Porque tudo acontece uma vez em Nova York escrita por SouumPanda


Capítulo 16
É o seu fim




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Katherine gritou ao escutar os tiros, Elizabeth tremia inteira. Tomás acariciava o cabelo desgrenhado de Elizabeth e tentava conter o tremor. Ela acabou sujando ele todo com o sangue, não sabiam de ontem tinha vindo os tiros, eles estavam todos imóveis, Katherine tinha a visão da irmã quando a viu lágrimas rolaram pelo rosto, Matthew a abraçava tentando proteger seja o que estava atirando. Mais disparos.

— Essas armas deles não vão acabar as balas? - Matthew questionava com certa ironia.

— Temos o suficiente para matar os quatro. - Boyle gritava e mais um tiro disparado. Tomás pediu para Elizabeth ficar em silêncio e foi se afastando. Elizabeth apenas negava com a cabeça para que ele voltasse para ela.

— Calma, logo o socorro vai chegar. - Tomás sussurrou saindo e logo entrando em uma luta de mão com Boyle na tentativa de tirar a arma, disparou para cima, para o chão e então a arma voo parando próximo a Elizabeth que pegou a mesma tremendo muito. Katherine estava petrificada em choque, colocou a mão na boca abafando o grito, Elizabeth tremia demais, vendo Tomás socar o rosto de Boyle que já estava mole com os socos, quase desmaiado. Ela olhou um dos seguranças mirando em Tomás então fechou os olhos e atirou, não sabia a direção apenas foi, logo escutou o cara gritar e um baque no chão, acertou a perna dele. Boyle estava caído no chão e Tomás em cima continuava a bater nele. Elizabeth pegou na mão de Tomás o impedindo, quando Tomás notou o sangue de Boyle em sua mão parou.

— Não compensa. - Ela disse rouca, soltando a arma e sendo abraçada por Tomás que logo deu a ela o paletó para se cobrir. Tomás a empurrou para trás dele e espreitou o olhar em Boyle que mesmo com o rosto coberto de sangue ria sadicamente.

— Matarei, a família feliz de uma vez só. Três coelhinhos em uma cajadada só. - Então ele atirou na perna de Tomás que caiu de joelho e Elizabeth e Katherine gritou. Matthew chegou correndo e chutou o rosto de Boyle que caiu desacordado no chão.

— Precisamos de um médico. - Elizabeth gritava tentando estancar o sangue de Tomás, Matthew rasgou a camisa dando um nó para parar o sangramento, um dos seguranças fugiu e o outro estava desmaiado. Quando escutaram tiros altos e olhando viram Katherine atirando em Boyle que estava no chão, uma vez no peito e outra no pau. - Kath. - Elizabeth disse chorando indignada, Matthew a abraçou tirando a arma da mão dela que logo caiu de joelhos chorando e Tomás estava boquiaberto com a atitude de Katherine.

Após tanto barulho, a polícia chegou e encontrou os quatros ali, Tomás ainda consciente deitado sobre a perna de Elizabeth, Katherine chorando e Matthew a amparando, o estrado era enorme. Os policiais não conseguiam acreditar no que viam naquele momento, principalmente pelo carro esportivo que entrou no galpão.

—  Matthew. - Tomás disse baixo e com riso no rosto, Matthew e Katherine o olhou. - Quando planejar uma fuga com os meus carros, da próxima vez, não pegue o mais caro. - Tomás riu com dificuldade, Matthew deu risada junto com Katherine entre as lágrimas.

— Tinha que ser o mais rápido que você tinha. - Katherine disse rindo e ainda tremendo de nervoso.

— Eu sei, mas só existe 17 deste no mundo todo, vale mais de 2 milhões. - Tomás comentou rindo da cara da Katherine de espantada. Quando o resgate chegou, logo pegaram Tomás e levaram para ambulância e ela ficou vendo Elizabeth ser levada para outro lado junto de Katherine e Matthew então ele respirou fundo e foi mobilizado para levar para o hospital.

Chloe estava passado os canais da TV, quando viu a notícia sobre a fuga de Tomás do casamento, viu a irmã correndo com ele até o carro, e estava boquiaberta. Quando John chegou com a pipoca sentando com a mesma. Viu a notícia na TV e eles se olharam. Logo depois noticiando que o mesmo carro que Tomás usava entrou em um galpão e teve trocas de tiro, os dois estavam petrificados. John sentou ao lado de Chloe e entregou a pipoca para a mesma sem tirar os olhos da TV. Logo entrou ao vivo, mostrando Tomás indo para a ambulância e Elizabeth saindo acompanhada por Katherine e Matthew até a outra ambulância.

