Porque tudo acontece uma vez em Nova York escrita por SouumPanda


Capítulo 14
O Declínio da condenação, Boyle voltou




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Katherine estava estressada em ter que acompanhar Matthew no casamento de Tomás, que seria na mansão deles em Hamptons, um final de semana todo com todos amigos deles, família. Ela estava recusa em falar sobre a viagem para a festa perto de Elizabeth que só tem ficado isolada nos últimos 15 dias e apenas falando que estava tudo bem. Chloe fazia a comida com a ajuda de John que estava decretando a mudança para o apartamento das meninas para entregar o flat e pouparem para o casamento e para a criança que chegava, todos estavam sentados à mesa, Katherine foi servir vinho a ela, John e Elizabeth que recusou e Katherine e John a encarou com uma careta.

— O que foi? – Elizabeth disse se levantando e indo pegar um copo de água e todos a olhando e quando se sentou Chloe engoliu seco. – Qual o problema gente?

— Você está bem Liz? – Katherine disse bebendo um pouco de vinho enquanto servia salada. – Anda bem tristinha.

— Gente estou bem, sério. – Elizabeth pegou um brócolis e mordeu com certa fúria. – Estive pensando em ir passar o final de semana no Maine. – Todos pararam de comer e encararam ela, Chloe negava com a cabeça com um riso irônico no rosto.

— Você não vai se isolar em uma fazenda por causa daquele babaca. – Chloe disse em tom de fúria batendo na mesa e respirando fundo.

— Não é por causa de Tomás, preciso muito resolver umas coisas com a mamãe. – Elizabeth disse calmamente e continuando a comer. – É um final de semana, não vou voltar a morar lá e depois do casamento tenho certeza de Tomás vai deixar Nova York para sua lua de mel. – Ela disse respirando fundo.

— Tudo bem. – Katherine disse olhando torto e pegando uma ervilha e comendo e logo soltando os talheres fazendo todos a olhar. – Liz, precisa nos contar algo? – Katherine olhava a irmã torto. – Algo que tem a ver com sua ida ao Maine?

 - Não que eu sabia, apenas preciso conversar com a mamãe. – Elizabeth disse calmamente tomando um gole de água e olhando Katherine colocar a mão no bolso de trás do jeans que vestia e colocando um teste em cima da mesa. – Você está gravida?  - Elizabeth disse surpresa e com os olhos arregalados, Chloe engasgou e John batia nas costas dela.

— Claro que não. – Katherine disse exaltada. - Esse teste não é meu e muito menos da Chloe. – Katherine encarava Elizabeth que continuava a comer, quando parou os três a olhava. – Liz?

— Oi? – Ela falava tentando ignorar a irmã, mas logo suspirando e tomando mais um gole de água e respirando fundo. – Primeiramente, é nojento você ficar mexendo no meu lixo e segundo. – Ela respirou fundo e piscou algumas vezes. – Sim, por esse teste sim – Ela disse baixo limpando a boca com o guardanapo e fechando os olhos por alguns minutos evitando a cara de espanto de todos. – Marquei médico para quando eu voltar do Maine, para ter um resultado mais preciso. – Elizabeth tentava manter o controle na voz e evitar a cara de espanto de todos a mesa, logo se levantando. – Se me dão licença, vou ir comprar nachos. – Ela disse sorrindo de maneira forçada e deixando os três na mesa a vendo sair.

Matthew estava bebendo em um bar em Manhattan com Tomás que estava desolado e mais bêbado que o normal, Tomás estava debruçado no balcão e Matthew bebendo vendo o amigo ali lamentando.

— Sabe o que é engraçado? – Tomás falava enrolando a língua. – Eu nem lembro como fiquei com ela, nem lembro como essa criança foi consumada. – Tomás soluçava. – Isso me custou um bom relacionamento, me custou a Elizabeth. – Ele falava e Matthew batia em seu ombro como consolo. – Ainda bem que você tem a Kath, ela é legal. Conversa sempre comigo dando apoio. – Tomás choramingava.

