o carro.

Todos estavam a caminho do hospital, Chloe gritava em cada contração, John estava segurando ela no banco de trás e Elizabeth estava no banco da frente virada para trás segurando a mão da irmã e Tomás hora olhava para rua e olhava Elizabeth com testa franzida, quando chegaram no hospital e as enfermeiras pegaram Chloe e John e levaram para a emergência. Tomás olhava Elizabeth e ela o encarou franzindo a testa.

— Não podia ter colocado uma roupa? – Ele dizia olhando a mesma de hobbie.

— Acha que vendo minha irmã com dor pensei em roupa Tomás? – Ela disse sendo grossa enquanto ele colocava no ombro dela o casaco que ele tinha colocado.

— Não precisava vir assim também, só isso. – Ele disse retraído e olhando todos passarem e olhar os dois ali. – Querendo ou não sou uma figura pública e você estando comigo também e os dois assim em um hospital será uma foto e tanto. – Ele falava se sentando nos bancos do corredor junto com Elizabeth e logo suspirando. – Desculpe, se fosse você eu estaria no mesmo desespero e viria pelado se fosse o caso. – Eles riram do comentário e ele beijou o topo da cabeça de Elizabeth que se juntou nele sentindo o braço de Tomás a sua volta.

Uma correria era eminente na sala que Chloe estava, os gritos dela eram audíveis de onde eles estavam, cada vez que alguém abria a porta e ela se fechava os gritos eram altos e as suplicas também. John sentia seus dedos perderem o sangue em cada aperto de Chloe dava, ela suava, os médicos colocaram as pernas em apoios e procuravam o cardiotoco para ouvir o coração da bebê e monitorar as contrações. Quando conseguiram, logo medicaram Chloe para se acalmar, aplicando a peridural.

— Ela vai nascer doutor? – John perguntava e o médico engoliu seco afirmando.

— As contrações estão regulares e ela está dilatando rápido. – O médico falava calmamente. – A bebê está em um bom tamanho e não será prematura, então tudo correrá muito bem, vamos ver como tudo vai progredir. – O médico ia saindo, quando Chloe gritou tão alto que o assustou indo até ela e com a empurrada que a mesma deu o médico e John pode ver o cabelo da bebê coroando. A correria foi formada, era tantos médicos, enfermeiros, pediatra entrando ali que não daria tempo que levar Chloe para o quarto de parto. – Querida, você terá que empurrar fortemente, sua bebê vai nascer. – Chloe concordou com a cabeça e assim fez empurrou com toda força que conseguia sentindo uma pressão na sua vagina e logo passando, John estava com os olhos arregalados e com lagrimas nos olhos, quando a pediatra pegou a bebê e entregou a Chloe, ali estava Charlotte, toda envolta pelo vérnix e com os olhos fechados, John chorava abraçando Chloe que estava observando a filha chorando, pegando em seus dedinhos, e ali eles ficaram por um bom tempo observando Charlotte que assim que se aproximou de Chloe parou de chorar e se aninhou em seu peito.

 

 


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