— Depois eu não deveria me preocupar? – Chloe falava exaltada e respirando profundamente.

— Mas tudo acabou bem, não é? – John disse engolindo seco. – Sua irmã está bem.

— A que custo? – Ela disse exaltada. – Precisamos ir até o hospital, descubra onde eles estão e vamos. – Chloe disse em tom autoritário.

— Não devíamos, você não devia. – John disse baixo e preocupado.

— Nem se você quisesse me manter aqui agora, conseguiria. – Chloe já estava em pé colocando um casaco e abrindo a porta. – Você vem? – Ela disse para ele, que prontamente estava atrás dela.

Elizabeth abriu os olhos pesados que nem percebeu que tinha pegado no sono, olhou para o braço com o soro pingando, sentiu os cortes na barriga e no meio das pernas arderem, se ajeitou e quando sua vista focou viu Matthew e Katherine dormindo sentados no sofá, Katherine com a cabeça encostada no ombro de Matthew e ele com a cabeça para trás, logo ela virou para o outro lado, Tomás sorria ao vê-la, estava com uma muleta e com a perna enfaixada, ela se sentou com certo sacrifício e sorriu para ele. 

— Hey, vai com calma. – Ele disse gentilmente e com apoio sentou ao lado de Elizabeth. – Limparam seus cortes, fizeram todos os exames e parece que está tudo bem. – Ele comentou pressionando os lábios e respirou fundo com os olhos marejados. – Está tudo bem com você e o bebê.

— Tomás. – Ela disse com a voz rouca e baixo e Tomás apenas negou com a cabeça sobre querer escuta-la.

— Você teve seus motivos, e tudo bem. Só estou feliz que estejam bem. – Ele disse tentando sorrir. – Não quero imaginar o que passou por um dia na mão daquele cara. – Ele disse fechando os olhos e apertando e Elizabeth logo sentiu a lagrima escorrer e Tomás apertou a mão dela. – A polícia veio falar com você, mas estava dormindo e depois eles irão voltar.

— Tudo bem. – Ela disse limpando as lagrimas que escorriam. – Eu ia te contar, juro mesmo. Depois do casamento. – Elizabeth disse e Tomás esboçou um sorriso.

— Eu não casei Liz, sua irmã me tirou de lá literalmente. – Ele disse e ambos riram, quando a porta abriu e Chloe entrou preocupada indo até a irmã e abraçando a mesma que gemia com a dor.

— Meu Deus, Liz. Como você está? – Chloe a apertava e Elizabeth entre a carreta de dor procurava falar com dificuldade. – Me desculpe. – Chloe a soltou e endireitou sendo abraçada por John.

— Primeiramente, você deveria estar em casa. – Elizabeth disse sorrindo gentilmente. – Eu estou bem, de verdade. – Ela respirou fundo e sorriu. – Apesar de tudo, estou feliz que tudo acabou e agora sim, vamos dormir todos os seis tranquilos. – Ela disse olhando Katherine que despertava sorrindo.

— Fiquei tão preocupada sabendo de tudo pela tv. – Chloe comentou e John balançou a cabeça confirmando.

— TV? – Os quatros disse em coro e John e Chloe arregalou os olhos.

— Sim, noticiou desde de a fuga de Tomás do casamento a vocês saindo do galpão. – John informou e todos se olharam. – E que Boyle foi morto. – Katherine engoliu seco e respirou fundo.

— Vamos ficar todos tranquilos, vou chamar meus advogados, mas acho que não dará em nada, ele estava louco e cometeu uns mil delitos naquele galpão e por toda via. – Tomás parou de falar olhando para Katherine que estava com olhar assustado sobre a morte de Boyle. – Falaremos que foi em legitima defesa.

— Obrigada. – Elizabeth sussurrou e sorriu e Tomás se levantou com dificuldade. – Onde vai? – Ela questionou e todos o olhou.

— Estou escutando um converseiro, receio que meus pais estejam no hospital. – Tomás disse e antes que pudesse andar a porta novamente se escancarou e entrou um casal elegante demais, com roupas a rigor. Junto com mais um moço que parecia Tomás mais novo. – Olá papai e mamãe.

— Tomás, como você me faz isso. – A mãe dele segurou no seu rosto o examinando e olhando a perna com espanto. – Porque tudo isso meu filho? – Ela falava preocupada quando o pai dele apenas observava todos silenciosamente. Tomás olhou para Elizabeth, e o olhar de todos foi direcionado a ela, que se encolheu na cama. – Por isso? – Ela olhou novamente para Tomás.

— Por eles. – Tomás disse sorrindo gentilmente e com o olhar brilhando. – Pelo amor da minha vida e pelo meu filho. – Ele disse baixo e com um riso bobo no rosto.