— Logo você vai estar feliz, pensa que isso tudo é pelo seu filho. – Matthew falava e Tomás concordava. – Você vai ser realizado cara, uma linda esposa, uma casa de cerca branca, um herdeiro.

— Seria muito melhor se fosse com Elizabeth não acha? – Tomás olhava choramingando, Matthew que não sabia se consolava ou ria da situação do amigo, logo Tomás endireitou olhando para a porta, limpou o rosto e Matthew foi virando lentamente e lá estava Boyle solto, olhando para eles com um riso sádico no rosto mostrando seus dentes amarelos, escoltado com dois seguranças ele foi dando passos lentos até os dois. – O que ele está fazendo aqui?  - Matthew negava com a cabeça e os dois se levantou ficando de frente para Boyle.

— Hora, hora se não são meus meninos favoritos de toda Nova York? – Boyle disse pedindo para os seguranças se afastar e parando na frente dos dois. – Vamos conversar rapazes. – Boyle disse encostando no balcão e assim ambos encostaram cada um de um lado de Boyle que pediu uma bebida.

— Porque o animal não está preso? – Tomás disse rangendo os dentes.

— Vim te felicitar pelo casamento. – Boyle disse rindo sadicamente. – E fiquei feliz em saber que agora aquela vadia que me denunciou está livre para um relacionamento mais feliz. – Boyle disse rindo e nisso Tomás encostou ele na bancada segurando pelo colarinho da camisa e respirando fundo.

— Não compensa cara. - Matthew falava relando na mão de Tomás que prontamente soltou Boyle que começou a ajeitar a roupa. - Vamos embora daqui. - Matthew falou pegando o casaco e tirando o dinheiro para pagar as bebidas. E quando iam saindo Boyle começou a gargalhar e Tomás parou respirando fundo e apertando as mãos fechadas.

— Vou pegar a sua vadia Tomás porque isso que ela foi né? - ele gargalhava. - Uma vadia que te satisfez enquanto sua noiva não estava. - Boyle fala alto e Matthew tentava segurar Tomás que queria ir para cima de Boyle. - Ou a sua cachorra indomável Matthew, ter ela de novo de quatro para mim, será maravilhoso. - Naquele momento Tomás tentava segurar Matthew, logo os seguranças do local colocaram o dois para fora. E o motorista de Matthew levou ambos para casa.

 

Katherine chorava na escadaria da entrada do edifício, Elizabeth ia chegando e sentou ao lado da irmã, que ao ver Elizabeth ali, a abraçou e apenas chorava sem cessar, não falando nada. Após minutos de um choro de pura agonia. Ela olhou para a irmã e respirou fundo.

— Kath, está tudo bem. Estou aqui com você, agora preciso que respire fundo e me conte o que ouve. - Elizabeth falava de forma tranquila enquanto abraçava fortemente a irmã.

— Boyle foi solto sob fiança, Matthew estava em um bar com Tomás e ele encontrou ambos falando atrocidades. - Ela falava com dificuldade pelo choro. - Me dá um pavor pensar naquele ser repulsivo e ele vai querer se vingar do que fizemos com ele.

— Ele já viu que não se deve mexer com nós, então não acho que fará algo, calma tudo bem. - Elizabeth abraçou a irmã, apesar das palavras sentia um arrepiou por todo seu corpo e seu coração se apertar com a notícia. - Você vai para Hamptons no final de semana e sairá da cidade, ele não vai chegar até você. E eu vou para o Maine, se for preciso fico um tempo por lá até tudo se tranquilizar por aqui e ele for julgado. - Elizabeth tentava achar uma forma de tranquilizar a irmã e se acalmar também.

— Obrigada Liz quero que você fique bem também. Vocês dois. - Katherine disse sorrindo e Elizabeth congelou pensando se realmente estivesse grávida teria que se proteger pelo bebê que estaria por vir. - Não vai falar com Tomás?

— Falar o que comigo? - O carro de Matthew estava parando próximo da calçada e Tomás estava com o vidro abaixado olhando as duas abraçadas e encolhidas na calçada.

— O que fazem aqui? - Elizabeth perguntou com uma voz grosseira.

— Oi Liz, quis vir ver a Katherine antes de levar Tomás. Ela me pareceu abalada. - Matthew disse indo em direção a Katherine que se levantou para abraçar ele. Elizabeth sorriu forçadamente cumprimentando Matthew e se levantando.

— Conversamos depois Kath. - Elizabeth se levantou e ajeitou a roupa quando escutou a porta do carro bater.

— Elizabeth, o que tem para me dizer? - Tomás falava com tom autoritário o que a fez revirar os olhos e rir de nervoso. - Sua irmã perguntou se iria me contar, pode contar estou aqui.

— Que estou indo passar um tempo no Maine, para esfriar as coisas por aqui. - Ela disse respirando fundo e Katherine fazendo uma careta e negando com a cabeça.

— Nossa, Maine. - Tomás disse desconcertado. - Então boa viagem né?

— Obrigada, felicitações pelo casamento. - Elizabeth forjou um sorriso e entrou no edifício, ela podia jurar que viu a irmã cochichar algo para Matthew e esperava que não seja nada dela.

 

Chloe e John estavam deitados no sofá, abraçados, vendo um filme quando Elizabeth bateu a porta e foi para o quarto, eles se olharam e tiraram no jokenpo quem iria conversar com ela, Chloe perdeu e acabou indo até a irmã.

— Liz, o que foi? - Chloe perguntou encostando na porta e vendo a irmã arrumar as roupas dentro de uma mala.

— Preciso ficar um tempo em casa Chloe, não aguento esse drama que isso aqui virou. Essa novela que eu nunca quis fazer parte. - Elizabeth estava exaltada e Chloe sentou na cama vendo a irmã dobrar as roupas para caber na mala. - Eu não aguento isso tudo que está acontecendo, saiu do meu controle, não sei como deixei me levar por um babaca como Tomás que pode ser tão imprestável e gostoso ao mesmo tempo. - Ela bufava e Chloe apenas escutava afirmando com a cabeça. - Eu preciso da tranquilidade que nossa casa passa.

— Passa mesmo só tem mato por lá. - Chloe comentava rindo. - Liz, senta aqui. Precisa relaxar, ou vai enfartar. Quem cuida de todo mundo, também precisa de cuidados. E você precisa. - Chloe disse abraçando a irmã. - De o tempo que precisar em casa, encontre sua paz, mesmo você sabendo o que você deixou para trás. O Maine não é para você, cuide de você e se o resultado for legítimo, cuide do que você carrega. - Ela falava ajeitando o cabelo da irmã. - Uma mãe, sempre será uma mãe. Mas o pai tem o direito de saber. Deve conversar com Tomás. Isso não é algo que se esconda de ninguém. E a criança não tem culpa. - Chloe fava calmamente e Elizabeth logo começou a chorar. - Se ele está lá embaixo que presumo isso, converse com ele antes que assine os papéis do casamento e fique com aquela horrorosa. - Ambas riram, sabendo que Carolyn era tudo, menos horrorosa. - Se ele ainda vem até aqui e procura por você, significa algo isso. Mas não deixe seu filho sofrer por uma decisão de mágoa que sente por Tomás. Ele terá os mesmos direitos do filho dela. - Chloe sorrio e abraçou a irmã que chorava.

— Ele será o filho da outra, fui a amante. - Elizabeth falava entre as lágrimas tentando se consolar.

— Ele é filho do amor de vocês, e isso basta. - Chloe beijou a testa da irmã e ficou parada imóvel com uma cara de espanto. - Elizabeth, chama o John. - Ela disse com a voz séria.

— O que está acontecendo? - Elizabeth começou a tremer ao ver a irmã branquear no mesmo instante e foi até a porta do quarto gritando. - John. - Ela gritava tão alto que John subiu, logo Katherine, Matthew e Tomás estavam ali prestando socorro. - Chloe você está bem? - Elizabeth estava com Chloe deitada no seu colo e John abaixou ao lado da mesma ficando a sua altura.

— Temos que ir para o hospital. - John gritava desesperado. - Agora.

— Meu motorista está lá embaixo, vamos levá-la. - Matthew ajudou John a carregar Chloe que estava branca e desfalecendo. Katherine foi na frente abrindo a porta e Elizabeth permaneceu sentada com a mão no rosto chorando.