— Meu Deus. – A mãe dele estava espantada, Elizabeth engolia seco era um péssimo momento para se conhecer os pais de Tomás. – E é seu meu mesmo, sabemos como o outro saiu pela culatra, sem ofensas minha querida é que quase caímos em um golpe. – Ela disse gentilmente e preocupada.

— Sim, esse tenho absoluta certeza. – Ele disse apertando a mão de Elizabeth que estava com rosto corado e queimando de vergonha. – Papai, mamãe. – Tomás fez uma pausa. – Elizabeth Evans, o amor da minha vida. – Ele disse sorrindo bobo ao olhar Elizabeth que engolia seco. – E essas são as irmãs Katherine e Chloe, John noivo de Chloe e Matthew que vocês já conhecem, meus amigos.

Os pais de Tomás olharam todos cumprimentando e logo a mãe de Tomás abraçou Elizabeth delicadamente e beijou seu rosto, quando Tomás contou tudo que ouve ela ficou assustada e perturbada com tudo que havia se passado desde que conheceu Elizabeth, e não saiu mais do hospital até que Elizabeth e Tomás tivessem alta, acompanhando todas as consultas e exames que a mesma foi submetida, dando apoio a ela e a Tomás. Quando o aparelho de ultrassom chegou no quarto, que estava abarrotado de gente todos querendo ver o bebê, Elizabeth se sentia desconfortável com tanta gente. Mas respirou fundo e com forme o médico passou o gel e o aparelho, Tomás apertou tão forte a mão de Elizabeth extasiado com o momento que a mesma fez uma cara de dor.

— Ali está. – O médico mostrava um ponto no meio do nada, mas com forma. Podia ver o formato de uma grande cabeça e o que parecia dedos. Todos na sala estavam com os olhos marejados e o médico olhava com certo espanto a cara de choro de todas ao ver o bebê. – Está perfeito, tudo correndo bem, apesar do histórico recente, você está de 10 semanas, parabéns. – O médico disse saindo e levando o aparelho.

— Bom, nós já vamos Liz, descanse. – Chloe disse beijando a testa da irmã que sorriu e John fazendo o mesmo. – Qualquer coisa nos ligue tudo bem? – Elizabeth afirmou com a cabeça e Chloe e John saíram.

— Nós também vamos, estou com o corpo dolorido. – Disse Katherine sorrindo e sendo abraçada por Matthew. – Mas voltamos para ver vocês. – Ela completou e apertou suavemente a mão da irmã que sorria e afirmava com a cabeça.

— Melhoras nessa perna cara. – Matthew disse dando um tapa no ombro de Tomás e saindo com Katherine, Tomás olhou os pais e fez uma careta para que saíssem também e o pai logo entendeu o pedido.

— Bom. – Ele pigarrou chamando a atenção de todos. – Filho, vamos para sua cobertura em Manhattan, vamos tirar essas roupas e descansar. – O pai de Tomás disse com a voz grossa como a dele o que fez Elizabeth rir com autoritarismo. Tomás apenas sorriu e disse um obrigado inaudível. Quando os pais saíram, eles se olharam e ambos sorriram um para o outro.

— Nossa, seus pais são intensos. – Elizabeth comentou pressionando os lábios. – Então.

— Tenho certeza que gostaram de você, tanto que não saíram daqui te dando apoio o tempo todo. – Tomás disse em bom tom e com um bom humor. – Estou feliz que isso acabou, por tudo que tudo nos rendeu. A melhor de todas, foi você. – Ele disse acariciando o rosto de Elizabeth que sorria sentindo o toque de Tomás e logo fazendo cara de choro. - Hey, Liz. Vou te ajudar com o que foi preciso para superar isso. O médico pediu acompanhamento psicológico e irei te apoiar em tudo mesmo.  – Elizabeth chorava e com os olhos fechados e pressionados apenas confirmava com o que Tomás falava e respirava fundo.

— Tenho medo de não conseguir mais. – Ela parou de falar e respirou fundo. – Porque eu amo como sua mão apesar de ser grande é macia e me toca, mas não consigo não sentir e lembrar de tudo. – Ela disse engasgando entre as lagrimas e Tomás deitando ao seu lado na cama e abraçando ela e beijando o topo da sua cabeça.

— Como eu disse, vou te ajudar. E com calma, quando estivermos bem, você estiver bem. Vou te encher de beijos e de carinho. – Tomás disse cordialmente acariciando o cabelo dela até ela adormecer e ficou ali abraçado com ela pelo resto do dia. Sentindo ela tremer durante o sono e chorar, ficou ali zelando e velando por ela. E jurando para si mesmo que a protegeria do mundo.


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