Tomás sentou do seu lado, em silêncio ficou apenas ali, Elizabeth logo respirou fundo o olhando e sorriu forçado.

— Ela estava aqui falando como deveria falar com você. E agora ela foi para o hospital. - Elizabeth falava procurando entender quando sentiu os braços de Tomás a sua volta a abraçando. Ela o olhou e ele beijou sua testa. - Preciso que fique longe de mim. - Ela falava entre as lágrimas.

— Quero te ajudar, apenas isso. O que está acontecendo? - Ele falava cordialmente. - Me conta.

— É mais fácil te odiar quando não está por perto. - Ela falava respirando fundo e procurando seguir o conselho da irmã, Chloe estava com ela e a aconselhou da melhor forma e sabia que ela tinha razão. - Tomás, preciso te contar uma coisa.

— Estou ouvindo. - Ele disse fixando o olhar nela e ela se levantando, se colocou a andar de um lado para o outro. - Elizabeth, pode falar.

— Primeiramente, eu sei que devo ser direta, mas não tive tempo de pensar em como dizer. - Ela respirava fundo. - Eu te amo Tomás e sim estou chateada em como tudo desenrolou. Eu ia falar que te amava a um mês atrás quando vi você com sua noiva. - Ela não conseguia parar de andar de um lado para o outro. - E eu entendo que seus motivos com Carolyn são nobres, em nome da sua família, da família que deseja que seu filho ou filha cresça. - Ela sentou ao lado dele que a olhava com atenção. - E quando amamos a pessoa, queremos o melhor para ela, mesmo que não nos inclua no processo, mas não é justo comigo isso. - Ela fez uma pausa pressionando os lábios e ele a olhou acariciando seu rosto, Elizabeth fechou os olhos sentindo o toque de Tomás. - Não é justo. - Ela disse baixo quase inaudível.

— Não é justo com nós. - Ele falou baixo e calmo.

— Acha que seu filho ficará feliz vendo os pais juntos? Mesmo não havendo amor, que é a base de uma família? - Ela perguntou o olhando com ternura enquanto Tomás passava a mão pelo seu rosto.

— Sei que pelo menos  eu seria  mais feliz com você. - Ele disse sem tirar os olhos dela.

— Você deveria ficar comigo e ser a droga do amor da minha vida. - Ela disse mordendo os lábios e nesse instante sentindo os lábios macios e molhados de Tomás juntar aos dela.

— Não me peça assim que sou capaz de pegar o avião com você para o Maine. - Ele disse sorrindo cordialmente. - Fico feliz que tenha me falado isso. Porque eu também te amo Elizabeth. - Ele sussurrou beijando a testa da mesma - E por saber como se sente preciso que entenda minha posição. - Ele disse vendo o semblante de Elizabeth mudar e ela ficar com o olhar triste. - Não me olhe assim por favor.

— Tudo bem, eu só imaginei que falando abertamente com você as coisas seriam diferentes. E não foi, essas coisas só acontecem em filmes. - Elizabeth disse respirando fundo e limpando as lágrimas. - Você não é um príncipe com um cavalo branco que vai vir me salvar de tudo, eu idealizei demais, você tem razão. Não posso te colocar nessa posição. - Elizabeth se levantou e tornou a arrumar a mala. - Desculpa jogar essas coisas em cima de você, nesse momento da vida. Não quis fazer isso. - Ela disse exaltada e ele se levantou e segurou as mãos dela.

— Calma Liz, não é assim as coisas. - Ele disse tentando tranquiliza-la. - É apenas isso que tinha para me contar? - Ele estava com olhar espreito e fixo nela.

— Sim, apenas isso. - Ela disse no automático e ele então a soltou. E ela engoliu seco.

— Tudo bem então, vou te ajudar com suas coisas, você no Maine é mais tranquilizador, Boyle não vai conseguir chegar até você. - Ele disse sorrindo cordialmente enquanto dobrava as blusas dela.

 

John andava de um lado para o outro, quando Matthew entregou um café para Katherine e para ele. John agradeceu tomando o café, Matthew sentou ao lado de Katherine e a abraçou consolando.

— Ela está bem, acho que faz parte da gravidez. - Matthew procurava consolar, mas nada adiantava. - Logo o médico vem dar notícias, faz algum tempo que ela está sendo examinada.

Logo as portar se abriram e saiu a médica que está atendendo Chloe com um sorriso que logo passou tranquilidade para todos.

— Ela está bem, o bebê está bem. - A médica disse. - Ela teve um pequeno sangramento o que resulta em repouso, não precisa ser absoluto, mas quanto mais deitada melhor.

— O que aconteceu com ela doutora? - Katherine levantou se juntando a John.

— Uma queda de pressão, junto com sangramento que causou dor. Foi uma junção de coisas. - A médica respirou fundo. - Ela tem vivido em ambiente com muito estresse? - Os três se olharam e logo olharam para a medica.

— Não. - Ambos responderam em um coro perfeito.

— Então, tudo bem. Podem entrar para vê-la, terminando o medicamento, ela ficará até amanhã em observação e depois pode ir para casa. - Ela disse saindo e Katherine olhou John sorrindo cordialmente.

— Está tudo bem, graças a Deus. - Ela abraçou John e respirou fundo. - Nós vamos indo então, se precisar de alguma coisa, nos ligue por favor. - Katherine beijou o rosto de John e Matthew se despediu e foram embora.

 

O final de semana chegou e na sexta-feira Katherine junto com Matthew foi para casa de férias da família de Tomás, uma mansão a beira mar, onde o casamento seria feito. Katherine estava deslumbrada com tudo, mas mal conseguia olhar no rosto de Tomás, Elizabeth comentou que eles conversaram sem muito detalhes, e ainda assim ele preferiu se casar com Carolyn. Ela não conseguia aceitar esse fato. Então cada vez que Tomás se aproximava, ela dava uma desculpa e saia de perto.

Elizabeth terminava de arrumar as malas e deixava tudo ajeitado para John e Chloe que agora teria que fazer um repouso pelo menos no primeiro trimestre da gestação. Ela abraçou o amigo fortemente, como a muito tempo não fazia, por alguns minutos foi de longe o melhor abraço que ela recebeu. Logo depois abraçou e beijou a testa da irmã e suspirou ao vê-la ali sentada na cama com a perna esticada.

— Vou morrer de saudades, por favor. Qualquer coisinha me ligue, que virei no primeiro voo. - Elizabeth falava e Chloe sorria concordando.

— Vá tranquila, vamos ficar bem. - Chloe falava sorrindo cordialmente. - Vamos morrer de saudade de você, mas queremos você bem com a gente. - Chloe sorriu. - Vocês bem, John vai procurar um apartamento para nós pela área, queremos se mudar antes do nascimento do bebê. - Ela falava animada.

— Mas sem pressa por favor. - Elizabeth disse, dando mais um beijo na testa da irmã e se levantando. - Bom, acho que está na minha hora, fiquem bem. - Então junto com sua mala ela desceu pedindo um táxi, ela olhou para o celular por instantes e respirou fundo e quando tornou a olhar para rua a vista de um táxi. Tudo ficou escuro, e uma dor latente na cabeça pode sentir.

 

 

Tomás procurava sua mãe e Carolyn para irem jantar, e não encontrava, passando pelo escritório ouviu alguém conversando e escutou a risada da mãe de Carolyn e a voz da mesma em tom preocupado.

— Ele vai perceber mamãe. - Ela falava baixo e preocupada, a respiração rápida.

— Não seja idiota minha filha, tudo está indo muito bem. - A voz aguda da mãe de Carolyn tentava passar tranquilidade, Tomás estava encostado na parede, olhou para o corredor e sua mãe o viu ali vindo na sua direção e ele a segurou para que ouvissem a conversa. - Falaremos que essa criança nascerá prematura. Você tem certeza que o cara tem os traços dele?

— Tenho, mais que certeza. - Carolyn parecia nervosa. - Você escolhe basicamente a fisionomia que quer que a criança tenha. E eu escolhi o que chegava mais perto. - Carolyn fez uma pausa. - Vai dar certo né mamãe? Estou para me casar e isso parece tão errado.

— Você e seu filho ter um futuro não é errado, agora vamos. Precisamos se apresentar para o jantar. - Ambas iam saindo e Tomás e a mãe entraram na sala ao lado esperando os passos sumirem pelo corredor. Tomás segurava a mãe que queria aparentemente voar em Carolyn e na mãe, tampando a boca da própria mãe até o silêncio naquele andar tornasse a reinar.

Durante o jantar Katherine fuzilava Tomás e Carolyn, que sorria como se ganhasse na loteria, o que aparentemente era isso. Tomás estava com a cabeça baixa e a mãe parecia uma cobra preste a atacar Carolyn que com a voz fina e irritante ria dos comentários na mesa, Matthew segurou a mão de Katherine que tremia diante da situação. Foi o jantar mais longo que ela conseguia presenciar, quando todos saíram da mesa e foram para o jardim beber, Katherine se isolou na área da praia sentando na areia com o vestido, colocando a sandália do lado e a garrafa de Whisky. Matthew logo se juntou a ela rindo na situação que a encontrou.

— Não ria, só bêbada para aguentar esse casamento. - Ela comentou rindo da situação e passando a garrafa para Matthew que sentou do seu lado.

— Poderia estar pior. - Ele comentou sentindo o ar úmido bater em seu rosto. - Está sentida pela sua irmã, é normal. E agradeço por estar aqui comigo. - Matthew a olhou brevemente e ambos sorriram.

— Porque estão aqui? - Tomás disse se aproximando também com uma garrafa perto deles e Katherine revirou os olhos. - Se tem alguém que tem o direito de fugir disso tudo sou eu. - Tomás sentou do outro lado de Katherine que não olhava para ele de jeito nenhum. - Não vai falar comigo mais Kath?

— Acho que não devo, o que está fazendo não é o certo. - Ela falava sem olhar diretamente para ele e dando um breve gole na garrafa que estava na mão. - Acho que minha irmã e o filho dela tem todo direito a ter isso também, digo ser feliz. - Ela comentou e quando percebeu estalou os olhos e fechou lentamente e respirou fundo.

— Filho dela? - Matthew comentou intrigado.

— Sim, ela disse que falou com Tomás, e ainda assim ele preferiu o casamento. - Katherine olhou para Tomás pela primeira vez e viu a expressão de espanto. - Não falou? - Ela comentou intrigada.

— Não foi sobre isso nossa conversa, foi sobre se amarmos. - Tomás respondeu alterado. - Isso quer dizer que?

— Elizabeth está grávida? - Matthew perguntou alterado e dando um grande gole na garrafa.

— Eu não disse isso, apenas disse que ela teria o mesmo direito se tivesse ficado grávida do Tomás. - Katherine disse fazendo uma careta e disfarçando e Matthew afirmou com a cabeça e abrindo a boca, enquanto Tomás ficou distante.

— Está certo. - Matthew disse já um tanto bêbado - Podemos ir deitar, acho que bebi demais e não quero dar vexame no casamento amanhã. - Ele disse rindo levantando, seguido por Katherine. - Até amanhã cara. - Ele deu um tapa na cabeça do amigo que riu e deixarão Tomás sentado sozinho observando o mar escuro.

Tudo estava pronto para o casamento que seria no final da tarde, Katherine estava saindo do banho e indo secar o cabelo quando notou a mensagem de Chloe no seu telefone. " Liz não chegou no Maine." Ela engoliu seco e respirou fundo, olhou Matthew que saia do banho com a toalha em torno do quadril e a olhou.

— Algum problema linda? - Ele disse sorrindo para ela.

— Minha irmã não chegou no Maine. - Ela disse preocupada. - Precisamos ir atrás dela Matthew e nisso a porta que estava trancada arrebentou com a pancada de Tomás e seu olhar de pavor. - Você está louco? - Katherine disse segurando a toalha.

— Boyle pegou Elizabeth. - Tomás disse exaltado e com a respiração descontrolada e apertando fortemente o celular na mão.


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